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Petroleiros entram em estado de greve nacional contra a privatização da Petrobras

Deliberação foi aprovada por ampla maioria da categoria.

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos filiados vão encerrar o ano de 2021 em estado de greve nacional, num protesto contra as ameaças que o governo federal vem fazendo sobre um possível plano de privatização da Petrobras. A deliberação foi aprovada pela ampla maioria da categoria petroleira, nas assembleias realizadas até esta quarta-feira (22), em todo o Brasil.

“Isso significa que, caso o presidente Jair Bolsonaro tenha a audácia de apresentar no Congresso Nacional o projeto de lei que prevê a venda da estatal, a realização de uma das mais fortes greves da história do setor já está sinalizada pelo setor”, garante o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, que prevê um movimento bem parecido com as duas maiores greves dos trabalhadores, em 1995 e 2020.

Bacelar garante que a FUP e seus sindicatos jamais vão aceitar calados o projeto de privatização. “A Petrobras está sendo esquartejada e, enquanto isso, o povo ainda paga preços exorbitantes pelos combustíveis”, afirma Bacelar.

O dirigente lembra que, no último dia 30, a Petrobras concluiu a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM), na Bahia, para o fundo Mubadala, por US$ 1,65 bilhão, “valor cerca de 50% inferior em comparação com os cálculos estimados pelo estudo do pelo Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (Ineep)”. Também em 2021 foram assinados os contratos para venda da Refinaria Isaac Sabbá (REMAN), no Amazonas, e da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), no Paraná. “Vamos responder à altura e faremos de tudo para proteger os ativos que ainda pertencem à estatal”, comenta o coordenador da FUP.

De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), de março de 2015 até novembro de 2021, a Petrobras se desfez de 78 ativos, sendo 70 no Brasil e oito no exterior. Desse montante, 76% foram vendidos durante o governo do presidente Jair Bolsonaro, com o total de R$ 152 bilhões. Alguns desses ativos tiveram o processo de venda iniciado no governo anterior (Michel Temer).

“Ainda assim, essas vendas refletem a disposição do atual governo de destruir a Petrobras, patrimônio dos brasileiros, a preço de banana”, lamenta Bacelar. Nos governos dos ex-presidentes Michel Temer e Dilma Rousseff, foram comprados da estatal, respectivamente, 15 ativos, por R$ 100 bilhões, e quatro, por R$ 9 bilhões. (A.I.)

*Com informações do Diário da Amazônia

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Na contramão do mundo, privatização à brasileira acentua desigualdade e não gera retorno efetivo ao País

Eletrobras, Correios e Banco do Brasil são apenas algumas das empresas que podem ser privatizadas no próximo ano, tendo em vista que a política econômica do ministro Paulo Guedes é a de reduzir o Estado ao máximo e arrecadar dinheiro – em entrevista de 2018, Guedes chegou a estimar que as privatizações renderiam mais de R$ 1 trilhão a receber.

Mas, na prática, entregar empresas estatais à iniciativa privada não resulta no desenvolvimento social ou mesmo na melhoria significativa dos serviços prestados. Além da transferência de um monopólio estatal para o mercado, as privatizações estão comprovadamente marcadas pelo aumento excessivo das tarifas repassadas ao consumidor, eficiência administrativa questionável, precarização dos serviços, falta de investimento na melhoria da estrutura e necessidades constantes de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

De acordo com o professor Paulo Feldmann, professor de economia da USP e ex-presidente da Eletropaulo, o consenso internacional é o de que a privatização pode ser interessante para uma nação desde que estimule maior competição no mercado. “Se você privatiza e não vai ter competição, o que é muito comum no Brasil, era um monopólio do Estado e continua monopólio privado. Neste caso não se deve privatizar, porque não faz sentido transferir o lucro do estado para uma instituição privada. Mas quando há competição, esta beneficiará o consumidor.”

E é justamente esta formação de monopólios privados que favorecem uma série de abusos impostos ao consumidor, que se vê refém de uma situação da qual não tem onde ou para quem reclamar. A alta do preço da gasolina ao longo de 2021 é uma delas. Em julho, a Petrobras vendeu todas as ações da BR Distribuidora, concluindo assim o processo de privatização da única empresa responsável pela distribuição do combustível desde as refinarias até as bombas iniciado em 2019.

