O sincericídio de Tarcísio de Freitas, atual queridinho da grande mídia, foi uma espécie de exposição de uma verdade dura para os redatores sabujos da Faria Lima.
Quando o governador de São Paulo, que comanda a Polícia mais violenta e letal polícia do planeta, diz que “não existe, no Brasil, direita sem Bolsonaro”, ele explica de bate-pronto por que sua polícia é o que é, comandada pelo bolsonarista Derrite indicado pelo próprio genocida golpista e desfaz a fábula de que Tarcísio seria uma espécie de “direita boa praça”
Isso foi um banho de água fria na fábula midiática em que o colunismo corporativo vinha talhando.
O impacto disso é uma reviravolta para quem queria vender Tarcísio como uma alternativa “palatável” ao bolsonarismo puro.
Ele próprio parece rejeitar essa fantasia, assumindo que sua identidade política não se descola do lider dos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023.
A escolha de Guilherme Derrite como secretário de Segurança Pública, um nome alinhado ao bolsonarismo, reforça essa percepção.
A Polícia Militar de São Paulo, sob a gestão de Tarcísio, segue sendo criticada por sua letalidade e abordagem violenta, com números que a colocam como a mais letal do mundo (em 2022, por exemplo, a PM de SP foi responsável por cerca de 600 mortes, segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública).
Tarcísio, ao se posicionar tão explicitamente, desmonta a tentativa da mídia de dissociação do legado de Bolsonaro, que inclui a defesa de políticas de confronto e a exaltação de uma postura linha-dura fascista.
A declaração de Tarcísio de Freitas, ao afirmar que “não existe direita sem Bolsonaro”, na verdade, joga uma luz crua sobre a narrativa que parte da mídia tentava construir em torno dele como uma figura de uma “direita moderada” ou “civilizada”.
Ele, de boca própria, explicita uma vinculação visceral e direta com o bolsonarismo, que carrega um histórico de polarização, retórica agressiva e políticas controversas, incluindo a gestão da segurança pública.
Acho bom a mídia começar a criar outra fábula com outro personagem ou chegará em 2026 sem candidato nenhum para chamar de seu.