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Política

Deputados bolsonaristas tentam a todo custo revogar crimes de golpe e ataque à democracia

Três projetos de lei apresentados por deputados da base bolsonarista na Câmara, nos últimos dias, propõem a revogação dos artigos 359-L e 359-M do Código Penal, que tipificam os crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.

A ofensiva legislativa ocorre em meio à intensificação das investigações do Supremo Tribunal Federal (STF), que tornou réus, pelos mesmos crimes, o ex-presidente Jair Bolsonaro, ex-ministros e militares envolvidos na articulação de uma trama golpista.

As propostas foram apresentadas pelos deputados Gustavo Gayer (PL-GO), Sargento Gonçalves (PL-RN) e Alberto Fraga (PL-DF), e ainda aguardam despacho da Mesa Diretora da Câmara para começarem a tramitar nas comissões.

Os dois dispositivos questionados pelos bolsonaristas foram introduzidos em 2021 com a revogação da antiga Lei de Segurança Nacional um resquício do regime militar, historicamente usado para reprimir opositores políticos. Com a Lei nº 14.197/2021, os novos artigos passaram a proteger o regime democrático com base em princípios constitucionais:

Art. 359-L: criminaliza tentativas, com violência ou grave ameaça, de abolir o Estado Democrático de Direito. Pena: 4 a 8 anos de reclusão.
Art. 359-M: pune tentativas de depor, com violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: 4 a 12 anos de reclusão.
Ambos os dispositivos são os fundamentos jurídicos usados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) para denunciar Bolsonaro e outros 20 aliados por arquitetarem um golpe de Estado. Os três projetos de lei seguem a mesma linha geral: a revogação imediata dos artigos 359-L e 359-M.

PL 2231/25

O deputado Sargento Gonçalves argumenta que a existência desses crimes ameaça garantias como a liberdade de expressão e o direito de reunião. Em sua justificativa, sustenta que os artigos são vagos, abrem brechas para interpretações abusivas e colocam em risco manifestações políticas legítimas. Gonçalves cita ainda tratados internacionais, como o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, e a jurisprudência da Corte Interamericana para defender que a legislação penal não deve ser usada para restringir a dissidência. (Veja a íntegra do projeto)

PL 2235/25

Já Alberto Fraga classifica os tipos penais como ferramentas de “perseguição política” e defende sua revogação como uma solução provisória até que se elabore uma legislação mais clara. O deputado alega que os dispositivos vêm sendo usados de forma cumulativa para prender manifestantes e opositores, especialmente após os atos antidemocráticos de janeiro de 2023. (Veja a íntegra do projeto)

PL 2265/25

A proposta mais robusta é a de Gustavo Gayer (PL-GO), que conta com o apoio de outros 46 parlamentares entre eles, o deputado Delegado Alexandre Ramagem (PL-RJ), um dos réus no processo sobre a trama golpista. O texto acusa o STF de “hipertrofia institucional” e afirma que os artigos em vigor permitem interpretações subjetivas, desrespeitando o princípio da taxatividade penal.

Para Gayer, os crimes vêm sendo aplicados sem provas materiais de que houve atos concretos que configurassem uma tentativa real de golpe, baseando-se apenas em discursos ou ilações políticas, segundo o Congresso em Foco.

STF, PGR e os réus do golpismo

A iniciativa parlamentar ocorre dias após o STF aceitar a denúncia da PGR contra Bolsonaro e seus aliados. O ex-presidente é acusado de tentar desacreditar o sistema eleitoral e promover uma intervenção militar para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva. O plano envolvia ministros, comandantes militares e parlamentares.

Segundo o Supremo, as ações ultrapassaram os limites da liberdade de expressão e configuraram uma articulação concreta contra o Estado Democrático de Direito.

Embate entre poderes

A tentativa de revogação dos artigos marca um novo capítulo na disputa entre Legislativo e Judiciário. Deputados bolsonaristas têm acusado o STF de atuar como censor ideológico e de perseguir adversários políticos sob o pretexto de proteger a democracia. A tensão se agravou com o avanço dos inquéritos sobre os atos de 8 de janeiro, as denúncias contra Bolsonaro e a atuação firme da Corte na responsabilização dos envolvidos.