“A gasolina sai da Petrobras a um custo de R$ 2 e chega aos postos por R$ 7. Esta questão é fundamental: destes R$ 5 [de diferença entre o preço da refinaria e preço final], praticamente metade é custo de distribuição. Agora privatizada, a BR quer lucro, claro. O dono não vai pensar em investimento, ele quer ganhar. Isso faz com que o custo de distribuição seja exagerado e por isso a gasolina está tão cara. Só que ninguém fala isso”, explica Feldmann.

Assim, ao permitir a influência privada na política de preços da gasolina, o governo consente também com o aumento nos preços de toda a cadeia produtiva, tendo em vista que a viabilidade de qualquer atividade econômica está diretamente atrelada ao transporte.

Alto custo e acentuação da desigualdade

Outra concessão que impacta diretamente o custo de vida dos brasileiros é a das rodovias, uma vez que este é o principal modal logístico do País e reajustes cobrados no pedágio irão compor o preço final de diversos produtos.

Nas mãos da iniciativa privada, os reajustes se tornam cada vez mais frequentes e caros, a exemplo da BR-153. Em abril, a rodovia federal do noroeste do estado teve reajuste de 48% autorizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), sob a justificativa de que o valor arrecadado seria usado para a duplicação de trechos da estrada.

A pandemia também terá reflexo nas tarifas e abre precedente para um novo reajuste, já que o pedágio das rodovias federais será revisto a partir de uma metodologia criada pela ANTT, e os contratos de concessão também serão revisados, a fim de restabelecer o equilíbrio das operações de março a dezembro de 2020, afetadas pela redução de tráfego de veículos. Em relação aos veículos leves, a queda foi de 16,9%, e os novos valores serão cobrados do consumidor a partir de março de 2022.

Marco Antônio Rocha, professor do Instituto de Economia da Unicamp e pesquisador do Núcleo de Economia Industrial e Tecnologia, critica o valor do pedágio cobrado do consumidor, alegando que o excesso de ônus impede o processo de integração regional, prejudica o turismo regional e ainda tornam os custos de mobilidade para trabalho e estudo muito altos. “As estradas são boas, mas o custo de rodagem delas é altíssimo. É injustificável para um trecho pequeno que se cobre tanto em relação a pedágio.”

Rocha ressalta ainda que o processo de concessão de infraestrutura é concentrador, tendo em vista que o investimento privado é direcionado apenas para as regiões com maior probabilidade de retorno financeiro. “Em geral, as concessões bem sucedidas são as de trechos que já têm a rentabilidade garantida, esperada e com uma certa segurança de que haja retorno, pois são regiões de maior atividade econômica e que geralmente já contam com uma infraestrutura prévia adequada. É muito difícil ver sucesso no processo de concessão em áreas afastadas, de baixa atividade econômica e que a infraestrutura já esteja depreciada.”

Entre 1990 e 2015, 21 trechos de responsabilidade federal passaram a ser administrados por empresas privadas, entre elas a Novadutra (que liga São Paulo ao Rio de Janeiro), a Régis Bittencourt (São Paulo-Paraná) e a Ponte Rio-Niterói. Já na última década, as privatizações de trechos rodoviários se concentraram nos estados de maior atividade econômica fora do eixo Rio-São Paulo, como Goiás, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná.

Já os estados no extremo do país, principalmente os da região Norte e Nordeste, não receberam investimentos privados nas rodovias federais, de acordo com o histórico de privatizações divulgado pelo site do BNDES.

*Do GGN

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Petrobras desmente Bolsonaro e nega ter antecipado queda no preço da gasolina

O presidente Jair Bolsonaro anunciou, no domingo (5/12), que a estatal reduzirá os preços dos combustíveis nesta semana.

A Petrobras declarou, na manhã desta segunda-feira (6/12), que não antecipa mudança nos preços dos combustíveis e que não há nenhuma decisão tomada por seu Grupo Executivo de Mercado e Preços (GEMP) que ainda não tenha sido anunciada ao mercado, diz o Metrópoles.

