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Protestos convocados para esta quarta (20) desafiam Milei e deixam Argentina sob tensão

O presidente argentino Javier Milei enfrenta nesta quarta-feira (20) o primeiro protesto contra seu governo, organizado por movimentos de esquerda e sindicatos. Eles criticam as medidas de austeridade adotadas por Milei nos primeiros dias de gestão, como o corte de subsídios para energia e transporte e a paralisação de obras públicas.

O governo tenta impedir o ato com um decreto que proíbe o bloqueio das ruas e com a ameaça de suspender os benefícios sociais dos manifestantes. A concentração começa às 10h e a caminhada até a Praça de Maio está prevista para as 16h.

Segundo o jornal “La Nación”, há diversos grupos que participam da organização da manifestação. Alguns, como o Movimento Evita, são alinhados ao kirchnerismo (corrente política ligada à ex-presidente Cristina Kirchner); outros, como o Polo Trabalhador, não.

Na Argentina, essas organizações têm muita capacidade para mobilizar pessoas porque elas atuam como intermediadores da distribuição de benefícios do governo —da mesma forma que, no Brasil, os sindicatos rurais têm um acordo de cooperação técnica com o INSS, na Argentina essas entidades ajudam as pessoas a provar que se enquadram nos critérios para receber benefícios do governo.

Milei quer fazer uma auditoria nas organizações, que é uma forma de tentar restringir o poder de mobilização desses grupos. Durante sua campanha eleitoral, um dos slogans de Milei era “el que corta no cobra” (“quem corta não recebe”), para dizer que aqueles que bloquearem as ruas não receberão benefícios sociais.

O governo abriu uma linha telefônica para que beneficiários de programas sociais digam se estão sendo coagidos por esses grupos a participar da marcha.

Segundo o porta-voz da presidência, até a tarde de terça-feira foram recebidas 4.310 denúncias. O porta-voz afirma que os únicos que podem perder os benefícios são os que cortarem o trânsito ou agirem com violência.

A ministra de Capital Humano, Sandra Pettovello, disse que “os únicos que não vão receber benefícios sociais são os que forem à marcha e fecharem a rua. O presidente já disse ‘quem fecha não recebe’”.

O governo informou que vai usar câmeras e drones para identificar quem são os “piqueteiros”, os manifestantes que fecharem as vias.

Uma pesquisa do Observatório de Psicologia Social Aplicada da Universidade de Buenos Aires aponta que 65% dos argentinos são favoráveis a proibir os piquetes. Foram ouvidas mais de 4.200 pessoas, entre 11 e 12 de dezembro.

Adolfo Pérez Esquivel, argentino que recebeu o Nobel da Paz em 1980, assinou um pedido de habeas corpus coletivo para evitar a ameaça à integridade física dos manifestantes da marcha.

O texto afirma que as medidas do governo para conter as manifestações são ameaças ilegais que afetam a liberdade de ir e vir e a integridade física das pessoas.

*g1

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Mundo

José Genoino: “é fundamental que a esquerda abrace a causa da Palestina”

Em uma entrevista recente para ao 247, José Genoino, ex-presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), enfatizou a necessidade de a esquerda abraçar a causa palestina, destacando a importância do direito à autodeterminação do povo palestino e condenando as ações de Israel.

O ex-presidente do PT afirmou que a questão palestina se resume ao direito fundamental do povo palestino de ter um Estado autônomo, independente e livre. Desde 1947, quando foi criado o Estado de Israel, o povo palestino tem enfrentado inúmeras dificuldades e desafios, resistindo heroicamente a décadas de conflitos e violência. Genoino argumentou que Israel nunca cumpriu as resoluções da ONU nesse contexto, alegando que o país pratica genocídio, promove um sistema de apartheid e se tornou um braço assassino do imperialismo americano.

