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Fepal: Genocídio na Palestina é maior do que o da 2ª Guerra Mundial; são quase 11 mil crianças assassinadas — 230 por dia

Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal)*

Em 50 dias de matança na Palestina, a palavra genocídio saiu da masmorra dos especialistas no assunto ou dos solidários ao povo palestino e ganhou noticiários massivos, esteve nas locuções de líderes mundiais, de presidentes de países relevantes, dentre estes o brasileiro, do secretário-geral da ONU e do Papa Francisco.

Era vetado falar em genocídio quando o tema é a ocupação colonial israelense e sua limpeza étnica sistemática e continuada na Palestina.

No Brasil foram necessários alguns dias até que a menção ao genocídio tomasse corpo. O empurrão final veio do Presidente Lula.

Em 7 de outubro e nos dias seguintes, talvez só a Federação Árabe Palestina do Brasil tenha mencionado o genocídio em curso e, seguramente, até mesmo com a divergência de muitos dos solidários à Palestina.

A dimensão da barbárie israelense, entretanto, não podia mais ser escondida e passamos a ter companhia. Diante disso, os defensores do regime israelense se viram obrigados a lidar com esta nova e inesperada realidade.

Como sempre, EUA e seu tutelado agressor negaram o genocídio e, para variar, acusaram de “antissemitismo” (antijudaísmo) os locutores deste novo “inconveniente” aos “eleitos” e alegadamente herdeiros da “terra prometida”.

A grandiosidade da atual carnificina humana, que não escapa nem mesmo a entendimentos anêmicos sobre o tema, impôs à Comunidade Internacional esta constatação e a ousadia de dizê-lo: é genocídio monumental, equivalente – e até superior – aos grandes da história, dentre eles o havido durante a 2ª Guerra Mundial.

Em Gaza e na Cisjordânia, em menos de 50 dias, foram assassinados mais 15 mil palestinos.

Considerando os 7 mil desaparecidos sob os escombros, temos mais de 22 mil mortos.

Os apressados se aterão à ordem de grandeza dos 22 mil mortos, insignificantes perto dos 70 milhões de mortos para a 2ªGM. Mas a conta é diferente e parte dos 465 mortos ao dia numa população de apenas 2,2 milhões, encarcerada num campo de concentração de 365 km².

Como hoje, 29 de novembro, é o Dia Internacional de Solidariedade ao Povo Palestino, instituído pela ONU em 1977 como mea-culpa por ter aprovado, na mesma data, mas em 1947, a recomendação da partilha da Palestina, origem dos crimes de lesa-humanidade que duram até os dias atuais, vale a pena uma comparação entre os dois momentos históricos.

Naquela quadra histórica, em 4 anos de limpeza étnica na Palestina, iniciada em 18 de dezembro de 1947, que levou os colonos euro-judeus a tomarem pela força 78% do território palestino e dele expulsarem mais de 85% da população palestina originária, formam mortos, conforme dados oficiais, 15 mil palestinos. Algo ao redor de 10 mortos ao dia, em média. Agora foram 468 mortos ao dia, isto é, quase 47 vezes mais.

Numa comparação com a 2ª GM, novamente o horror na Palestina é maior.

Durante os 6 anos que durou esta guerra planetária, se na Europa (e apenas na Europa) de hoje, cuja população é de 752 milhões de habitantes, fosse aplicada a escala genocida israelense atual na Palestina, haveria 158 mil mortes ao dia. Nos quase 50 dias de orgia assassina israelense na Palestina, seriam 7,5 milhões os europeus assassinados.

E se a duração desta matança fossem os 6 anos que durou a 2ª GM, os cadáveres europeus seriam contados em 347 milhões, 46% da população europeia atual, ou 5 vezes mais que as vidas eliminadas entre 1939 e 1945.

Naqueles 6 anos, os mortos representaram 3% da população mundial. Em eventual repetição desta guerra em nossos dias, e na escala de mortes havida na Palestina atualmente, teríamos ceifadas 4,5% das vidas do planeta.

GENOCÍDIO DE CRIANÇAS

A atual matança na Palestina já é descrita como o genocídio das crianças, e não sem razão.