Além de enfrentar forte resistência política especialmente das bancadas de centro e esquerda , os projetos também esbarram em barreiras jurídicas: a revogação dos artigos pode ser contestada no próprio STF por representar uma ameaça ao princípio da separação dos poderes e à ordem constitucional estabelecida pela Constituição de 1988.

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Política

Vídeo – Lula sobre Mujica: “Espero que a carne se vá, mas que as ideias fiquem”

O presidente Lula (PT) lamentou novamente, nesta terça-feira (13), a morte do ex-presidente do Uruguai José Mujica, aos 89 anos, durante entrevista coletiva ao final da visita à China, em Pequim. Ele disse que conhece muitos políticos, mas nenhum tem a grandeza de alma de Mujica.

Lula expressou seu pesar pela morte do aliado político e afirmou que o mínimo que pode fazer é se “despedir das pessoas que serviram de exemplo para a gente”. Ele ainda comentou que, ao retornar de viagem à China para Brasília, fará uma visita a Montevidéu para o enterro de Mujica.

O petista descreveu Mujica como um exemplo de dignidade e coragem. “Era um ser humano muito importante para a democracia, para os setores progressistas, para a esquerda”, afirmou Lula. “Ele era efetivamente uma figura excepcional.”

Lula também falou sobre o último encontro entre eles, em março, durante a posse do presidente Yamandú Orsi, e disse ter a certeza de que era a última vez que se encontravam em vida. “Ele mesmo dizia que estava no fim. Ele não escondeu nenhuma vez a gravidade da evolução da doença”, contou.

“Ele me disse ‘Lula, estou indo embora’. Com a maior tranquilidade que ele me disse isso, era o jeito que ele governava o Uruguai. A carne se vai, mas as ideias ficam. Espero que as pessoas tirem proveito das ideias e do ensinamento do Pepe Mujica.”

Lula também publicou em suas redes sociais uma homenagem, dizendo que a trajetória de Mujica “foi um exemplo de que a luta política e a doçura podem andar juntas”. “E de que a coragem e a força podem vir acompanhadas da humildade e do desapego.”

“Em seus quase 90 anos de vida, Mujica combateu fervorosamente a ditadura que um dia existiu em seu país. Defendeu, como poucos, a democracia. E nunca deixou de militar pela justiça social e o fim de todas as desigualdades”, escreveu o presidente.

*DCM

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Economia

Efeito Lula: Ibovespa, pela primeira vez, passa de 139 mil e fecha no maior patamar da história

Recorde! O Ibovespa bateu mais dois recordes nesta terça-feira: fechou com alta de 1,76%, aos 138.963,11 pontos, um ganho de 2.399,93 pontos, no maior patamar de fechamento da história do índice.

Além disso, na máxima do dia, chegou também pela primeira vez a 139 mil, com 139.418,97 pontos, o maior nível de todos os tempos.

O maior patamar de fechamento anterior era 137.343,96 pontos, em 28 de agosto de 2024.

O céu é o limite? Ainda não se sabe, mas o avião do Ibovespa decolou da mesma forma que o real, que viu hoje o dólar comercial cair 1,34%, a R$ 5,609, com a mínima chegando a R$ 5,595.

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Política

A campanha eleitoral antecipada da mídia travestida de jornalismo e o silêncio obsequioso do TSE

Numa democracia de mercado e uma prática política cada dia mais midiatizada, a idiotização das classes media baixa, media e alta, é condição sine qua non.

O bolsonarismo que o diga

Aquela histeria coletiva da nação de zumbis totalmente alienada é fruto dessa manipulação grosseira da mídia.

Já em 2013 nas tais jornadas de junho, isso estava posto de forma bastante marcada com camisa da seleção e tudo.

O foco eram os tais 20 centavos, mas o alvo era a cabeça de Dilma.

