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Deixa o Brasil em paz!: Brasileiros ‘invadem’ perfil de Trump após tarifas

Após o presidente dos EUA, Donald Trump, anunciar tarifas de 50% sobre produtos exportados do Brasil, usuários brasileiros tomaram conta dos comentários em seu perfil no Instagram. As postagens passaram a receber mensagens como “Deixe o Brasil em paz”, “Brasil soberano” e “O Brasil não é terra sem lei”.

A mobilização foi tão intensa que Trump decidiu restringir os comentários em suas publicações.

O anúncio das tarifas gerou reação imediata também entre autoridades e especialistas. Trump alegou que a relação comercial entre os dois países é “injusta” e mencionou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no STF como parte da motivação para as novas medidas.

A interpretação de analistas é que a decisão tem forte viés político. “Não seria a primeira vez que os Estados Unidos usam a política tarifária para fins políticos”, afirmou o economista e Nobel, Paul Krugman.

Entidades da indústria e do agronegócio brasileiro expressaram preocupação, alertando para o impacto sobre empregos. O presidente Lula reagiu dizendo que o Brasil “não aceitará ser tutelado por ninguém” e reiterou a soberania nacional.

Nas redes, os comentários continuaram a crescer, com usuários até citando trechos do Hino Nacional. “O Brasil não é seu quintal”, escreveu uma internauta. Outros, porém, demonstraram apoio a Trump e às novas tarifas. Com ICL

Veja alguns dos comentários nas redes sociais de Trump:

Trump

Trump


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Paul Krugman defende impeachment de Trump por tarifa de 50% contra produtos do Brasil

Paul Krugman, economista norte-americano e vencedor do Nobel de Economia de 2008, defendeu o impeachment do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a taxação de 50% ao Brasil, mencionando razões políticas. A medida é “tanto maligna quanto megalomaníaca”, defende.

“Se ainda tivéssemos uma democracia que funcionasse, essa jogada contra o Brasil seria, por si só, motivo para impeachment”, diz Krugman, em postagem, nesta quarta-feira,9.

Krugman afirma que não costuma fazer postagens à noite, mas interrompeu o hábito por conta da carta de Trump ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com o post intitulado “Usando tarifas para combater a democracia”. Para ele, a taxação ao Brasil “marca uma nova partida” da gestão republicana.

“Trump mal finge que há uma justificativa econômica para essa ação. Tudo isso é sobre punir o Brasil por colocar Jair Bolsonaro em julgamento”, avalia Krugman.

De acordo com o economista, não é a primeira vez que os EUA usaram a política tarifária para um propósito político. O sistema de comércio internacional estabelecido após a Segunda Guerra Mundial foi, em parte, motivado pela crença dos americanos de que o comércio, além do benefício econômico, era uma força para a paz e fortaleceria a democracia ao redor do mundo, explica.

“Agora, Trump está tentando usar tarifas para ajudar outro aspirante a ditador”, critica Krugman.

Ele diz ainda que o presidente americano foi “megalomaníaco” com a taxação, considerando o tamanho da economia brasileira, com mais de 200 milhões de consumidores, e a baixa importância dos EUA na balança comercial doméstica.

“As exportações para os EUA são menos de 2% do PIB do Brasil. Trump realmente imagina que pode usar tarifas para intimidar uma nação enorme, que nem é muito dependente do mercado dos EUA, a abandonar a democracia?”, questiona.

Krugman enfatiza ainda que a taxação de Trump ao Brasil não pode ser ignorada. É mais um “passo terrível da espiral descendente” dos EUA, na visão do Nobel. Com Estadão,


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Trump impõe tarifa de 50% aos produtos brasileiros; Lula afirma que usará lei de reciprocidade: ‘Brasil é soberano’

Presidente disse país ‘não aceita tutela’ após republicano anunciar tarifa de 50% sobre produtos brasileiros em carta que defende Bolsonaro.

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, afirmou na noite desta quarta-feira (09/07) que vai utilizar a Lei brasileira de Reciprocidade Econômica para responder ao tarifaço de 50% imposto pelo governo de Donald Trump.

Pelas redes socias, Lula disse que o Brasil é um país soberano, com instituições independentes e que “não aceitará ser tutelado por ninguém”.

A nota divulgada nesta noite reage à decisão do presidente dos Estados Unidos de impor tal tarifa aos produtos brasileiros usando como motivação o processo contra Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. Em uma carta enviada ao governo brasileiro, Trump defendeu o ex-presidente e falou, sem apresentar provas, de que o julgamento realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) seria uma “caça às bruxas” e que “deve terminar imediatamente”.

O governo Lula respondeu afirmando que o processo judicial contra os que planejaram contra a democracia do Brasil é de “competência apenas da Justiça brasileira” e, portanto, “não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais”.

“Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica”, diz a postagem de Lula.

Ainda na resposta, Brasília diz que é falsa a informação de que há um “déficits comerciais insustentáveis” entre os países. Trump alegou, ao impor a nova taxa, que tal déficit seria “uma grande ameaça à nossa economia e, de fato, à nossa segurança nacional”, ao que Lula respondeu: “as estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos”.

