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‘Prévia’ do PIB do Banco Central aponta crescimento de 0,6% na economia em janeiro

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o IBC-Br teve alta de 3,45%, enquanto no acumulado em 12 meses registrou um aumento de 2,47%, sem ajuste sazonal.

O Índice de Atividade Econômica (IBC-BR) do Banco Central, usado como termômetro da “prévia” do Produto Interno Bruto (PIB), teve uma alta de 0,6% em janeiro deste ano em comparação com o mês anterior, segundo dados dessazonalizados divulgados pelo BC nesta segunda-feira.

Esse foi o quinto mês consecutivo de crescimento do nível de atividade. O resultado do IBC-BR é calculado após ajuste sazonal, uma “compensação” para comparar períodos diferentes, diz O Globo.

Em relação ao mesmo mês do ano passado, o IBC-Br teve alta de 3,45%, enquanto no acumulado em 12 meses regiistrou um aumento de 2,47%, sem ajuste sazonal.

A expectativa do mercado financeiro é que este ano haverá um crescimento e 1,78% do PIB. O percentual projetado representa uma desaceleração ante o resultado de 2023, de 2,9%. Para 2025, é esperada uma alta de 2%.

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Petrobras foi a 4ª petroleira mais lucrativa do mundo e a 2ª entre estatais

Apesar da gritaria do mercado financeiro, a Petrobras foi a quarta petroleira mais lucrativa do mundo em 2023, atingindo um lucro de US$24,9 bilhões. Entre as petroleiras estatais, a empresa brasileira foi a segunda mais produtiva, atrás apenas da saudita Saudi Aramco, que por sua vez ocupou a primeira colocação entre as empresas privadas e estatais.

A Petrobras divulgou na última quinta (7) seus resultados operacionais e, apesar do cenário global desafiador, registrou o segundo maior lucro líquido anual de sua história, seguindo como empresa sólida, lucrativa e com desempenho operacional robusto, segundo o Vermelho.

Os principais vetores do resultado positivo foram:

a melhora do seu desempenho operacional, sobretudo, no upstream do pré-sal e em seu parque de refino;
o maior volume de petróleo comercializado, em especial no exterior;
a melhora no seu resultado financeiro;
e, mais uma vez, sua preponderância no mercado nacional

Mesmo em um cenário marcado por disputas comerciais e conflitos geopolíticos, que influenciaram negativamente a demanda e preços do petróleo, a Petrobras demonstrou resiliência operacional e reafirmou sua capacidade de geração de caixa.

Tamanha competitividade colocou a companhia brasileira no quarto lugar das empresas mais lucrativas do setor, atrás apenas da Saudi Aramco (US$121,3 bilhões), Exxon Mobil (US$36 bilhões) e Shell (US$28,3 bilhões). Veja a lista com as 10 maiores petroleiras do mundo:

  • Saudi Aramco (Arábia Saudita)              US$121,3 bilhões
  • Exxon Mobil (EUA)                                         US$36 bilhões
  • Shell (Reino Unido)                                       US$28,3 bilhões
  • Petrobras (Brasil)                                          US$24,9 bilhões
  • Chevron (EUA)                                                US$21,4 bilhões
  • Total Energies (França)                               US$21,4 bilhões
  • BP (Reino Unido)                                           US$13,8 bilhões
  • Eni (Itália)                                                         US$5,1 bilhões
  • Repsol (Espanha)                                          US$3,5 bilhões

Apesar de ter sido mais um ano em que as grandes petroleiras reportaram lucros, os rendimentos de 9 das 10 empresas que já divulgaram seus resultados consolidados de 2023 caíram ante 2022. Apenas a francesa TotalEnergies aumentou sua lucratividade em comparação ao ano anterior.

Essa redução nos lucros é explicada pela queda de 18% no preço do barril de petróleo no período e pelo aumento nos investimentos das petroleiras, principalmente na transição energética.

Ainda com a queda dos lucros, a Petrobras foi a petroleira que mais pagou dividendos aos acionistas em 2023 quando comparado com outras cinco grandes companhias do setor: Chevron, BP, Total, Shell e Exxon Mobil, segundo levantamento da Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET).

Enquanto a Petrobras pagou US$ 20,28 bilhões, a segunda colocada, que foi a Exxon, pagou U$S 14,95 bilhões em dividendos.

“Em 2023, a Petrobras, apesar de ter a menor receita entre as seis empresas, pagou o maior montante em dividendos. Além disso, foi a petrolífera que realizou o menor investimento líquido”, afirmou o presidente da AEPET, Felipe Coutinho.

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O infiltrado na Faria Lima que investe no MST e em moradia popular

João Pacífico, CEO do Grupo Gaia, lança fundo com milhões da venda de parte do negócio para investir em impacto social, critica ganância e defende que rico pague mais imposto.

