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Vídeo: “Tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão”, diz Lula sobre tensão entre Guiana e Venezuela

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste domingo (3), em Dubai, que está trabalhando para reduzir a tensão referente a intenção de anexação do território de Essequibo, na Guiana, pela Venezuela. A região é cobiçada pela sua abundância de petróleo e gás natural.

“Conversei por telefone com o presidente da Guiana duas vezes. O Celso [Celso Amorim, assessor especial da Presidência] já foi na Venezuela conversar com o Maduro [Nicolás Maduro, presidente da Venezuela]. Tem um referendo, que provavelmente vai dar o que o Maduro quer, porque é um chamamento ao povo para aumentar aquilo que ele entende que seja o território dele. E ele não acata o acordo que o Brasil já acatou”, disse Lula ao deixar o hotel em que ficou hospedado durante a COP28 antes de embarcar para Berlim.

Ainda segundo Lula, “só tem uma coisa que a América do Sul não está precisando agora: confusão. Se tem uma coisa que precisamos para crescer e melhorar a vida do nosso povo é a gente baixar o facho, trabalhar com muita disposição de melhorar a vida do povo e não ficar pensando em briga. Não ficar inventando história. Espero que o bom senso prevaleça do lado da Venezuela e do lado da Guiana. Vamos ver o que vai dar”, disse.

A Venezuela realiza neste domingo (3) um referendo consultivo sobre a anexação da Guiana Essequiba, um território repleto de recursos naturais e disputado desde o século 19. O foco está nos estimados 11 bilhões de barris de petróleo presentes na região.

 

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Trabalhistas históricos, liderados por Vivaldo Barbosa, recriam o PTB: “O que Brizola não conseguiu, nós conseguimos”

O PTB de Leonel Brizola, inspirado no trabalhismo de Alberto Pasqualini, está de redivivo. Um grupo de nacionalistas históricos, liderados pelo ex-deputado Vivaldo Barbosa, conseguiu semana passada registrar em cartório a recriação da legenda, que havia sido extinta após ter sido incorporada ao Patriota por não atingir a cláusula de barreira nas eleições de 2022.

A homologação da fusão, em 9 de novembro passado, abriu caminho para refundação da sigla que havia sido capturada pela direita e ultimamente era controlada pelo ex-deputado Roberto Jefferson. Com senso de oportunidade e discrição, duzentos e doze trabalhistas de 20 estados (acima do número mínimo de 110) registraram em cartório e no TSE o novo estatuto do PTB.

“O que Brizola lutou, sonhou, mas não conseguiu, nós conseguimos. Em nome dele. O trabalhismo de verdade está de volta”, comemorou Vivaldo Barbosa.

O grupo agora tem até dois anos para colher no mínimo 500 mil assinaturas (0,5% dos votos dados nas últimas eleições à Câmara dos Deputados) para consolidar a recriação da legenda. Já com dirigentes provisórios por todo o País, o partido só poderá participar do processo eleitoral após cumprir essa exigência do TSE.

Em carta aos filiados, o partido se declara alinhado ao presidente Lula e às bandeiras de centro-esquerda do trabalhismo histórico.

Leia a íntegra do documento:

“Nós, trabalhistas, nacionalistas, brizolistas, juntos com outros de bem, refundamos o PARTIDO TRABBALHISTA BRASILEIRO – PTB, no último dia 10, registramos em cartório no último dia 29 e hoje, dia 1º de dezembro, o TSE nos reconheceu e nos autorizou a consolidar sua fundação.

O que Brizola lutou, sonhou, mas não conseguiu, nós conseguimos. Em nome dele.

O trabalhismo de verdade está de volta.

O trabalhismo foi o que melhor fez pelo Brasil e pelo povo brasileiro: legislação trabalhista, Previdência Social, as estatais estratégicas, a construção do Estado Nacional e a visão da soberania, a ideia do desenvolvimentismo para demonstrar que o povo brasileiro é capaz de superar o atraso.

Estes continuam a ser os desafios do Brasil de hoje e os caminhos do povo brasileiro. Firmamos nossa herança e nos vinculamos aos melhores momentos do Brasil, ao mesmo tempo que somos atuais e estamos mergulhados no presente para melhor construir o futuro.