Nesse contexto, Genoino ressaltou que a esquerda não pode se manter tímida ou na defensiva quando se trata da questão palestina. Ele enfatizou a necessidade de a esquerda assumir uma postura mais firme e proativa em defesa dos direitos do povo palestino, bem como condenar as ações de Israel que, segundo ele, têm provocado um sofrimento significativo na região.

Um ponto central destacado por Genoino foi a desproporcionalidade da violência perpetrada por Israel contra a Faixa de Gaza. Esses conflitos, marcados por bombardeios intensos e perdas humanas significativas, têm gerado uma crescente indignação global. O ex-presidente do PT alertou que a persistência dessa desproporcionalidade na violência poderia levar a um isolamento internacional de Israel, à medida que a comunidade global exige um fim à escalada de hostilidades.

Genoino também enfatizou que o cenário atual, marcado por crises globais, exige uma abordagem mais ampla. Ele argumentou que essa nova realidade deve ser enfrentada não apenas por meio de organizações como a ONU ou a diplomacia, mas também nas ruas, por meio de mobilizações e conscientização pública. O ex-presidente do PT defendeu a importância das manifestações populares e da solidariedade internacional como ferramentas para pressionar por mudanças na região

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Política

Milly Lacombe: Por que a direita não se vê como ideologia?

Comecemos com uma afirmação: quando alguém diz que a escolha foi ideológica o que está sendo dito é que a escolha foi por alguém do campo da esquerda.

São inúmeros os exemplos, mas falemos de Marcio Pochmann, recém escolhido para comandar o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas.

O nome de Pochmann está despertando o que poderia ser chamado, sem exageros, de desespero por uma parte da imprensa e da ala neoliberal de analistas econômicos, uma ala que, diga-se, apoiou Paulo Guedes mesmo depois de o governo Bolsonaro se revelar escancaradamente pelo que sempre anunciou que seria: um governo de tendências nazifascistas.

Pochmann, eles gritam, é apontamento ideológico de Lula.

Seria o caso de nos perguntarmos por que Lula, presidente da nação, não poderia fazer um apontamento ideológico.

Paulo Guedes, ainda herói dos liberais, foi escolha ideológica para a Economia.

Roberto Campos Neto foi escolha ideológica para o Banco Central.

Mas aqui ainda navegamos por águas econômicas. Saiamos delas.

Pazuello e Queiroga, ministros da saúde de Jair Bolsonaro, foram escolhas ideológicas.

Estranhas não por serem ideológicas, mas por estarem à frente de uma pasta da qual nada entendiam durante uma pandemia.

Por que a direita e a extrema-direita não se veem como ideologias?

Por que os liberais não se enxergam como ideológicos?

Por que Campos Neto nunca foi chamado de escolha ideológica? Pelo contrário: para jornalistas de direita trata-se de escolha técnica.

Não é preciso muito para ser nomeado como escolha técnica: basta ter vindo do mercado, para onde, aliás, todos eles voltam ao deixarem o governo.

Por que o comunismo é ideologia mas o capitalismo não é?

Por que o colonialismo nunca é chamado de regime ideológico mas o stalinismo sim?

Por que apenas jornalistas do campo da esquerda são chamados de ideológicos e os da direita de vendem como técnicos?

Respondamos.

A direita não se vê como ideologia pois se entende universal. É a ela que tudo se compara, como um carbono isótopo 12 do universo político.

Ideologias universais se pretendem invisíveis por serem hegemônicas. Mas não são. Pelo menos não mais.

Assim como a identidade do homem branco e heterossexual se pretende invisível e universal. A ela todos nós devemos nos comparar.

Identidade é isso aí que vocês são. Nós aqui somos apenas a razão e o poder, eles dizem.

Qualquer crítica decente às pautas identitárias deveria começar pela crítica a essa identidade dominante que se pretende universal.

Marcio Pochmann, gostem ou não, é escolha técnica e também ideológica.