Conforme os dados oficiais disponíveis, as crianças assassinadas na Palestina são 6.150, enquanto as desaparecidas sob os escombros, quase nenhuma com vida, somam 4.700. Ou seja: quase 11 mil crianças assassinadas.

São monumentais 230 crianças palestinas assassinadas ao dia! Quase o dobro das 127 mortas ao dia durante a 2ª Guerra Mundial. Ou 81% mais crianças palestinas mortas hoje, por Israel e EUA, do que foram assassinadas na 2ª GM.

Se o genocídio da infância palestina atualmente em curso ocorresse na Europa destes dias, teríamos 70 mil crianças europeias mortas ao dia, que se tornariam 3,3 milhões nos quase 50 dias do genocídio da infância palestina.

Em um ano, passariam a 25 milhões e, em eventual repetição da 2ª GM hoje, teríamos 153 milhões de crianças assassinadas na Europa.

Só para termos um dado comparativo com outro evento bélico em curso, a guerra entre Rússia e Ucrânia, países que que somam quase 200 milhões de habitantes (100 vezes a de Gaza), não morreram ainda 100 crianças em quase 2 anos de conflito armado entre dois grandes exércitos.

Tão assustador quanto são os números da ONG Save the Children, que informa que desde 2019 morreram, anualmente, em todos os conflitos armados em todo o mundo (8 bilhões de habitantes, 3.600 vezes a população de Gaza), menos que 3 mil crianças, em média, anualmente.

ESTERILIZAÇÃO MASSIVA

Além da inédita matança de crianças palestinas, a indústria sionista da morte também mirou as mulheres palestinas: foram 4.500, considerando as desaparecidas sob os escombros, assassinadas, ou 96 ao dia.

Nesta escala, para a Europa, teríamos 33,1 mil mulheres assassinadas ao dia, que alcançaria 1,6 milhão no curso do mesmo período genocida das mulheres palestinas. Em um ano, 12,1 milhões europeias teriam sido eliminadas. E numa eventual reprise dos horrores da 2ª GM nestes dias, os corpos de 72,5 milhões de mulheres inundariam as ruas das metrópoles europeias em ruínas.

A combinação macabra da eliminação em escala industrial das vidas das crianças e das mulheres palestinas, como nunca registrado, indica algo claro: a intenção de Israel e EUA de exterminar o povo palestino.

Esta escala genocida em termos totais, com mais de 22 mil mortes, em poucas semanas, numa população de apenas 2,2 milhões, já é suficiente para, quando pouco, evidenciar um genocídio.

Mas quando falamos dos assassinatos massivos de crianças e mulheres, estamos diante da intencionalidade de atingir esta parte da demografia palestina para que esta sociedade perca sua capacidade reprodutiva.

Ou seja: colapsem suas possibilidades se seguir se reproduzindo e, com isso, entre num processo de declínio populacional. É uma espécie de esterilização coletiva da sociedade palestina.

Ao eliminarem-se os ventres dos quais virão à luz as gerações futuras, bem como a geração já saída deles, estamos diante de uma ação claramente genocida.

Se todas as ações na Palestina são claramente genocidas, desde ao menos dezembro de 1947 – para não falar dos planos sionistas remontados ao menos a 1896, quando do lançamento da obra O Estado Judeu, em que Theodor Herzl, o pai do sionismo político, preconiza um estado exclusivamente judeu em alguma parte do mundo, considerando a Palestina dentre eles, espaço no qual a população originária teria que ser eliminada para ser substituída por nova demografia euro-judaica –, isto ganha novas tonalidades nestes dias.

À luz disso, estamos diante de um regime – e sua elite dirigente, estatal e social – que promove genocídio, o primeiro televisionado da história, ofendendo ainda mais nossas consciências.

Não há lugar para este regime na Comunidade Internacional, razão pela qual Israel deve ser excluído da ONU, bem como deve o mundo civilizado romper todas as relações com este estado, ademais acusado, em relatórios robustos, de promover o Apartheid em toda a Palestina. O mundo civilizado exige isso.

Antes que seja tarde demais para a Palestina e para a humanidade.

