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Brasil

Colapso em mina de Maceió é ‘evento inédito no mundo’ e consequências não podem ser mensuradas, diz prefeitura

O último boletim divulgado pela Defesa Civil do município apontou que o solo do bairro Mutange tem cedido 1 centímetro por hora.

Em um novo comunicado divulgado nas redes sociais, a prefeitura de Maceió (AL) informou que a série de fenômenos que pode levar ao colapso uma mina de sal-gema, localizada no bairro Mutange, é um “evento inédito no mundo” e que, por isso, “até o momento não é possível mensurar todas as consequências do fato”. O último boletim divulgado pela Defesa Civil do município apontou que o solo da região tem cedido 0,7 centímetro por hora.

Apesar de a erosão ter desacelerado em cerca de 0,3 centímetros/hora em comparação ao boletim divulgado na sexta-feira, a situação permanece crítica. Um novo sismo com magnitude de 0,89 a cerca de 300 metros de profundidade foi registrado no local, na madrugada deste sábado. A Defesa Civil permanece em alerta máximo devido ao risco iminente de colapso da mina, que está na região do antigo campo do CSA.

Em 24h, solo cedeu 13 cm
Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, além da quantidade elevada de abalos, foi observada que a profundidade dos sismos se tornava mais rasa, indicando uma possível movimentação em direção à superfície.

A Defesa Civil de Maceió informou, na manhã deste sábado (02), que o solo afundou 13 centímetros nas últimas 24 horas.

“Por precaução, a recomendação é clara: a população não deve transitar na área desocupada até uma nova atualização da Defesa Civil, enquanto medidas de controle e monitoramento são aplicadas para reduzir o perigo. A equipe de análise da Defesa Civil ressalta que essas informações são baseadas em dados contínuos, incluindo análises sísmicas”, informou o órgão.

Usado na indústria química na fabricação de PVC, o sal-gema é extraído do subsolo através de perfurações que podem atingir mais de mil metros, nível no qual o material pode ser encontrado. Escavados os buracos, são injetados neles água. Ao atingir o sal-gema, cria-se uma mistura, como um salmoura.

Como é a extração do sal gema — Foto: Arte O GLOBO

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Política

O movimento para Roberto Campos Neto concorrer ao Planalto em 2026

Ainda embrionário, há um movimento para que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, saia candidato ao Planalto 2026.

Ao ser perguntado, Campos Neto nega qualquer intenção, mas na Faria Lima e entre ex-ministros de Jair Bolsonaro o plano seria lançá-lo como uma novidade da direita na política, diz Guilherme Amado, Metrópoles

Para ser viável, a candidatura teria que ganhar o apoio de Jair Bolsonaro. E interlocutores do ex-presidente garantem que a chance é zero.

 

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Mundo

Assista à íntegra da entrevista do presidente Lula à Al Jazeera, com legendas

Presidente criticou Benjamin Netanyahu, pelo genocídio em Gaza, e Joe Biden pela apatia diante dos crimes de Israel.

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma importante entrevista ao canal Al Jazeera, em que criticou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pelo genocídio que está promovendo contra o povo palestino, na Faixa de Gaza, e o presidente estadunidense Joe Biden pela apatia diante dos crimes de Israel. Assista na íntegra, com legendas:

*Com 247

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Mundo

Irã abandona negociações da COP28 em protesto contra Israel

Chanceler iraniano já havia alertado que presença de representantes israelenses deveria ser ‘seriamente considerada’ diante dos ‘crimes de guerra cometidos pelos sionistas’ em Gaza.

A delegação do Irã abandonou as negociações da COP28, em Dubai, nesta sexta-feira (01/12) em protesto contra a presença da delegação israelense nas conversações.

O ministro da Energia do Irã, Ali Akbar Mehrabian, mencionou que a presença de representantes de Israel é “contrária aos objetivos e diretrizes” da conferência.

O chefe da delegação de Teerã ainda comentou que o país quer aproveitar a COP28 para lançar luz sobre a situação na Faixa de Gaza, que já soma mais de 16 mil vítimas devido aos ataques israelenses.

Hossein Amirabdollahian, ministro das Relações Exteriores do Irã, já havia dito ao seu homólogo dos Emirados Árabes Unidos, Abdullah bin Zayed Al Nahyan, que era contra a presença da delegação de Israel.

Na conversa, Amirabdollahian disse que “a presença de funcionários do regime de ocupação israelense nesta conferência, no que diz respeito ao recente genocídio e aos crimes de guerra cometidos pelos sionistas, é digna de séria consideração”.