Técnica porque seu currículo é irrepreensível: doutor em ciências econômicas, professor da Unicamp, ex- presidente da Fundação Perseu Abramo, do IPEA e autor de dezenas de livros, entre eles “O Neocolonialismo à Espreita” (recomendo), e vencedor do Jabuti pela obra “A década dos Mitos”, de 2002.

E ideológica porque tudo na vida contém alguma ideologia, e não há nada de errado com isso porque todas são.

A questão deveria ser de que ideologia estamos falando.

No caso de Campos Neto, por exemplo, estamos falando de uma ideologia neoliberal que não se acanha em apoiar o nazifascismo bolsonarista e os interesses do mercado em detrimento dos sociais.

Uma ideologia mais moral do que econômica que trabalha encolhendo o espaço público e alargando o privado.

Uma ideologia hegemônica que acha razoável dizer que crianças vendendo bala na rua tiveram a vida melhorada pela criação do PIX.

No caso de Paulo Guedes, idem: era para ele intolerável que trabalhadoras domésticas estivessem indo passear na Disney mas absolutamente legítimo ministro da economia ter dinheiro em paraíso fiscal.

No caso de Pochmann, a ideologia é de esquerda e social. Inclusiva e atenta aos mais vulneráveis.

Me parece um bom começo para liderar o IBGE que Bolsonaro tentou esvaziar para depois destruir diante do silêncio da turma que hoje acordou abruptamente para bradar sobre a importância do IBGE.

Todos somos mobilizados por alguma ideologia. Políticos, economistas, empresários, donas-de-casa e jornalistas.

Me parece um bom começo para liderar o IBGE que Bolsonaro tentou esvaziar para depois destruir diante do silêncio da turma que hoje acordou abruptamente para bradar sobre a importância do IBGE.

Todos somos mobilizados por alguma ideologia. Políticos, economistas, empresários, donas-de-casa e jornalistas.

Ela tem impacto sobre nossa linguagem, sobre o que escolhemos ler, o que escolhemos ver, o que escolhemos vestir e onde escolhemos ir. Acreditar que existe qualquer ação que seja desprovida de ideologia é inocência ou ignorância.

Já na política, apontar o dedo e berrar que a escolha é ideológica é de duas uma: ou falta de capacidade de analisar conjunturas (não assombra, então, que os mesmos que tenham deixado de ver o nazifascismo em Bolsonaro sejam agora aqueles que berram que Pochmann é escolha ideológica) ou desonestidade intelectual.

A pergunta que deve ser feita é: qual ideologia é a sua? Inclusiva ou excludente? Nazifascista ou democrática? Liberal ou social?

Ficam os questionamentos.

Milly Lacombe/Uol

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Pesquisa

Pesquisa aponta Lula (63%) como principal nome da esquerda para disputar a Presidência em 2026. No campo da direita, Tarcísio (60,1%) assume a liderança das preferências

Pesquisa Atlas/Intel divulgada nesta quarta-feira (5) revela que, sem Jair Bolsonaro (PL) na disputa presidencial em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é citado como melhor nome para a direita por 60,1% dos participantes. No campo da esquerda, no mesmo cenário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o preferido por 63% dos entrevistados.

Foram ouvidas 3.222 pessoas entre os dias 2 e 4 de julho. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A pesquisa foi realizada após Bolsonaro tornar-se inelegível por oito anos em decisão do Tribunal Superior Eleitoral na sexta-feira, 30 de junho.

