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Israel considera atacar instalações nucleares do Irã

Trump não tem pressa em apoiar ação militar, mas Israel mantém planos e pressiona por destruir programa nuclear iraniano.

Israel ainda considera a possibilidade de um ataque pontual às instalações nucleares do Irã, mesmo após o presidente dos EUA, Donald Trump, sinalizar que Washington não está disposto a apoiar uma ação militar nesse momento. A informação foi divulgada pela agência Reuters.

Segundo a reportagem, autoridades israelenses insistem que Teerã não pode adquirir uma arma nuclear e pressionam para que qualquer negociação diplomática tenha como resultado o desmantelamento completo do programa atômico iraniano. Nos bastidores, Israel tem apresentado ao governo Trump diferentes opções de ataque, com cronogramas que variam entre o final da primavera e o verão. Os planos incluem desde bombardeios aéreos até operações de comando e visam atrasar a capacidade do Irã em desenvolver armas nucleares por meses ou, no máximo, alguns anos.

De acordo com o nornal The New York Times, Trump teria informado ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, durante um encontro na Casa Branca no início de abril, que sua prioridade seria a retomada das negociações com Teerã. Ainda assim, o presidente dos EUA manteve aberta a possibilidade de uma ofensiva militar em caso de ruptura no processo diplomático. “Acho que o Irã tem a chance de ter um grande país e viver feliz sem morte”, disse Trump a jornalistas. “Essa é a minha primeira opção. Se houver uma segunda opção, acho que seria muito ruim para o Irã, e acho que o Irã está querendo dialogar.”

Apesar do posicionamento da Casa Branca, uma autoridade israelense de alto escalão revelou à Reuters que o país ainda não tomou uma decisão definitiva sobre um ataque, mas acredita que poderia agir com um escopo mais limitado, o que exigiria menos apoio logístico e militar dos Estados Unidos. Mesmo assim, a movimentação israelense gera preocupação: um ataque unilateral poderia desgastar a relação com Washington e comprometer o apoio militar norte-americano em caso de retaliação iraniana, segundo José Reinaldo, 247.

Teerã, por sua vez, já reagiu à possibilidade. Um alto funcionário de segurança iraniano, sob condição de anonimato, declarou à Reuters que “um ataque provocaria uma resposta dura e inabalável do Irã”. O mesmo oficial afirmou que Israel estaria tentando sabotar as negociações em curso e que Netanyahu teria motivações políticas internas: “Temos informações de fontes confiáveis de que Israel está planejando um grande ataque. Isso decorre da insatisfação com os esforços diplomáticos e da necessidade de Netanyahu de conflito como meio de Enquanto as negociações diplomáticas entre EUA e Irã estão prestes a iniciar uma nova rodada em Roma, o impasse sobre o programa nuclear iraniano permanece como um dos principais focos de tensão no Oriente Médio.

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Bloqueio de ajuda humanitária é ‘principal ferramenta’ de Israel em Gaza

Todas as passagens de fronteira para Gaza permaneceram fechadas enquanto piora uma grave crise humanitária

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, disse que Tel Aviv não permitirá a entrada de nenhuma ajuda humanitária na Faixa de Gaza, enfatizando que a prevenção de ajuda é uma “ferramenta principal” usada para pressionar o Hamas.

“Como mencionei na minha declaração, a política de Israel é clara e nenhuma ajuda humanitária está prestes a entrar em Gaza”, disse ele, acrescentando que a prevenção de ajuda é “uma das principais ferramentas” que Israel está usando para pressionar o Hamas, “além das outras medidas que Israel está tomando”.

“É uma pena que haja quem tente enganar. Na realidade atual, ninguém vai levar ajuda humanitária para Gaza, e ninguém está se preparando para trazer tal ajuda. Enfatizei que, em relação ao futuro, um mecanismo para o uso de empresas civis deve ser construído, para não permitir que o Hamas tenha acesso [à ajuda] no futuro”, continuou o ministro da Defesa.

Katz havia anunciado em uma declaração anterior na quarta-feira que Israel eventualmente retomaria as entregas de ajuda a Gaza, mas apenas por meio de “empresas civis”.

A declaração de Katz enfatizou “antes de mais nada, fazer todos os esforços para conseguir a libertação de todos os reféns dentro da estrutura do [enviado dos EUA Steve] Witkoff e construir uma ponte para a derrota do Hamas no futuro”.

Ele enfatizou “interromper a ajuda humanitária, que mina o controle do Hamas sobre a população, e criar uma infraestrutura para a distribuição [de ajuda] por meio de empresas civis no futuro”.

“Até agora, centenas de milhares de moradores foram evacuados e dezenas por cento do território foi adicionado às zonas de segurança”, referindo-se à recente tomada de território em Gaza. “A pressão sobre o Hamas para executar o acordo é pesada e a tensão entre ele e a população local está aumentando”, continuou.