“Talvez você não sabia, mas no fundo está com o MST.”

A provocação encerra um vídeo recente postado no Instagram por João Paulo Pacífico, fundador do Grupo Gaia, que tem como lema construir um mercado financeiro mais humano.

Com 157 mil seguidores na rede social, o investidor de 45 anos veste a camisa de ativista ao produzir conteúdos como o da visita a uma cooperativa ligada ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Rio Grande do Sul.

O post rendeu mais de 20 mil likes e protestos no perfil do “faria limer”, apelido de quem frequenta a região que concentra grande parte do mercado financeiro em São Paulo, segundo a Folha.

“Se você gosta tanto desses terroristas, doa sua fortuna para eles”, protestou um seguidor em um comentário indignado. Mal sabe ele que Pacífico já levantou mais de R$ 22 milhões em investimentos para o MST.

“É muito estranho um cara de olhos azuis, brancão, da Faria Lima e que fala a linguagem do mercado elogiando o MST”, admite Pacífico, ao trocar a clientela do agronegócio pela de assentados da reforma agrária.

Com o boné vermelho, o fã insuspeito alardeia números da produção agroecológica das cooperativas do movimento também no Linkedin, onde é um Top Voice com mais 500 mil seguidores.

A conversão ao movimento de reforma agrária demonizado por parte da população aconteceu ao receber uma visita de João Pedro Stedile e João Paulo Rodrigues, respectivamente fundador e coordenador do MST, em 2019.

O café rendeu frutos, com o lançamento de emissões de Certificados de Recebíveis do Agronegócio, instrumento usado normalmente por grandes do setor para captar recursos no mercado financeiro.

“Recebemos ameaças de todos os lados, mas as operações foram um sucesso”, diz Pacifico.

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Focus: mercado aumenta previsão do PIB de 2024 pela 3ª semana seguida

Os economistas ouvidos pelo BC também reduziram a previsão de inflação para 2024 pela segunda vez. Para eles, o IPCA ficará em 3,76% em 2024.

Os cerca de 150 analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) aumentaram pela terceira vez seguida a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) para o Brasil em 2024. Eles também reduziram pela segunda vez seguida a estimativa de inflação para este ano. É isso o que mostra a última edição do Relatório Focus, divulgada terça-feira (5/3) pelo BC.

De acordo com o boletim, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, deve terminar o ano em 3,76%. Na semana passada, esse valor era de 3,80% e, na anterior, de 3,82%. Há quatro semanas, a estimativa era de 3,81%.

Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, ela será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. O mercado espera, portanto, que a inflação fique dentro da meta neste ano, diz o Metrópoles.

Em relação ao ano que vem, os analistas consultados pelo BC a projeção de 3,51% para 3,52%. Para 2026, o índice esperado permaneceu o mesmo, em 3,50%.

PIB
Segundo o Focus, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para 2024 deve ter crescimento de 1,77%. Na mesma passada, a estimativa era de 1,75%. Para 2025 e 2026, a previsão de crescimento da economia manteve-se em 2%.

Selic
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado manteve a estimativa para o fim de 2024 em 9% ao ano. Para 2025 e 2026, a projeção segue em 8,5% ao ano.

Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), nos dias 30 e 31 de janeiro, a Selic foi reduzida em 0,5 ponto percentual e fixada em 11,25% ao ano. Esse foi o quinto corte seguido da taxa básica de juros desde agosto. A próxima reunião do colegiado do BC está marcada para os dias 19 e 20 de março.

A taxa básica de juros é o principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.

Dólar
Os analistas consultados pelo BC mantiveram a estimativa para o dólar para 2024. Ele deve terminar o ano em R$ 4,93, mesma cotação da semana passada. Para 2025, a estimativa permaneceu em R$ 5. Para 2026, foi mantida em R$ 5,05.

Relatório Focus
O Relatório Focus resume as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação.

 

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Financiamentos do BNDES para infraestrutura e transição energética em 2023 foi o maior em 5 anos e deve aumentar em 2024

Valores aprovados para investimentos somaram R$ 57,4 bilhões em 2023; o crescimento foi de 24%.

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou, por meio da diretoria de Infraestrutura, Transição Energética e Mudança Climática, financiamentos da ordem de R$ 57,4 bilhões em projetos voltados para infraestrutura e transição energética ao longo de 2023. O valor é 24% maior que o registrado no ano anterior e marca o maior volume dos últimos cinco anos.

Segundo o jornal O GLOBO, a expectativa para 2024 é que os financiamentos sejam ainda maiores devido à queda das taxas de juros no país e a posição de liderança do Brasil na defesa da energia renovável.