No campo da esquerda, Lula lidera com 63%. Ele é seguido pelo atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), com 14,4%. A opção “outro nome” – que não define candidato específico – aparece com 9,3%. Ciro Gomes (PDT), que participou da corrida eleitoral no ano passado, tem 3,7%. Abaixo, os nomes citados:

Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 63%
Fernando Haddad (PT): 14,4%
Outro nome: 9,3%
Ciro Gomes (PDT): 3,7%
Camilo Santana (PT): 2,8%
Rui Costa (PT): 1,7%
Marina Silva (Rede): 1,1%
Jaques Wagner (PT): 0,4%
Silvio Almeida: 0,2%
Não sabe: 3,4%.
No cenário com nomes da direita, Tarcísio e Michelle são os mais apontados. Os nomes citados são:

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 60,1%
Michelle Bolsonaro (PL): 17,9%
Romeu Zema (Novo): 8,6%
Ratinho Jr. (PSD): 2,2%
Flávio Bolsonaro (PL): 2%
Tereza Cristina (PP): 0,8%
Magno Malta (PL): 0,5%
Ronaldo Caiado (União Brasil): 0,3%
Não sabe: 7,5%.
Foi pesquisado também um cenário com nomes considerados de centro:

Outro nome: 38,6%
Simone Tebet (MDB): 32,3%
Geraldo Alckmin (PSB): 8,4%
Márcio França (PSB): 4,2%
Eduardo Leite (PSDB): 2,8%
Raquel Lyra (PSDB): 0,3%
Não sabe: 13,6%.
Quando questionados sobre a imagem dos prováveis candidatos, 54% citam que veem Tarcísio positivamente, 20% não sabem, e 26% têm opinião negativa. Lula, por sua vez, tem 51% de citações positivas, enquanto 3% não sabem, e 46% o veem negativamente:

Tarcísio de Freitas (Republicanos): 54% positiva; 20% não sabem; e 26% negativa
Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 51% positiva; 3% não sabem; e 46% negativa
Simone Tebet (MDB): 45% positiva; 6% não sabem; e 48% negativa
Fernando Haddad (PT): 43% positiva; 6% não sabem; e 51% negativa
Jair Bolsonaro (PL): 43% positiva; 6% não sabem; e 51% negativa
Michelle Bolsonaro (PL): 43% positiva; 9% não sabem; e 49% negativa
Janja: 39% positiva; 16% não sabem; e 45% negativa
Geraldo Alckmin (PSB): 38% positiva; 18% não sabem; e 44% negativa
Flávio Dino (PSB): 37% positiva; 16% não sabem; e 47% negativa
Sergio Moro (União Brasil): 37% positiva; 12% não sabem; e 52% negativa
Romeu Zema (Novo): 35% positiva; 27% não sabem; e 38% negativa
Marina Silva (Rede): 34% positiva; 17% não sabem; e 49% negativa
Eduardo Leite (PSDB): 25% positiva; 36% não sabem; e 39% negativa
Rodrigo Pacheco (PSD): 25% positiva; 29% não sabem; e 46% negativa
Ciro Gomes (PDT): 23% positiva; 23% não sabem; e 54% negativa
Rui Costa (PT): 16% positiva; 45% não sabem; e 40% negativa
Arthur Lira (PP): 15% positiva; 22% não sabem; e 63% negativa.

*Com informações da CNN. 

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Opinião

A esquerda tem que parar de dar palco para um nada político como Bolsonaro

Tempos atrás, falei aqui que o bolsonarismo era uma vertigem e que acabaria quando Bolsonaro fosse chutado nas urnas. Cadê os bolsonaristas?

Bolsonaro não é, nunca foi, e nunca será uma liderança política, que fará de massa.

Se Bolsonaro fosse 1% do que a mídia criou em torno de seu nome, não perderia as eleições, mesmo comprando 60% dos votos e usando a máquina pública.

O que levou Bolsonaro ao poder em 2018, foi uma conjunção de fatores que nunca mais se repetirá. Nem aqui, nem na Cochinchina nem em lugar nenhum do mundo.

Nos quatro anos de governo, tudo em Bolsonaro foi falso, mentiroso e pérfido. Por isso virou um saco vazio depois que perdeu o poder.

Aonde foram parar os bajuladores fardados depois da derrota vexatória de Bolsonaro?