Ele acrescentou que o Egito, pela primeira vez, estabeleceu “o desarmamento do Hamas e a desmilitarização de Gaza” como condição “para um acordo abrangente e para o fim da guerra”.

Katz enfrentou críticas significativas de membros da coalizão e das famílias dos prisioneiros israelenses mantidos na faixa.

O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, disse que fará tudo o que estiver ao seu alcance para impedir o “erro histórico” de permitir a entrada de ajuda em Gaza.

“É uma pena que não aprendamos com nossos erros. Enquanto nossos reféns estiverem morrendo nos túneis, não há razão para que um grama de comida ou ajuda entre em Gaza”, afirmou.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas chamou as declarações de Katz de “fantasia”, criticando especificamente a insistência do governo em priorizar a tomada de território em Gaza em detrimento das vidas dos reféns.

“Chegou a hora de acabar com as falsas promessas e slogans. É impossível continuar a guerra e, ao mesmo tempo, libertar todos os reféns”, afirmou o fórum.

Todas as passagens de fronteira para Gaza permaneceram fechadas, com o fluxo de ajuda para a faixa interrompido. Hospitais em Gaza estão à beira do colapso total devido à falta de suprimentos médicos desesperadamente necessários, tornando quase impossível tratar as dezenas de palestinos feridos que chegam aos centros médicos diariamente.

Desde a recente retomada e expansão das operações terrestres em Gaza, Israel assumiu o controle de pelo menos 50% do território da faixa. Katz anunciou no sábado a captura pelo exército israelense do recém-criado Corredor Morag, que isola a cidade de Rafah, no extremo sul, da cidade de Khan Yunis.

Katz também disse que o exército em breve ampliará “vigorosamente” sua ofensiva em Gaza.

Mais de 1.630 palestinos foram mortos e mais de 4.300 feridos por Israel em toda a Faixa de Gaza desde que a guerra em Gaza recomeçou em 18 de março.

Enquanto isso, os EUA aprovaram um novo carregamento de milhares de bombas para a Força Aérea Israelense.

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Militares israelenses exigem fim da guerra e expõem crise no governo

Cartas de militares da reserva, ex-chefes do Mossad e do Shin Bet denunciam uso político da guerra e cobram libertação dos reféns

Israel enfrenta um movimento crescente de oposição interna à continuidade da guerra em Gaza. Reservistas e veteranos de elite, incluindo ex-chefes de inteligência e unidades especiais, denunciam o uso político do conflito e exigem uma saída negociada com o Hamas. A reação do governo Netanyahu aprofunda o racha interno e expõe a crise de legitimidade da ofensiva militar.

Uma carta aberta publicada no dia 11 de abril e assinada por 970 reservistas da ativa e veteranos da Força Aérea Israelense teve forte repercussão nacional ao denunciar o prolongamento da guerra como uma decisão guiada por interesses pessoais e não por objetivos de segurança.

“Continuar a guerra não serve a nenhum dos seus objetivos declarados”, afirmaram os signatários na carta. “A santidade da vida é mais sagrada que o deus da vingança”, escreveram.

A iniciativa desencadeou uma mobilização em diversas frentes do aparato militar e de segurança. Cartas semelhantes foram divulgadas por 150 oficiais da Marinha, 1.525 membros do Corpo Blindado, 250 integrantes da unidade de inteligência cibernética 8200, mais de 1.500 veteranos das Forças Especiais e da Infantaria, e cerca de 500 representantes do setor de alta tecnologia israelense, segundo o Vermelho.

Também subscreveram o protesto cerca de 250 veteranos do Mossad, incluindo três ex-diretores, e 100 ex-alunos do Colégio Nacional de Segurança.

Todas as declarações convergem no apelo pelo fim da guerra, pela devolução dos reféns e pela abertura de negociações que coloquem a vida dos civis acima dos cálculos políticos de Netanyahu e da sua coalizão.

Reação do governo: repressão e ataque político

A resposta do governo foi imediata. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu classificou os signatários como um “grupo anarquista, barulhento e desconectado de aposentados” e afirmou que a mobilização é financiada por organizações estrangeiras com o objetivo de derrubar o governo de direita.

O ministro da Defesa, Israel Katz, e o comandante da Força Aérea, Tomer Bar, ordenaram a demissão dos reservistas da ativa que assinaram a carta. Ao menos 25 recuaram e retiraram suas assinaturas após reuniões com o alto comando militar. Segundo os comandantes, as cartas abalam a coesão das unidades e comprometem a eficiência da operação militar.

A repressão não conteve o movimento, no entanto. Cartas de apoio seguiram circulando e ampliando o clamor pelo fim dos combates. O Shin Bet, serviço de segurança interna, divulgou uma nota assinada por centenas de veteranos, com apoio explícito às cartas militares e exigência de uma comissão de inquérito sobre os eventos de 7 de outubro.

“Trazer todos os reféns de volta é um mandamento ético supremo, mesmo ao custo de interromper temporariamente os combates”, afirmaram.