Disse Lula:

Tendo em vista a manifestação pública do presidente norte-americano Donald Trump apresentada em uma rede social, na tarde desta-quarta (9), é importante ressaltar:

O Brasil é um país soberano com instituições independentes que não aceitará ser tutelado por ninguém.

O processo judicial contra aqueles que planejaram o golpe de estado é de competência apenas da Justiça Brasileira e, portanto, não está sujeito a nenhum tipo de ingerência ou ameaça que fira a independência das instituições nacionais.

No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática.

No Brasil, liberdade de expressão não se confunde com agressão ou práticas violentas. Para operar em nosso país, todas as empresas nacionais e estrangeiras estão submetidas à legislação brasileira.

É falsa a informação, no caso da relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, sobre o alegado déficit norte-americano. As estatísticas do próprio governo dos Estados Unidos comprovam um superávit desse país no comércio de bens e serviços com o Brasil da ordem de 410 bilhões de dólares ao longo dos últimos 15 anos.

Neste sentido, qualquer medida de elevação de tarifas de forma unilateral será respondida à luz da Lei brasileira de Reciprocidade Econômica.

A soberania, o respeito e a defesa intransigente dos interesses do povo brasileiro são os valores que orientam a nossa relação com o mundo.

Liberdade de expressão
Por fim, a resposta de Lula também cita que liberdade de expressão, no Brasil, não é confundida com “agressão ou práticas violentas”, afirmando que qualquer empresa, seja ela nacional ou estrangeira, “estão submetidas à legislação brasileira”.

“No contexto das plataformas digitais, a sociedade brasileira rejeita conteúdos de ódio, racismo, pornografia infantil, golpes, fraudes, discursos contra os direitos humanos e a liberdade democrática”, afirma a nota.

*Opera Mundi


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Itamaraty reage a ataque de Trump à soberania nacional e convoca representante dos EUA no Brasil

Após críticas do presidente dos EUA ao Judiciário brasileiro, a embaixada divulgou nota endossando acusações de “perseguição” contra Jair Bolsonaro

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil decidiu convocar o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos após declarações do presidente Donald Trump e uma nota oficial da representação diplomática em Brasília que reforça críticas ao sistema judiciário brasileiro.

Segundo a nota divulgada pela embaixada — que está sem embaixador e tem sido comandada pelo encarregado de negócios —, há uma “perseguição política” contra Jair Bolsonaro (PL), réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado. “Jair Bolsonaro e sua família têm sido fortes parceiros dos Estados Unidos. A perseguição política contra ele, sua família e seus apoiadores é vergonhosa e desrespeita as tradições democráticas do Brasil. Reforçamos a declaração do presidente Trump. Estamos acompanhando de perto a situação. Não comentamos sobre as próximas ações do Departamento de Estado em relação a casos específicos”, diz o texto da embaixada.

A nota da embaixada ecoa publicações feitas por Donald Trump nas redes sociais. Na segunda-feira (7), em sua conta na plataforma Truth Social, o presidente dos Estados Unidos escreveu que o Brasil está cometendo uma “terrível injustiça” contra Bolsonaro. “O Brasil está fazendo algo terrível no tratamento dado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho observado, assim como o mundo, enquanto eles não fazem nada além de persegui-lo, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano!”, disse Trump.

Em outro trecho, afirmou que “ele não é culpado de nada, exceto de ter lutado pelo povo” e defendeu que “a única forma legítima de julgamento seria um julgamento pelo povo brasileiro – isso se chama eleição”.

A resposta do governo brasileiro veio em tom firme. Em nota oficial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que: “A defesa da democracia no Brasil é uma responsabilidade dos brasileiros. Somos um país soberano e não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Temos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei — sobretudo aqueles que atentam contra a liberdade e o Estado de Direito”.

Na terça-feira (8), Trump voltou ao tema e pediu para que “deixem o grande ex-presidente do Brasil em paz”, classificando os processos judiciais contra Bolsonaro como uma “caça às bruxas”. Questionado por jornalistas no Rio de Janeiro sobre as declarações de Trump, Lula foi direto: “Não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro. Tenho coisas mais importantes para comentar do que isso. Este país tem leis, regras e um dono chamado povo brasileiro, portanto dê palpite na sua vida, e não na nossa”. Com 247.


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Brasil

Lula: ‘Esse país tem lei’

Na mais grave intromissão de um governante estrangeiro nos assuntos internos do Brasil em muitos anos, o presidente norte-americano, Donald Trump, usou sua rede social nesta segunda-feira (7) para defender o ex-presidente Jair Bolsonaro e ameaçar o Judiciário brasileiro. Em sua publicação, o republicano afirmou que acompanha de perto a situação de Bolsonaro e disse que ele é vítima de uma “caça às bruxas” conduzida por autoridades nacionais.

Na coletiva concedida nesta segunda-feira, em evento dos BRICS, no Rio de Janeiro, o presidente Lula comentou a postagem de Trump. “Esse país tem lei, esse país tem regra, esse país tem um dono, chamado povo brasileiro. Portanto, dê palpite na sua vida, e não na nossa”, afirmou.