Rendemos homenagens a Getúlio Vargas, a Joao Goulart e, em especial, a Leonel Brizola, que veio até nós e com quem convivemos e assimilamos seus grandes ideais, sua compreensão do Brasil e o bem do povo brasileiro, e a tantos outros.

Afirmamos nossa ligação à liderança do Presidente Lula e o que ele representa na vida política atual.

Convocamos a todos para que se juntem a nós, pois a luta do nosso povo é grande e estaremos ao seu lado. Compreendam que tivemos que trabalhar com reservas nesse período.

Saudações trabalhistas, saudações do novo PTB.

VIVALDO BARBOSA

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O movimento para Roberto Campos Neto concorrer ao Planalto em 2026

Ainda embrionário, há um movimento para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, saia candidato ao Planalto 2026.

Ao ser perguntado, Campos Neto nega qualquer intenção, mas na Faria Lima e entre ex-ministros de Jair Bolsonaro o plano seria lançá-lo como uma novidade da direita na política, diz Guilherme Amado, Metrópoles

Para ser viável, a candidatura teria que ganhar o apoio de Jair Bolsonaro. E interlocutores do ex-presidente garantem que a chance é zero.

 

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Lula critica primeiro-ministro de Israel: “é de extrema direita” e “pensa que os palestinos não significam nada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por causa do conflito na Faixa de Gaza. Em entrevista para a emissora do Catar Al Jazeera, Lula chamou Netanyahu de “líder extremista, de extrema direita, sem sensibilidade com os problemas humanos dos palestinos” e cobrou o presidente dos EUA, Joe Biden, que exija de Israel o fim dos ataques. Lula também afirmou que está em curso em Gaza não uma guerra convencional, e sim um “genocídio”.

Lula disse que Netanyahu “pensa que os palestinos não significam nada” e que “ele precisa aprender que os palestinos precisam ser respeitados, suas terras demarcadas”. O presidente também questionou a postura de Biden, que considerou “o presidente do país mais importante do mundo”. “Não consigo entender como o Biden não cobrasse de Israel o fim da guerra. Eles influenciam muito Israel e poderiam ter parado a guerra”, disse.

Lula defendeu a criação de um Estado palestino independente e criticou a falta de governança no mundo. Ele disse que o Conselho de Segurança da ONU não é mais respeitado e que os membros permanentes decidem ir para guerra sem consultar ninguém. “Essa guerra é reflexo da insanidade, um grupo comete um ato terrorista e o Estado que faz algo ainda mais sério que o ato terrorista, há mais de 16 mil mortos, 6.500 crianças, 35.000 feridos. Hospitais destruídos. Se a ONU tivesse força, teríamos a solução de dois Estados. Mas desde 1947 não há paz”, disse Lula.

Lula ainda afirmou que a resposta de Israel ao ataque “terrorista” de 7 de outubro do Hamas foi ainda mais séria: “Eu critico o Hamas e sei que Israel tem o direito de se defender, mas isso não significa matar mulheres, crianças e inocentes. Não jogue bombas quando você não sabe quem está lá”.

“A guerra não leva a nada, só gera mais ódio. Precisamos sentar com Israel e os palestinos para cobrar a implementação da resolução de 1947”, disse Lula.

 

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Jair Bolsonaro tem nova derrota em ação contra Lula por danos morais

Não teve sucesso a apelação apresentada por Jair Bolsonaro na ação por danos morais apresentada contra o presidente Lula, na qual o ex-presidente buscava indenização de R$ 10 mil após falas do petista durante discursos

Nesta quinta-feira, a 7ª Turma Cível do TJ do DF negou, por unanimidade, a manifestação de Bolsonaro, mantendo a decisão da primeira instância, que encerrou o caso por não considerá-lo válido, diz O Globo.

Bolsonaro reclamava de duas manifestações públicas de Lula: um por tê-lo associado a uma mansão, nos EUA, em nome do irmão de Mauro Cid, o ex-ajudante de Ordens da Presidência; a outra por ter sido chamado de “gangster” e “vagabundo”.

 

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Breno Altman: Se pretendem o meu silêncio, voltarão a fracassar

Por Breno Altman

Fui informado que a CONIB (Confederação Israelita do Brasil), principal agência do Estado sionista em nosso país, em flagrante perseguição judicial, acionando agora também a esfera penal, obteve outra decisão liminar, na 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, com o mesmo teor antes logrado em processo civil na primeira instância da Justiça paulista.