O racha social e político em Israel

A crise de legitimidade também se reflete nas ruas. Manifestações em Tel Aviv e Jerusalém reúnem familiares de reféns, reservistas e militantes pela paz, que exigem um cessar-fogo imediato. As manifestações incorporaram a agenda das cartas: devolução dos reféns, investigação dos erros de 7 de outubro e fim da guerra.

A isenção concedida às comunidades ultraortodoxas — que não cumprem serviço militar — também é alvo de crescente revolta entre soldados da reserva e familiares. As cartas acusam o governo de permitir uma guerra desigual, onde apenas parte da população é chamada a se sacrificar.

Guerra contestada por dentro

A dissidência militar, a pressão da sociedade civil e as divisões dentro dos aparatos de segurança indicam que a guerra em Gaza não tem mais o consenso institucional que sustentou as primeiras fases da ofensiva.

A insistência do governo Netanyahu em manter a linha dura, sem apresentar alternativas realistas para a devolução dos reféns, amplia o isolamento interno e internacional de Israel. A continuidade da guerra, longe de garantir segurança, expõe um país em ruptura com suas próprias forças armadas.

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Reservistas da Aeronáutica de Israel denunciam Netanyahu: ‘guerra em Gaza com fins políticos’

Cerca de mil soldados assinaram carta pressionando governo por acordo de cessar-fogo e libertação de reféns; texto foi publicado como anúncio em jornais do país.

Um grupo de cerca de mil veteranos da Força Aérea Israelense (IAF, na sigla em inglês), em sua grande maioria aposentados, publicou nesta quinta-feira (10/04) uma carta exigindo que o governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu alcance um acordo de cessar-fogo com o Hamas e garanta o retorno dos reféns, mesmo que isso signifique o fim da guerra em Gaza.

“Continuar a guerra resultará na morte de soldados das Forças de Defesa de Israel (IDF) e de civis inocentes”, diz um trecho do texto que, segundo o jornal The Times of Israel, foi divulgado como anúncio em vários periódicos do país.

Além disso, os signatários sustentam que os ataques contínuos em Gaza servem a “interesses políticos e pessoais” do governo israelense, em vez da segurança nacional.

Segundo a agência AFP, as autoridades do Estado-Maior e do Ministério da Defesa de Israel decidiram demitir todos os reservistas ativos que assinaram o documento, afirmando que eles não podem se apropriar da “marca da Força Aérea Israelense” para protestar contra questões políticas.

O Times of Israel informou que apenas 60 dos signatários eram reservistas ativos, sendo que nesse número incluíam “pilotos competentes”, além de soldados em funções de quartel-general. O jornal revelou que cerca de 40 soldados da ativa que inicialmente estavam na carta removeram suas assinaturas antes da publicação.

Ainda segundo o veículo, no documento, constavam o nome do ex-chefe do Estado-Maior das IDF e comandante da IAF, Dan Halutz, e do ex-chefe da Diretoria de Planejamento das IDF, Nimrod Sheffer. O chefe da IAF, major-general Tomer Bar, tentou impedir a divulgação da carta, que a princípio estava programada para ser publicada na terça-feira (08/04).

Netanyahu critica ação de reservistas: ‘imperdoável’
Em comunicado, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou apoio à decisão tomada pelas autoridades ministeriais de demitir os reservistas que assinaram o documento.

“A recusa em servir é a recusa em servir, mesmo que seja apenas insinuada em linguagem caiada. Declarações que enfraquecem as IDF e fortalecem nossos inimigos em tempos de guerra são imperdoáveis”, disse o premiê, embora a carta não faça um apelo a uma recusa geral de servir o Exército.

Netanyahu também chamou os signatários de “um grupo de extremistas marginais que estão tentando mais uma vez quebrar a sociedade israelense por dentro”.

Já o ministro da Defesa, Israel Katz, criticou os membros da aeronáutica, classificando o posicionamento como uma “tentativa de minar a legitimidade da guerra justa que as IDF lideram em Gaza”.

“Confio no julgamento do chefe do Estado-Maior e do comandante da Força Aérea, e estou convencido de que eles vão lidar com esse fenômeno inaceitável da maneira mais apropriada”,

*Opera Mundi

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Israel controla 50% de Gaza; ataques continuam

Mais de 50 mil palestinos foram mortos durante a guerra

Israel já dominou pelo menos 50% da Faixa de Gaza de acordo com a Associated Press. Após exatos 18 meses de conflito, o que resta do território é destruição por toda parte: prédios demolidos, casas viraram pó, plantação desapareceram e até árvores sumiram.

Ataques de Israel e Hamas continuam
Ataques continuam com intensa força após primeiro cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro ser dado como encerrado no dia 18 de março — o acordo nunca foi cumprido devidamente pelas partes que mantiveram atuações das forças armadas.

Neste domingo (6), Israel fez ofensiva que resultou na morte de 32 pessoas, sendo maior parte mulheres e crianças. A situação aconteceu enquanto o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu viaja para os Estados Unidos (EUA) para se encontrar com Donald Trump.