Segundo a estatal, as alterações nos preços dos produtos “são realizadas no curso normal de seus negócios e seguem as suas políticas comerciais vigentes”. O comunicado da estatal ocorre um dia após o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmar ao jornal Poder360 que a estatal anunciará nesta semana redução no valor dos combustíveis.

“A Petrobras começa, esta semana, já a anunciar redução do preço do combustível. O que eles [prefeitos] têm alegado, que eu tenho ouvido eles reclamarem, é que com o aumento do combustível aumenta o preço da passagem. Agora, seria bom que eles procurassem os governadores”, disse o chefe do Executivo federal. “Até porque quando o brent cai, essa coisa é automática, não é bola de cristal.”

Depois de dizer que não comentaria as declarações de Bolsonaro, a estatal afirmou que tem um compromisso com “a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais”.

Privatização da Petrobras

Há tempos o titular do Palácio do Planalto reitera que a responsabilidade pelos altos valores da gasolina e do botijão de gás é dos governadores. Segundo Bolsonaro, o custo desses insumos tem relação com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é uma taxa estadual.

Na semana passada, o mandatário do país chegou a afirmar que pensava em “rever” a paridade internacional dos preços da Petrobras. “[A Petrobras] É uma empresa sobre a qual eu não tenho domínio, tem aparelhamento. Ela busca o lucro. Tivemos um problema sério no passado. Além da corrupção, a questão da paridade com o preço internacional. Estamos buscando rever essa questão”, disse, durante entrevista à rádio Portal Correio, da Paraíba.

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Após ida de Bolsonaro a Dubai, governo entrega aos árabes, pela metade do preço, a primeira refinaria criada no Brasil

Refinaria vendida é responsável pelo refino de 14% do petróleo extraído no país.

E, surpresa ironia, para os Emirados Árabes, os novos donos, a Landulpho Alves será uma empresa estatal.

Agenda do Poder – Hoje a Petrobras anunciou a conclusão da venda da Rlam, sigla pela qual é conhecida a Refinaria Landulpho Alves, no interior da Bahia.

Miguel do Rosário relata em texto postado hoje que, com capacidade instalada de produzir cerca de 323 mil barris por dia (14% da capacidade total do país), a Landulpho Alves é a segunda maior refinaria do Brasil, atrás apenas da refinaria de Paulínia (Replan), que tem capacidade para produzir 425 mil barris por dia.

É também a primeira refinaria criada no Brasil. Seu nome é uma homenagem ao senador Landulpho Alves, importante líder político do PTB de Getúlio Vargas, que foi líder da bancada de seu partido no Senado, em 1952, e relator da Lei 2.004, que criou a Petrobras.

Rlam foi vendida ao governo dos Emirados Árabes (controlador do fundo Mubdal), o que repete a ironia tão comum às forças liberais brasileiras, que fazem campanha contra o Estado nacional, mas vendem nossos principais ativos a fundos e grupos controlados por Estados estrangeiros. A produção, exploração e distribuição de petróleo e derivados nos Emirados Árabes é estatal.

Segundo a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o preço de venda, US$ 1,8 bilhão, corresponde a menos da metade dos US$ 3 a 4 bilhões que a refinaria efetivamente vale.

Entretanto, o mais triste é que a operação vai na contramão da necessidade de oferecer combustíveis a preços mais estáveis e mais acessíveis a consumidores e empresas, ampliando a exposição da economia brasileira à volatilidade insana das cotações internacionais do petróleo.

Quanto a Petrobras, a venda da Rlam consiste numa grave mutilação da estatal, porque remove um de seus principais ativos. Quando as cotações do petróleo estão elevadas, como hoje, a Petrobras pode viver apenas de suas vendas de óleo bruto. Mas quando elas caem, as refinarias ajudam a dar estabilidade ao orçamento da empresa. Agora, se houver queda do preço do petróleo, quem vai lucrar será o… governo dos Emirados Árabes.

Além disso, enfraquecida, a Petrobras tem menos desenvoltura para investir em pesquisa e tecnologia, sobretudo em energias alternativas, o que também é um movimento que vai na contramão de todo o mundo desenvolvido, em que governos e grandes empresas (contratadas por governos) investem quantidades imensas de recursos no desenvolvimento de energias mais limpas e mais econômicas.