Luciana Costa, diretora responsável pela área, prevê que o total aprovado chegue a R$ 132 bilhões em projetos por meio de diversos setores, uma vez que o BNDES costuma financiar parte dos empreendimentos em parceria com outros investidores.

Mesmo diante da Taxa de Longo Prazo (TLP) sem redutor desde o ano passado, a demanda por empréstimos cresceu consideravelmente. Dos R$ 57,4 bilhões aprovados em 2023, os desembolsos totalizaram R$ 36,1 bilhões, um montante 27% superior ao ano anterior.

Um destaque do ano foi a participação do BNDES na emissão de 16 debêntures, totalizando R$ 14,5 bilhões. “Começamos a usar esse instrumento com mais frequência e a importância de apoiarmos as emissões é que o mercado de capitais no Brasil não tem muita profundidade ou volume”, disse Luciana à reportagem.

Entre as prioridades do banco estão investimentos em saneamento básico, com R$ 10,5 bilhões destinados a projetos no Rio de Janeiro, Amapá e Paraná. Energia eólica e mobilidade urbana também estão entre os focos. A diretora destacou o Rio de Janeiro como o local do maior projeto de saneamento do país, com investimentos de R$ 32 bilhões.

Além disso, o BNDES apoiou a operação da Atlas Renewable Energy e a Albras, concedendo um empréstimo de US$ 450 milhões para a construção de um complexo de 18 usinas fotovoltaicas em Minas Gerais, representando o maior financiamento em dólares para geração de energia renovável já realizado pela instituição.

Na área de mobilidade, foram aprovados R$ 10 bilhões para financiar dois projetos do Novo PAC no Estado de São Paulo, incluindo a implantação do Trem Intercidades Eixo Norte, que ligará São Paulo a Campinas, e a aquisição de 44 trens para a extensão da Linha 2 (Verde) do metrô de São Paulo.

 

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Inflação cai a 4,62% e fica abaixo do teto da meta pela 1ª vez desde 2020

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, encerrou 2023 em 4,62%, de acordo com divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

O número é menor que os 5,79% registrados no ano anterior, e ficou abaixo do teto da meta pela primeira vez desde 2020.

A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), colegiado ligado ao Ministério da Fazenda, para este ano era de uma inflação de 3,25%, mas com uma margem de tolerância que poderia ir de 1,5% até 4,75%.

Em dezembro, a inflação do país foi de 0,56%, sexto mês seguido em alta.

Tanto o número do ano quanto o do mês vieram acima do esperado pelo mercado, de 0,48% e 4,56%, respectivamente, segundo pesquisa da Reuters.

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Comércio exterior brasileiro fecha 2023 com superávit recorde de US$ 98,8 bilhões

Exportações, de US$ 339,7 billhões, também são as mais altas da história, mas queda de 11,7% nas importações ajudou no saldo positivo.

A balança comercial brasileira encerrou 2023 com um saldo positivo de US$ 98,8 bilhões, o maior valor desde o início da série histórica, em 1989. O superávit é resultado de US$ 339,7 bilhões em exportações e US$ 240,8 bilhões em importações. Os números foram anunciados nesta sexta- feira pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), segundo O Globo.

— O saldo comercial é 60% maior do que o último resultado e isso ajuda muito a economia nas reservas internacionais — disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Geraldo Alckmin.

As exportações aumentaram apenas 1,7% em relação ao ano anterior. Já as importações tiveram uma queda de 11,7%, o que ajudou, em parte, que a balança fechasse no azul.

Segundo Alckmin, a queda nas importações teve como causa a redução dos preços dos produtos comprados no Brasil no exterior. São exemplos fertilizantes e óleo.

Com a queda das importações, a corrente de comércio (soma das vendas e das compras no exterior), que chegou a US$ 580,5 bilhões, caiu 4,3%. Mesmo assim, foi o segundo maior valor da história. Em 2022, o total foi de US$ 606,7 bilhões.

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Fotografia real de um ano de governo Lula: 30 de dezembro de 2023, lojas lotadas e filas gigantescas nos caixas

Nas ruas, ninguém sabe explicar o movimento surpreendente do comércio. Até porque nos anos Bolsonaro, essa mesma data flagrava a tragédia econômica de Paulo Guedes.

O que era um vazio com Bolsonaro é um superlotado com Lula. Ninguém realmente esperava por isso, não num tempo tão rápido. Não é sem motivos que os escassos bolsonaristas agora estão totalmente perdidos para formular um ataque a Lula. Nada cola. O comércio é um  termômetro fiel.

Se twm uma coisa que conheço bem, com a lida de 40 anos nesse universo, é que comércio lotado como está hoje, sobretudo com uma população que vem das camadas mais pobres, é mudança na veia da economia, para muito melhor. Não tem conversa mole de neoliberal que dê conta disso.