É preciso falar do anonimato instantâneo. É gigantesca a quantidade de celebridade instantânea que voltou ao nada depois da derrota de Bolsonaro, por exemplo, Augusto Nunes, Zé Maria sei lá do quê, Ana Paula do Vôlei, Guilherme Fiuza, Rodrigo Constantino, Lacombe, Caio Coppolla, Adriles Ninguém, JR Guzzo, e muitos outros famosos no mundo bolsonarista enquanto Bolsonaro mandava e desmandava nas instituições brasileiras, viraram pó de merda.

Essa gente toda fez mais uso de Bolsonaro que Bolsonaro dela. Oportunistas baratos que ganharam muita grana pública via Secom. Lógico que a queda brutal da Jovem Pan merece nota, mas isso será feito numa outra oportunidade.

Mas, cá pra nós, ver essa gente podre sumir do mapa com a derrocada do bolsonarismo artificial, não tem preço.

Se a direita vai tentar outro golpe?

Claro que vai. Como Temer e Bolsonaro chegariam ao poder sem golpe?

Daí achar que essas duas assombrações, que chegaram ao poder da forma mais suja, podem retornar, é delírio e até imprudência.

O Brasil tem um grande inimigo para enfrentar, um sabotador profissional bancado pela Faria Lima, chamado Campos Neto.

A esquerda tem que bater sem parar em Campos Neto por sequestrar nosso desenvolvimento com a agiotagem oficial do Banco Central.

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Democracia

O PT começa a resgatar, hoje, o amarelo como a cor de todo mundo

Que a Seleção faça sua parte.

Coincidência, talvez. Em grupos bolsonaristas, e em alguns acampamentos país afora, a turma da baderna, sentindo-se abandonada pelo Mito, começa a trocar o amarelo das vestes pelo preto. É um movimento ainda tímido, mas já visível.

Enquanto isso, o PT aproveitará o jogo de logo mais entre Brasil e Sérvia pela Copa do Mundo para começar o resgate do amarelo como cor nacional – de direita, esquerda, centro e demais faces do universo político que queiram se apresentar.

A maior parte da esquerda, durante os 21 anos da ditadura militar de 64, foi posta na ilegalidade e teve que se esconder. Na democracia, barulhenta por natureza, é diferente. E as cores nacionais não têm um único dono, pertencem a todos.

A saúde impediu Lula de estar em Brasília. Ele se recupera de uma cirurgia nas cordas vocais. Mas 50 dos nomes mais estelares da equipe de transição do novo governo assistirão ao jogo com a camiseta da Seleção no teatro do Centro Cultural Banco do Brasil.

O teatro tem capacidade para 300 pessoas. Deverá ficar lotado, com o comparecimento de 150 funcionários do próprio Centro, e dos jornalistas que diariamente batem ponto por lá. Não haverá espaço para o vermelho, que ainda mete medo em muita gente.

Governo que pretenda pacificar o país age assim. Espera-se que a Seleção não decepcione e faça sua parte.

O teatro tem capacidade para 300 pessoas. Deverá ficar lotado, com o comparecimento de 150 funcionários do próprio Centro, e dos jornalista

O teatro tem capacidade para 300 pessoas. Deverá ficar lotado, com o comparecimento de 150 funcionários do próprio Centro, e dos jornalistas que diariamente batem ponto por lá. Não haverá espaço para o vermelho, que ainda mete medo em muita gente.

Governo que pretenda pacificar o país age assim. Espera-se que a Seleção não decepcione e faça sua parte.

s que diariamente batem ponto por lá. Não haverá espaço para o vermelho, que ainda mete medo em muita gente.

Governo que pretenda pacificar o país age assim. Espera-se que a Seleção não decepcione e faça sua parte.

*Com Metrópoles

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Uncategorized

E se Bolsonaro tivesse vencido e a esquerda fosse às ruas protestar?

Como ele e seus apoiadores reagiriam?