Para se ter uma ideia da importância das refinarias para a Petrobras, tenha em mente que, no acumulado dos primeiros nove meses deste ano (jan/set), a receita líquida da estatal com a venda de refinados foi de R$ 191,13 bilhões, contra R$ 89,48 bilhões obtidos com a exportação de petróleo bruto.

Com um faturamento desse quilate, não faltariam recursos próprios para que a Petrobras pudesse ampliar o parque de refino nacional sem a necessidade de alienar seu patrimônio.

A venda da Rlam é um crime do governo Bolsonaro contra a soberania nacional, porque expõe ainda mais o país às instabilidades do mercado internacional de petróleo, o mais volátil do mundo.

Se um terrorista árabe explodir um oleoduto no Casaquistão, e os preços internacionais explodirem, o país não terá mais instrumentos para evitar que um repasse brusco e imediato dos custos aos consumidores tumultue e paralise a economia brasileira.

Para os monarcas árabes, e seus sócios milionários em todo mundo, no entanto, é um excelente negócio!

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Em rodinha de líderes, no G20, Bolsonaro mente sobre economia e popularidade

O G20 (grupo das maiores economias do planeta) é uma rara oportunidade para que líderes busquem o contato pessoal para tratar problemas globais e resolver arestas entre países. Mas na cúpula do bloco neste sábado, em Roma, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) tinha outra missão: mentir sobre a situação do Brasil e ainda criticar a Petrobras e a imprensa.

O UOL teve acesso exclusivo à antessala do local onde o G20 se reuniria e presenciou uma conversa entre Bolsonaro e o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, acusado de promover um desmonte da democracia em seu país.

Bolsonaro, que até então tinha trocado conversas apenas com os garçons do local, foi levado por seus assessores para falar com Erdogan. Ao se aproximar, o presidente pede ao tradutor: “Me ajuda aí”, sorrindo nervoso.

Na mesma rodinha de líderes estava Olaf Scholz, vencedor das eleições na Alemanha, um dos grandes parceiros comerciais do Brasil. Bolsonaro, porém, sequer olhou para o alemão e começou uma conversa com o turco.

Vendo que havia sido ignorado pelo brasileiro, o homem que provavelmente irá liderar a Alemanha virou as costas e foi falar com os primeiros-ministros Boris Johnson (Reino Unido), Justin Trudeau (Canadá) e Modi Narendra (Índia).

Ao lado dos ministros Paulo Guedes (Economia) e Carlos França (Itamaraty), Bolsonaro conta aos demais líderes que tem amplo apoio popular e que a economia brasileira está crescendo. Mas, sem ser perguntado, critica a imprensa local e ataca a Petrobras, alvo de constantes reclamações por causa do sucessivos aumentos no preços dos combustíveis.

Hoje, a retomada da economia brasileira é uma das piores entre o G20 e a popularidade atingiu seu nível mais baixo, em setembro. Segundo o Datafolha, a reprovação foi de 53%. O país ainda deve registrar o menor crescimento em 2022 entre os membros do G20, segundo o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Bolsonaro não fez uma só pergunta aos líderes estrangeiros, não elogiou os demais países e nem trocou impressões pessoais. Ao contrário de outras rodinhas de líderes, o brasileiro não falou sobre a pandemia ou sobre as decisões do G20.

Eis a transcrição da conversa com um presidente turco impassível e que não se aventurou em fazer qualquer comentário de apoio às falas do brasileiro.

Erdogan – Como está a situação atual hoje no Brasil, senhor presidente?

Bolsonaro – Tudo bem. A economia voltando bem forte. A mídia como sempre atacando, estamos resistindo bem. Não é fácil ser chefe de Estado em qualquer lugar do mundo.

Erdogan – O Brasil tem grandes recursos petrolíferos

Bolsonaro – Tem, tem

Erdogan – Petrobras

Bolsonaro – Petrobras é um problema. Mas estamos quebrando monopólios, com uma reação muito grande. Há pouco tempo era uma empresa de partido político. Mudamos isso.