Depois de classificar como “terrível” o tratamento que Bolsonaro tem recebido da Justiça, Trump falou em sua defesa, afirmando que ele “não é culpado de nada”, e ataca o Supremo Tribunal Federal (STF) afirmando que o “povo brasileiro” não aceitrá sua decisão.

“O grande povo do Brasil não vai tolerar o que estão fazendo com seu ex-presidente. Vou acompanhar muito de perto essa CAÇA ÀS BRUXAS contra Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores”, declara o norte-americano na publicação.

Lula também comentou a intriomissão de Trump em uma nota: “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, afirmou.

Processos contra Bolsonaro
Jair Messias Bolsonaro é réu no STF por tentativa de golpe de Estado, quando houve uma articulação para manter o ex-presidente no poder após a derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva.

A ação penal está em fase de alegações finais desde junho. O ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, concluiu a fase de instrução, o que indica que o julgamento pode ocorrer ainda neste ano.

Além dessa acusação, Bolsonaro se tornou inelegivel até 2030, após o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o condenar por abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação durante a campanha de 2022.

Publicação de Trump

trump Lei

Tradução:

“O Brasil está fazendo uma coisa terrível em seu tratamento ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Eu tenho observado, assim como o mundo, como eles não fizeram nada além de vir atrás dele, dia após dia, noite após noite, mês após mês, ano após ano! Ele não é culpado de nada, exceto por ter lutado pelo POVO. Eu conheci Jair Bolsonaro, e ele era um líder forte, que realmente amava seu país — Também, um um negociador muito duro no COMÉRCIO. Sua eleição foi muito próxima e agora, ele está liderando nas pesquisas. Isso não é nada mais, ou menos, do que um ataque a um oponente político — Algo sobre o qual eu sei muito! Aconteceu comigo, vezes 10, e agora nosso país é o “MAIS QUENTE” do mundo! O Grande Povo do Brasil não suportará o que está fazendo ao seu ex-presidente. Estarei assistindo a CAÇA ÀS BRUXAS de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores, muito de perto. O único Julgamento que deveria estar acontecendo é um Julgamento dos Eleitores do Brasil — É chamado de Eleição. DEIXE BOLSONARO EM PAZ!”


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Lula a Trump: ‘Dê palpite na sua vida, não na nossa’

Presidente brasileiro afirmou que um chefe de Estado não deveria ficar ‘ameaçando os outros pelas redes sociais’

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, respondeu na tarde desta segunda-feira (07/07) as falas de seu homólogo norte-americano Donald Trump que saiu em defesa de Jair Bolsonaro: “dê palpite na sua vida, e não na nossa”.

Lula disse que um chefe de Estado não deveria ficar “ameaçando os outros pelas redes sociais”, afirmando que “respeito é bom” e que mundo “não quer um imperador”. A declaração ocorreu após Trump publicar, através da plataforma Truth Social, que o Brasil estaria fazendo “uma coisa terrível em seu tratamento do ex-presidente Jair Bolsonaro”.

Em seguida, falou que o julgamento do ex-mandatário brasileiro no STF é “nada mais nada menos do que um ataque a um oponente político, algo que eu conheço muito bem”.

O presidente Lula afirmou que não iria ficar comentando sobre as declarações do republicano, apenas defendeu que cada um saiba o “significado da soberania de cada país”. Além disso, disse que “tem coisas a fazer”, dizendo que o Brasil tem leis e regras chamadas “o povo brasileiro”.

Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em dois julgamentos distintos. Além disso, o ex-presidente é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, acusado de liderar uma trama para se manter no poder após perder as eleições de 2022.

Além da defesa do ex-mandatário, Trump também usou as redes sociais para ameaçar impor uma tarifa adicional de 10% sobre a importação de produtos oriundos de países alinhados ao BRICS. Ele

O anúncio de Donald Trump foi feito paralelamente à cúpula do BRICS, realizada no Rio de Janeiro. Ao término do primeiro dia do encontro, os líderes do grupo, originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, divulgaram uma declaração conjunta manifestando preocupação com a escalada do protecionismo liderado por Washington.

Também sobre isso Lula disse que não iria comentar. Mas, mais cedo, em nota, afirmou que “ninguém está acima da lei”. “A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja”, enfatizou.

afirmou que a medida deve valer a “qualquer país que adote políticas antiamericanas” promovidas pelo agrupamento.

*Opera Mundi


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Trump borra ainda mais o já borrado Bolsonaro e coloca Lula na cara do gol

Um post mal-ajambrado pode fazer estragos de monta dependendo das circunstâncias e de quem manda o tijolo.

Esse é o caso da fala estúpida de um sujeito que, hoje, quando prestigia alguém, mata por toxicidade letal o apadrinhado.

O apoio de Trump é contraindicado para qualquer político. no planeta.
Ao contrário disso, quando banca o roncador contra determinado país, instituição ou político estrangeiro, ele eleva seus alvos à condição de exemplo de soberania.