 

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Não tendo mais como negar, Netanyahu admite genocídio de civis em Gaza e diz que não tem como controlar

Para uma coisa servirá a declaração cínica de Netanyahu, admitindo a carnificina em Gaza, promovida pelo exército terrorista de Israel, para calar a boca de quem chama de antissemita quem denuncia o exército assassino dos sionistas de praticar o massacre cruel, sobretudo contra crianças.

A declaração de Netanyahu não muda absolutamente nada. O sionismo seguirá apostando que, tendo a mídia industrial comendo em suas mãos, como acontece, por exemplo, com a Globo e afins aqui no Brasil, Israel reduzirá o repúdio universal dos povos e que, logo depois, a coisa cairá no esquecimento e que as pessoas não lembrem que o Estado de Israel foi imposto aos palestinos debaixo de um genocídio idêntico aos piores da história da humanidade.

 

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Deputados de esquerda convocam ato na Câmara ‘contra o genocídio em Gaza’

Após mais de 10 mil mortes em função dos ataques israelenses, representantes de PT, PSOL e PCdoB exigem cessar-fogo imediato e pedem ao governo brasileiro de endurecer relações com Israel.

Após um mês do início dos ataques de Israel à Faixa de Gaza, mais de 10 mil vidas já foram perdidas no enclave sitiado. Até o momento, as autoridades israelenses não deram nenhum sinal de que vão aceitar cessar-fogo na região.

Com o agravamento das operações militares contra o povo palestino, vítima de intensos bombardeios diários, deputados brasileiros pretendem denunciar Israel em um ‘Ato contra o genocídio’, programado para acontecer no plenário 9 da Câmara dos Deputados, em Brasília, às 14h desta quarta-feira (08/11). Assessoria parlamentar

Cessar-fogo já!
A principal reivindicação do evento, organizado em conjunto por parlamentares – deputadas Erika Kokay (PT-DF), Fernanda Melchionna (PSOL-RS), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Luizianne Lins (PT-CE); deputados Glauber Braga (PSOL-RJ) e Padre João (PT-MG) -, é o cessar-fogo imediato e o fim do massacre em Gaza.

No entanto, a manifestação contempla as questões históricas, culturais e religiosas envolvidas no cenário, tendo como objetivo, também, o fim da ocupação, do apartheid e da violação de direitos humanos.

“Esse ato na Câmara é uma forma de demonstração de que parlamentares, deputados brasileiros, rechaçam o que está acontecendo na Faixa de Gaza, que não aceitam o genocídio do povo palestino e que trabalham necessariamente para o cessar-fogo imediato”, declarou o deputado Glauber Braga a Opera Mundi, acrescentando também a importância de utilizar o espaço para ampliar a voz à causa palestina.

“Aqueles que ainda não participaram dos atos de rua vão ter a possibilidade de fazer uma demonstração à causa palestina no espaço da Câmara, e a gente acha que isso pode ser também um instrumento para ampliar o engajamento nas ruas”, concluiu o parlamentar.

Com a escalada da violência e das violações ao direito internacional por parte das autoridades de Tel Aviv, a deputada Jandira Feghali avalia que Israel ”vai manter esta posição” sob o argumento de exigir a soltura dos reféns pelo Hamas.

Twitter/UNRWA
Lideranças exigem cessar-fogo imediato a Israel diante da crise humanitária na Faixa de Gaza
“Mas na verdade, esse não é o argumento central. A questão central é a anexação de território e a eliminação de boa parte do povo palestino. A guerra não é entre Israel e o Hamas, a guerra é entre Israel e o povo palestino”, destacou Jandira a Opera Mundi, reforçando a necessidade das pessoas não serem omissas à situação, “a possibilidade de falar isso tem que ser múltipla e ampla porque não é aceitável assistir com omissão. É muita morte de crianças, mulheres, civis inocentes”.

Os deputados também cobram um posicionamento firme do governo brasileiro em relação a Israel, uma vez que o Estado indica que “vai seguir com a ampliação do genocídio do povo palestino”.

“O governo brasileiro tem que seguir o exemplo de Bolívia, Colômbia e Chile. A avaliação do nosso mandato é que o governo brasileiro deve romper relações neste momento com o Estado de Israel”, defendeu Braga, acrescentando que é preciso aumentar a pressão internacional contra Israel, que têm apoio legitimado pelos Estados Unidos.