Erdogan – E quando é a eleição?

Bolsonaro – Daqui a 11 meses

Erdogan – Significa que o senhor tem bastante coisa ainda para fazer

Bolsonaro – Eu estou bem. Também tenho um apoio popular muito grande. Temos uma boa equipe de ministros. Não aceitei indicação de ninguém. Foi eu que botei todo mundo. Prestigiei as Forças Armadas. Um terço dos ministros [é de] militares profissionais. Não é fácil. Fazer as coisas certas é mais difícil.

O turco encerrou a conversa, sem qualquer entusiasmo.

Ao final do rápido encontro entre os dois líderes, pessoas que acompanhavam o presidente chamaram a organização do G20 para se queixar da presença do UOL no local. A reportagem, após a queixa dos brasileiros, foi retirada da presença dos líderes.

Por mais duas vezes, o UOL tentou se aproximar de outras conversas mantidas por Bolsonaro com outros chefes de estado. Mas foi impedido. Na última, a reportagem foi alertada que poderia ter “problemas”.

*Jamil Chade/Uol

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Preços abusivos fazem Petrobras ter lucro de 31 bilhões e receita dispara 72%

Money Times – A Petrobras (PETR4) reverteu o prejuízo do ano anterior e reportou lucro líquido de R$ 31,1 bilhões no 3º trimestre de 2021. A informação foi divulgada em comunicado enviado ao mercado nesta quinta-feira (28).

O Ebitda ajustado, que mede o resultado operacional, foi de R$ 60,7 bilhões, alta de 81,7%.

A receita líquida somou R$ 121,5 bilhões, avanço de 71,9%.

A alta foi puxada por diversos fatores, como a valorização do petróleo em 5% no mercado internacional, o aumento dos volumes e preços de derivados no mercado interno e a maior receita de gás natural e energia elétrica.

O resultado também foi beneficiado com os efeitos da não incidência do imposto de renda (IRPJ) e da contribuição social (CSLL) sobre os valores correspondentes à taxa básica de juros Selic aplicada a indébitos tributários, após uma decisão do Supremo Tribunal Federal.

Excluindo os efeitos não recorrentes, o lucro líquido teria sido de 17,4 bilhões de reais, informou a companhia.

A dívida bruta da petroleira estatal atingiu 59,6 bilhões de dólares, ante 63,7 bilhões de dólares no trimestre anterior, atingindo então a meta de 60 bilhões de dólares, prevista anteriormente para o fim de 2022.

A relação dívida bruta/Ebitda ajustado diminuiu significativamente, passando de 1,78 vez em 30 de junho para 1,45 vez em 30 de setembro.
Repercussão

O resultado foi comemorado pelo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, que ressaltou que a empresa bateu a meta de dívida bruta antes da hora e aprovou remunerações adicionais aos acionistas, o que inclui o governo federal.

“Atingimos nossa meta de endividamento muito antes do planejado e estamos dividindo parte das riquezas geradas com a sociedade e nossos acionistas através de impostos, dividendos, criação de empregos e investimentos”, disse em nota o presidente da Petrobras.

O conselho da Petrobras aprovou nesta quinta-feira o pagamento de nova antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2021, de 31,8 bilhões de reais, ou o equivalente a 2,437865 reais bruto por ação preferencial e ordinária em circulação.

Essa distribuição se soma aos 31,6 bilhões de reais anunciados em 4 de agosto, totalizando 63,4 bilhões de reais em antecipação aos acionistas relativa ao exercício de 2021.

A notícia vem no mesmo dia em que o presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou que a petroleira estatal tem que ter um papel social e “tem que ser uma empresa que dê um lucro não muito alto como tem dado”, quando voltou a questionar a política de preços da empresa.

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Chega de abuso! A solução não é privatizar, é reestatizar a Petrobras já!

Para quem acha que a solução é privatizar a empresa, um aviso: ela já foi privatizada na gestão Bolsonaro. E o resultado é desastroso.