E se Lula tivesse perdido as eleições? E se os caminhoneiros que o apoiaram bloqueassem estradas pelo país? E se petistas fossem para a porta de quartéis pedir uma intervenção militar? E se o Movimento dos Sem Terra retomasse as invasões?

O que faria Bolsonaro? O que fariam os donos de terras? O que faria o agro, impedido de escoar sua produção? Como reagiria o mercado financeiro? Os chefes militares, como reagiriam? E a classe média que pensara ter se livrado do perigo do comunismo?

Em Belo Horizonte, a Polícia Militar protegeu manifestantes que interditaram o tráfego em frente à sede do Comando da 4ª Região Militar. Eles pediam a anulação do resultado da eleição, mas só para presidente. Para os demais cargos, não.

Depoimento de uma testemunha ocular do fato:

“Pediam intervenção militar e esfregavam a bandeira do Brasil nos carros que passavam. Na nossa frente, [o motorista de] um carro falou algo do Lula e, imediatamente, todos começaram a vaiar, cercar o carro e berrar frases como ‘morre petista’”.

Um vídeo mostra um agente da Polícia Rodoviária Federal usando um alicate para abrir passagem a bolsonaristas que ameaçavam invadir as pistas do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo. Alguns voos foram suspensos ou atrasados. Outros desviados.

Em outro vídeo, um policial de Santa Catarina compromete-se a não reprimir manifestantes que bloquearam a BR-470:

“Compromisso que eu faço com vocês aqui. Nenhum veículo que está na manifestação aqui será alvo de qualquer notificação. Eu não vou fazer multa nenhuma. Eu, enquanto servidor público de serviço hoje. (…) O que vai estar de serviço amanhã, não sei”.

Cenas parecidas ocorreram ao menos em 221 pontos de bloqueio em rodovias de 16 estados sem que os agentes federais, até o início da noite, recebessem ordens do governo para estancar a bagunça. Bolsonaro acompanhou passo a passo o que acontecia.

O governo da anarquia, do desrespeito à lei, da afronta às instituições está chegando ao fim, mas ainda restam 61 dias.

*Noblat/Metrópoles

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Gustavo Petro, numa vitória histórica, é o novo presidente da Colômbia

Num dia tenso de votação, candidato do Pacto Histórico venceu o segundo turno contra o direitista Rodolfo Hernández.

Num dia tenso de eleições, com denúncias de possível fraude, a esquerda teve uma vitória histórica na Colômbia neste domingo (19).

O candidato do Pacto Histórico, Gustavo Petro, derrotou, com 50,88% dos votos, o direitista Rodolfo Hernández, que teve 46,85%, num cenário com 94,57% das urnas apuradas.

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Datafolha: Esquerda predomina entre mulheres e pretos; direita concentra homens e ricos

Grupos historicamente desfavorecidos endossam com mais vigor posições de esquerda na área econômica do que em comportamento.

O pensamento de esquerda é mais forte entre mulheres, jovens de 16 a 24 anos, quem tem renda familiar de até cinco salários mínimos e pretos, enquanto a direita se concentra em homens, faixa etária acima dos 60 anos, pessoas com renda acima de dez salários e brancos.

É o que revela a avaliação socioeconômica da pesquisa Datafolha sobre o perfil ideológico dos brasileiros. O levantamento mostrou, a partir de respostas dos entrevistados sobre temas controversos de comportamento e economia, que 49% da população se identifica com ideias de esquerda.

A observação dos resultados dentro de cada subgrupo da pesquisa aponta números maiores de alinhamento com a esquerda em camadas historicamente menos privilegiadas sob critérios como gênero, renda e raça. O inverso também ocorre.

Uma situação que destoa dessa relação diz respeito à escolaridade. Embora a esquerda seja predominante nas duas pontas, o percentual é maior entre os que têm nível superior (55%) do que entre os que estudaram menos e só possuem o ensino fundamental (42%).

