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Irã tem maior arsenal de mísseis do Oriente Médio

O ataque do Irã contra duas bases militares no Iraque que abrigam tropas dos Estados Unidos reacendeu os questionamentos sobre o tamanho do poderio bélico do país persa.

Desde a década de 1980, Teerã promove um programa de desenvolvimento de mísseis balísticos (que seguem trajetórias pré-definidas) de curto e médio alcance que serviu de argumento para o presidente dos EUA, Donald Trump, romper o acordo nuclear de 2015 e reintroduzir sanções contra o Irã.

Os mísseis balísticos do arsenal iraniano são o Shahab-1 (alcance de 300 km), o Shahab-2 (500 km), o Qiam-1 (750 km), o Fateh-110 (de 300 km a 500 km), o Zolfaghar (700 km) e o mais potente deles, o Shahab-3 (2 mil km). Esse último poderia atingir boa parte da Europa Oriental, mas nenhum tem alcance para chegar aos EUA.

Segundo um relatório divulgado pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos em novembro de 2019, a “ausência de uma força aérea moderna” fez dos mísseis balísticos o principal componente do arsenal bélico iraniano para dissuadir seus adversários de atacá-lo.

“O Irã tem a maior força de mísseis no Oriente Médio, com um inventário substancial de mísseis de curto alcance, mísseis balísticos de curto alcance e mísseis balísticos de médio alcance que podem atingir alvos em toda a região”, diz o relatório.

Nos últimos anos, o país também tem trabalhado no desenvolvimento de foguetes espaciais, o que, na visão do Pentágono, pode servir de teste para tecnologias de um possível míssil balístico intercontinental. O Irã, contudo, não detém armas nucleares.

Os números exatos são desconhecidos, mas estima-se que o Exército do Irã tenha 523 mil militares na ativa, de acordo com o International Institute for Strategic Studies, think tank britânico citado pela rede BBC.

Essa cifra representa pouco menos da metade do contingente americano, mas o Irã tem apenas 25% da população dos Estados Unidos.

O país persa ainda se aproveita de sua localização privilegiada no Estreito de Ormuz, entre os golfos Pérsico e de Omã, para exercer seu poder naval.

Ao longo de 2019, as autoridades iranianas apreenderam diversos navios petroleiros na região, que é a principal rota de transporte dessa commodity em todo o mundo.

No cenário externo, Teerã também financia e treina grupos como o libanês Hezbollah, milícias xiitas no Iraque e rebeldes houthis no Iêmen.

Esse ativismo internacional também foi visto na guerra da Síria, onde o Irã foi importante para a manutenção do regime de Bashar al-Assad, e deu combustível para o antagonismo com sua grande rival na região, a sunita Arábia Saudita, aliada dos EUA.

 

 

*Com informações do Uol

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Militares dos EUA abandonam 2 bases na Síria e seguem rumo ao Iraque

Militares estadunidenses abandonaram duas bases no nordeste da Síria e se dirigiram para o Iraque, segundo mídia.

De acordo com a agência de notícias estatal SANA, cerca de 40 caminhões com equipamento militar abandonaram a base de Khrab Jir na província de Hasakah e seguiram em direção à fronteira com o Iraque. Por sua vez, da base na cidade de Shadadi saíram 50 caminhões com equipamento militar e se dirigiram para o posto de controle na fronteira com o Iraque.

A agência de notícias informa que a medida está ligada ao “preparo para a retirada final das tropas ocupantes”. No entanto, a agência não divulga as fontes da informação.

Na madrugada da quarta-feira (8), o Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC) anunciou o início da operação de vingança após o assassinato do general iraniano Qassem Soleimani. O Irã realizou ataques com mais de uma dúzia de mísseis balísticos contra duas bases aéreas no Iraque, que abrigam as tropas norte-americanas. De acordo com a mídia, ataques provocaram morte de 80 pessoas.

Foto aérea da base militar Ain Al-Asad, que abriga militares dos EUA no Iraque

Foto aérea da base militar Ain Al-Asad, que abriga militares dos EUA no Iraque

Antes, o IRGC convocou os EUA para que retirassem as tropas do Oriente Médio para evitarem mais vítimas.

 

 

*Com informações do Sputnik