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Mísseis poderosos, orçamentos bilionários e disparidade nos caças: o arsenal aéreo de Israel e Irã

Os países vivem escalada de tensões. O Irã fez um ataque direto inédito contra Israel no sábado (13), que, segundo a imprensa americana, revidou nesta quinta (18). A agressão iraniana é uma resposta ao bombardeio israelense ao consulado do Irã em Damasco, na Síria, que matou um comandante da Guarda Revolucionária.

Menos de uma semana após o ataque de 300 drones e mísseis do Irã contra Israel, explosões foram ouvidas em território iraniano na noite de quinta-feira (18).

O ataque, atribuído a Israel por um oficial americano ouvido pelo “New York Times”, atingiu uma base militar na cidade de Isfahan, que tem instalações nucleares, porém não causou grandes estragos. Com g1.

Os dois países vivem em uma escalada de tensões sem precedentes desde que o consulado iraniano na Síria foi atacado, em 1 de abril, matando o chefe da Guarda Revolucionária, braço mais poderoso do Exército e após a Revolução de Islâmica de 1979 no Irã. Veja aqui a cronologia da crise.

Como Israel e Irã não dividem fronteira, um eventual conflito aberto entre os países poderia acontecer pelo ar, com o uso de jatos, caças e outras aeronaves e o lançamento de mísseis. O bombardeio realizado pelo Irã no sábado (13) é um exemplo.

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Ataque contra Israel: EUA não querem guerra com Irã, mas G7 diz estar pronto para ‘tomar medidas’

Após uma videoconferência realizada na tarde deste domingo (14/04), os chefes de Estado e de governo do G7 pediram que o Irã cesse seus ataques contra Israel e ameaçou “tomar medidas” em caso de novas iniciativas iranianas de “desestabilização”. Do lado norte-americano, Washington diz que não quer uma guerra com Teerã, mas reiterou seu apoio ao Estado de Israel. União Europeia vai se reunir para discutir o assunto na terça-feira (16/04).

“Exigimos que o Irã e seus aliados cessem seus ataques e estamos prontos para tomar novas medidas agora, em caso de novas iniciativas de desestabilização”, indicou em comunicado o G7, grupo formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha, Itália e Japão. A reunião das principais potência mundiais foi convocada com urgência depois do Irã ter lançado um ataque noturno com mais de 200 drones e mísseis contra Israel, em resposta a um bombardeio contra o seu consulado em Damasco, no dia 1º de abril.

O ataque iraniano foi “frustrado”, segundo o Exército israelense. Já as autoridades de Teerã classificam a operação com um sucesso e afirmam terem se vingado do Estado de Israel.

O episódio suscitou reações da comunidade internacional. O presidente francês, Emmanuel Macron, condenou “nos termos mais fortes possíveis o ataque lançado pelo Irã contra Israel” e pediu a “contenção” das partes envolvidas, segundo uma mensagem publicada neste domingo na rede social X.

*Opera Mundi

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Israel pode responder ao ataque massivo do Irã já na segunda-feira, diz mídia

Citando autoridades dos EUA, jornal diz que há expectativa entre de Washington e aliados de uma resposta imediata de Tel Aviv ao ataque massivo do Irã contra Israel.

Israel pode responder já na segunda-feira (15) ao ataque massivo perpetrado pelo Irã na noite de sábado (13).

A informação foi veiculada pelo jornal The Wall Street Journal, que citou como fontes autoridades dos Estados Unidos e de outros países ocidentais.

“As autoridades dos EUA e do Ocidente esperam que Israel responda rapidamente aos ataques iranianos, possivelmente já na segunda-feira”, escreve o jornal.

A resposta de Israel ao ataque perpetrado pelo Irã é aguardada com expectativa, sobretudo porque pode escalar a tensão entre os países, transformando-se em um conflito regional.

Mais cedo, o ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz, afirmou que Tel Aviv vai criar uma coalizão regional contra a ameaça iraniana e responderá ao ataque no momento certo e da forma apropriada.

Na madrugada de sábado (13), o Irã disparou uma onda de cerca de 300 projéteis do seu território em direção a Israel, incluindo 170 drones, 30 mísseis de cruzeiro e 120 mísseis balísticos, que acionaram as sirenes de ataque aéreo em todo o país. Os militares israelenses disseram que 99% dos projéteis foram interceptados pelos sistemas de defesa aérea que compõem o Domo de Ferro.