Em defesa, a ação foi justificada como retaliação por ataque feito pelo Hamas ao sul do país. O grupo disparou cerca de 10 projéteis, maioria foi interceptado pelo sistema de defesa israelita.

Hamas por sua vez justificou a ação devido as mortes de palestinos pelo exército de Netanyahu.

Informações da Folha de S. Paulo dizem ainda que o exército israelense escolheu conscientemente atacar uma equipe médica da Cruz Vermelha em 23 de março. Na ação 15 trabalhadores morreram.

O governo também bloqueou a importação de alimentos, combustível e ajuda humanitária durante o mês de março para o território de Gaza, que depende muito de assistência externa.

Durante a Guerra entre Israel e o Hamas, mais de 62 mil palestinos foram mortos, de acordo com o Al Jazeera. Segundo o mesmo veículo, no lado de Israel pouco mais de mil foram mortos pelas forças do Hamas.

Devido a dificuldade da imprensa de estar no território e de verificar os dados, a informação é desatualizada de 3 de fevereiro. Os números podem ser ainda maiores e mais discrepantes.

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O apoio histórico de Israel à ditadura militar brasileira: ”Longa vida ao regime”

Por Eitay Mack*, Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)

[N.E.: este artigo foi escrito e publicado em novembro de 2018, logo após a eleição de Jair Bolsonaro como presidente do Brasil, em uma eleição cujo principal rival e favorito à vitória, Luiz Inácio Lula da Silva, não pôde concorrer – depois de sua prisão, o STF teve de anular a condenação e soltá-lo ao reconhecer, de fato, a ilegalidade e inconstitucionalidade da Operação Lava Jato, criada e organizada a partir dos Estados Unidos. A Fepal reproduz o texto devido ao aniversário de 61 anos do golpe militar de 1964, neste 1° de abril]

Há pouco menos de um mês, após uma temporada eleitoral particularmente turbulenta, os brasileiros elegeram Jair Bolsonaro como presidente de seu país.

Bolsonaro é membro do Congresso Nacional, o parlamento do Brasil, desde 1990, onde integrou um grupo de parlamentares de extrema-direita barulhentos e marginalizados que saudavam os tempos da ditadura militar, que governou o Brasil de 1964 a 1985.

Sua eleição foi comemorada pela direita israelense, com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu chegando a anunciar que compareceria à cerimônia de posse de Bolsonaro em janeiro.

Uma transição desastrosa
Os saudosistas da era da ditadura ignoram o fato de que as forças de segurança brasileiras desapareceram centenas e prenderam e torturaram milhares de cidadãos.

O Brasil serviu de modelo para outros regimes assassinos, e a ditadura militar interveio em outros países da América do Sul, apoiando suas ditaduras.

Apoiou o golpe de Pinochet e a repressão à oposição no Chile, auxiliou o golpe militar na Bolívia, ajudou o Uruguai a sufocar revoltas internas e colaborou na Operação Condor, em que as ditaduras do Cone Sul agiram em conjunto para erradicar ativistas e guerrilheiros de esquerda.

O Brasil é provavelmente o único país da América Latina que não passou por um processo de autocrítica após os anos sombrios da ditadura. Uma lei aprovada em 1979 concedeu imunidade aos oficiais responsáveis pelos crimes da junta.

E embora uma Comissão Nacional da Verdade tenha sido estabelecida décadas depois, em 2011, diferentemente de outras comissões similares, ela investigou muito pouco.

Na verdade, a comissão se limitou a resumir relatórios de organizações de direitos humanos, depoimentos de vítimas da ditadura e documentos da CIA entregues pelo governo Obama.

As estruturas de poder, a sociedade e a economia do Brasil mudaram muito pouco desde a transição para a democracia. Parte da culpa certamente recai sobre os partidos de esquerda e de centro que governaram o país nos últimos 33 anos e que temiam confrontar o establishment militar.

O fracasso da esquerda nas últimas eleições só piorou a situação: o Partido dos Trabalhadores, que governou o Brasil desde 2003, permitiu que Luiz Inácio Lula da Silva concorresse à presidência da prisão, onde cumpria pena por corrupção.

O partido trocou de candidato em cima da hora, substituindo Lula pelo economista Fernando Haddad. Não foi o suficiente para derrotar Bolsonaro.

A falta de debate público sobre a ditadura e a escassa informação disponível sobre esse período criaram uma lacuna na memória coletiva.

Assim, não surpreende que Bolsonaro apoie a tortura e a anulação da democracia brasileira, além de atacar os direitos das mulheres, a comunidade LGBTQ, os partidos de esquerda e os trabalhadores.

E, no entanto, para milhões de eleitores, Bolsonaro não é uma ameaça. Ele é um político com os pés firmes no chão — alguém que pode resgatar o Brasil de suas crises.