No caso de Bolsonaro, o remédio causou interação aumentando o metabolismo negativo do borrado.

Trump é pessoalmente rejeitado por 43% dos brasileiros, incluindo os eleitores de Bolsonaro.

Já Lula, fez o que faz um líder da nação e, de pronto, devolveu na lata de Trump: “Não aceitamos interferência ou tutela de ninguém”

Trocando em miúdos, Lula se agiganta e Bolsonaro sai da condição de rato para um camundongo assustado e medroso.


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Movimentos populares terão espaço inédito com líderes do BRICS; ‘Momento histórico’, diz Stedile, que representa o Brasil

Pela primeira vez na história do Brics, movimentos populares, organizados no Conselho Popular do BRICS, terão um espaço oficial para apresentar suas pautas diretamente a chefes de Estado do bloco. A iniciativa inédita acontece neste domingo (6), no Rio de Janeiro (RJ), durante plenária da cúpula promovida sob a presidência brasileira do grupo em 2025.

Representantes da sociedade civil terão três minutos para intervir diretamente diante dos presidentes dos países-membros. O brasileiro João Pedro Stedile, da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), será o responsável por falar em nome do Conselho Popular do BRICS. Ele estará acompanhado de Raymond Matala, conselheiro pela África do Sul, e Victoria Panova, conselheira pela Rússia.

Além do conselho popular, a presidência brasileira também abriu espaço para a participação da Aliança Empresarial de Mulheres do Brics e do Conselho Empresarial do Brics, que igualmente terão três minutos cada para falas na plenária.

Participação social ganha força sob presidência brasileira
A abertura à participação social na cúpula é parte de um esforço da presidência brasileira do Brics em 2024 para ampliar o diálogo com setores da sociedade civil. Em abril, a presidência já havia promovido um encontro entre representantes populares e os chamados sherpas – diplomatas e negociadores de alto nível que atuam na formulação da agenda política do bloco. Agora, o gesto se repete de forma ainda mais visível, com a inserção das demandas populares diretamente na sessão com os chefes de Estado.

“O encontro é histórico porque consolida um método”, afirmou Stedile ao Brasil de Fato. “Todos estão de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais. Ou a gente envolve o povo, ou não vamos superar a pobreza e a desigualdade.”

Entre os temas que devem ser levados aos presidentes estão a soberania alimentar, a industrialização dos países do Sul, a taxação de grandes fortunas, o controle dos paraísos fiscais, a desdolarização da economia mundial e o enfrentamento da crise climática por meio de propostas concretas como desmatamento zero e controle da mineração.

A seguir, confira a entrevista concedida por Stedile na véspera do encontro.

BdF: João Pedro, qual a importância do Conselho Popular do Brics? Fazer eventos paralelos com viés popular aos encontros de chefes de Estado está se tornando uma tradição. Foi assim na Cúpula da Amazônia, no G20…

Nós estamos aqui reunidos na primeira reunião, por isso que é histórico, aqui no Rio de Janeiro, do que é o Conselho Popular dos Brics.

Essa possibilidade foi confirmada como regra na última reunião dos presidentes, lá em Kazan. Por iniciativa da delegação russa, eles incluíram no documento essa proposta de que deveria ter um espaço formal constituído por representantes da sociedade civil – no que seria, então, um Conselho Popular dos Brics – que deveria se reunir também com esse mesmo espírito.

Então, aqui no Rio, é agora a primeira reunião que nós podemos realizar. E ela é histórica porque consolida um método. Porque todo mundo está de acordo que os problemas que os povos enfrentam, sobretudo no Sul Global, não serão resolvidos apenas por iniciativas governamentais.

Ou a gente envolve o povo, as organizações populares, as entidades da sociedade civil, ou dificilmente nós conseguiremos resolver os problemas que estão resumidos nos objetivos principais do BRICS como um todo, que são o combate à pobreza, o combate à desigualdade social e o desenvolvimento dos nossos povos.

Como vai ser esse espaço com os chefes de estado no domingo?

Bem, foi escolhido pelo conselho que fossem para a reunião dos presidentes o Brasil, a África do Sul e a Rússia. Acho que, de certa forma, é também uma deferência ao primeiro núcleo inicial dos BRICS.

E nós teremos oportunidade de falar, transmitir as opiniões do conselho aos presidentes, durante três minutos. Parece pouco, mas para defender ideias fundamentais já será suficiente. Lá nós vamos dizer a eles mais ou menos as ideias consolidadas no conselho, que estamos nos reunindo já há muito tempo de forma virtual, e aqui foi de forma presencial.

Primeiro, que nós nos somamos nessa ideia de que o objetivo principal do Brics é o combate à desigualdade social e à pobreza. Mas, para isso, nós temos que criar mecanismos de cooperação científica e tecnológica para industrializar os nossos países. Sem a industrialização, não é possível desenvolver.

Segundo, nós temos que desenvolver políticas de soberania alimentar para combater a fome. Não basta ficar distribuindo alimentos por aí. Cada país, cada povo, tem que ter as condições de produzir todos os alimentos que necessita.