Os grandes timoneiros daquela insurreição fascista, carregada até os dentes de ódio fecundo contra o PT e, principalmente., contra Dilma, eram os Marinho, Mesquita e Frias.

Agora, contra Lula, a tática não é diferente.

A “independência” política do Estadão nesse último final de semana mostra que o jornalao está amarrado ao pé da mesa dos banqueiros da Faria Lima, revelando com isso que toda a mídia parceira, seguirá o mesmo diapasão.

Novidade zero. O que espanta é a campanha escancarada de Tarcísio que o tijolo trouxe dois anos antes da eleição de 2026, mostrando que a tática de se travestir de imprensa independente segue o mesmo padrão da “escolha difícil” do mesmo editorial pro-Bolsonaro em 2018, borrado por Vera Magalhaes, nas páginas do mesmo Estadão.

O que nós brasileiros esperamos da justiça eleitoral, é que ela fique atenta a esse tipo de abuso totalmente fora da lei.

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Mundo

Mujica, ex-presidente do Uruguai, morre aos 89 anos

Reuters – O ex-presidente do Uruguai José Mujica morreu, disse o atual líder do país sul-americano, Yamandu Orsi, em um post no X.

Mujica, que era frequentemente chamado pelo apelido de Pepe e foi presidente de 2010 a 2015, tinha 89 anos de idade.

“Obrigado por tudo o que você nos deu e por seu profundo amor por seu povo”, disse Orsi na publicação.

“É com profundo pesar que anunciamos o falecimento do nosso colega Pepe Mujica. Presidente, ativista, referência e líder. Sentiremos muita falta de você, querido velho. Obrigado por tudo o que você nos deu e pelo seu profundo amor pelo seu povo”, escreveu Orsi.

Em abril de 2024, Mujica anunciou que estava com um tumor no esôfago, com o órgão “muito comprometido”. E, em janeiro, disse que o câncer havia se espalhado.

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Política

Tarcísio cerca favela do Moinho e ataca moradores; um bebê passa mal após uso de gás lacrimogêneo

Moradores acusam CDHU de descumprir acordo firmado pelo governo que previa demolições apenas após saída das famílias.

A Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) voltou à favela do Moinho, na manhã desta terça-feira (13), com a Polícia Militar, que atacou os moradores com bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha. A reportagem do Brasil de Fato viu um bebê passando mal após inalar a fumaça.

Os ataques começaram após os moradores resistirem à demolição de algumas casas dentro da favela, a última da região central da capital paulista. O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) havia se comprometido com as famílias que as casas só seriam derrubadas quando a comunidade fosse removida.

No entanto, na última segunda-feira (12) a CDHU, apoiada pela PM, começou as demolições das moradias que já estão sem ocupantes. A comunidade se preocupa com a ação, pois as casas vizinhas dos imóveis demolidos ficam com a estrutura fragilizada após a intervenção de tratores.

De acordo com a CDHU, 168 famílias já deixaram seus imóveis e aderiram ao acordo com o governo de São Paulo. A comunidade confirmou ao Brasil de Fato que 150 famílias já saíram da favela. Cerca de 840 famílias vivem no local.

“É muita truculência aqui dentro. É policial batendo em pai de família. A gente tinha um acordo com a CDHU e esse acordo foi quebrado ontem”, denuncia Maria Alves Rodrigues, cozinheira e moradora do Moinho há 17 anos.

“Ontem foi um show de horror, com os moradores perdendo suas coisas porque não tinham sido avisados com antecedência. A sanha de Tarcísio em fazer limpeza social para favorecer a especulação imobiliária passou de todos os limites. A PM, mais uma vez, está usando de violência para intimidar os moradores”, afirmou a deputada estadual Ediane Maria (Psol), que acompanha a ação no local.

Um morador, que não foi identificado pela reportagem, foi preso durante a ação da Polícia Militar e da CDHU. A informação é que ele havia sido conduzido para a 2º Delegacia de Polícia, que fica no Bom Retiro, bairro vizinho à favela do Moinho. Mais cedo, ele já havia sido vítima de agressões dos policiais.

