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Bombardeios noturnos de Israel são parte da estratégia de forçar os palestinos a fugirem de suas casas; quase mil famílias palestinas já foram aniquiladas,
s 22 horas do dia 28 de outubro de 2024, a força aérea israelense atingiu um prédio de cinco andares em Beit Lahiya, na área norte de Gaza. Esta região tem sido bombardeada pelos israelenses desde 8 de outubro de 2023. Não houve trégua para os moradores dessa cidade, que fica ao norte do campo de refugiados de Jabaliya. Durante os primeiros meses do bombardeio, Sahar, de 42 anos, fugiu da área com seu filho de onze anos e o restante de sua família. Ela disse à Human Rights Watch que isso se deu “devido ao bombardeio excessivo contra casas de civis, que matou famílias inteiras”. Asma, de 32 anos, saiu de Beit Lahiya para a área supostamente segura de al-Mawasi. “Vivemos em um cenário de desastre”, diz ela. “E não temos esperança, morremos de fome e estamos sitiados.”
A família Abu Nasr não deixou a região de Beit Lahiya. Na verdade, encontraram abrigo no prédio da outra parte da família, achando que a localização do prédio, em uma área residencial, poderia lhes dar alguma imunidade contra os ataques israelenses. Na noite de 28 de outubro de 2024, havia 300 pessoas morando nos dez apartamentos do edifício. O local estava cheio, mas eles se sentiam seguros.
Quando o míssil foi lançado às 22h, a escada foi destruída e, portanto, impediu a fuga de qualquer pessoa que não estivesse no térreo do edifício. Muhammed Abu Nasr, de 29 anos, morava no térreo com sua esposa e filhos. Eles pularam o muro do edifício e foram para a casa de um vizinho. Mais tarde, Muhammed disse ao escritor Asil Almanssi: “Não dormi aquela noite inteira, pensando em meus pais, meus irmãos, minhas sobrinhas e sobrinhos. Como pude deixá-los e fugir? Eu fui realmente um covarde, um traidor? Os pensamentos me atormentavam, e eu não conseguia saber se tinha feito a coisa certa ou não.” Mas era a única coisa que ele poderia ter feito. Ter ficado em um prédio com uma escada bombardeada teria sido insensato. As famílias presas no prédio ligaram para a Defesa Civil de Gaza. Não havia nada que pudesse ser feito por elas até a manhã seguinte. Eles fizeram as malas e aguardaram o amanhecer, quando esperavam que pudessem ser resgatados dos andares superiores do prédio danificado.
Então, como se tivessem previsto isso durante toda a noite, às 4h da manhã, os israelenses atacaram esse edifício residencial mais uma vez. Dessa vez, eles atingiram o núcleo dos apartamentos. Muhammed Abu Nasr, agora deitado na casa de um vizinho, ouviu “uma explosão mais alta do que qualquer outra coisa que eu já havia ouvido. Parecia que um terremoto havia sacudido toda a área, com o chão tremendo violentamente e partes das paredes da casa em que eu havia me refugiado desabando”. Era uma bomba enorme. Muhammed ouviu sua família pedindo ajuda e gritando que havia cadáveres entre eles. Não havia nada a ser feito. Os aviões israelenses enchiam os céus. Era possível que houvesse outro ataque.
Quando as equipes de resgate começaram a remover os escombros, encontraram sobreviventes, feridos com pernas quebradas e pulmões perfurados. Mas também descobriram que mais de 100 pessoas da família Abu Nasr estavam mortas. Esse foi um massacre horrendo de uma família em uma área residencial bem conhecida. Carroças e ombros resistentes transportaram os feridos para o Hospital Al-Helou, uma maternidade que sofreu ataques israelenses em novembro de 2023, mas que agora segue funcionando parcialmente. Foi no hospital que Asil Almanssi ouviu Bassam Abu Nasr (de cinco anos), o único sobrevivente de sua família imediata, dizendo repetidamente: “Quero meu pai”. Mas seu pai havia sido morto pelos israelenses.
Por que às 4 horas da manhã?