E também diremos a eles que é importante seguir a luta pela desdolarização da economia mundial. Porque os Estados Unidos sempre usaram sua moeda – já que eles têm a maquininha de fazer moeda – como instrumento de exploração.

Eles emitem sem nenhum controle e vêm pelo Sul Global comprando o que quiserem. Então, é um mecanismo de concentração de renda, de espoliação dos nossos bens da natureza e de exploração do trabalho dos trabalhadores de todo o Sul Global.

Também vamos manifestar o nosso apoio à ideia de que tem que aumentar a taxação, tributar os milionários em todo o mundo.

Se houvesse a tributação sobre as 3 mil pessoas mais ricas do mundo, com apenas 2% sobre o seu patrimônio, sobre a sua riqueza, nós recolheríamos mais de 1 trilhão de dólares. Isso seria mais do que suficiente para eliminar a pobreza, eliminar a fome e desenvolver os países.

Nós defendemos o controle dos paraísos fiscais e do sistema financeiro mundial. Não é possível continuar com essa política de juros, como aqui no Brasil e em todo o mundo, que faz com que todo o trabalho das pessoas acabe sendo carregado num funil que vai para o capital financeiro. O grande espoliador do mundo hoje é o capital financeiro.

Vamos dizer que somos contra as guerras. Não é possível continuar essas agressões militares que têm como único objetivo manter o mercado das armas dos Estados Unidos e da Otan [Organização do Tratado do Atlântico Norte].

E vamos terminar nossa manifestação dizendo que nós queremos que o conselho tenha uma vida perene, tenha uma formalidade, com secretaria, com recursos.

Pretendemos nos reunir no mês de outubro, na Bahia. Então, realizar uma conferência mais ampla, com 10, 15 delegados de cada país – de todos os países, dos 21 países – e outros que querem entrar, como a Venezuela, como a Colômbia e mesmo a Argentina. O Milei saiu do Brics, mas o povo argentino, não. Então, nós vamos trazer a Argentina também.

E, finalmente, nós vamos pedir apoio para eles. Só os Brics podem parar o genocídio na Palestina. Só os Brics podem ajudar o povo do Haiti, o povo do Sudão, o povo do Congo, o povo do Saara Ocidental, que são os povos que estão sofrendo mais agressões imperialistas nesse momento.

Diante da crise de representatividade dos mecanismos de governança do Norte Global, o Brics adquire ainda mais importância?

Nós estamos vivendo uma crise do capitalismo mundial. E isso trouxe como consequência a decadência do império dos Estados Unidos e a decadência daquele sistema de governança internacional que surgiu da Segunda Guerra Mundial.

Então, ninguém mais respeita a ONU [Organização das Nações Unidas], ninguém mais respeita o FMI [Fundo Monetário Internacional], ninguém mais respeita a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura]. Nem sequer a agência de controle de armas atômicas, porque Israel tem a bomba atômica e não respeita.

Então, aquela arquitetura de governança mundial que existia no pós-guerra – que foi construída pelas forças que ganharam a guerra – agora está desmoralizada.

O Brics, apesar de ter muitas diferenças entre si, pode ser o espaço para se construir uma nova articulação baseada no Sul Global, que é o único que tem moral e condições políticas de fazer frente a essa crise geral que está aí.

É claro que os países entre si têm muitas diferenças, tanto pela economia, pela cultura, pela tradição diplomática deles. Mas eu acho que é mais do que necessário que se fortaleça o Brics como o único espaço hoje, que poderia ter um papel relevante para superar a crise e propor medidas concretas.

E sobre a crise climática? Vai ser mencionada?

O tema da crise ambiental, que é resultante da crise capitalista, é um grande tema. Nós vamos citar na intervenção. Porém, por ser tão grave e tão urgente, eu acho que nós teríamos que apelar para outras formas.

A COP 30 vai ser uma farsa. Lá vão se reunir os governos. Todas as COPs sempre foram controladas pelos poluidores, que são o Norte, Estados Unidos, a Europa, né? Eles não têm moral nenhuma de falar em meio ambiente. E estão pagando caro — vocês viram, nesse verão lá no Norte, está morrendo gente de calor, mas eles não se conscientizam.

E o Brics, eu acho que ainda não tem um acúmulo de entendimento. Por isso que eu acho que, como movimentos populares, nós teríamos que pensar e propor, quem sabe, outro tipo de iniciativa em nível internacional, que possa sensibilizar os governos, a opinião pública, sobre como fazer um grande mutirão internacional para tentar enfrentar essa crise ambiental.

Como MST, nós temos defendido, com outros movimentos aqui do Brasil, algumas iniciativas bem práticas e objetivas que podem fazer frente.

O primeiro é desmatamento zero. Você, imagine se nós estabelecêssemos no mundo que ninguém mais vai derrubar árvores. Já seria uma grande revolução.

Segundo, o reflorestamento. Temos que reflorestar. O Brasil tem 50 milhões de hectares degradados pela pecuária, pelo agronegócio, e mesmo nas cidades.