Ditadura com verniz parlamentar
Documentos do Ministério das Relações Exteriores de Israel no Arquivo Nacional de Israel revelam que o Estado judeu, como muitos outros, estava pouco interessado no histórico de direitos humanos do Brasil durante a ditadura.

Diplomatas israelenses no Brasil se concentravam em esforços de hasbara (propaganda) e na promoção da cultura israelense, além de discutir repetidamente a mudança da embaixada brasileira para Jerusalém.

Após o golpe militar de 1º de abril de 1964, a embaixada israelense elaborou um documento afirmando que o golpe “foi planejado e executado rapidamente e levou, em 24 horas, não apenas à queda de Goulart (o presidente na época), mas também à supressão de todos os elementos de esquerda […] O Brasil está hoje em um estado transitório que pode ser definido como uma ditadura militar com verniz parlamentar”.

Em 16 de junho de 1965, Aryeh Eshel, diretor de assuntos latino-americanos do Ministério das Relações Exteriores, escreveu que esperava “que o atual regime no Brasil tenha uma longa vida”.

Um telegrama da embaixada israelense de 26 de setembro de 1966, sobre protestos estudantis antiditadura, relatava que “os slogans são sempre políticos e contra o regime. Não há dúvida de que elementos de esquerda estão explorando o ressentimento que existe entre os estudantes”.

Em outro telegrama, de 15 de dezembro de 1966, a embaixada escreveu que “ninguém se importa com o que acontece com a ‘democracia’ no Brasil”.

Alguns meses depois, um telegrama enviado a Jerusalém reclamava da dificuldade de promover propaganda israelense, pois “não há como usar grupos estudantis a nosso favor, já que essas organizações foram dissolvidas por seu esquerdismo. O mesmo vale para organizações de trabalhadores, que praticamente não existem mais”.

Após a guerra de 1967, o primeiro-ministro Levi Eshkol elaborou e examinou um plano para fomentar a “emigração de residentes árabes dos territórios disputados para o Brasil”.

Após conversas com a embaixada israelense no Brasil, Eshkol escreveu em 8 de agosto de 1967: “Essas conversas me dão razão para acreditar que, com esforços intensos, milhares, senão dezenas de milhares de famílias árabes, especialmente da Faixa de Gaza, poderiam emigrar para o Brasil”.

Como o Ministério da Defesa de Israel se recusa a liberar documentos sobre as exportações de defesa do país, e o Brasil não conduziu uma investigação pública séria sobre o assunto, há pouca informação disponível sobre os laços de segurança entre os dois países na época.

O pouco que foi revelado aponta para relações estreitas: as forças de segurança brasileiras usavam submetralhadoras Uzi israelenses, e a Comissão Nacional da Verdade revelou que agentes do Serviço Nacional de Informações (SNI) — responsáveis principalmente por tortura, repressão e crimes do regime — receberam treinamento em Israel.

Fechando os olhos ao antissemitismo
Segundo os documentos, os dois países trocaram adidos militares. Em 1973, Israel usou a Feira Aeroespacial de São Paulo para exibir seus mísseis Gabriel, dispositivos eletrônicos e mais.

Os documentos também indicam que as partes negociaram a venda de produtos militares israelenses ao Brasil, incluindo navios, helicópteros, armamentos, equipamentos de comunicação, eletrônicos, mísseis Shafrir e Gabriel, reparos de motores de aeronaves, sistemas de radar, cercas eletrônicas, treinamento militar e uma delegação de assessores militares.

Menos conhecido é o fato de que os dois países firmaram um pacto nuclear para fins pacíficos.

Cientistas nucleares israelenses foram trabalhar no Brasil, e até Shalhevet Freier, chefe da Comissão de Energia Atômica de Israel, visitou o país no início dos anos 1970.

O primeiro acordo nuclear entre Israel e o Brasil entrou em vigor em 10 de agosto de 1964, apenas quatro meses após o golpe militar. Acordos complementares foram assinados em 1966, 1967 e 1974.

Um documento de 19 de dezembro de 1975, escrito por Gideon Tadmor, vice-diretor do Centro de Cooperação Internacional do Ministério das Relações Exteriores, atesta o declínio da cooperação nuclear entre os dois países, em parte devido ao desejo do regime brasileiro de minimizar suas relações com Israel.

Segundo o documento, o Brasil expressou “decepção com o tipo de assistência que propusemos, que não era exatamente o que eles procuravam”.

Apesar da cooperação, em junho de 1981 o Brasil acusou Israel de vazar informações sobre um acordo brasileiro para vender urânio e equipamento nuclear ao Iraque. O Ministério das Relações Exteriores israelense acreditava que o Mossad estava por trás do vazamento.

Assim como suas relações com Bolívia, Paraguai, Chile e Argentina, os laços de Israel com o Brasil não foram abalados por alegações de antissemitismo, nem pelo fato de que nazistas que fugiram da Europa após a Segunda Guerra Mundial viviam no país.