Elvino Bohn Gass e Miguel Rossetto (*)

Com os aumentos do último dia 26 de outubro, só em 2021 a gasolina subiu 74% e o diesel 65%, para entrega às distribuidoras e postos. Em Porto Alegre, a gasolina já passa de R$ 7 reais. O botijão de gás chegou a R$ 110 reais. Este é o resultado da “privatização” da gestão da Petrobras. Estes aumentos são responsáveis por 40% da inflação do país; o governo responde com o aumento da taxa de juros-SELIC que provoca alta em todos os juros e diminuição do crescimento, um estrago gigantesco.

Para quem acha que a solução é privatizar a empresa, um aviso: ela já foi privatizada na gestão Bolsonaro. E o resultado é desastroso e conhecido. Não só preços abusivos, mas, também, o anúncio inédito de que a empresa não vai garantir o abastecimento do país. O significado disto é que a Petrobras não tem mais nenhum compromisso com o Brasil.

Hoje, os preços praticados pela empresa já não guardam nenhuma relação entre o custo de produção mais as margens aceitáveis de lucro. Dados recentes mostram que, ainda no mês de setembro, a produção de petróleo no pré-sal foi de 1,1 milhão de barris por dia, com um custo de extração de US$ 7 dólares, que hoje corresponde a 65% do petróleo consumido no Brasil.

A própria Petrobras, em nota recente, informou que 94% do petróleo refinado no país tem origem nacional. No mercado internacional, o petróleo está a US$ 84 dólares, e este é o valor utilizado pela Petrobras por conta da política de preços escolhida – a paridade internacional de preços! A Petrobras foi transformada pelo governo Bolsonaro em instrumento de extrair riqueza nacional, retirar dinheiro do povo e da economia para produzir lucros escandalosos aos acionistas privados, em grande parte estrangeiros.

Junte-se a isso a privatização da BR distribuidora e da Liquigás, estimulando uma concentração privada ainda maior da distribuição dos combustíveis e do gás. Um desmonte do Estado, uma entrega veloz e sem qualquer controle no setor. Uma orgia contra o Brasil.

Nenhum governo no mundo, com alguma responsabilidade, deixa de acompanhar, regular e assegurar oferta e preços em condições razoáveis de energia ao seu país. Afinal, gás, diesel, gasolina movimentam toda a economia e estão incorporados na condição de vida de toda a sociedade, direta ou indiretamente. Qual o limite desta insensatez? Até onde vai este dogma privatista? Quebram e desabastecem o país provocando o caos, e segue a paridade de preços internacional? Segue o compromisso com os acionistas e seus lucros obscenos. Dane-se o Brasil e o povo brasileiro. É preciso retomar já a gestão pública da Petrobras, e que seu controlador, o governo federal, assuma suas responsabilidades legais e políticas para com a nação. É preciso interromper imediatamente este flautista de Hamellin e sua música, porque neste caso, não são ratos os que serão atraídos para a morte.

Elvino Bohn Gass é líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados

Miguel Rossetto é ex-ministro do Trabalho, da Previdência e do Desenvolvimento Agrário

*Originalmente publicado no Sul 21

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Se Câmara pautar privatização da Petrobras, petroleiros farão greve

Categoria já se mobiliza contra planos de Bolsonaro e Guedes de vender a estatal; “Não vamos aceitar de forma alguma”.

O presidente Jair Bolsonaro, bem como seu ministro da Economia, Paulo Guedes, intensificaram nos últimos dias as declarações sobre planos para privatizar a Petrobras e trabalhadores da empresa reagiram rápido. Em comunicado divulgado nesta nesta terça-feira (26), a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que prepara uma greve nacional contra a ideia de vender a estatal.

Na segunda-feira (25), após anúncio do novo aumento no preço dos combustíveis, Bolsonaro afirmou que a privatização da Petrobras “está no radar”. Ele já havia afirmado em outubro que tem “vontade” de privatizar a petroleira.

Guedes, que desde o início do governo expõe publicamente seu desejo de entregar a empresa estatal ao capital privado, por sua vez, disse, também nesta segunda-feira, que “a Petrobras vai valer zero daqui a 30 anos” e que por isso é preciso vendê-la”.