Durante a Primeira Grande Guerra (1914-1919), ambos os lados usaram aeronaves para transportar bombas que pudessem ser lançadas em alvos inimigos, inclusive em áreas residenciais. Essas aeronaves não possuíam bons dispositivos de navegação, mas seus adversários tampouco tinham algo além de holofotes para encontrá-las no céu. Voar com bombardeiros lentos à luz do dia os teria exposto aos velozes caças, e é por isso que eles voavam sob a cobertura da escuridão da noite. É por isso que os bombardeios durante a Grande Guerra e a Segunda Guerra Mundial foram realizados à noite. Após a Grande Guerra, o primeiro-ministro britânico Stanley Baldwin disse à Câmara dos Comuns a verdade sobre o uso do bombardeio aéreo naquela época: “O bombardeiro sempre conseguirá passar. A única defesa está no [ataque], o que significa que você precisa matar mais mulheres e crianças e mais depressa do que o inimigo se quiser se salvar” (10 de novembro de 1932).
Os comentários de Baldwin em 1932 ocorreram sete anos após duas outras potências europeias (Espanha e França) terem incentivado mercenários dos Estados Unidos a bombardear a cidade marroquina de Chefchaouen em plena luz do dia. A Espanha e a França queriam acabar com a rebelião liderada por Abd el-Krim, conhecida como a Guerra do Rif (1921-1926). Os pilotos dos Estados Unidos, que formavam o Esquadrão Lafayette, voaram em bombardeiros biplanos Breguet 14 e realizaram 350 bombardeios. Como os combatentes do Rif tinham armas antiaéreas razoáveis onde estavam localizados, o Esquadrão Lafayette foi instruído a bombardear áreas indefesas, como a cidade de Chefchaouen e seus vilarejos vizinhos.
“Nosso objetivo”, escreveu o capitão Paul Rockwell, “era Chefchaouen, a cidade sagrada das tribos Djebala”. A cidade, observou ele, “já havia sido bombardeada anteriormente e, devido ao seu prestígio e sacralidade como santuário sagrado, esperava-se que um ataque aéreo contra ela intimidasse os Djebalas e fosse eficaz para afastá-los da causa de Abd el-Krim”. Em outras palavras, o bombardeio não tinha como fim atingir alvos militares, mas causar sofrimento psicológico entre os combatentes do Rif. O esquadrão bombardeou a cidade e seus arredores cerca de cinco vezes por dia, lançando “mais de quatro toneladas de projéteis”, o que era muito para aquela época. Eles até bombardearam um vilarejo que já havia se rendido. Não sabemos o número de mortes de civis. Esse número não foi registrado.
“A cidade parecia adorável vista do ar”, escreveu Rockwell, “abraçada por sua alta montanha e cercada por muitos jardins e plantações verdes”. A cidade foi bombardeada para enviar uma mensagem aos rebeldes do Rif. Essa foi a guerra colonial em sua forma mais voraz. E, por ter ocorrido nas colônias, o massacre em Chefchaouen foi esquecido (ao contrário, por exemplo, do bombardeio espanhol e alemão de Guernica – uma cidade europeia – em 1937, agora eternizado na famosa pintura de Pablo Picasso).
Na década de 1970, as autoridades municipais determinaram que as paredes da cidade fossem pintadas de azul para atrair turistas e – dizem alguns – para repelir mosquitos; a cidade, quando a visitei há uma década, é lembrada por suas paredes azuis e não pelo massacre de 1925. Nunca aprendemos as lições da história.
O povo de Gaza não tem capacidades antiaéreas. Eles não podem abater as aeronaves israelenses. No máximo, eles conseguem atingir drones que voem baixo. As aeronaves que bombardeiam as áreas residenciais de Gaza não voam à noite porque têm medo de serem abatidas. Eles voam à noite porque são capazes de amedrontar totalmente a população, matando famílias inteiras em suas casas e, assim, ameaçando outras famílias com a aniquilação. “Intimide os Djebalas”, escreveu Rockwell, o que pode ser facilmente atualizado para “intimide os palestinos”. Uma bomba que cai em uma casa às 4h da manhã com certeza matará os civis que estiverem dormindo lá. Isso faz com que os civis queiram fugir de suas casas. Criar as condições para essa fuga é o crime de limpeza étnica. “Vivemos em um desastre”, disse Asma, que fugiu de sua casa, mas não saiu de Gaza.