*Sputnik

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Biden alerta Netanyahu: Estados Unidos não vão participar de uma ofensiva de Israel contra o Irã

Biden afirmou que os EUA auxiliaram Israel a neutralizar “quase todos” os drones e mísseis iranianos.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, comunicou ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que Washington não se envolverá em qualquer ação ofensiva contra o Irã, após o ataque massivo com drones e mísseis lançado pela nação persa contra o território israelense no último sábado (13).

Biden expressou a posição dos EUA durante um telefonema com Netanyahu no sábado à noite, conforme relatado por um funcionário sênior da Casa Branca à rede americana CNN, sob anonimato.

O distanciamento dos Estados Unidos aparentemente não desencorajou a ideia de Israel de responder com vigor. Em declarações televisionadas na manhã deste domingo (14), o ministro da Defesa, Yoav Gallant, declarou que o confronto com o Irã “ainda não terminou”, indicando uma possível retaliação ao ataque.

Em uma série de comunicados no sábado, o Irã adotou um tom de ameaça em relação ao envolvimento dos Estados Unidos no “conflito direto” entre os países. Em uma nota emitida pela delegação permanente do Irã na ONU, o país afirmou que o ataque aéreo foi uma resposta a um bombardeio ao anexo consular da Embaixada do Irã na Síria em 1º de abril, que resultou na morte de sete membros da Guarda Revolucionária, incluindo dois generais, um deles sendo Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças Quds.

Na nota, a missão iraniana na ONU destacou que os ataques com drones e mísseis representavam o fim da retaliação de Teerã, mas alertou sobre uma “resposta mais severa” em caso de retaliação israelense, ressaltando que os Estados Unidos “devem se abster” de se envolver em uma questão que diz respeito apenas aos dois países.

Após o telefonema com Netanyahu, Biden afirmou em comunicado que os EUA auxiliaram Israel a neutralizar “quase todos” os drones e mísseis iranianos. Nos últimos dias, o líder americano ordenou o envio de aeronaves militares e destróieres de defesa antimísseis para o Oriente Médio, diante da clara ameaça iraniana ao seu principal aliado na região.

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O que acontecerá no conflito depende de Israel ouvir os EUA

Ataque sem precedentes do Irã deixa líderes em alerta sobre qual será a reação de Israel.

Em décadas de antagonismo entre Israel e o Irã, nunca houve um ataque dos iranianos dentro de Israel. Isso marca um novo ponto.

O que irá acontecer a seguir depende de Israel ouvir os Estados Unidos e não escalar o ciclo de retaliação.

A onda massiva de drones e mísseis do Irã foi 99% interceptada, e Israel disse que os danos foram limitados. Desencadeada pelo ataque israelense de 1º de abril contra a embaixada iraniana na Síria, o bombardeio deixa a região em tensão.

Ainda não sabemos exatamente por que Israel realizou o ataque na Síria, mas analistas dizem que o Irã foi forçado a retaliar para dar uma resposta interna e demonstrar força na região. O Irã diz que o assunto está agora concluído.

O presidente Joe Biden disse que os EUA não se juntarão a qualquer ofensiva israelense contra o Irã. A verdadeira questão é se o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ouvirá os avisos de seu maior aliado.

O ex-primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, disse à CNN que Israel ganhou esta rodada e Netanyahu deve pensar antes de qualquer ação, alertando que Israel ainda está envolvido em Gaza, os reféns permanecem presos e a fronteira entre Líbano e Israel é altamente volátil.

Enquanto isso, apesar da escalada atual entre Israel e a inteligência dos EUA, não há evidências de que o Irã planejou ou agiu nos ataques do Hamas em 7 de outubro.

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Irã promete punir Israel por ataque ‘desumano’ contra embaixada na Síria

Bombardeio matou ao menos sete membros do Exército dos Guardiães da Revolução Iraniana.

O aiatolá iraniano Ali Khamenei prometeu nesta terça-feira (02/03) “punir” Israel pelo ataque que matou pelo menos 13 pessoas na embaixada do país persa em Damasco, capital da Síria.

Entre as vítimas estão sete membros do Exército dos Guardiães da Revolução e seis cidadãos sírios, segundo a mídia estatal do Irã.

Para Teerã, o bombardeio de segunda-feira (01/03) é responsabilidade do “regime sionista” que mirou o edifício consular da sede diplomática.

“O regime malévolo de Israel será punido pelas mãos dos nossos valentes homens. Vamos fazer com que se arrependam desse crime”, declarou Khamenei.

Já o presidente iraniano, Ebrahim Raisi, afirmou que esse “crime covarde não ficará sem resposta”. O mandatário condenou o ataque, chamando de “ato desumano e desprezível”.