Em protesto, os moradores acenderam uma fogueira na entrada da favela e fecharam a linha de trem que passa dentro da comunidade.

*BdF

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Economia

Novos investimentos chineses no Brasil podem gerar 150 mil empregos

Do delivery à energia limpa, aportes de gigantes chinesas sinalizam mudança estratégica e somam R$ 27 bilhões

Uma robusta injeção de capital chinês na ordem de R$ 27 bilhões promete agitar diversos setores da economia brasileira, desde o competitivo mercado de delivery até a produção de semicondutores e a transição energética. O anúncio foi feito pelo presidente Lula durante o encerramento do Seminário Empresarial Brasil-China nesta segunda-feira (12), em Pequim, e marca um novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países. Estima-se que os investimentos podem gerar 150 mil empregos diretos.

Gigantes miram consumidor e tecnologia brasileira

Um dos destaques é a entrada da Meituan, gigante chinesa do setor de entregas, que aportará R$ 5,6 bilhões ao longo de cinco anos para disputar o mercado brasileiro, confrontando diretamente o iFood. Operando sob a marca Keeta, já utilizada em Hong Kong e na Arábia Saudita, a empresa planeja instalar uma central de atendimento no Nordeste, com a promessa de gerar entre 3 mil e 4 mil empregos diretos, além de outros 100 mil indiretos, segundo estimativas do governo.

Uma robusta injeção de capital chinês na ordem de R$ 27 bilhões promete agitar diversos setores da economia brasileira, desde o competitivo mercado de delivery até a produção de semicondutores e a transição energética. O anúncio foi feito pelo presidente Lula durante o encerramento do Seminário Empresarial Brasil-China nesta segunda-feira (12), em Pequim, e marca um novo capítulo nas relações bilaterais entre os dois países. Estima-se que os investimentos podem gerar 150 mil empregos diretos.

Gigantes miram consumidor e tecnologia brasileira

Um dos destaques é a entrada da Meituan, gigante chinesa do setor de entregas, que aportará R$ 5,6 bilhões ao longo de cinco anos para disputar o mercado brasileiro, confrontando diretamente o iFood. Operando sob a marca Keeta, já utilizada em Hong Kong e na Arábia Saudita, a empresa planeja instalar uma central de atendimento no Nordeste, com a promessa de gerar entre 3 mil e 4 mil empregos diretos, além de outros 100 mil indiretos, segundo estimativas do governo.

No setor de alimentação, a rede de fast-food Mixue, que ultrapassou o McDonald’s em número de lojas no mundo (são mais de 45 mil), vai investir R$ 3,2 bilhões no Brasil. A meta é gerar 25 mil empregos até 2030, usando frutas brasileiras na produção de seus sorvetes e bebidas.

A tecnologia também ganhou protagonismo. A Zilia, subsidiária da Longsys, vai aplicar R$ 650 milhões na ampliação de fábricas de semicondutores e dispositivos de memória em São Paulo e Manaus. Já a montadora GWM anunciou R$ 6 bilhões para expansão e exportações para a América do Sul e México, enquanto a GAC Motor vai instalar uma fábrica em Goiás, com investimento de US$ 1,3 bilhão.

Energia, saúde e infraestrutura ganham novo impulso

Em energia renovável, os aportes sinalizam a entrada definitiva do Brasil na rota global de transição energética. A CGN vai investir R$ 3 bilhões em um hub no Piauí, volta do à produção de energia eólica e solar. A Envision, por sua vez, anunciou um parque industrial para produção de SAF (combustível sustentável para aviação) e hidrogênio verde, com investimentos de até R$ 5 bilhões.

Outro movimento relevante é da Didi, dona da 99, também mira o mercado de entregas e planeja investir na construção de cerca de 10 mil pontos de recarga para veículos elétricos no país.

No campo da saúde, foram fechados oito acordos envolvendo transferência de tecnologia para produção de vacinas, medicamentos e insumos farmacêuticos. A Nortec Química, em parceria com empresas chinesas, também anunciou R$ 350 milhões em uma nova plataforma industrial.