“O Brasil tem que tirar os brasileiros da Faixa de Gaza e, a partir daí, endurecer a sua posição em relação ao Estado de Israel sobre todos os pontos de vista: nas relações diplomáticas, nas relações econômicas, nos acordos ou não realização dos acordos”, afirmou Jandira, condenando a conduta israelense contra o povo palestino: “é inaceitável”.

O ato acontece no momento em que o conflito completa um mês. Nesse período, a Faixa de Gaza contabilizou mais de 10 mil mortes e dezenas de milhares de feridos pelas operações do Exército de Israel. Desde que as autoridades de Tel Aviv intensificaram os ataques no enclave palestino, a crise humanitária tem se agravado em ritmo frenético. Hospitais e serviços essenciais entraram em colapso, cidadãos seguem lutando contra a escassez de recursos básicos como água potável, alimento, eletricidade e combustível. Escolas, mesquitas, abrigos e prédios residenciais são constantemente bombardeados.

“Diante de um genocídio ao vivo, é necessário que todos se manifestem. É uma forma da gente soltar o grito em defesa da paz do povo palestino”, concluiu a deputada Jandira.

*Opera Mundi

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Pedro Dória, Demétrio Magnoli, Jorge Pontual, o padrão genocídio da Globo

Cada um a seu modo, os jornalistas da Globo, Pedro Dória, Demétrio Magnoli e Jorge Pontual têm se destacado numa propaganda do exército terrorista de Israel, que faria tremer até Joseph Goebbels, chefe da propaganda nazista, assinar suas falas, como se dele fosse sem qualquer problema.

Isso revela que, se os sionistas de Israel escancaram absolutamente igual um comportamento nazista contra a população civil da Palestina, com uma exposição de crueldade contra crianças sem precedentes na história da humanidade, no Brasil, a Globo se destaca como uma central de propaganda das monstruosidades dos terroristas de Israel, em nome do direito de, além de invadir terra dos palestinos, massacrá-los com as justificativas mais cretinas e cínicas.

Esse é o espírito que rege as falas de figuras carimbadas da Globo, mas nada se compara a essas três cavalgaduras que, de tão penduradas nos sacos dos sionistas, tornaram-se absolutamente iguais aos monstros que, sem qualquer cálculo da tragédia que causa a 2,3 milhões de palestinos na Faixa de Gaza.

É esse o padrão do jornalismo do Grupo Globo, deixando claro que não há dilemas na hora de estampar no próprio peito a insígnia do exército de Israel, como se fosse um escudo que os absolvesse pelas leis e pela história da humanidade.

Na verdade, essa gente quer se mostrar insuspeita ao próprio comando do massacre em Gaza, atestando com falas afirmativas e mentirosas, a autorização para  o deslavado banho de sangue que Israel promove na Palestina com ininterrupto rosário de triunfos, num naturalismo frio, não se importando com a vida de absolutamente nenhum ser que ainda ocupa o território palestino e que sofre com uma limpeza étnica, denunciada cada vez mais por cidadãos do mundo inteiro.

Esses três parecem mesmo viciados em sangue de crianças palestinas, assim como a direção jornalística da Globo.

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Ao deixar cargo, diretor da ONU reconhece genocídio em Gaza e denuncia EUA

O que ocorre em Gaza é genocídio, a ONU fracassou e a entidade está submetida aos interesses e pressão dos EUA. Quem afirma isso é Craig Mokhiber, em uma carta divulgada ao se aposentar nesta semana do cargo de diretor do escritório em Nova York do Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos.

Oficialmente, a ONU tem evitado falar em genocídio, se limitando a descrever a situação como uma ameaça de crimes de guerra, algo que já deixou o governo de Israel profundamente irritado e abriu uma ofensiva contra a cúpula da entidade.

Com 63 anos e já tendo planejado sua aposentadoria, o funcionário internacional desabafou ao escrever ao seu chefe, o austríaco Volker Turk:

Mais uma vez, estamos vendo um genocídio se desenrolar diante de nossos olhos, e a Organização a que servimos parece impotente para impedi-lo.