O chanceler iraniano também cobrou que os países islâmicos continuem com os esforços para que os “crimes de guerra do regime sionista” sejam cessados, além de garantir o envio de mais ajuda humanitária para Gaza.

Amirabdollahian ainda instou que o Conselho de Segurança das Nações Unidas, incapaz até o momento de gerar uma solução para o conflito “emita uma resolução eficaz, a fim de cumprir os seus deveres para com o povo palestino”.

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Política

Lula critica primeiro-ministro de Israel: “é de extrema direita” e “pensa que os palestinos não significam nada”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez duras críticas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, por causa do conflito na Faixa de Gaza. Em entrevista para a emissora do Catar Al Jazeera, Lula chamou Netanyahu de “líder extremista, de extrema direita, sem sensibilidade com os problemas humanos dos palestinos” e cobrou o presidente dos EUA, Joe Biden, que exija de Israel o fim dos ataques. Lula também afirmou que está em curso em Gaza não uma guerra convencional, e sim um “genocídio”.

Lula disse que Netanyahu “pensa que os palestinos não significam nada” e que “ele precisa aprender que os palestinos precisam ser respeitados, suas terras demarcadas”. O presidente também questionou a postura de Biden, que considerou “o presidente do país mais importante do mundo”. “Não consigo entender como o Biden não cobrasse de Israel o fim da guerra. Eles influenciam muito Israel e poderiam ter parado a guerra”, disse.

Lula defendeu a criação de um Estado palestino independente e criticou a falta de governança no mundo. Ele disse que o Conselho de Segurança da ONU não é mais respeitado e que os membros permanentes decidem ir para guerra sem consultar ninguém. “Essa guerra é reflexo da insanidade, um grupo comete um ato terrorista e o Estado que faz algo ainda mais sério que o ato terrorista, há mais de 16 mil mortos, 6.500 crianças, 35.000 feridos. Hospitais destruídos. Se a ONU tivesse força, teríamos a solução de dois Estados. Mas desde 1947 não há paz”, disse Lula.

Lula ainda afirmou que a resposta de Israel ao ataque “terrorista” de 7 de outubro do Hamas foi ainda mais séria: “Eu critico o Hamas e sei que Israel tem o direito de se defender, mas isso não significa matar mulheres, crianças e inocentes. Não jogue bombas quando você não sabe quem está lá”.

“A guerra não leva a nada, só gera mais ódio. Precisamos sentar com Israel e os palestinos para cobrar a implementação da resolução de 1947”, disse Lula.

 

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Mundo

‘Esta é uma guerra contra as crianças’, diz porta-voz da Unicef em Gaza

Em vídeo publicado em suas redes sociais, James Elder mostrou situação dramática de menores refugiados em um hospital durante retomada da ofensiva israelense ao território palestino.

“A humanidade desistiu das crianças de Gaza?”, perguntou o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), nesta sexta-feira (01/12), quando o exército israelense decidiu retomar os ataques na Faixa de Gaza nas primeiras horas do dia, reiniciando novos e intensos bombardeios aéreos contra o povo palestino. Segundo James Elder, a guerra em Gaza é uma “guerra contra as crianças”.

Dentro de um hospital superlotado da região, sem capacidade de receber mais pessoas, o porta-voz do órgão fez duras críticas com relação à impotência da comunidade internacional, ao afirmar que “a falta de ação daqueles que têm influência está permitindo o assassinato de crianças”.

Elder chegou a explicar o drama enfrentado nas instalações hospitalares e pelas equipes de saúde no território, especialmente no que diz respeito ao atendimento de crianças, uma vez que tratar lesões como queimaduras e fraturas está se tornando cada vez mais difícil: “aceitar o sacrifício das crianças em Gaza significa que a humanidade desistiu”.

m outro momento do vídeo, o porta-voz mencionou que um recente ataque aéreo a 50 metros do “maior hospital que ainda está em funcionamento” no território:

“Este hospital simplesmente não pode receber mais crianças feridas de guerra, há crianças por toda parte. Essas crianças estão dormindo. Havia uma bomba literalmente a 50 metros daqui”, desabafou em um vídeo publicado pela plataforma X (ex-Twitter), antes de descrever as feridas sofridas pelas crianças durante o ataque de Israel.

‘Um cemitério para milhares de crianças’
Gaza é um “cemitério de crianças”, afirmou Elder, em comunicado à imprensa, há um mês, quando os ataques israelenses ganharam intensidade sob a prerrogativa de “eliminar o Hamas”. Na ocasião, o funcionário descreveu que “Gaza se tornou um cemitério para milhares de crianças”, acrescentado que o território é “um verdadeiro inferno a todos”.