De acordo com essa segunda medida, as redes sociais foram intimadas a retirar sete de minhas postagens, em paralelo à abertura de inquérito policial para possível processo.

A manobra dos agentes sionistas, mais uma vez, repousa na mentirosa associação entre antissionismo e antissemitismo, ainda capaz de ludibriar autoridades de boa fé.

Repito o que tenho afirmado inúmeras vezes:

Antissionismo é a repulsa contra uma ideologia racista e colonial que levou ao regime de apartheid construído pela liderança do Estado de Israel, assim reconhecido pela resolução 3379 das Nações Unidas.

Antissemitismo é o ódio contra os judeus.

Além da marotagem narrativa, a acusação revela um paradoxo. Como poderia ser considerado antissemita um judeu, como eu, que teve parte da família dizimada pelo Holocausto e cujos ancestrais foram históricos dirigentes do setor antissionista da comunidade judaica brasileira?

Nada disso é surpreendente. Desmascarado em sua desumanidade, ao sionismo somente resta a violência e o ataque à liberdade, especialmente contra judeus que ousam desmascarar sua natureza vil.

Primeiro, grupos sionistas ameaçaram-me de “arrancar os dentes e cortar os dedos”, conforme foi denunciado pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) ao Ministério da Justiça. Contra os responsáveis por tais ameaças já corre investigação na Polícia Civil paulista.

Como não surtiu efeito essa forma fascista de pressão, em seguida a CONIB assumiu a vanguarda das agressões contra quem denuncia os crimes cometidos pelo regime sionista, atuando em múltiplas instâncias, tal qual é característico na prática de lawfare.

Se pretendem o meu silêncio, voltarão a fracassar.

Lutarei nos tribunais pela defesa da liberdade de imprensa e expressão, asseguradas pela Constituição.

Acima de tudo, e a qualquer preço, minha modesta voz continuará a ser ouvida, ao lado de tantas outras, cada vez mais alta, na luta solidária com o bravo povo palestino.

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Caso de governador do Acre é outro prego no discurso bolsonarista; PGR pede seu afastamento

A denúncia do governador do Acre, Gladson Cameli (PP), por 5 crimes – dentre eles organização criminosa e corrupção – feita pela PGR (Procuradoria-Geral da República) que pede seu afastamento, é outro prego no discurso bolsonarista. A afirmação é do colunista do UOL Leonardo Sakamoto.

“É interessante que o Gladson, o governador, ele é bolsonarista. Ele era um bolsonarista roxo. Na época, inclusive até o ano passado, ele fez acenos ao governo Lula, até porque governadores precisam ter uma boa interlocução com o governo federal. Ele entregou uma cesta de produtos acreanos para o Lula. Mas o Gladson é bolsonarista.” Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

“Seria interessante ver o ex-presidente Jair Bolsonaro e ver o bolsonarismo no Congresso Nacional, que bate no peito dizendo que não há nenhum caso de corrupção envolvendo bolsonaristas, explicasse qual que é a situação. […] O caso do Cameli é mais um prego no caixão do discurso do bolsonarismo de que eles pairam acima da corrupção.” Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

“O afastamento é importante para evitar que provas sejam destruídas, funcionários públicos sejam pressionados, testemunhas assediadas, no que garanta ser um curso de investigação mais limpo possível. Uma vez que está se discutindo a gestão do governador sobre a máquina pública e ele está montado sobre a máquina pública.” Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

“A melhor coisa seria, exatamente diante dessa quantidade de evidência, a Justiça determinar o afastamento temporário do governador para que ele pudesse se defender, inclusive, se defender de uma forma mais correta. Provando que não tem nada a temer, não vai fazer pressão e garantindo que se tudo se resolver, se ele provar que as evidências não corroboram a culpa dele, que ele voltasse.” Leonardo Sakamoto, colunista do UOL

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“Em dez anos, o Brasil será a Arábia Saudita da energia verde, da energia renovável”, diz Lula

“Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de Petróleo, daqui há dez anos, o Brasil será chamado de Arábia Saudita da energia verde, renovável”, disse Lula.