“O mundo está assistindo. Todos nós seremos responsáveis por nossa posição nesse momento crucial da história”, alertou, ao se despedir. Parte de sua crítica se refere ao fato de a ONU ter sucumbido às pressões políticas.

“Nas últimas décadas, partes importantes da ONU se renderam ao poder dos EUA e ao medo do lobby de Israel, abandonando esses princípios e se afastando do próprio direito internacional”, disse.

Procurada pelo UOL, a ONU afirmou que essa é a opinião pessoal do ex-funcionário. “Craig Mokhiber, membro da equipe do Escritório de Nova York, informou à ONU em março de 2023 sobre sua próxima aposentadoria. As opiniões contidas em uma carta tornada pública hoje são as opiniões pessoais do funcionário, cuja aposentadoria entra em vigor amanhã”, disse.

“A posição do Escritório sobre a grave situação nos Territórios Palestinos Ocupados e em Israel está refletida em nossos relatórios e declarações públicas”, completou.

As críticas ocorrem no momento em que o Conselho de Segurança vive um impasse total sobre Gaza e com as Nações Unidas incapazes de conseguir acesso significativo ao território palestino.

*Jamil Chade/Uol

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Não há como defender Israel e EUA no genocídio que, juntos, promovem na Palestina

Israel, tendo EUA como coadjuvante, realiza um verdadeiro holocausto na Palestina.

Os instintos mais primitivos são escancarados na carnificina que ocorre na Palestina, protagonizada por Israel de forma generalizada contra civis absolutamente inocentes e desarmados, por um dos exércitos mais poderosos do mundo, gabado pelos próprios sionistas.

Não é possível traçar um paralelo do que ocorre hoje na Palestina além do holocausto sofrido pelos judeus na Alemanha nazista de Hitler.

É só comparar documentos para entender que os dois, nazismo e sionismo, compartilham o mesmo objetivo, exterminar quem é considerado inimigo.

É bestial a manifestação de Israel que assassina em massa o povo palestino para combater o Hamas.

A jornalista Deborah Srour, num espetáculo macabro de sincericídio, disse repetidas vezes para sublinhar, em alto e bom som, que é sim a favor do extermínio de toda a população da Palestina, o que implica no holocausto das maiores vítimas dessa ensandecida fúria de ódio dos sionistas, as crianças.

O problema é que esse pensamento não é individual, na verdade, é ele que forma a unidade em torno do racismo sionista, que acha que a existência de palestinos tem que ser ceifada.

Em última análise, não há exotismo, malabarismo, charlatanismo ou ficcionismo capazes de justificar a busca pelo extermínio de um povo, por mais manipuladora que seja a narrativa, ela será sempre refugada, execrada nas, cada vez maiores, manifestações que somam multidões mundo afora em defesa da Palestina e contra o belicismo de Israel com o aval dos Estados Unidos.

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‘Equivale a um genocídio’: ataque de Israel a hospital mata mais de 500 pessoas

Bombardeio ao centro Médico de Al-Ahil, em Gaza, foi um dos mais mortais até o momento, segundo autoridades palestinas; ‘eles querem fazer massacres e mais massacres em Gaza’ diz médico palestino.

Um ataque aéreo realizado nesta terça-feira (17/10) pelas Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) contra o hospital Al-Ahil, no Norte de em Gaza, deixou pelo pouco mais de 500 pessoas mortas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde da Autoridade Nacional Palestina (ANP).

O porta-voz da Defesa Civil Palestina, Mahmoud Basal, disse que ainda não há um informe com informações mais precisas sobre o número de mortos e feridos. Em entrevista aos meios locais, ele qualificou o ataque como “sem precedentes em nossa história”, e também como o mais letal desde o início da ofensiva israelense à Faixa de Gaza, em 7 de outubro.

“Testemunhamos tragédias em várias ataques sofridos, nos últimos dias e em anos anteriores, mas nada parecido com o que vimos hoje. O que aconteceu esta noite equivale a um genocídio”, lamentou Basal.

O ataque foi tão poderoso que foi preciso que os trabalhadores de outro centro médico, que fica a pouco mais de um quilômetro do hospital atingido, realizasse um operativo de urgência para tentar receber as vítimas sobreviventes.