O inimaginável
Para muitos palestinos, mesmo depois desse ano terrível de genocídio, sair de Gaza é perder a Palestina, ou seja, fazer parte da Nakba (catástrofe) permanente que foi iniciada pelos israelenses em 1948. Eles não se abalarão, mesmo com as ondas de bombardeios noturnos que exterminam família após família. Até o momento, quase mil famílias foram totalmente aniquiladas. Uma investigação da Al Jazeera registra que 393 membros da família al-Najjar foram mortos, 226 membros da família al-Masry e 225 da família al-Astal.
Em 10 de outubro de 2023, às 20h30, uma bomba de 2 mil libras (907 kg) aterrissou na casa da família al-Najjar em Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza. A bomba matou 21 membros da família, parte dos 393 membros da família al-Najjar mortos ao longo do ano passado. Suleiman Salman al-Najjar, de 48 anos, estava no Hospital Mártires de al-Aqsa naquela noite. Ele sobreviveu à bomba. Mas sua esposa, Susanne Subhi Asalam Najjar, de 40 anos, e quatro de seus filhos – Farah (23 anos), Nadim (20 anos), Yazan (14 anos) e Safa (17 meses) – morreram. Mais tarde, ele disse à Anistia Internacional que, embora tenha conseguido recuperar o corpo de seu filho Nadim, só conseguiu encontrar uma mão da filha Safa. “Todos estavam sob os escombros. A casa foi completamente pulverizada. Os corpos foram reduzidos a pedaços. Nossas vidas foram destruídas em um momento. Nossa família foi destruída. Algo que era impensável agora é nossa realidade.”
Trump é o retrato do barata voado império escancaradamente decadente
A questão não é se Trump fará ou não o que ameaça, mas a decadência dos EUA pra ter um sujeito desses na presidência.
Muito antes de se mostrar totalmente inepto para lidar com catástrofes como os incêndios de Los Angeles, os EUA não produziu um único aparelho respirador durante a pandemia de Covid. Ficou 100% dependente da China.
Trump é só mais um falastrão que não tem a menor ideia de como tentar frear o trem chamado China que está atropelando o império.
Só a mídia nativa, 100% pró EUA, vive da nostálgica visão de um país que um dia foi um império. Desde Buch os EUA estão procurando a bola. Daí, ficam estampando em garrafais as ameaças funestas de um presidente condenado por inúmeros crimes como Trump.
Enquanto o cão Trump ladra, a caravana da China tratora os Yankees com recorde de superávit comercial de trilhão.
Autoridades chinesas afirmam que o resultado não é um objetivo traçado pela política econômica na China.
O saldo da balança comercial da China foi de 7 trilhões de yuans (R$ 5,8 tri ou quase 1 trilhão de dólares) em 2024, atingindo um novo recorde para a crescente economia do país.
O valor das exportações de bens da China em 2024 foi de 25,45 trilhões de yuans (R$ 21,18 trilhões), o que representou um aumento de 7,1% em comparação com 2023, e o oitavo ano de crescimento consecutivo, segundo dados divulgados pela Administração Geral de Alfândegas (AGA) nesta segunda-feira (14). As importações tiveram um crescimento de 2,3% e somaram 18,39 trilhões de yuans (R$ 15,3 tri) em 2024.
O resultado tem a ver com o nível de oferta e demanda globais, “a divisão industrial do trabalho e a competição de mercado”, disse Wang Lingjun, vice-chefe da Administração Geral de Alfândegas da China em coletiva de imprensa, onde frisou que o superávit comercial não é um objetivo da política econômica da China.
No final do ano passado, a Conferência Central de Trabalho Econômico da China afirmou que há no país “insuficiente demanda interna, dificuldades de produção e operação para algumas empresas”, e que “emprego e crescimento da renda” estão sob pressão.
Assim, a conferência, que é a reunião anual mais importante sobre economia do país, determinou como tarefas prioritárias para 2025, entre outras, impulsionar o consumo interno, aumentar a renda e reduzir os custos para grupos de renda média e baixa. 2025 é o último ano do 14° Plano Quinquenal.