Em 1967, o Brasil nomeou Miera Pena como embaixador brasileiro em Israel, apesar de os ministérios das Relações Exteriores e da Defesa de Israel suspeitarem que ele era um nazista.

Em dezembro de 1973, o Ministério das Relações Exteriores israelense foi alertado sobre o fato de que a polícia brasileira grampeava telefonemas de diplomatas e os seguia para localizar remessas de dinheiro do Brasil.

Em novembro de 1975, o ministério recebeu uma dica de que forças de segurança em São Paulo poderiam estar planejando alguma ação contra a comunidade judaica para provar a “falta de lealdade” dos judeus brasileiros.

Em sua tentativa de cortejar o Brasil, Israel tentou se apresentar como um parceiro crucial na luta contra o terrorismo global, entre outras coisas, para convencer os brasileiros de que a OLP era uma organização terrorista que não deveria ser reconhecida oficialmente.

Para isso, o Ministério das Relações Exteriores israelense repassou “inteligência” a autoridades em Brasília. Por exemplo, diplomatas israelenses espalharam rumores de que refugiados de Angola estavam sendo treinados para infiltrar o Brasil e realizar atos subversivos, e que a OLP treinava e apoiava grupos guerrilheiros em toda a América do Sul (na verdade, apenas alguns grupos guerrilheiros argentinos treinaram com a OLP).

O Ministério das Relações Exteriores de Israel chegou a pedir a membros do Kibutz Bror Hayil, que abrigava imigrantes brasileiros, que compartilhassem suas experiências com o Itamaraty sobre estar na “linha de frente do mundo livre contra as ondas de agressão apoiadas pelo mundo comunista”. Mas os comunistas estavam realmente às portas?

O uso persistente do comunismo e do terrorismo global para justificar os laços políticos e de segurança entre os países era tão cínico que, já em 1966, o Ministério das Relações Exteriores escreveu que, “segundo nossas estimativas, não há organização que ameace o regime atual” no Brasil.

Imediatamente após o golpe militar, Israel se sentia confortável com seus fortes laços com o Brasil. Uma década depois, porém, o Ministério das Relações Exteriores tinha uma visão mais sóbria.

Em um telegrama de 28 de maio de 1975, o embaixador israelense na época observou que “o objetivo do Brasil em suas relações com países do Oriente Médio é inteiramente pragmático e focado em promover interesses econômicos, comerciais e financeiros necessários, conforme definidos pelo presidente… esses interesses exigem o cultivo de relações com países árabes, especialmente produtores de petróleo”.

Quanto às exportações de segurança, o embaixador afirmou que “círculos influentes do alto escalão militar são simpáticos a Israel e, em muitas ocasiões, demonstraram interesse em estreitar laços mais significativos com o IDF [Exército israelense] e nossas indústrias militares… Considerações políticas dificultam e, em alguns casos, impedem transações, e a simpatia dos militares e do público não é suficiente para superar obstáculos políticos”.

Por isso, ele sugeriu que “devemos nos concentrar em produtos cuja identidade israelense possa ser disfarçada”.

As relações entre os dois países começaram a se deteriorar em março de 1980, 16 anos após o estabelecimento da ditadura, quando o regime militar reconheceu a OLP como representante do povo palestino e um parceiro essencial nas negociações para determinar o futuro da Palestina.

Essa linha foi reiterada pelo chanceler brasileiro em uma reunião com o então ministro das Relações Exteriores de Israel, Yitzhak Shamir, em setembro de 1981.

Cortados do mesmo pano
Netanyahu foi rápido em parabenizar Bolsonaro por sua vitória eleitoral, dizendo a ele em uma ligação: “Tenho certeza de que sua escolha levará a uma grande amizade entre os dois povos e a laços mais estreitos entre os dois países”.

Bolsonaro, que conquistou grande parte do voto evangélico em seu país, afirmou que mudaria a embaixada brasileira para Jerusalém, enquanto Netanyahu disse que compareceria à cerimônia de posse do presidente eleito.

Netanyahu e Bolsonaro, ambos líderes anacrônicos, recorrem regularmente à “política do medo”. O primeiro o faz em relação ao Irã ou a “árabes indo em massa às urnas”. Bolsonaro usa a crise na Venezuela, a comunidade LGBTQ e os poucos comunistas que ainda existem como bodes expiatórios.

Ambos deslegitimam organizações de direitos humanos e partidos de esquerda, e sua incitação pode acabar custando vidas.

Bolsonaro se recusa a acreditar que a Guerra Fria acabou e que não há risco de comunistas tomarem o Brasil e o mundo.

Netanyahu se recusa a acreditar que a guerra de 1948 terminou e que a situação existencial, política e de segurança de Israel em 2018 mudou drasticamente.

* Eitay Mack é um advogado israelense de direitos humanos que trabalha para impedir a ajuda militar israelense a regimes que cometem crimes de guerra e contra a humanidade. Este artigo foi publicado originalmente em hebraico no Local Call e em inglês na revista israelense +972 Magazine, em 18 de novembro de 2018.