“Os sionistas precisam saber que não alcançarão seus objetivos atrozes por meio de atos desumanos, mas serão testemunhas do fortalecimento da resistência e do ódio das nações que buscam liberdade”, salientou.

A pedido da Rússia, o Conselho de Segurança da ONU fará nesta terça-feira uma reunião aberta sobre o ataque em Damasco, que arrisca provocar uma escalada da tensão no Oriente Médio.

“Foi um ato de agressão e uma violação da lei internacional”, declarou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, enquanto a China ressaltou que “a segurança das sedes diplomáticas não pode ser violada e que a soberania da Síria deve ser respeitada”.

Já o porta-voz da União Europeia para política externa, Peter Stano, disse estar “alarmado com o suposto ataque israelense” e que é “importante mostrar moderação”. “Uma nova escalada na região não é do interesse de ninguém”, acrescentou.

Ataque contra embaixada
O ataque explosivo foi realizado nesta segunda-feira contra o edifício do consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, e resultou na morte de um dos principais comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana, o general Mohammad Reza Zahedi.

O canal de notícias catari Al Jazeera disse que alguns edifícios anexos ao do consulado também foram afetados pela explosão.

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Comandante militar do Irã é morto em atentado na Síria; agência local atribui ação a Israel

Um dos principais generais da Guarda Revolucionária Iraniana foi uma das seis vítimas fatais de ataque explosivo contra consulado.

Um ataque explosivo realizado nesta segunda-feira (01/04) contra o edifício do consulado do Irã em Damasco, capital da Síria, resultou na morte de ao menos seis pessoas, entre elas um dos principais comandantes da Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC), o general Mohammad Reza Zahedi.

Segundo a SANA, agência de notícias estatal síria, o prédio inteiro foi reduzido a escombros, o que poderia levar à identificação de novas vítimas fatais nas próximas horas.

Além disso, a agência atribui a autoria do ataque a uma ação promovida pelos serviços de inteligência de Israel.

A primeira declaração oficial israelense a respeito do ocorrido não desmente nem descarta essa possibilidade. O comunicado de Tel Aviv afirma somente que “não iremos comentar relatos de meios de comunicação estrangeiros”.

O canal de notícias Al Jazeera, do Catar, afirma que alguns edifícios anexos ao do consulado também foram afetados pela explosão.

Um desses edifícios seria a residência oficial do embaixador do Irã na Síria. Entretanto, o atual embaixador iraniano em Damasco, Hossein Akbari, teria sido encontrado com vida e aparentemente sem ferimentos, assim como todos os membros da sua família.

Por essa razão, diversos meios de imprensa árabes e iranianos tem descrito o atentado como uma ação que tinha justamente o general Reza Zahedi como alvo principal.

*Opera Mundi

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Embaixador russo afirma que adesões ao BRICS representam uma ‘nova ordem mundial’

Diplomata reconheceu que integração do Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos ao BRICS contribui para redução da influência ocidental no mundo.

A adesão do Irã, Egito, Etiópia, Arábia Saudita, e Emirados Árabes Unidos ao BRICS reflete a “formação de uma ordem mundial mais democrática e justa”, afirmou o embaixador da Rússia no Irã, Aleksei Dedov, em entrevista à Sputnik.

“A adesão do Irã e de outros novos membros à associação reforça a parceria estratégica e a posição internacional do BRICS”, declarou o representante russo.

Segundo sua análise, “as relações internacionais estão passando por uma profunda transformação” que culminam nas mudanças para uma nova ordem mundial.

O embaixador ressaltou que o Irã reconhece a necessidade de diminuir a “influência dos países ocidentais nos assuntos mundiais”.

“Tal qual a Rússia, o Irã acredita que o multilateralismo deve ser desenvolvido em vários formatos nos quais trabalham pessoas com ideias semelhantes”, destacou o diplomata.

Dedov também falou sobre o empenho da Rússia em desenvolver cooperações com o Irã, agora membro do bloco anteriormente formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, desde janeiro de 2024.

*Sputnik

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Paquistão faz ataques contra alvos de grupo separatista no Irã; 7 pessoas morreram

O Paquistão atacou alvos de um grupo militante separatista no Irã nesta quinta-feira (18). As informações foram confirmadas por uma autoridade da inteligência paquistanesa. Segundo o governo do Irã, pelo menos sete pessoas morreram, sendo três mulheres e quatro crianças.

O governo do Irã afirmou que mísseis do Paquistão atingiram uma vila que fica na província de Sistão-Baluchistão, no sudeste do país. A região atingida fica na fronteira com o Paquistão.