O nível de superávit comercial “não é sustentável”, disse o economista Yao Yang, em entrevista ao Brasil de Fato. “Há muitos países adicionando tarifas sobre as exportações chinesas, incluindo o Brasil. Haverá ações defensivas tomadas por outros países”.
Yao, que é reitor da Escola Nacional de Desenvolvimento da Universidade de Pequim, afirma que há uma transformação na estrutura econômica da China e que a conjuntura econômica global está levando o governo a tentar acelerar o processo de mudança.
“Há uma espécie de urgência para acelerar a transformação de uma economia impulsionada pela exportação para uma economia impulsionada pelo consumo doméstico, então é por isso que o governo colocou o consumo como primeira prioridade neste ano”, explica o economista.
Destino e tipo das exportações
O setor manufatureiro foi responsável por 98,9% das exportações da China em 2024, de acordo com o diretor do Departamento de Estatística e Análise da AGA, Lyu Daliang.
A exportação de circuitos integrados da China aumentou 18,7%, a exportação de módulos de tela plana aumentou 18,1% e a de equipamentos de engenharia naval e marítima aumentou 60,1% em 2024, de acordo com o funcionário.
Presidente eleito dos EUA reúne declarações tensas contra países vizinhos; chamas na Califórnia já deixaram 24 mortos.
Apesar das ameaças recebidas pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, o Canadá e o México enviaram bombeiros para ajudar no combate dos incêndios florestais em Los Angeles, nos Estados Unidos.
Segundo afirmou o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, em suas redes sociais no último domingo (12), seu país destacou uma equipe de 60 bombeiros para atuar na Califórnia.
O ministro da Preparação para Emergências e Pacificação do Canadá, Harjit Sajjan, especificou que a ajuda foi solicitada pelos estadunidenses e respondida por Ottawa.
“Sessenta bombeiros de Alberta e da Colúmbia Britânica serão mobilizados amanhã [nesta segunda (13)] e estamos trabalhando para identificar e preparar mais recursos para enviar nos próximos dias”, declarou por meio da rede social X, antigo Twitter.
Dentre os recursos mobilizados, o Ministério de Transportes e Mobilidade canadense enviou dois aviões-tanques, devido à falta de água para combater as chamas em Los Angeles. A pasta ainda comunicou que, nesta semana, mais duas aeronaves levarão uma tripulação com pilotos, copilotos e técnicos de manutenção.
A ajuda decorreu de uma conversa entre Trudeau e o governador californiano Gavin Newsom, na sexta-feira (10). “Nós dois sabemos que o Canadá e os Estados Unidos são mais do que apenas vizinhos. Somos amigos — especialmente quando os tempos ficam difíceis. A Califórnia sempre nos apoiou quando lutamos contra incêndios florestais no norte. Agora, o Canadá ajuda no seu combate”, declarou o premiê.
Em resposta, Newsom, do Partido Democrata, agradeceu aos “vizinhos canadenses por uma mão amiga em momentos de necessidade”.
Já o México, sob a Presidência de Claudia Sheinbaum, enviou um grupo de ajuda humanitária para Los Angeles no último sábado (11). “Somos um país generoso e solidário. Agradecimentos à equipe do Plano DN-III-E do Ministério da Defesa, aos combatentes florestais e a Laura Vazquez Alzua, coordenadora nacional da Proteção Civil”, escreveu a mandatária no X.
Segundo o governo mexicano, a equipe enviada à Califórnia é formada por seis especialistas em proteção civil da Coordenação Nacional de Proteção Civil, vinculada à Secretaria de Segurança e Proteção ao Cidadão; 30 bombeiros florestais da Comissão Nacional Florestal do Ministério do Meio Ambiente e Recursos Naturais; 32 especialistas em incêndios florestais da Defesa e dois representantes do Ministério das Relações Exteriores.
O governador da Califórnia também agradeceu ao México pela ajuda: “isso é o que os amigos fazem, é disso que se trata os relacionamentos, amigos necessitados ajudando uns aos outros. Queremos estar ao lado do povo do México em tempos de necessidade e desastres e estamos extremamente humildes e gratos pelo fato de a presidente ter se disposto a enviar uma equipe”, declarou durante a chegada da delegação no estado.
Newson ainda falou sobre a boa relação da Califórnia com o México sob a administração de Sheinbaum e anteriormente com Manuel Andrés López Obrador (2018-2024).
