O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou em uma entrevista ao programa 60 Minutes da CBS, que foi ao ar no domingo, 15, que seria um erro Israel manter uma ocupação militar na Faixa de Gaza após a invasão planejada para os próximos dias.
“Acho que seria um grande erro. O que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é o Hamas, e os elementos extremistas do Hamas não representam todo o povo palestino. seria um erro Israel ocupar Gaza novamente”, disse. Após os bombardeios em resposta ao ataque terrorista do Hamas no dia 7, Israel prepara uma invasão por terra, mar e ar em Gaza, que pode começar a qualquer momento, segundo a Exame.
O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, disse, em resposta a fala de Biden, que o seu país não tem intensão de ocupar Gaza, apesar de não esclarecer como ficaria a região caso Israel consiga desmantelar o Hamas. “Não temos interesse em permanecer em Gaza, mas, como estamos lutando pela nossa sobrevivência, e a única maneira é destruir o Hamas, teremos que fazer tudo o que for necessário”, disse em comunicado.
O americano disse ainda que acredita que Israel vai seguir as regras de guerra.”Estou confiante de que os inocentes em Gaza poderão ter acesso a medicamentos, alimentos e água”, afirmou. Na última semana, a ONU afirmou o bloqueio de entrada de alimentos, água e combustíveis realizado pelos israelenses é considerado um crime de guerra. Apesar do alerta aos israelenses, o americano reafirmou a posição de apoio a Israel e defendeu a eliminação do Hamas. “Eliminar os extremistas (…) é um requisito necessário”, disse.
Estado Palestino
Biden também reconheceu que é necessário uma “solução de dois Estados”, uma proposta que prevê a criação de dois estados independentes para Israel e a Palestina. “Entendo que uma parcela significativa do povo palestino não compartilha das opiniões do Hamas e do Hezbollah”, disse. O americano, porém, acredita que Israel não queira negociar uma solução após os ataques do Hamas.
A posição do presidente democrata destoa da sua atuação desde que assumiu, em 2021, que colocava a questão palestina à margem. Nos últimos meses, os americanos atuavam para normalizar as relações entre Israel e os países árabes, sem necessariamente tratar sobre a criação do Estado da Palestina. Historicamente,