Não se trata, no entanto, apenas de uma retórica discursiva em meio ao aumento dos preços dos combustíveis. O senador Fernando Bezerra (MDB-PE), líder do governo no Senado, afirmou à agência Reuters que o Planalto estuda, sim, um projeto de lei (PL) para vender as ações da Petrobras, o que resultaria, na prática, na privatização da companhia.

A ideia de Bolsonaro é vender a participação que o governo tem na Petrobras e dessa forma alterar o quadro societário da empresa, passando-a à iniciativa privada. Tal procedimento seria possível por meio de um PL que necessitaria apenas de maioria simples no Congresso. Em síntese: uma manobra legal para se desfazer da maior e mais lucrativa empresa brasileira sem que haja resistência da sociedade e do parlamento.

Em reação, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) informou que, ao longo desta semana, realizará assembleias para discutir o início de uma greve nacional caso o projeto de privatização da Petrobras seja, de fato, pautado na Câmara.

“Não vamos aceitar de forma alguma calados esse projeto de privatização. A maior empresa do Brasil e da América Latina está sendo esquartejada por esse mesmo governo que beija a mão daqueles que lucram com o desmonte da Petrobras, enquanto o povo paga preços exorbitantes para os combustíveis”, disse Deyvid Bacelar, coordenador-geral da FUP.

“Eles estão enfrentando a nossa resistência nas tentativas de privatização da Petrobras, por isso querem impor um projeto de lei que acabe de vez com qualquer possibilidade de reconstrução da estatal. Não vamos permitir isso. A categoria petroleira vai responder à altura e a luta vai ser grande”, completa o líder petroleiro.

*Com informações da Forum

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Ao lado de Guedes, Bolsonaro anuncia novo aumento dos combustíveis amanhã

Apesar do preço exorbitante dos combustíveis – a gasolina chegou a um valor médio de R$ 6,321 nos últimos dias – o presidente Jair Bolsonaro disse neste domingo (24), ao sair de evento junto ao ministro da Economia, Paulo Guedes, que o brasileiro precisará desembolsar ainda mais a partir de amanhã.

“Alguns querem que a gente interfira no preço. A gente não vai interferir no preço de nada. Já foi feito no passado e não deu certo. Infelizmente, pelo número do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, nos próximos dias, a partir de amanhã, infelizmente, teremos reajustes nos combustíveis”, declarou.

Em situação cada vez mais difícil e agora refém de uma ameaça de greve por parte dos caminhoneiros, que até pouco tempo eram aliados de primeira hora, o presidente disse na última quinta-feira (21) que pagará uma espécie de auxílio-diesel para 750 mil trabalhadores autônomos da categoria.

A princípio, o valor será de R$ 400 por mês, o que não agradou a categoria. Com o aumento prometido para amanhã, os caminhoneiros devem ficar ainda mais insatisfeitos com o presidente.

“Prevendo isso [aumento dos preços], se antevendo a isso, nós discutimos bastante um auxílio ao caminhoneiro. Sabemos que é pouco, R$ 400 por mês, é pouco, mas estamos fazendo isso no limite da responsabilidade fiscal”, afirmou.

Ambos, Bolsonaro e Guedes mencionaram a privatização da Petrobras como estão fazendo com a Eletrobras e Correios.

Assistimos estarrecidos e sem reação a toda essa tragédia econômica. Vida que segue.

*Com informações da Forum

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Petrobras avisa que não atenderá toda a demanda de combustíveis em novembro e pode faltar gasolina no país

Reuters -A Petrobras confirmou que não poderá atender todos os pedidos de fornecimento de combustíveis para novembro, que teriam vindo acima de sua capacidade de produção, acendendo um alerta para distribuidoras, que apontaram para risco de desabastecimento no país.

Em comunicado na véspera, a petroleira afirmou que recebeu uma “demanda atípica” de pedidos de fornecimento de combustíveis para o próximo mês, muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção, e que apenas com muita antecedência conseguiria se programar para atendê-los.

A confirmação vem após a Associação das Distribuidoras de Combustíveis Brasilcom – que representa mais de 40 distribuidoras regionais de combustíveis – ter afirmado na semana passada que a petroleira teria avisado diversas associadas sobre “uma série de cortes unilaterais nos pedidos feitos para fornecimento de gasolina e óleo diesel” para novembro.