Para o presidente Lula, o fórum empresarial é um marco no fortalecimento das relações bilaterais, que completam 50 anos. “Em novembro passado, o presidente Xi Jinping e eu decidimos estabelecer sinergias entre nossos projetos nacionais de desenvolvimento. Hoje colhemos os primeiros frutos desse trabalho”, afirmou. Ele destacou ainda que a China subiu da 14ª para a 5ª posição entre os maiores investidores diretos no Brasil, com estoque de mais de US$ 54 bilhões.

Além dos anúncios empresariais, Lula participou de audiências com os CEOs de GAC, Windey, Norinco e Envision, que resultaram em acordos para centros de pesquisa em energia renovável e projetos de infraestrutura. Um deles é o Corredor Ferroviário Leste-Oeste e as rotas bioceânicas, que encurtarão a distância para a China e impulsionarão o desenvolvimento regional. A inauguração de uma nova rota marítima direta ligando Zhuhai aos portos de Santana (ES) e Salvador (BA) foi celebrada como um avanço significativo para o Norte e Nordeste, segundo o Vermelho.

Na avaliação do governo brasileiro, a nova onda de investimentos é fruto da retomada da capacidade de planejamento do Estado e da aprovação da Reforma Tributária, que amplia a segurança jurídica e atratividade para investidores estrangeiros. O programa Nova Indústria Brasil também tem sido chave para a formação de parcerias com empresas chinesas.

Com os aportes, o Brasil não apenas se posiciona como polo regional para energia limpa e tecnologia, mas também dá uma resposta clara ao avanço de políticas protecionistas globais, apostando na integração, inovação e geração de empregos.

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Mundo Política

O resultado da visita de Lula à China

Em visita de Estado à China, o presidente Lula (PT) e sua comitiva firmaram, nesta terça-feira (13), um conjunto de 20 atos bilaterais com o governo chinês. Os acordos abrangem áreas estratégicas como infraestrutura, ciência e tecnologia, agricultura, energia, meio ambiente, finanças, inteligência artificial, saúde, cultura e comércio internacional.

A assinatura dos documentos ocorreu paralelamente à 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC, da qual Lula participou como convidado especial, ao lado de outros chefes de Estado e ministros da América Latina e do Caribe. Em declaração conjunta emitida pelas duas partes, Brasil e China se comprometeram a fortalecer a chamada “Comunidade de Futuro Compartilhado” e defender um mundo mais justo, sustentável e multilateral.

VEJA A LISTA COMPLETA DOS ATOS ASSINADOS ABAIXO:

  1. 1) Memorando de Entendimento entre a Casa Civil da Presidência da República Federativa do Brasil e a Comissão de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China sobre a Cooperação para a Primeira Etapa do Plano de Cooperação para o Estabelecimento de Sinergias entre o Programa de Aceleração do Crescimento, o Plano Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica, o Programa Rotas da Integração Sul-Americana; e a Iniciativa Cinturão e Rota
  2. 2) Declaração Conjunta de Intenções entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil e a Administração Espacial Nacional da China sobre o Compartilhamento de Dados Espaciais om os Países da América Latina e do Caribe
  3. 3) Memorando de Entendimento entre Banco Central do Brasil e Banco Popular da China sobre Cooperação Estratégica no Campo Financeiro
  4. 4) Memorando de Entendimento entre o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima da República Federativa do Brasil e a Administração Nacional de Florestas e Pastagens da República Popular da China sobre Cooperação em Restauração de Vegetações e Sumidouros de Carbono
  5. 5) Memorando de Entendimento para o Estabelecimento Conjunto de um Centro de Transferência de Tecnologia entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da República Popular da China
  6. 6) Memorando de Entendimento sobre o Reforço da Cooperação em Inteligência Artificial entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China
  7. 7) Memorando de Entendimento (2025–2030) sobre Cooperação em Agricultura Familiar Moderna e Mecanização Agrícola entre o Ministério da Agricultura e dos Assuntos Rurais da República Popular da China e o Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar da República Federativa do Brasil
  8. 8) Carta de Intenções sobre a Promoção do Desenvolvimento de Alta Qualidade da Cooperação em Investimentos na Economia Digital entre o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços da República Federativa do Brasil e o Ministério do Comércio da República Popular da China
  9. 9) Plano de Ação de Cooperação para o Desenvolvimento Sustentável da Mineração (2025–2026) entre o Ministério de Minas e Energia da República Federativa do Brasil e a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da República Popular da China
  10. 10) Acordo de Swap de Moedas Locais entre o Banco Central do Brasil e o Banco Popular da China
  11. 11) Memorando de Entendimento entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração-Geral de Aduanas da República Popular da China na Área de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias
  12. 12) Protocolo de Requisitos Sanitários e Fitossanitários para a Exportação de Proteínas e Grãos Derivados da Indústria do Etanol de Milho e Farelo de Amendoim, da República Federativa do Brasil para a República Popular da China, entre a Administração-Geral de Aduanas da República Popular da China e o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil
  13. 13) Protocolo entre o Ministério da Agricultura e Pecuária da República Federativa do Brasil e a Administração Geral de Aduanas da República Popular da China sobre Inspeção, Quarentena e Requisitos de Segurança de Alimentos para a Exportação de Carne de Aves do Brasil para a China
  14. 14) Memorando de Entendimento entre a Comissão Nacional de Energia Nuclear e a Autoridade de Energia Atômica da China para Cooperação no Desenvolvimento Sustentável da Energia Nuclear
  15. 15) Memorando de Entendimento no Campo da Comunicação em Saúde entre o Ministério da Saúde da República Federativa do Brasil e a Agência de Notícias Xinhua da República Popular da China
  16. 16) Memorando de Entendimento entre a ApexBrasil e o China Media Group
  17. 17) Protocolo de Intenções de Cooperação entre o Ministério de Minas e Energia da República Federativa do Brasil e a Administração Nacional de Energia da República Popular da China
  18. 18) Memorando de Entendimento entre o Ministério de Minas e Energia da República Federativa do Brasil e a Administração Nacional de Energia da República Popular da China sobre Cooperação em Etanol e Mobilidade Sustentável
  19. 19) Memorando de Entendimento para a Cooperação no Setor Postal entre o Ministério das Comunicações da República Federativa do Brasil e o State Post Bureau da República Popular da China
  20. 20) Memorando de Entendimento entre a ApexBrasil e o Conselho Chinês para a Promoção do Comércio Internacional.

*Com informações de Guilherme Paladino/247

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Política

Nomes de investigados na CPI da Covid, no governo Bolsonaro, são citados em fraude de R$ 6,3 bilhões do INSS

Segundo a PF, Mauricio Camisotti e Danilo Trento atuaram em esquema bilionário descontos indevidos de aposentadorias. Ambos já haviam sido investigados por tentativa de venda de vacina superfaturada durante a pandemia.

Dois nomes que aparecem nas investigações da fraude bilionária do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) chamaram atenção de senadores que integraram a CPI da Covid, encerrada em 2021: Maurício Camisotti e Danilo Trento.

A defesa de Camisotti nega que o empresário tenha cometido irregularidades e diz que as acusações contra ele são infundadas (leia mais abaixo). O blog não conseguiu contato com a defesa de Danilo Trento.

Camisotti é considerado pelos investigadores da Polícia Federal (PF) como peça-chave no escândalo do roubo das aposentadorias que, segundo as investigações, pode ter gerado um prejuízo de R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. Curiosamente, o nome dele foi citado na CPI da Covid como personagem central da negociata de vacinas superfaturadas da Índia, a Covaxin.

“A negociata com as vacinas da Índia não deu certo e eles partiram para lesar aposentados e pensionistas. Essa é nossa principal hipótese. Precisamos aprofundar as investigações”, afirma o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), autor do pedido que originou a CPI da Covid.