O médico Hassan Khalaf, diretor desse outro centro médico, declarou ao canal Al Jazeera que seu hospital já estava lotado antes desse ataque, e que agora a situação é alarmante. “Eles (israelenses) querem realizar massacres e mais massacres em Gaza”, disse Khalaf, ao canal do Catar.

O presidente da ANP, Mahmoud Abbas, declarou três dias de luto em homenagem aos mortos no hospital Al-Ahil.

Por sua vez, o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, condenou a ação das IDF ao hospital palestino.

“A OMS repudia veementemente o ataque ao hospital Al-Ahil. Os primeiros relatórios indicam centenas de mortos e feridos”, escreveu Ghebreyesus em suas redes sociais, que completou com um apelo à “proteção imediata” dos civis e dos profissionais da saúde.

Por sua vez, o porta-voz das IDF, Daniel Hagari, em matéria do jornal The Times of Israel, evitou admitir o ataque ao hospital e disse que os relatórios sobre o ataque estão sendo examinados “o mais rápido possível”.

“Há muitos ataques aéreos, muitos foguetes fracassados e muitos relatórios falsos do Hamas”, alegou o chefe militar israelense.

*Ópera Mundi – Com informações de Al Jazeera. e The Times of Israel.

 

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Opinião

Bolsonaro e a banalização do mal

A declaração de Eduardo Bolsonaro contra os professores revela que a morte de mais de 700 mil brasileiros por Covid, por culpa exclusiva de Bolsonaro, foi algo banal para seu clã e adoradores.

Essa banalização não é aleatória, trata-se de um conceito de uma doutrina macabra que está embutida no pacote bolsonarista.

Bolsonaro e seu partido nazista foram responsáveis ​​pela morte e pelo massacre de centenas de milhares de brasileiros por Covid. O genocídio bolsonarista foi uma medida brutal seguida, como doutrina, pelo governo Bolsonaro.

Foram cerca de 700 mil mortos por Covid naquele período.

Bolsonaro, o principal responsável por essa atrocidade, não foi julgado, mesmo depois da CPI do genocídio escancarar a sua total culpa nesse morticínio.

Essa foi a principal obra do governo Bolsonaro. As famílias das 700 mil vítimas do nazismo brasileiro, que sofrem até hoje pela perda de entes queridos, parecem esquecidas pela justiça, mas também pela grande mídia.

O mal que Bolsonaro praticou, foi um mal constante em que ele, além de se negar a comprar as vacinas, usava o aparato estatal para propagar suas sandices a favor da disseminação do vírus, indo pessoalmente às ruas para aglomerar e dar um péssimo exemplo para a sociedade.

Com isso, Bolsonaro, por conta e risco, transformou-se no maior responsável por mortes por covid no mundo. Nenhum outro governante chegou perto do número macabro de mortes que Bolsonaro produziu.

Então fica a pergunta: COMO É POSSÍVEL COMBATER A BANALIDADE DO MAL QUE O BOLSONARISMO CAUSOU SEM PUNIR SEU PRINCIPAL RESPONSÁVEL PELO GENOCÍDIO?

A falta de reflexão crítica sobre essa tragédia, provocada pelo clã Bolsonaro, é assombrosa. O problema é que a ausência de pensamento se traduz na banalidade do mal, nos reiterados crimes cometidos por bolsonaristas, como o de Eduardo Bolsonaro contra os professores.

Eduardo quer reviver o clima de ódio que levou seu pai ao poder e tentar remontar as cenas macabras daquele período.

Algo mais efetivo precisa ser urgentemente feito para que o ódio não ganhe asas novamente em pleno governo de Lula.

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Política

Governo Bolsonaro boicotou tentativa da ONU de examinar genocídio no Brasil

Jamil Chade*

O governo de Jair Bolsonaro boicotou uma tentativa das Nações Unidas de examinar a situação de genocídio no Brasil. O UOL apurou que, em 2022, a representante especial do secretário-geral da ONU para a Prevenção de Genocídio, subsecretária geral Alice Wairimu Nderitu, tinha uma viagem planejada para o país. Mas pessoas que lidaram na época com os trâmites da organização apontam agora que nunca houve uma resposta por parte do governo diante de seu pedido para um visto.