[Nota do editor da +972mag: De acordo com nossas obrigações legais, este artigo foi enviado à Censura do IDF para revisão antes da publicação. Não podemos indicar se — e onde — o artigo foi censurado.]

*Viomundo

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Israel já matou mais de mil palestinos em Gaza após retomada do genocídio

Número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, é de 50.357 pessoas.

O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse na segunda-feira (31) que 1.001 pessoas foram mortas no território e 2.359 feridas no território palestino desde que Israel retomou os ataques em larga escala em 18 de março. De acordo com o comunicado do ministério, o número inclui 80 pessoas mortas nas últimas 48 horas, elevando o número total de mortos em Gaza desde o início da guerra, em 7 de outubro de 2023, para 50.357 pessoas.

O Gabinete de Mídia do governo de Gaza detalhou os ataques israelenses contra profissionais da área médica e de emergência, bem como seus locais de trabalho e veículos desde o início da ofensiva israelense em 2023. Ao todo 1.402 profissionais da área médica foram mortos, sendo 111 trabalhadores de emergência. Ao todo, 362 trabalhadores da área de saúde foram presos, 26 trabalhadores de emergência presos, 34 hospitais queimados, atacados ou colocados fora de serviço e 142 ambulâncias bombardeadas.

Um dirigente do Hamas pediu, nesta segunda-feira (31), aos seus simpatizantes em todo o mundo que peguem em armas para lutar contra o projeto do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de realocar os habitantes de Gaza em países vizinhos.”Diante deste plano sinistro, que combina massacres com fome, qualquer pessoa que possa portar armas, em qualquer parte do mundo, deve entrar em ação”, afirmou Sami Abu Zuhri em um comunicado.”Não retenham um explosivo, uma bala, uma faca ou uma pedra. Que todo mundo rompa seu silêncio”, acrescentou.

No domingo, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que permitiria que os líderes do Hamas abandonassem Gaza, se o movimento islamista palestino aceitar entregar as armas. Netanyahu também disse que Israel está trabalhando na ideia de Trump de deslocar os moradores de Gaza para outros países.

O primeiro-ministro disse que, após a guerra, Israel garantiria a segurança geral em Gaza e “permitiria a implementação do plano de Trump”. Alguns dias após sua chegada à Casa Branca, no final de janeiro, Trump propôs um deslocamento em massa das 2,4 milhões de pessoas que vivem no território palestino, sem que elas que possam retornar.

Em sua primeira entrevista desde que foi libertado da Faixa de Gaza, em fevereiro, em meio ao primeiro acordo de trégua, um ex-prisioneiro israelense em Gaza afirmou que a recente retomada das operações militares de Israel este mês não ajudaria a libertar as dezenas de reféns ainda mantidos no território palestino.

O Hamas afirmou, em novembro de 2023, que os três morreram em um ataque aéreo israelense que atingiu o local onde estavam detidos. Os corpos foram devolvidos em fevereiro, após a libertação do pai. O prisioneiro entrevistado, Yarden Bibas, disse que não acredita que a retomada dos combates em Gaza encorajaria o Hamas a libertar os reféns.

*Com AFP e Al Jazeera/BdF

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Israel prossegue massacre com tropas invadindo sul e norte de Gaza

Exército israelense já matou aproximadamente 600 palestinos, sendo 200 crianças; Hamas e Houthis contra-atacam regime sionista

Israel realizou ataques ao longo da noite de quinta-feira (20/03) e na madrugada de sexta-feira (21/03) em todas as áreas da Faixa de Gaza, sobrecarregando necrotérios. Nos últimos três dias o Ministério da Saúde de Gaza já confirmou quase 600 mortes, sendo 200 de crianças. As tropas sionistas atacaram por terra extensivamente áreas residenciais da cidade de Beit Lahiya, onde a população acordou com o som das bombas e tanques, e também em Rafah, no sul do enclave. O exército também voltou a isolar o norte de Gaza do sul.

Em uma vila perto de Khan Younis, o ataque matou 16 pessoas da mesma família, a maioria mulheres e crianças, segundo o Hospital Europeu próximo. Sobreviveu apenas um bebê de um mês e seus avós.

Um porta-voz do hospital dos Mártires de al-Aqsa, em Deir al-Balah, disse que 70% dos feridos que receberam eram mulheres e crianças, a maioria em estado crítico. Saher al-Wahidi, do Ministério da Saúde de Gaza, disse que a situação dos hospitais é catastrófica:

“Os feridos estão caídos no chão que está coberto de sangue. Estamos sofrendo muito com a escassez de suprimentos e equipamentos para emergência, tratamento intensivo e cirurgias. Há escassez de oxigênio, estações de dessalinização de água e de combustível”, disse Wahidi à reportagem da Al Jazeera.