O bloqueio de direitos básicos à sobrevivência humana como água, por parte de Israel, deixando sob risco a vida de mais de um milhão de crianças palestinas por problemas de desidratação, foi uma das questões abordadas por Elder.

“Nosso maior medo era o número de crianças mortas se tornando dezenas, depois centenas e, finalmente, milhares, foi concretizado em apenas duas semanas”, lamentou o porta-voz da Unicef, que exigiu o fim dos bloqueios israelenses no território.

“Sem cessar-fogo – nem água, nem medicamentos, nem libertação das crianças sequestradas – avançaremos em direção a desastres maiores que vão seguir atingindo crianças inocentes”, declarou o funcionário do fundo ligado à Organização das Nações Unidas (ONU).

As negociações entre o Estado de Israel e o movimento de resistência palestina Hamas sobre a trégua na Faixa de Gaza continuam sendo mediadas pelo Catar e o Egito.

Nesta quinta-feira (30/11), ambas as partes concordaram em estender a pausa humanitária pelo oitavo dia, mas sem nenhuma confirmação oficial. A trégua expirou nesta sexta-feira (01/12). Pouco depois, Israel voltou a atacar Gaza, com uma série de bombardeios.

O porta-voz do Ministério da Saúde em Gaza confirmou que pelo menos 60 pessoas foram atingidas pelo exército comandado por Tel Aviv desde que a trégua expirou.

*Opera Mundi

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Mundo

Israel volta a atacar palestinos na Faixa de Gaza

Israel retomou as operações de combate contra o Hamas em Gaza nesta sexta-feira. O governo israelense acusou o grupo militante palestino de lançar foguetes contra Israel e de não cumprir um acordo de libertação de todas as mulheres mantidas como reféns, violando o acordo de trégua temporária, segundo reportagem da Reuters.

A trégua de sete dias, que começou em 24 de novembro e foi prorrogada duas vezes, permitiu a troca de dezenas de reféns mantidos em Gaza por centenas de prisioneiros palestinos e facilitou a entrada de ajuda humanitária na faixa litorânea devastada. Israel interceptou um foguete lançado de Gaza na hora anterior ao término da trégua, marcado para as 7h (05h00 GMT). Não houve comentários imediatos do Hamas ou reivindicação de responsabilidade pelo lançamento.

Segundo o escritório do Primeiro-Ministro israelense Benjamin Netanyahu, “Com a retomada dos combates, enfatizamos: o governo de Israel está comprometido em alcançar os objetivos da guerra — libertar nossos reféns, eliminar o Hamas e garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça aos residentes de Israel”.

O Hamas manteve uma postura desafiadora. Ezzat El Rashq, membro do escritório político do Hamas, declarou no site do grupo: “O que Israel não conseguiu durante os cinquenta dias antes da trégua, não conseguirá continuando sua agressão após a trégua”.

Relatos da mídia palestina e do ministério do interior de Gaza indicaram ataques aéreos e de artilharia israelenses em toda a região após o término da trégua, incluindo em Rafah, perto da fronteira com o Egito. Em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza, um testemunho da Reuters relatou ouvir intensos bombardeios e ver fumaça subindo a leste da cidade.

Além disso, o canal de notícias al-Jazeera relatou várias mortes e feridos devido a ataques aéreos e bombardeios israelenses. O exército de Israel confirmou que seus jatos estavam atacando alvos do Hamas em Gaza. Imagens nas redes sociais mostraram grandes colunas de fumaça escura subindo sobre o acampamento densamente povoado de Jabalia em Gaza.

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Cotidiano

Drama do colapso do solo em Maceió se agrava; entenda as razões

Após decisão da Justiça e iminência de colapso de mina, mais moradores foram retirados às pressas da área afetada em Maceió.

A desocupação forçada de áreas em Maceió (AL) nesta semana abriu novo capítulo no drama que atinge a capital alagoana há mais de cinco anos. A Justiça Federal, baseada em relatórios técnicos, determinou a inclusão de novas áreas na zona de risco para colapso em minas da Braskem, o que resultou na evasão de moradores da região afetada – mais de 60 mil pessoas já tiveram que sair, deixando bairros fantasmas na cidade.

A medida atende a pedido do Ministério Público Federal, da Defensoria Pública da União e do Ministério Público do Estado de Alagoas pela inclusão de mais áreas no programa de realocação da Braskem. A Justiça estabeleceu que o monitoramento também fosse intensificado.

O aumento da zona desocupada se dá no momento em que há um alerta de colapso iminente de uma mina da petroquímica Braskem na região do antigo campo do CSA, na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange.