Na pesquisa, o Datafolha fez perguntas nos campos de costumes e de economia a 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26.

A categorização teve como base a pontuação atingida pelo entrevistado em temas que vão de drogas e homossexualidade a legislação trabalhista e papel do Estado no crescimento nacional.

O percentual de 49% da população à esquerda é superior ao de 41% em 2017, ano da rodada anterior do mapeamento. É também o maior índice desde que a sondagem começou a ser feita, em 2013. A direita, por sua vez, tem o menor patamar histórico, 34% (ante 40%). O centro passou de 20% para 17% agora.

Na distribuição por gênero, a esquerda norteia a visão de mundo de 55% das mulheres, ante 42% da dos homens. Já a direita é essencialmente masculina: 41% deles trafegam nessa via, ante 27% delas.

O percentual da esquerda também é numericamente mais elevado entre pretos (53%), seguidos por pardos (50%) e brancos (47%). No espectro da direita, a distribuição é mais equitativa de acordo com a cor autodeclarada, com tendência de mais brancos (38%). Pretos são 30% e pardos, 32%.

*Com Folha

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Pesquisa

Datafolha: Identificação com a esquerda cresce e vai a 49% da população; direita recua

A identificação dos brasileiros com o espectro ideológico de esquerda cresceu e alcança hoje 49% da população, segundo o Datafolha. O percentual, que abrange ideias sobre comportamento, valores e economia, é o mais alto da série histórica para a pesquisa, iniciada em 2013, segundo a Folha.

De 2017, quando foi realizado o levantamento anterior, para cá, o perfil ideológico mudou: antes havia uma divisão mais igualitária entre direita (40%) e esquerda (41%), e agora a segunda opção é predominante.

A pesquisa, feita a partir de respostas dos entrevistados a perguntas sobre temas que separam as duas visões de mundo —como drogas, armas, criminalidade, migração, homossexualidade e impostos—, mostra que 34% têm ideias próximas à direita e 17% se localizam ao centro.

É sob esses humores que o país se prepara para a eleição presidencial de outubro, com disputa polarizada entre dois candidatos associados aos dois universos: pela esquerda, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que lidera as intenções de voto, e, pela direita, o presidente Jair Bolsonaro (PL).

A pesquisa do Datafolha com a conclusão sobre inclinação política, que ouviu 2.556 pessoas acima dos 16 anos em 181 cidades de todo o país nos últimos dias 25 e 26, também trouxe o petista com 48% das preferências no primeiro turno, ante 27% do postulante à reeleição.

Contratado pela Folha, o levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BR-05166/2022 e possui margem de erro de 2 pontos percentuais, para mais ou menos.

A classificação ideológica foi feita conforme a soma da pontuação das respostas do entrevistado, em uma escala definida pelo instituto que varia entre esquerda (17% da população), centro-esquerda (32%), centro (17%), centro-direita (24%) e direita (9%). Os valores foram arredondados.

Segundo o instituto, a mudança rumo à esquerda já tinha sido observada em 2017, mas de forma menos acentuada.

A parcela de direita, que cinco anos atrás totalizava 40% e recuou 6 pontos percentuais, diminuiu principalmente por causa do maior apoio a posições no campo de comportamento e valores associadas ao ideário antagônico, como a pauta dos direitos humanos.

Foi sentida alteração significativa, por exemplo, na questão sobre adolescentes que cometem crimes (juridicamente, atos infracionais). Aqueles que acham que os jovens devem ser reeducados passaram de 25% para 34%. Os que defendem que sejam punidos como adultos eram 73% e agora são 65%.

Está diferente também a percepção sobre sindicatos, que perderam influência com a reforma trabalhista de 2017. Naquele ano, 58% consideravam que as entidades serviam mais para fazer política do que para defender os trabalhadores. Hoje são 50%.

Já a visão de que os sindicatos são importantes para defender os interesses dos trabalhadores subiu de 38% para 47%.

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