A poucos dias da posse presidencial, marcada para 20 de janeiro, Trump ameaça diversos países com medidas que seriam impostas em seu próximo governo.
O republicano prometeu impor uma tarifa de 25% sobre todas as importações canadenses, uma medida que poderia ser devastadora para a economia do Canadá, em crítica aos gastos dos EUA com produtos e apoio militar a Ottawa. Além disso, fez declarações sobre anexar o país vizinho ao território estadunidense.
Em relação ao México, o magnata reúne uma série de declarações tensas desde sua campanha eleitoral, na qual uma das principais pautas era a anti-imigração. Trump também ameaçou impor tarifas de 25% ao México se não impedisse a entrada de drogas e de migrantes sem documentos no seu país.
Na última declaração provocativa, Trump disse que gostaria de mudar o nome do Golfo do México para “Golfo da América”. O presidente eleito também já afirmou que o país latino-americano é essencialmente governado por cartéis e acusou associações ilegais entre empresas para fixar preços de produtos e assim interferir no mercado e na economia.
24 mortos nos incêndios
Os incêndios em Los Angeles continuam a devastar a segunda maior cidade dos EUA pelo sexto dia, reduzindo comunidades inteiras a escombros e deixando milhares de desabrigados.
O número de mortos pelos incêndios chegou a 24 no domingo (12), enquanto autoridades alertavam sobre a chegada de ventos perigosos que podem aumentar a gravidade do desastre.
O Instituto Médico-Legal do Condado de Los Angeles divulgou uma lista dos mortos sem fornecer identidades. Oito corpos foram encontrados na região do incêndio em Palisades e 16 nos arredores do incêndio em Eaton, segundo o relatório.
Os esforços intensos dos bombeiros retardaram parcialmente a propagação do incêndio em Palisades, que estava se aproximando da luxuosa área de Brentwood e do densamente povoado Vale de San Fernando.
No entanto, as condições devem piorar com o “comportamento extremo do fogo e condições que ameaçam a vida” nos próximos dias. Essas rajadas de vento podem atiçar as chamas e levar brasas para novas áreas, alertaram os bombeiros.
Na última semana, os combatentes careciam de água para conter os incêndios. A situação foi revertida com a chegada de caminhões-tanque, segundo o chefe do Corpo de Bombeiros do Condado de Los Angeles, Anthony Marrone.
Enquanto isso, os evacuados ainda não podem retornar às suas casas “enquanto a bandeira vermelha permanecer”, declarou Marrone, que sinalizou uma possível mudança no cenário a partir da próxima quinta-feira (16).
O número total de moradores sob ordens de evacuação agora é de cerca de 100 mil, após atingir o pico de 180 mil.
*BdF
Neste domingo, com a chegada de ventos intensos e mais fortes na região, voltavam as preocupações sobre um possível agravamento da crise dos incêndios, que seguem sem controle.
Já queimaram mais de 150 km² — uma área maior que a cidade de Miami.
Mais de 100 mil pessoas seguem sob ordem de retirada.
Os incêndios continuaram aumentando e expandindo, devastando a segunda maior cidade dos Estados Unidos pelo sexto dia, reduzindo comunidades inteiras a escombros e cinzas, deixando milhares de pessoas desabrigadas.
Oito das vítimas foram encontradas na área do incêndio em Palisades — bairro luxuoso e lar de celebridades na costa do Pacífico — e 16 na área do incêndio em Eaton, a leste de Los Angeles.
Especialistas do Serviço Meteorológico Nacional (NWS, na sigla em inglês) afirmam que ventos de até 110 km/h são esperados, com potencial de criar uma situação ainda mais grave e perigosa.
A expectativa é de que essas rajadas de ventos ameacem tanto áreas já afetadas quanto novas regiões, alertaram os bombeiros.
Em algumas regiões, o fogo reduziu casas a cinzas, deixando apenas vestígios de metal derretido de carros queimados.
O toque de recolher nas áreas evacuadas foi ampliado.