Em todas as cidades seria possível plantarmos muito mais árvores, sobretudo nas grandes cidades.

E, terceiro, tem que ter um controle da mineração. Não é possível mais aceitar esse tipo de agressão. A mineração é uma das que mais provocam agressões ambientais, né? Seja pelo garimpo, o mercúrio que é usado, seja pelas grandes mineradoras, as grandes empresas, como aqui no Brasil, a Vale.

Os principais crimes cometidos foram pela Vale, que não pagou nada. Continua, ninguém foi preso. Mataram 272 trabalhadores deles mesmos, e ninguém vai preso. Se alguém assalta aqui e rouba o celular de alguém, vai preso. Agora, matar 272 pessoas, ninguém vai preso.

Então, é preciso controlar as atividades da mineração. Se nós começássemos a difundir esse programa mínimo em todo o mundo — controle da mineração, desmatamento zero e reflorestar o nosso planeta — eu acho que já teríamos um alívio, para não chegarmos ao ponto de retorno zero.

*BdF


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Vídeo: Lula amplia agenda de interesses com nações caribenhas

Encontro em Brasília reúne líderes de 16 países e marca reaproximação e fortalecimento das relações.

Ao abrir a Cúpula Brasil-Caribe nesta sexta-feira, 13 de junho, no Palácio do Itamaraty, em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu a ampliação do diálogo e da cooperação entre o Brasil e países caribenhos. O encontro reúne representantes de 16 nações e marca uma agenda de aproximação com a região.

Aproximar para unir — Com o lema “Aproximar para unir”, o presidente relembrou a Cúpula Brasil-CARICOM, realizada em 2010. De lá para cá, disse Lula, a relação do Brasil com os países caribenhos oscilou entre avanços, estagnação e retrocesso. “O lema desta reunião vem da frase final do discurso que proferi na Cúpula de 2010. Passados 15 anos, ele traduz um desafio inacabado. Nosso intercâmbio comercial diminuiu 30% desde então. Tínhamos um fluxo de mais de 6 bilhões dólares, que agora gravita em torno de 4 bilhões”, afirmou Lula.

» Confira a íntegra do discurso do presidente Lula

Prioridades — O presidente destacou cinco segmentos para atuação conjunta entre Brasil e Caribe para modificar esse horizonte: mudança do clima, transição energética, segurança alimentar, conectividade e apoio ao Haiti. Lula também apresentou ações concretas que marcam o compromisso brasileiro com a região.

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COP30 — Lula destacou a importância de fortalecer o trabalho conjunto na agenda climática, especialmente em torno da COP30, que será no Brasil, em Belém (PA), em novembro de 2025. Ele ressaltou o apoio técnico do Brasil com a Parceria para as NDCs, em parceria com a Dinamarca, que oferece suporte aos países caribenhos na formulação e implementação de suas metas climáticas.

“Precisamos chegar unidos à COP30 em Belém. Nossa medida de sucesso será o grau de ambição das novas NDCs a serem apresentadas. A nova meta do Brasil, que prevê redução de emissões entre 59 a 67%, foi produto de um intenso exercício interno”, destacou Lula. “Avançar na adaptação à mudança do clima e na compensação por perdas e danos é uma questão existencial para os Pequenos Países Insulares em Desenvolvimento”, acrescentou, lembrando que defendeu esse mesmo tempo no início da semana na Conferência da ONU sobre os Oceanos, em Nice, na França.


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Lula mencionou o papel do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) no monitoramento de efeitos da elevação do nível do mar e o compartilhamento de imagens de satélites sino-brasileiros com todos os países da América Latina e do Caribe. “Existem importantes sinergias entre a Iniciativa de Bridgetown, lançada por Barbados, e o mapa do caminho Baku-Belém para atingir 1,3 trilhão de dólares em financiamento climático. Cabe aos países ricos fazer frente a suas responsabilidades, para que o Sul Global possa avançar em ritmo compatível com suas circunstâncias”, argumentou.

Transição energética — A segunda frente apontada pelo líder brasileiro é a transição energética, com foco na valorização de diferentes fontes de energia nos países em desenvolvimento. Lula evidenciou a produção de energia eólica e solar dos países caribenhos e o planejamento estratégico para atrair investimentos de longo prazo. “A opção brasileira pelos biocombustíveis permitiu que a cana-de-açúcar passasse de símbolo do passado colonial a passaporte para um futuro sustentável. O Caribe, que divide esse passado com o Brasil, também pode fazer parte desse futuro. A região tem imenso potencial para a produção de energia eólica e solar”.

Segurança alimentar — O presidente chamou a atenção para o fato de que mais de 12 milhões de pessoas no Caribe ainda vivem sob a sombra da fome, segundo a FAO. Para enfrentar o desafio, reforçou o compromisso do Brasil com políticas públicas que requerem financiamento adequado e a ampliação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, iniciativa brasileira lançada em 2024. “Esse é o propósito da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que hoje passa a contar com Santa Lúcia, Cuba e o Banco de Desenvolvimento do Caribe. Agora integram a iniciativa sete países da região. Espero que os demais se juntem a nós em breve”, enfatizou Lula sobre a iniciativa brasileira.