‘Se não nos bombardearem, morreremos de fome’
Há 20 dias, Israel bloqueou novamente a entrada de toda e qualquer ajuda humanitária em Gaza, incluindo alimentos, remédios e água potável. Pouco depois interrompeu o fornecimento de eletricidade, paralisando a maior estação de dessalinização de água.

Além dos ataques, Israel isolou novamente a parte norte de Gaza e emitiu várias novas ordens de deslocamento forçado para moradores de Beit Lhia e Beit Hanun, no norte, da Cidade de Gaza e para os subúrbios ao sul de Khan Yunis.

“A guerra está de volta. Deslocamento e morte estão de volta. Sobrevivermos a esta rodada?”, perguntou à agência Reuters Samed Sami. Junto com centenas de outros palestinos, ele fugiu de Shejaia na quinta-feira para montar um acampamento improvisado perto da Cidade de Gaza. “Vivemos com medo, se não nos bombardearem, morreremos de fome”, disse uma refugiada à Al Jazeera.

Entre os mortos estão cinco funcionários da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA). Segundo o comissário-geral da agência, Philippe Lazzarini, eles eram “professores, médicos, enfermeiros que serviam aos mais vulneráveis”. Todos estavam em instalações das Nações Unidas, que segundo o direito internacional devem ser protegidas por todas as partes em conflito. A localização dessas instalações era amplamente conhecida.

Hamas e houthis do Iêmen contra-atacam
Após dois dias sem responder aos ataques, o Hamas lançou três foguetes que acionaram as sirenes em Tel Aviv e em partes do centro de Israel. Um deles foi interceptado e dois atingiram áreas desabitadas, sem causar feridos.

Em solidariedade aos palestinos, os houthis do Iêmen também lançaram dois mísseis balísticos contra Israel. Ambos foram interceptados pelas defesas israelenses.

Os Estados Unidos, por sua parte, lançaram ataques sobre duas regiões do Iêmen controladas pelos houthis. Há dias que há ataques mútuos entre a frota de guerra norte-americana ancorada no Mar Vermelho e os houthis.

*Opera Mundi

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O álibi de Israel para seu genocídio em Gaza é o “Hamas”. As milhares de vítimas fatais são civis desarmados, sobretudo crianças como esta

O Hamas nasceu em 1980, ou seja, mais de 30 anos após o inicio dos massacres promovidos pelos sionistas de Israel na Palestina.

Dito isso, qualquer justificativa para Israel matar civis inocentes em sua própria terra, que é a Palestina, é mais um tipo de roubo adicionado numa lista de tantos outros que os europeus colonialistas de Israel têm em suas costas.

Essa nojeira, essa podridão chamada Estado de Israel, que tem a permissão do mundo, dito civilizado, para exterminar palestinos, tendo as crianças e bebês como alvo primeiro, não passa de cretinice de quem, como a Europa e EUA, finge acreditar nas mentiras de Israel para colonizar Gaza.

Qualquer relatório sério sobre as ações assassinas de Israel na Faixa de Gaza desde 1948, só pode chegar a uma conclusão, Israel repete em Gaza a Alemanha Nazista de Hitler contra os judeus.

Todo o resto, é só um amontoado de cinismo, roubos e mentiras dos assassinos genocidas do Estado pirata-sionista de Israel.

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Quase 200 crianças palestinas são mortas por Israel em retomada de massacre na Faixa de Gaza

Quase 200 crianças palestinas são mortas por Israel em retomada de massacre na Faixa de Gaza.

O ofensiva miliar israelense que rompeu o cessar-fogo na Faixa de Gaza já resultou na morte de 200 crianças palestinas, segundo números do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza desde a retomada dos ataques na madrugada de terça-feira (18).

Após uma trégua de quase dois meses, os bombardeios isralenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 436 palestinos, incluindo 183 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. As mortes incluem 125 homens, 94 mulheres e 34 pessoas idosas.

Enrte a madrugada e manhã de terça-feira (18), o número de crianças palestinas mortas nos ataques israelenses foi de pelo menos 174 crianças, “marcando um dos maiores números de mortes em um dia desde o início do genocídio”, de acordo com a ONG Defense for Children Palestine.

O ofensiva miliar israelense que rompeu o cessar-fogo na Faixa de Gaza já resultou na morte de 200 crianças palestinas, segundo números do Ministério da Saúde na Faixa de Gaza desde a retomada dos ataques na madrugada de terça-feira (18).

Após uma trégua de quase dois meses, os bombardeios isralenses na Faixa de Gaza resultaram na morte de pelo menos 436 palestinos, incluindo 183 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. As mortes incluem 125 homens, 94 mulheres e 34 pessoas idosas.

Entre a madrugada e manhã de terça-feira (18), o número de crianças palestinas mortas nos ataques israelenses foi de pelo menos 174 crianças, “marcando um dos maiores números de mortes em um dia desde o início do genocídio”, de acordo com a ONG Defense for Children Palestine.

*Com Al Jazeera, The Guardian e Haaretz

*Publicado no BdF