A zona, segundo a Defesa Civil de Maceió, já estava praticamente desocupada. Diante do risco iminente de colapso, o órgão municipal pediu que embarcações e população evitem transitar na região até nova atualização do órgão.

De acordo com a Defesa Civil, as análises apontam que, em caso de colapso, há chances de surgimento de um sinkhole, fenômeno caracterizado pelo afundamento da superfície e formação de uma cratera, devido ao esvaziamento do subsolo.

Por causa da situação, a Prefeitura de Maceió decretou estado de emergência por 180 dias e criou um Gabinete de Crise para acompanhar a situação.

Veja o tamanho da região afetada pelo risco em Maceió e as novas áreas de monitoramento:

Imagem colorida mostra mapa de áreas afetadas - metrópoles

Governo federal preocupado
“Orientei hoje os ministros Wellington Dias e Renan Filho a acompanharem de perto, em Maceió (AL), o risco iminente de colapso de uma mina da petroquímica Braskem na Lagoa Mundaú, no bairro do Mutange”, afirmou o presidente da República em exercício, Geraldo Alckmin (PSB), na noite de quinta (30/11). “Estamos atentos e de prontidão para as ações que forem necessárias e ajudar no que for preciso”, completou.

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Política

Jair Bolsonaro tem nova derrota em ação contra Lula por danos morais

Não teve sucesso a apelação apresentada por Jair Bolsonaro na ação por danos morais apresentada contra o presidente Lula, na qual o ex-presidente buscava indenização de R$ 10 mil após falas do petista durante discursos

Nesta quinta-feira, a 7ª Turma Cível do TJ do DF negou, por unanimidade, a manifestação de Bolsonaro, mantendo a decisão da primeira instância, que encerrou o caso por não considerá-lo válido, diz O Globo.

Bolsonaro reclamava de duas manifestações públicas de Lula: um por tê-lo associado a uma mansão, nos EUA, em nome do irmão de Mauro Cid, o ex-ajudante de Ordens da Presidência; a outra por ter sido chamado de “gangster” e “vagabundo”.

 

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Política

Breno Altman: Se pretendem o meu silêncio, voltarão a fracassar

Por Breno Altman

Fui informado que a CONIB (Confederação Israelita do Brasil), principal agência do Estado sionista em nosso país, em flagrante perseguição judicial, acionando agora também a esfera penal, obteve outra decisão liminar, na 8ª Vara Criminal Federal de São Paulo, com o mesmo teor antes logrado em processo civil na primeira instância da Justiça paulista.

De acordo com essa segunda medida, as redes sociais foram intimadas a retirar sete de minhas postagens, em paralelo à abertura de inquérito policial para possível processo.

A manobra dos agentes sionistas, mais uma vez, repousa na mentirosa associação entre antissionismo e antissemitismo, ainda capaz de ludibriar autoridades de boa fé.

Repito o que tenho afirmado inúmeras vezes:

Antissionismo é a repulsa contra uma ideologia racista e colonial que levou ao regime de apartheid construído pela liderança do Estado de Israel, assim reconhecido pela resolução 3379 das Nações Unidas.

Antissemitismo é o ódio contra os judeus.

Além da marotagem narrativa, a acusação revela um paradoxo. Como poderia ser considerado antissemita um judeu, como eu, que teve parte da família dizimada pelo Holocausto e cujos ancestrais foram históricos dirigentes do setor antissionista da comunidade judaica brasileira?

Nada disso é surpreendente. Desmascarado em sua desumanidade, ao sionismo somente resta a violência e o ataque à liberdade, especialmente contra judeus que ousam desmascarar sua natureza vil.

Primeiro, grupos sionistas ameaçaram-me de “arrancar os dentes e cortar os dedos”, conforme foi denunciado pela ABI (Associação Brasileira de Imprensa) ao Ministério da Justiça. Contra os responsáveis por tais ameaças já corre investigação na Polícia Civil paulista.

Como não surtiu efeito essa forma fascista de pressão, em seguida a CONIB assumiu a vanguarda das agressões contra quem denuncia os crimes cometidos pelo regime sionista, atuando em múltiplas instâncias, tal qual é característico na prática de lawfare.

Se pretendem o meu silêncio, voltarão a fracassar.

Lutarei nos tribunais pela defesa da liberdade de imprensa e expressão, asseguradas pela Constituição.

Acima de tudo, e a qualquer preço, minha modesta voz continuará a ser ouvida, ao lado de tantas outras, cada vez mais alta, na luta solidária com o bravo povo palestino.