O incêndio em Palisades já consumiu 9.500 hectares e está apenas 11% contido, enquanto o de Eaton, em Altadena, atingiu cerca de 5.700 hectares e está 27% contido, de acordo com as autoridades. Imagens de vídeo mostram “tornados de fogo”, fenômeno que ocorre quando um incêndio é tão intenso que cria seu próprio clima.
Autoridades federais e locais estão conduzindo uma ampla investigação para determinar a causa dos incêndios.
Embora o início de um incêndio florestal possa ser intencional, muitas vezes é natural e uma parte vital do ciclo de vida de um ecossistema.
No entanto, a expansão urbana coloca as pessoas em maior risco, e as mudanças climáticas, impulsionadas pelo uso desenfreado de combustíveis fósseis pela humanidade, estão agravando as condições que levam a incêndios destrutivos.
*(Com AFP e NYT)
Howard Marks previu a bolha da internet e, na última terça-feira (7), publicou carta a investidores alertando para novos riscos.
Howard Marks, o fundador da Oaktree Capital, elaborou uma carta a clientes para decifrar se o mercado pode estar diante de uma bolha envolvendo as principais empresas de tecnologia americanas.
Suas credenciais dão peso ao memorando.
O comportamento dos investidores hoje é similar a algumas das últimas grandes bolhas nos Estados Unidos, como a da internet, prevista por ele mesmo, e a das Nifty Fifty na década de 1970, avalia Marks.
Ele cita o exemplo da Nvidia (NVDC34), a desenvolvedora de chips que se tornou a queridinha dos investidores em tecnologia. Pelos atuais múltiplos baseados em lucros futuros aos quais as ações da companhia são negociadas hoje, as projeções dos investidores são de que empresa seguirá crescendo até 2030, sem ser suplantada por concorrentes.
Preocupação em Wall Street
O fundador da Oaktree não é a única voz a defender que há riscos de uma bolha estourar. No final do ano passado, o hedge fund Elliott Management disse em uma carta a seus investidores que a Nvidia está em uma “bolha” e que a tecnologia de inteligência artificial (IA) que impulsiona o preço das ações da companhia está “superestimada”.
Muitos dos supostos usos da IA “nunca serão economicamente viáveis, nunca funcionarão corretamente, consumirão muita energia ou se mostrarão suspeitos”, dizia uma carta divulgada internamente, segundo o Financial Times.
Roger McNamee, CEO da firma de venture capital Elevation Partners, afirmou em uma entrevista à CNBC em julho que os Estados Unidos “adoram uma mania financeira” e avaliou que as projeções feitas pelos investidores para bancar os elevados investimentos em infraestrutura para IA generativa são difíceis de avaliar. O especialista acredita que uma bolha pode estar sendo formada.
O que é a lei de Murphy mesmo?
Governo alemão recebe apelos para se desvencilhar da plataforma, enquanto várias organizações no país já o fizeram.
O que a estrela da NBA LeBron James, o icônico escritor de terror Stephen King e o jornal britânico The Guardian têm em comum? Todos eles abandonaram o X, a rede social anteriormente conhecida como Twitter, desde a vitória eleitoral de Donald Trump em novembro de 2024. Eles, no entanto, estão longe de serem os únicos. Na semana passada, mais de 60 universidades de língua alemã anunciaram que não usariam mais o X.
Comandada pelo cabo eleitoral de Trump mais rico do mundo, Elon Musk, a rede parece estar perdendo a preferência dos usuários fora do campo político conservador e – apesar da promessa do bilionário em 2022 de manter a plataforma “politicamente neutra” – muitos observadores acreditam que ele está trabalhando ativamente para transformar o X em um megafone extremista.
Especialistas ouvidos pela DW disseram que não há como dizer com segurança se o sistema foi ou não atualizado para impulsionar postagens de direita desde o início da era Musk, já que seus algoritmos estão constantemente sendo ajustados e reagindo a uma base de usuários em mutação.
“O resultado para os usuários é o mesmo, independentemente da causa: significativamente mais conteúdo de extrema direita na plataforma e nos feeds recomendados pelas pessoas”, disse o cientista social e pesquisador de mídia digital Colin Henry à DW.
Musk também alavancou seu status como o perfil mais seguido no X para amplificar vozes e narrativas pró-Trump na preparação para a eleição dos EUA, até mesmo se referindo a si mesmo como o “primeiro-amigo” de Trump, parodiando o termo “primeira-dama”.