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Desemprego cai para 7,5% em novembro, menor taxa desde fevereiro de 2015

Taxa de desocupação tinha ficado em 7,6% no trimestre móvel terminado em outubro. Renda avança 3,8% em um ano. Em um ano, foram geradas 815 mil postos, entre formais e informais.

Com mais um avanço no total de empregados, que voltou a registrar recorde, acima de 100 milhões de pessoas, a taxa de desemprego ficou em 7,5% no trimestre móvel encerrado em novembro, ante os 7,6% registrados no trimestre até outubro, informou nesta sexta-feira o IBGE, ao divulgar a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

A taxa é a menor desde o trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2015, quando ficou também em 7,5%. Para trimestres móveis encerrados em novembro é a menor desde 2014, quando estava em 6,6%.

No trimestre móvel anterior, terminado em agosto, a taxa ficou em 7,8%. Um ano antes, em igual período de 2022, a taxa de desemprego foi de 8,1%.

  • A melhora no mercado de trabalho foi puxada pelo aumento de 0,8%, em um ano, no total de empregos. A população ocupada atingiu 100,5 milhões, renovando o recorde histórico, com 815 mil pessoas a mais do que no trimestre móvel até novembro de 2022.
  • O destaque nesse crescimento foi o número de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,7 milhões, indicando a criação de 935 mil postos em um ano.
  • Com a alta, a população com carteira assinada no setor privado se aproximou do recorde máximo da série histórica da Pnad
  • Contínua, registrado no segundo trimestre de 2014, quando ficou em 37,8 milhões de trabalhadores.
  • A população desocupada, que não está trabalhando, mas busca ativamente por uma vaga, ficou em 8,2 milhões, 539 mil pessoas a menos do que no trimestre móvel até novembro de 2022.
  • É o menor número de pessoas na fila do desemprego desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015, quando havia 8,15 milhões de pessoas nessa condição.

 

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Ibovespa fecha acima de 133 mil pontos e bate recorde histórico; dólar tem menor cotação desde agosto

O Ibovespa, principal índice acionário da bolsa de valores brasileira, a B3, fechou pela primeira vez acima de 133 mil pontos com a alta desta terça-feira (26) e bateu um novo recorde.

Ao longo da sessão, investidores repercutiram a divulgação do último Boletim Focus de 2023. A publicação mostrou, mais uma vez, redução nas expectativas para a inflação deste e do próximo ano. As projeções para o preço do dólar também caíram.

Nesta semana — a última do ano e com menor volume de negócios —, o mercado ainda aguarda algumas divulgações importantes, com destaque para dados de inflação e emprego no Brasil e da atividade econômica nos Estados Unidos.

No mesmo cenário, o dólar fechou em baixa e atingiu o menor patamar desde agosto.

O dólar caiu 0,79%, cotado a R$ 4,8220, no menor patamar desde 2 de agosto, quando fechou em R$ 4,8039.

Na última sexta-feira (22), a moeda americana fechou em baixa de 0,54%, vendida a R$4,8606.

Com o resultado de hoje, passou a acumular quedas de:

1,90% no mês;
8,64% no ano.

A semana começou com uma agenda econômica mais fraca, com destaque apenas para o tradicional Boletim Focus, relatório do Banco Central do Brasil (BC) que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores do país.

Na última edição do ano, as estimativas para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do Brasil, voltaram a cair tanto para 2023 quanto para 2024.

Para este ano, as expectativas são de que o IPCA acumule 4,46% de alta. Com a baixa, a estimativa dos analistas para a inflação de 2023 se mantém abaixo do teto da meta definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) – a meta é de 3,25% e pode oscilar entre 1,75% e 4,75%.

Já para o ano que vem, a estimativa de inflação caiu de 3,93% para 3,91% na última semana. No próximo ano, a meta de inflação é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Também houve redução nas projeções para o preço do dólar em 2023. Agora, os economistas acreditam que a moeda norte-americana deve encerrar o ano cotada a R$ 4,90.

A principal razão para essa queda nas projeções do dólar é a expectativa de que o Federal Reserve, o banco central americano, pode começar a cortar as taxas de juros, hoje entre 5,25% e 5,50% ao ano, já no primeiro semestre do ano que vem.

Juros mais baixos nos Estados Unidos reduzem a rentabilidade entregue pelos títulos públicos americanos, considerados os mais seguros do mundo, o que impulsiona os investidores a migrarem para os ativos de risco, que oferecem retornos maiores, como os mercados de ações e títulos de países emergentes, como o Brasil.

Ao longo da semana, outros indicadores serão divulgados e podem mexer com os ânimos do mercado, principalmente o IPCA-15 e o Caged por aqui, e os pedidos de seguro-desemprego e vendas de moradias nos Estados Unidos.

*Com g1