PROTEÇÕES – Na cesta de políticas que integram a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, estão iniciativas como o Garantia Safra, que protege agricultores de catástrofes naturais, e o Programa Cisternas, que ajuda a combater a escassez de água, evidenciados por Lula em seu discurso. Lula também reforçou o convite para que os países se unam à Rede de Sistemas Públicos de Abastecimento da América Latina e Caribe. “Por meio da Rede, o Brasil pode compartilhar sua experiência na formação de estoques públicos de alimentos, ferramenta eficaz para manter preços estáveis. Sei do interesse do Caribe de diversificar seus fornecedores de alimentos. Não faz sentido que o Brasil, celeiro do mundo, não esteja presente na mesa do consumidor caribenho”, registrou.

Conectividade — A quarta área destacada foi a necessidade de melhorar a conectividade aérea, viária e marítima entre Brasil e Caribe. Quanto a isso, o programa Rotas da Integração Sul-Americana tem por objetivo criar e aprimorar a infraestrutura que de ligação ao entorno regional. “A escassez de conexões explica por que o Caribe importa mais dos Estados Unidos, da China e da Alemanha do que do Brasil. Os itens que abastecem a região vêm de lugares distantes, mesmo que os portos de Santana, no Amapá, e de Pecém, no Ceará, sejam vizinhos”, disse o presidente.

US$ 5 MILHÕES – Lula ressaltou o investimento que será feito pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para projetos em países sul-americanos, com destaque para Guiana e Suriname. O presidente também afirmou que o Brasil deseja ir além nos acordos de serviços aéreos vigentes. “O Banco de Desenvolvimento do Caribe também é um parceiro fundamental. Hoje tenho a satisfação de anunciar que o Brasil fará aporte de 5 milhões de dólares ao Fundo Especial de Desenvolvimento do CDB. Esses recursos atenderão os países mais vulneráveis da região”, frisou.

Haiti —  O mandatário brasileiro reafirmou o compromisso histórico com o Haiti e condenou a punição internacional ao país. “Afirmei em diferentes ocasiões que o Haiti não pode ser punido eternamente por ter sido o primeiro país das Américas a se tornar independente. Se ontem a punição veio sob a forma de indenizações injustas e ingerência externa, hoje se reflete em postura de abandono e indiferença”, declarou Lula. O presidente também afirmou que a Polícia Federal oferecerá treinamento a 400 integrantes da Polícia nacional haitiana com o objetivo de colaborar com a segurança e o processo eleitoral no país. “Junto com a República Dominicana, o Haiti foi um dos países selecionados para receber os primeiros projetos da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Com recursos do BID, vamos estruturar programa de transferência de renda que vai melhorar a vida dos haitianos”, declarou.

Fortalecimento — Ao encerrar a fala, Lula reforçou a importância da integração regional como forma de garantir autonomia diante de disputas geopolíticas. “Sem o Caribe, nunca teremos uma CELAC forte. Nosso sentido de solidariedade é mais necessário do que nunca. Devemos seguir condenando com veemência o embargo contra Cuba e sua descabida inclusão em listas de países que apoiam o terrorismo. O mundo está carente de vozes que falem em nome do que é certo, justo e sensato. O Brasil sempre viu no Caribe essa vocação”, completou Lula.

Partcipantes — O encontro também conta com a presença de representantes das organizações regionais caribenhas Comunidade do Caribe, Banco de Desenvolvimento do Caribe e Associação dos Estados do Caribe, além do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); do Banco de Desenvolvimento da América Latina e Caribe (CAF), a Presidência da COP30 e o Fundo Verde para o Clima.

Caricom — A Comunidade do Caribe (CARICOM) é um agrupamento de vinte e um países: 15 Estados-Membros e seis membros associados. É lar de 16 milhões de cidadãos, dos quais 60% têm menos de 30 anos e pertencem aos principais grupos étnicos: povos indígenas, africanos, indianos, europeus, chineses e portugueses. A comunidade é multilíngue, tendo o inglês como principal idioma, complementado pelo francês, holandês e variações, bem como expressões africanas e asiáticas.

Balança Comercial — Em termos comerciais, o bloco de países do CARICOM movimenta cerca de US$ 4 bilhões em intercâmbio com o Brasil. A balança é positiva para o Brasil, que exportou US$ 2,7 bilhões e importou US$ 1,3 bilhão. Esse comércio, no entanto, é muito concentrado em três países — Guiana, República Dominicana e Trinidad e Tobago — respondem por 75% desse total.

*Planalto/TVTNews

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Governo analisa rompimento com Israel, diz Celso Amorim

Assessor especial da presidência afirma que governo Lula estuda pôr fim às relações comerciais militares com Tel Aviv.

O assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Celso Amorim, declarou que o governo Lula está considerando medidas de retaliação contra Israel devido à continuidade do que considera genocídio na Faixa de Gaza. Essa afirmação ocorreu em uma reunião com cerca de 20 parlamentares de várias legendas que buscaram fortalecer a posição do Brasil frente às ações de Israel contra a população palestina.