O presidente Lula participou da sessão de encerramento da Mesa Redonda Brasil-Arábia Saudita nesta quarta-feira (29), ao lado de autoridades árabes, ministros, empresários e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e ressaltou a importância das políticas de preservação do meio ambiente em meio à crise climática que o planeta enfrenta..

“Se a Arábia Saudita é o país mais importante na produção de Petróleo, gás, daqui há dez anos, o Brasil será chamado de Arábia Saudita da energia verde”, comparou o presidente.

“Vamos diminuir o desmatamento e, até 2030, temos a meta de acabar com o desmatamento na Amazônia, faremos com que o Brasil seja o centro do mundo na produção de energia alternativa, sem medo de destruir a casa em que moramos”, acrescentou o presidente.

Sobre o encontro, Lula ressaltou que “nós estamos visitando outros países no mundo para construir parcerias”, “Não apenas para saber quanto a Árabia Saudita pode investir no Brasil, mas também quanto os brasileiros podem investir na Arábia Saudita. É esse novo jeito de fazer política externa que pode mudar a geografia do comércio mundial”, destacou o presidente.

 

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Na COP28, Brasil volta a liderar após quatro anos de ‘apagão’ ambiental

Conferência do Clima marcada por baixa participação popular começa em meio a contradições de um país sede petrolífero.

A guinada na política ambiental dada pelo Brasil em 2023 será o principal trunfo do presidente Lula (PT) na COP28 em Dubai, nos Emirados Árabes, que começa nesta quinta-feira (30/11). Na 28ª edição, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima é o evento mais importante do segmento.

Em Dubai, 138 países ricos, pobres e em desenvolvimento discutirão metas e acordos para salvar o planeta do aquecimento global, que potencializou eventos extremos recentes no Brasil, como a seca na Amazônia e as ondas de calor do Sudeste e Centro-Oeste.

Após quatro anos de governo Jair Bolsonaro (PL) marcados pelo crescimento descontrolado do desmatamento e por retrocessos nas políticas climáticas, a diplomacia brasileira volta ao encontro global com o sentimento de dever cumprido e a ambição de abrir caminho para soluções concretas que podem ser seladas em 2025 na COP30 em Belém (PA).

A taxa de desmatamento, principal responsável pela emissão de gases do efeito estufa no país, caiu praticamente pela metade no bioma em 2023 e retornou a patamares pré-Bolsonaro. A redução dá condições para Lula liderar o bloco de países com florestas tropicais úmidas, que incluem o Congo e a Indonésia.

Especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato avaliam que o Brasil voltou a trilhar o rumo correto no combate ao aquecimento global, mas também veem insuficiências na política climática brasileira que precisam ser sanadas.

Alguns dos gargalos apontados são a falta de planejamento para reduzir a emissão de gás metano pela pecuária e a ausência de um cronograma para diminuir a produção e a queima de combustíveis fósseis.

A eficácia da COP deve esbarrar na baixa participação da sociedade civil que marca os Emirados Árabes, uma federação de monarquias petrolíferas onde não há eleições diretas, muito menos tradição de mobilização popular.

De olho na COP30 em Belém

Composta por mais de 2,4 mil pessoas, a delegação brasileira deste ano é a maior da história das COPs. Com Lula à frente, a equipe terá ministros e outros representantes de governo, além de empresários, acadêmicos e ambientalistas.

A principal tarefa dos governos na COP28 será aprovar o Balanço Global do Acordo de Paris, um processo que ocorre a cada cinco anos com o objetivo de avaliar a efetividade da resposta à crise climática negociada durante a COP21 na capital francesa em 2015.

Como em quase toda COP, as discussões mais sensíveis em Dubai serão a demanda dos países em desenvolvimento por financiamento climático e a diminuição do uso de combustíveis fósseis derivados do petróleo, condições básicas para preparar o terreno das COPs seguintes.

“A principal expectativa da COP29 é definir novo patamar para financiar a ação climática e, depois disso, na COP30, o esperado é que os países apresentem suas novas NDCs [sigla em inglês para Contribuição Nacionalmente Determinada, que é a meta de redução definida pelos próprios países]”, declarou André Corrêa do Lado, secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores.

*Opera Mundi

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