No caso do INSS, Camisotti aparece, segundo a investigação da PF, como sócio oculto da Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), uma das entidades suspeitas de fraudes. O faturamento da associação soma R$ 178 milhões entre 2019 e 2024. Há mais de 2 mil reclamações registradas contra a entidade.

Já no escândalo das vacinas superfaturas, durante a CPI da Covid, o nome de Camisotti surge como financiador oculto da Precisa Medicamentos.

“A Precisa Medicamentos intermediou a compra de vacinas Covaxin”, lembra o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM).

A vacina estava sendo negociada com a Índia com valor superfaturado e iria render propina para os envolvidos.

De acordo com dados do Tribunal de Contas da União (TCU) à época, a Covaxin foi a vacina mais cara negociada pelo governo Bolsonaro: R$ 80,70 a unidade, valor quatro vezes maior que a vacina da Fiocruz, a AstraZeneca. Contudo, os valores não chegaram a ser desembolsados.

A CPI da Covid funcionou de abril a outubro de 2021. Em agosto do mesmo ano, com a comissão em pleno funcionamento, portanto, a Ambec assinou um acordo de cooperação técnica com o INSS. O credenciamento permitiu que a entidade descontasse mensalidades diretamente na folha de pagamento de aposentados e pensionistas.

Em nota, a defesa de Camisotti diz que tem histórico de atuação comprovada na área da saúde, “tendo realizado diversos projetos que beneficiaram milhões de pessoas”, e que “não participou ou financiou compra de vacinas da citada empresa”

Camisotti foi apontado como responsável por uma transferência de R$ 18 milhões à Precisa Medicamentos. A empresa era representante no Brasil do laboratório indiano Bharat Biotech para compra de 20 milhões de doses da Covaxin. Em junho de 2021, após pressão da CPI, o governo Bolsonaro suspendeu contrato com a Precisa por indícios de irregularidades e suposta corrupção.

A Precisa Medicamentos nunca apresentou o contrato com o laboratório indiano, um documento fundamental para o governo brasileiro ter segurança jurídica de que, ao negociar a compra com a Precisa, a Bharat cumpriria o acordo.

O mais estarrecedor para os investigadores da PF é que os movimentos de Camisotti em direção ao INSS e ao Ministério da Saúde foram simultâneos.

*Otávio Guedes/g1

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Ciência Mundo

Chumbo é transformado em ouro por físicos no maior acelerador de partículas do mundo

Alquimistas sonham em transformar chumbo em ouro por milênios, e essa ideia foi realizada, ao menos por um breve instante, em um dos mais ambiciosos experimentos científicos da atualidade. Pesquisadores do CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear) conseguiram transmutar átomos de chumbo em ouro durante colisões de altíssima energia no Grande Colisor de Hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, localizado na fronteira entre a Suíça e a França.

A proeza foi registrada pelo experimento ALICE, um dos detectores do LHC dedicado ao estudo de colisões entre íons pesados. Quando feixes de chumbo são acelerados a velocidades próximas à da luz e colidem, os campos eletromagnéticos intensos gerados nessas interações podem remover prótons dos núcleos atômicos.

“Esta é a primeira vez que detectamos e analisamos sistematicamente a produção de ouro no LHC”, afirmou Uliana Dmitrieva, física da colaboração ALICE.

OURO: PUREZA E CORES – Observatrice Joias

Ela destacou que, apesar da insignificância prática da quantidade produzida, o experimento fornece dados valiosos para a compreensão das interações entre fótons (partículas de luz) e núcleos atômicos.

A transmutação de elementos não é inédita na física nuclear. O fenômeno já havia sido observado entre 2002 e 2004, em níveis de energia mais baixos, no acelerador SPS, também operado pelo CERN. No entanto, o uso do LHC trouxe precisão sem precedentes à observação e análise desses processos.

Apesar de seu caráter simbólico e histórico, os cientistas deixam claro que não há qualquer intenção de transformar a produção de ouro em algo economicamente viável. O custo energético e tecnológico do processo torna qualquer aplicação prática inviável. Ainda assim, o feito representa um avanço notável no campo da física de partículas e da compreensão da estrutura da matéria. Com ICL.