Para a associação, “as reduções promovidas pela Petrobras, em alguns casos chegando a mais de 50% do volume solicitado para compra, colocam o país em situação de potencial desabastecimento”.

Isso porque, segundo a Brasilcom, as empresas não estão conseguindo comprar combustíveis no mercado externo, pois os preços do mercado internacional “estão em patamares bem superiores aos praticados no Brasil”.

A Petrobras e o governo federal vêm sofrendo pressões de diversos segmentos da sociedade devido a um avanço expressivo dos preços dos combustíveis no país neste ano, que têm refletido cotações internacionais. Nesse contexto, a petroleira tem reajustado os preços em intervalos maiores nos últimos meses, evitando repassar volatilidades externas.

O Brasil não produz o volume de combustíveis necessário para abastecer o país e depende de importações. A Petrobras, nos últimos anos, vem buscando praticar preços de mercado, para garantir que as compras externas não tragam prejuízos.

PARQUE DE REFINO

A petroleira destacou, no comunicado na noite de segunda-feira, que está operando seu parque de refino com fator de utilização de 90% no acumulado de outubro, contra 79% no primeiro semestre do ano.

Em 2020, o fator de utilização das refinarias também ficou em cerca de 79%, superior ao registrado em 2019 (77%) e 2018 (76%), mesmo considerando paradas programadas nas refinarias Reduc, RPBC, Regap, Rlam, Repar e Revap, que foram postergadas de 2020 para 2021 em função da pandemia.

“Nos últimos anos, o mercado brasileiro de diesel foi abastecido tanto por sua produção, quanto por importações realizadas por distribuidoras, terceiros e pela companhia, que garantiram o atendimento integral da demanda doméstica”, disse a Petrobras.

“Para o mês de novembro, a Petrobras recebeu pedidos muito acima dos meses anteriores e de sua capacidade de produção. Apenas com muita antecedência, a Petrobras conseguiria se programar para atender essa demanda atípica”, informou.

“Na comparação com novembro de 2019, a demanda dos distribuidores por diesel aumentou 20% e a por gasolina 10%, representando mais de 100% do mercado brasileiro”, destacou a petroleira.

A Petrobras frisou ainda, no entanto, que segue atendendo os contratos com as distribuidoras, de acordo com os termos, prazos vigentes e sua capacidade. Além disso, a companhia está maximizando sua produção e entregas, operando com elevada utilização de suas refinarias, afirmou.

SEGURANÇA PARA INVESTIR

O Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP) reiterou em nota nesta terça-feira sua defesa pelo alinhamento de preços ao mercado internacional e sinalizou que uma clareza sobre o tema é necessária para atrair o investimento de agentes econômicos para a ampliação do parque de refino brasileiro.

“O Brasil é um importador líquido de derivados, quadro que não deve se alterar na próxima década”, disse o instituto, que tem em seu quadro de associados as maiores distribuidoras do país Vibra Energia (Ex-BR); Ipiranga, do grupo Ultra; e Raízen, joint venture de Shell com Cosan.

“Sem a percepção clara por parte dos agentes econômicos de que os preços variarão segundo regras de mercado, como ocorre com todas as demais commodities, não há segurança para a ampliação do parque de refino nacional”, destacou.

“Sem a percepção clara por parte dos agentes econômicos de que os preços variarão segundo regras de mercado, como ocorre com todas as demais commodities, não há segurança para a ampliação do parque de refino nacional”, destacou.

O IBP frisou ainda que o mercado de combustíveis é mundialmente integrado “e é o alinhamento de preços ao mercado internacional, adotado no Brasil desde 2016, que garante a transparência quanto aos preços relativos e dá a sinalização correta aos agentes econômicos para que estes invistam no aumento da oferta e no aprimoramento da logística de distribuição, garantindo o abastecimento nacional”.

O consumo de combustíveis, disse o IBP, tem crescido ao longo de 2021 e já alcança patamares pré-pandemia. De janeiro a agosto de 2021, 26% do volume de diesel e 8% da gasolina foram adquiridos no mercado externo, afirmou.

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