“Não alimente o troll”
Atualmente com os olhos voltados para a política da União Europeia (UE), Musk disse a seus mais de 211 milhões de seguidores que o chanceler federal alemão, Olaf Scholz, é um “tolo” e o presidente Frank-Walter Steinmeier – cujo cargo é essencialmente cerimonial – é um “tirano”.
Musk também endossou publicamente a legenda de ultradireita Alternativa para a Alemanha (AfD), dizendo que era o único partido que poderia “salvar a Alemanha”. Na última quinta-feira (09/01), Musk realizou uma live no X com a colíder da AfD e candidata a chanceler nas próximas eleições alemãs, Alice Weidel.
O apoio de Musk a Trump e a intromissão contínua na política da UE geraram indignação na Alemanha. No entanto, as postagens de Musk provocaram pouco mais do que um dedo em riste de Scholz, que disse que sua abordagem era simples: “Não alimente o troll”.
“O que conta na Alemanha é a vontade dos cidadãos, não as declarações erráticas de um bilionário nos EUA”, disse Scholz à revista alemã Stern.
Vale a pena o esforço?
O autor de ficção científica e ativista da internet Cory Doctorow disse à DW que Musk já exerce poder suficiente para influenciar o voto em disputas eleitorais acirradas. Para ele, essa influência se deve em parte ao fato de a mídia tê-lo idolatrado por muitos anos como “uma espécie de herói”.
Para ele, Musk seria capaz de usar X para convencer para seus mais de 211 milhões de seguidores de que “a AfD é formada por sujeitos bacanas e sua associação com o fascismo e a limpeza étnica é exagerada”.
Ex-presidente do Uruguai comoveu a todos ao anunciar que o câncer se espalhou pelo seu corpo e que está preparado para morrer.
José Pepe Mujica, ex-presidente do Uruguai e um dos maiores nomes da esquerda latino-americana, revelou na última quinta-feira (9) que está enfrentando o estágio terminal de sua luta contra o câncer de esôfago, diagnosticado em abril de 2024. O anúncio comovente foi feito em entrevista ao semanário uruguaio Búsqueda, na qual o ex-mandatário, de 89 anos, disse estar “morrendo” e compartilhou um pedido emocionante sobre onde deseja ser enterrado.
“O câncer no esôfago está colonizando meu fígado. Não paro com nada. Por quê? Porque sou um ancião e porque tenho duas doenças crônicas”, afirmou Mujica, explicando que optou por não continuar com os tratamentos médicos devido à sua fragilidade. “Não me cabe nem um tratamento bioquímico nem a cirurgia porque meu corpo não aguenta.”
O pedido
Vivendo seus últimos dias na emblemática chácara em Rincón del Cerro, onde compartilha a vida com sua esposa, Lucía Topolansky, Mujica revelou que deseja ser enterrado ali, próximo à natureza que tanto ama.
“Eu vou morrer aqui. Ali fora há uma secoia grande. A Manuela (sua cadela) está enterrada lá. Estou fazendo os papéis para que também me enterrem ali”, declarou.
Nos primeiros dez meses da gestão de Javier Milei, a economia argentina já enfrentava um panorama crítico. Hecatômbico!
Fecharam 11.931 empresas e foram perdidos 215.981 empregos registrados, segundo um relatório do Centro de Economia Política (CEPA), baseado em dados da Superintendência de Riscos do Trabalho (SRT).
Entre novembro de 2023 e setembro de 2024, o número de empregadores desabou, sendo a construção o setor mais impactado, com uma redução de 6,5% no número de empregadores e 17,9% do total de demissões, o que equivale a 85.233 trabalhadores.
Milei deixou a economia argentina mais bagunçada que sua cabeleira em apenas um ano.
O novo inventor da roda portenha, não passa de um lacrador neoliberal que vende o que não entrega, pra vender mais caro o concerto que o próprio detonou e seguir não entregando nada do que vende na base da conversa fiada.
O neoliberalismo, como sabemos, é apenas uma peça manipuladora que glorifica a falência em nome da austeridade fiscal.
Milei, com seu marketing da motosserra está decapitando as empresas e os empregos argentinos.