O Ministério das Relações Exteriores do Paquistão disse que os ataques tiveram como alvos “esconderijos terroristas” identificados no território iraniano.

Os alvos em questão fazem parte da Frente de Libertação Balúchi, que busca a independência da província paquistanesa do Baluchistão.

Em comunicado, o governo do Paquistão disse que respeita a soberania e integridade territorial do Irã, e que os ataques tiveram como objetivo garantir a segurança paquistanesa.

“O Irã é um país irmão, e o povo do Paquistão tem grande respeito e afeição pelo povo iraniano”, afirmou o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão.

O bombardeio acontece dois dias após o Irã atacar uma base de um grupo rebelde no Paquistão. O governo paquistanês afirmou que os iranianos invadiram o espaço aéreo do país e que duas pessoas morreram no ataque, segundo o g1.

Após o ataque iraniano de terça-feira, o governo do Paquistão afirmou que o incidente poderia ter “sérias consequências” e que era “complementarmente inaceitável”.

Além do Paquistão, o Irã também atacou a Síria e o Iraque nesta semana. O governo iraniano disse que as ações são resposta a um atentado terrorista que matou 84 pessoas no início do mês.

Crise no Oriente Médio
A troca de ataques entre Irã e Paquistão é mais um capítulo da escalada na crise que atinge o Oriente Médio. As tensões entre os países da região cresceram desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023.

Além da guerra no território palestino e israelense, grupos armados que estão presentes na região acabaram se envolvendo no conflito, espalhando a crise para outros países.

Entre eles estão o Hezbollah, no Líbano, e os Houthis, no Iêmen, que declararam apoio ao Hamas. Ambos os grupos são apoiados pelo Irã. Nos últimos meses, Hezbollah e Houthis fizeram ataques contra Israel.

Mais recentemente, os Estados Unidos e o Reino Unido fizeram bombardeios contra os rebeldes do Iêmen, em resposta a ataques conduzidos pelos Houthis contra navios comerciais no Mar Vermelho.

O Irã, por sua vez, acusa Israel de assassinar comandantes iranianos a aliados do país. Na segunda-feira (15), o Irã lançou mísseis contra alvos na Síria e no Iraque, que seriam do serviço de inteligência de Israel.

Na terça-feira, os iranianos atacaram o Paquistão — cujo governo é apoiado pelos EUA. Os alvos foram bases do grupo rebelde Jaish al-Adl. O Irã alega que esse grupo é financiado por Israel.

 

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Irã mata com míssil bilionário aliado de Israel no Iraque

Numa sinistra demonstração de que a guerra entre Israel e Hamas já escalou para toda a região, a Guarda Revolucionária do Irã confirmou que utilizou mísseis balísticos de longo alcance contra o que chamou de “centro de espionagem” do Mossad, o serviço de inteligência de Israel, em Arbil, no vizinho Iraque.

Arbil é a capital da região autônoma do Curdistão, que mantém relações próximas com os Estados Unidos e onde o governo iraquiano, sediado em Bagdá, tem influência diminuta.

“O quartel-general era responsável por planejar e executar operações de espionagem e terrorismo na região, especialmente em nosso amado país”, disse a nota da IRGC.

Há indícios de que o ataque foi uma resposta ao assassinato por Israel, em Damasco, na Síria, do general da Guarda Revolucionária Razi Mousavi, um dos contatos do Irã com o governo aliado de Bashar al-Assad.

Teerã também confirmou que disparou mísseis balísticos contra a região de Aleppo, na Síria, onde existem bases do Estado Islâmico.

O EI assumiu um atentado em Kerman, no Irã, que matou ao menos 84 pessoas durante o memorial do general Qasem Soleimani.

Soleimani foi assassinato em Bagdá pelos Estados Unidos em 2020. Ele chefiava a Força Quds, um braço da IRGC. Era um dos responsáveis por organizar o Eixo da Resistência contra Israel. Soleimani também organizou o enfrentamento ao Estado Islâmico no Iraque e na Síria.

Diferentemente do que diz a mídia comercial, o Estado Islâmico é inimigo figadal do Irã. É composto por sunitas que consideram os xiitas iranianos “infiéis”.

A ligação entre Hamas e Estado Islâmico, que Israel usa em sua propaganda para justificar o ataque a Gaza, é inexistente.

Enquanto os sunitas do Hamas lutam essencialmente pela causa palestina, o Estado Islâmico é composto por ortodoxos do salafismo que defendem um novo califado islâmico para governar o Oriente Médio e o Norte da África.