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EUA estão desviando petróleo sírio para suas bases militares no Iraque, diz mídia

Um comboio de 56 caminhões-tanque carregados de petróleo “roubado” partiu da Síria em direção à bases dos Estados Unidos no Iraque neste sábado (6), informou a agência estatal de notícias síria SANA.

Ouvindo moradores que vivem perto da fronteira entre a Síria e o Iraque, a SANA afirmou que o comboio atravessou a passagem de Al-Mahmudiyah, na província de Al-Hasakah, no norte do país.

Repetidamente o governo sírio acusa os Estados Unidos seus militares de “pilharem os recursos sírios”, um ato que piora ainda mais a situação econômica que o país enfrenta em meio a uma guerra civil.

O governo do país não detém mais o controle da maioria dos campos energéticos devido a presença dos EUA em áreas ricas de petróleos no norte e no leste da Síria, segundo Farhan Jamil Abdullah, chefe da estatal Syria Oil Company.

O executivo afirmou também que a empresa viu sua produção despencar de 385 mil barris por dia para 15 mil barris devido a presença dos EUA. A produção de gás também viu uma grande baixa, passando de 30 milhões de metros cúbicos por dia para 10 milhões de metros cúbicos.

Em julho do ano passado Firas Hassan Kaddour, ministro do Petróleo e Recursos Minerais, afirmou que a chegada dos norte-americanos levou a prejuízos econômicos maiores que US$ 100 bilhões (R$ 487 bilhões) somente no setor energético.

*Sputnik

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Irã tem maior arsenal de mísseis do Oriente Médio

O ataque do Irã contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas dos Estados Unidos reacendeu os questionamentos sobre o tamanho do poderio bélico do país persa.

Desde a década de 1980, Teerã promove um programa de desenvolvimento de mísseis balísticos (que seguem trajetórias pré-definidas) de curto e médio alcance que serviu de argumento para o presidente dos EUA, Donald Trump, romper o acordo nuclear de 2015 e reintroduzir sanções contra o Irã.

Os mísseis balísticos do arsenal iraniano são o Shahab-1 (alcance de 300 km), o Shahab-2 (500 km), o Qiam-1 (750 km), o Fateh-110 (de 300 km a 500 km), o Zolfaghar (700 km) e o mais potente deles, o Shahab-3 (2 mil km). Esse último poderia atingir boa parte da Europa Oriental, mas nenhum tem alcance para chegar aos EUA.

Segundo um relatório divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em novembro de 2019, a “ausência de uma força aérea moderna” fez dos mísseis balísticos o principal componente do arsenal bélico iraniano para dissuadir seus adversários de atacá-lo.

“O Irã tem a maior força de mísseis no Oriente Médio, com um inventário substancial de mísseis de curto alcance, mísseis balísticos de curto alcance e mísseis balísticos de médio alcance que podem atingir alvos em toda a região”, diz o relatório.

Nos últimos anos, o país também tem trabalhado no desenvolvimento de foguetes espaciais, o que, na visão do Pentágono, pode servir de teste para tecnologias de um possível míssil balístico intercontinental. O Irã, contudo, não detém armas nucleares.

Os números exatos são desconhecidos, mas estima-se que o Exército do Irã tenha 523 mil militares na ativa, de acordo com o International Institute for Strategic Studies, think tank britânico citado pela rede BBC.

Essa cifra representa pouco menos da metade do contingente americano, mas o Irã tem apenas 25% da população dos Estados Unidos.

O país persa ainda se aproveita de sua localização privilegiada no Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, para exercer seu poder naval.

Ao longo de 2019, as autoridades iranianas apreenderam diversos navios petroleiros na região, que é a principal rota de transporte dessa commodity em todo o mundo.

No cenário externo, Teerã também financia e treina grupos como o libanês Hezbollah, milícias xiitas no Iraque e rebeldes houthis no Iêmen.

Esse ativismo internacional também foi visto na guerra da Síria, onde o Irã foi importante para a manutenção do regime de Bashar al-Assad, e deu combustível para o antagonismo com sua grande rival na região, a sunita Arábia Saudita, aliada dos EUA.

 

 

*Com informações do Uol