Amorim ressaltou que o governo está avaliando seriamente a possibilidade de romper relações comerciais e militares com Tel Aviv, destacando que essa questão já está sendo analisada pelo Itamaraty e pela área de defesa. Ele expressou que teve um “diálogo franco e construtivo” sobre a postura histórica do Brasil em prol da paz e dos direitos humanos, reafirmando o comprometimento do país com soluções diplomáticas fundamentadas no direito internacional e no respeito às resoluções da ONU.

Durante a reunião de quase duas horas, os parlamentares manifestaram preocupação com a intensidade dos ataques em Rafah, que têm causado um número elevado de mortes, especialmente entre mulheres e crianças. Entre os participantes estavam Fernanda Melchionna, Guilherme Boulos, Erika Kokay, Sâmia Bomfim e Zeca Dirceu, que advocatearam por sanções mais rígidas do Brasil, incluindo a interrupção das relações diplomáticas com Israel.

Amorim recebeu uma solicitação formal da Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal) pedindo o rompimento de relações, embora essa medida não esteja em consideração pelo governo neste momento.

Desde que começou a ofensiva militar em Gaza, em outubro de 2023, o presidente Lula tem criticado o governo de Netanyahu de forma contundente. Em fevereiro de 2024, durante uma visita à Etiópia, Lula descreveu as ações de Israel como “genocídio” e traçou um paralelo com o Holocausto, afirmando que os eventos em Gaza são sem precedentes na história, exceto comparáveis ao extermínio de judeus por Hitler.

Essa declaração provocou reações severas do governo israelense.Amorim indicou que ações adicionais estão sendo discutidas, mencionando que recentes conversas com o presidente e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, poderiam resultar em novos passos, embora não tenha solicitado que detalhes fossem divulgados naquele momento.

Ele enfatizou que é responsabilidade do ministro anunciar medidas futuras quando forem apropriadas.Enquanto os parlamentares pressionam por ações mais enérgicas, a postura do governo brasileiro reflete uma preocupação com os direitos humanos e o contexto internacional, balançando a necessidade de ação com considerações estratégicas sobre as relações com Israel.


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A situação continua a ser acompanhada de perto, com diversas vozes dentro e fora do governo clamando por um posicionamento mais firme.A fala de Lula foi condenada pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, que declarou o presidente brasileiro como “persona non grata” até que ele se retratasse.

Em resposta, o governo brasileiro trouxe de volta seu embaixador em Tel Aviv, Frederico Meyer, que não retornou ao posto. Israel também convocou seu embaixador em Brasília, Daniel Zonshine, para consultas, resultando em um dos momentos mais tensos das relações diplomáticas entre os dois países desde o restabelecimento dos laços em 1949.

Apesar do tom diplomático do Itamaraty, o presidente Lula mantém um discurso firme contra os ataques israelenses, afirmando que o Brasil não aceitará o extermínio de civis em Gaza. Em diversas ocasiões internacionais, incluindo o G20 e a ONU, ele tem exigido um cessar-fogo imediato e a criação de um Estado palestino independente.

Na semana passada, durante uma visita de Estado à França, Lula reiterou sua condenação ao genocídio perpetrado por Israel contra os palestinos em Gaza, afirmando: “O que está acontecendo em Gaza não é uma guerra, é um genocídio de um exército altamente preparado contra mulheres e crianças, e a humanidade deve se indignar contra isso”, declarou ao lado do presidente francês, Emmanuel Macron.

A crise diplomática entre Brasil e Israel se intensificou à medida que o Brasil adotou uma postura crítica em relação ao tratamento dos palestinos. Em 2014, durante o governo de Dilma Rousseff, o Brasil condenou os bombardeios israelenses em Gaza e retirou seu embaixador em Tel Aviv, classificando os ataques como “uso desproporcional da força”, recebendo reações negativas de Israel, de acordo com a TVTNews.

Com a presidência de Jair Bolsonaro, houve uma reaproximação entre os dois países; Bolsonaro expressou apoio incondicional a Israel, prometendo transferir a embaixada brasileira de Tel Aviv para Jerusalém, compromisso que não se concretizou.

A eleição de Lula em 2022 trouxe uma mudança na política externa brasileira, priorizando o multilateralismo e a defesa dos direitos humanos.A guerra recente na Faixa de Gaza, iniciada após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, resultou em uma tragédia humanitária sem precedentes, com mais de 36 mil palestinos mortos, a maioria civis, e centenas de milhares deslocados.

O Brasil, que presidia o Conselho de Segurança da ONU no momento da escalada do conflito, tentou mediar um cessar-fogo, mas suas propostas foram sistematicamente vetadas por países aliados de Israel, como os Estados Unidos. Essa dinâmica ressalta o exame crítico das relações entre Brasil e Israel em um contexto de crescente tensão e a busca do Brasil por um papel ativo na defesa dos direitos humanos em cenários de conflito.

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