A visita ocorreria no âmbito de um debate sobre “crimes atrozes” no país e que foi realizado em abril do ano passado, entre as cidades de Belém (PA) e Rio de Janeiro. Assistentes da representante chegaram a fazer a viagem. Mas sem o status oficial de uma missão da ONU.

Poucos meses antes, pela primeira vez, ela havia citado o Brasil num de seus informes enviados a todos os governos do mundo. Numa reunião do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas, em meados de 2021, a situação dos indígenas foi apontada como alarmante.

Wairimu Nderitu afirmou estar preocupada com povos indígenas nas Américas e mencionou o Brasil como um dos exemplos. “Na questão indígena, não podemos enfatizar mais”, disse. “Na região das Américas, estou particularmente preocupada com os povos indígenas. No Brasil, Equador e outros países, eu peço aos governos para proteger comunidades em risco e garantir justiça para crimes cometidos”, insistiu.

A referência ao Brasil pela representante da ONU que lida com a prevenção de genocídio foi tratada como uma ameaça dentro do governo Bolsonaro. No Tribunal Penal Internacional, o ex-presidente havia sido denunciado por entidades como a Comissão Arns e líderes como Raoní sobre a situação dos povos indígenas.

Entre diplomatas brasileiros, a referência ao Brasil por parte de uma assessora da ONU era “preocupante” e revelava que a situação do país estava no foco internacional. O governo brasileiro rejeitava a tese de um genocídio e passou a participar de debates com uma postura dura sempre que o assunto era levantado. Mas a citação inédita levou o assunto a um novo patamar e acendeu o sinal de alerta dentro do governo.

Necropolítica de Bolsonaro

A partir das reuniões realizadas sem a presença da representante da ONU, um informe foi preparado por entidades como a ACT Aliiance. O documento chegou a algumas conclusões sobre o cenário sob o governo de Jair Bolsonaro:

  • Há ataques sistemáticos contra a população civil que defende os direitos humanos, a maior distribuição das riquezas, a demarcação de territórios quilombolas e indígenas; entre outros.
  • Há grupos sistematicamente atacados e um exemplo é o povo mundurucu.
    Percebe-se um projeto necropolítico voltado contra a população negra e
  • indígena.
  • Nestes últimos anos o Estado Brasileiro forçou e forjou fortemente um Estado Miliciano (ex. RJ) – a ida do atual governo para o poder “levou a milícia para o Planalto”; Grupos se estruturaram para a “realização de crimes atrozes” (grupo Dom Bosco); o braço armado do agronegócio e do garimpo gera muitos crimes atrozes – o Estado que deveria proteger é o agente da violência por inação e por ação também.
  • Temos uma debilidade muito grande por parte do Estado, seja pelo aparelhamento, pelo esvaziamento, pela não fiscalização.
  • Limitação muito grande do sistema ONU – governo se põe contra a ONU e isto não tem gerado efetivamente impacto algum no atual governo – política externa totalmente alinhada com países ditatoriais e autocratas em nível global e o Brasil ainda paira para o sistema como uma democracia saudável.
  • No atual contexto há um avanço da criminalização sobre sociedade civil organizada. Esta criminalização passa por vários fatores, como inviabilização da atuação, fragilização, pressão permanente.

Guterres fala com Lula

A situação, porém, mudou com a derrota nas eleições de Jair Bolsonaro. Numa das primeiras conversas com líderes estrangeiros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ouviu do secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, sua preocupação em relação aos povos indígenas, inclusive sobre a contaminação de pessoas e terras pelo mercúrio.

A atitude do novo governo de lidar com a crise, denunciar a situação do povo yanomami e aceitar missões internacionais foi aplaudida por Guterres.

Agora, a ONU mandará ao Brasil sua representante para a prevenção do genocídio. Num documento obtido pelo UOL com exclusividade, a entidade comunica o governo de Luiz Inácio Lula da Silva que pretende visitar o país no final de abril.

Diante da situação do povo yanomami e da crise com as instituições de estado deixado por Jair Bolsonaro, o novo governo passou a dialogar com agências internacionais para avaliar a possibilidade de um respaldo estrangeiro.

Se no governo anterior existia uma resistência a qualquer inspeção internacional sobre a situação do país, o governo Lula passou a buscar as agências estrangeiras para ampliar até mesmo as denúncias de possíveis atos de genocídio por parte de seu antecessor.

“Enquanto estiver no país, Nderitu também gostaria de aproveitar a oportunidade e fazer uma visita de cortesia ao chefe de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva”, solicita a carta oficial da ONU.

Ela ainda pediu para se reunir com os ministros das Relações Exteriores, dos Povos Indígenas, da Justiça, da Educação, dos Direitos Humanos e Cidadania, da Igualdade Racial, da Mulher e da Saúde, o procurador-geral da República e o Chefe da Comissão Nacional de Direitos Humanos.

Missão para territórios indígenas

No esboço de sua agenda no Brasil, a representante da ONU viajará para Roraima, nos territórios do povo yanomami. Entre os dias 5 e 7 de maio, ela vai se encontrar com “líderes que relataram suposto genocídio”.

Mas ela promete não limitar sua missão ao caso mais recente da crise humanitária no Norte do país. Parte da missão será organizada para visitar o povo guarani kaiowá, em Mato Grosso do Sul. Também haverá uma parada no Rio Grande do Sul, uma vez mais para se reunir com comunidades tradicionais.

Jacarezinho e morte de jovens negros

Outra dimensão de sua viagem será o exame da situação da população afrobrasileira nas periferias das grandes capitais do país. No esboço da agenda preparada para a representante da ONU, está incluída uma visita para a região da favela de Jacarezinho (RJ).

Em maio de 2021, a comunidade na região do Rio de Janeiro registrou 28 mortos numa ação da polícia na zona norte da capital.

Em 31 de maio de 2021, o relator da ONU para o combate contra a tortura, Nils Melzer, e o relator sobre execuções sumárias, Morris Tidball-Binz, se aliaram a outros três especialistas da entidade para apontar ao governo brasileiro como o caso envolvendo a ação policial no Rio de Janeiro poderia constituir violações ao direito à vida e violações da proibição de tortura.

Na queixa, os relatores apontaram para uma série de potenciais crimes. “De acordo com relatos, a polícia atirou de forma indiscriminada em pelo menos dez localidades densamente habitadas desse bairro, sem levar em conta vidas e a segurança de quem vive ali”, diz a carta dos relatores da ONU. O documento também cita testemunhas que apontam que algumas das vítimas foram mortas depois de se entregar,

O governo Bolsonaro respondeu aos relatores apenas dois meses depois que os questionamentos foram enviados. No dia 21 de julho de 2021, lamentaram as mortes e indicaram que há um esforço por uma “cultura da paz”.

Mas, segundo o documento da agenda da representante da ONU, a visita no Rio de Janeiro faz parte de um “mapeamento das atrocidades na comunidade”. Ali, ela vai “entender o contexto de discriminação contra afrodescendentes e violência policial”.

*Uol

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Política

Lula: o que vi em Roraima foi um genocídio

A cenas encontradas pelo presidente e sua comitiva na Terra Yanomami deixaram todos estarrecidos e indignados com a devastação causada pelo governo Bolsonaro.

O presidente Luiz Inácio da Silva ficou profundamente abalado com a situação do povo Yanomami em Roraima, onde esteve neste sábado (21) e, na manhã deste domingo declarou que “mais que uma crise humanitária, o que vi em Roraima foi um genocídio”.

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Não apenas Lula, mas toda a comitiva que o acompanhou ficou estarrecida com o que viu. Cenas que trazem à mente imediatamente as imagens das fotos dos campos de concentração nazistas.

Com sua companheira, Janja Lula da Silva, o presidente levou ao território Yanomami as ministras dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, e da Saúde, Nísia Trindade. E mais os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, da Defesa, José Múcio, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida, da Secretaria-Geral, Márcio Macedo e do Gabinete de Segurança Institucional, General Gonçalves Dias. Também integraram a comitiva o comandante da Aeronáutica, Brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, a presidente da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Joenia Wapichana, e o secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Ricardo Weibe Tapeba.

O cenário encontrado foi de devastação por responsabilidade direta do governo de Jair Bolsonaro. O ministro da Justiça, Flávio Dino, pediu a abertura de investigações por crime de genocídio.

*Com Forum

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