Categorias
Política

Primeira Turma rejeita suspeição de Moraes: “Estou magoado”, diz ministro

Defesas dos acusados de participar do Núcleo 4 do golpe pediram o afastamento de relator do caso e a análise pelo plenário da Corte. Preliminares foram rejeitadas.

Moraes: “Quando aparece o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Suspeito é quem está pedindo a minha suspeição. É impressionante”

Os integrantes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) rejeitaram todas as chamadas “questões preliminares” apresentadas pelas defesas do núcleo 4 da denúncia de golpe de Estado. Em julgamento nesta terça-feira (6/5), os advogados questionaram sobre a competência do colegiado em analisar o caso e a suspeição do ministro Alexandre de Moraes no julgamento.

Apenas o ministro Luiz Fux divergiu dos demais integrantes sobre a competência da Turma em julgar o caso. Nas outras preliminares apresentadas, ele acompanhou integralmente o colegiado. Na sessão, o relator Alexandre de Moraes disse que se sente “magoado” com os pedidos de suspeição apresentados, de acordo com o Correio Braziliense.

“Fico extremamente magoado, porque, quando surge o nome do ministro Fux, ninguém pede a suspeição dele. Quando aparece o meu nome, são 868 pedidos de suspeição. Suspeito é quem está pedindo a minha suspeição. É impressionante”, disse Moraes.

O ministro Fux afirmou que não há atrito entre ele e Moraes e que tais afirmações são “completamente dissonantes da realidade”.

“Se alguma coluna apurou que eu estou aqui para fazer alguma frente ao ministro Alexandre Moraes, apurou muito mal. Porque, na verdade, eu estou aqui mantendo pontos de vista que me parecem que são os adequados à luz da minha visão de Direito Penal”, disse.

As defesas também questionaram a validade do acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid e apontaram supostas irregularidades na distribuição e tramitação do processo. Nos julgamentos dos núcleos 1 e 2, essas preliminares também foram apresentadas e rejeitadas pelo STF.

Categorias
Política

O caso macabro de corrupção envolvendo Sergio Moro, Dallagnol e Gabriela Hardt que a mídia lavajatista não comenta

Um relatório da Corregedoria Nacional de Justiça (CNJ), elaborado em 2024 pelo delegado Élzio Vicente da Silva, acusou Moro, Dallagnol e a juíza Gabriela Hardt de agirem para “desviar” os R$ 2,5 bilhões, com o objetivo de criar uma fundação para atender a interesses privados.

O relatório, parte de uma correição na 13ª Vara Federal de Curitiba, sugere que o trio, com apoio de gerentes da Petrobras e agentes norte-americanos, flexibilizou exigências legais para direcionar os recursos.

A investigação aponta que o desvio só não se consumiu devido à intervenção do ministro Alexandre de Moraes.

Os R$ 2,5 bilhões foram sequestrados por Moro e Dallagnol com auxilio luxuoso da juíza Gabriela Hardt, no sentido de apropriação pessoal, via fundação privada mandrake, que foi considerada irregular pelo STF.

Houve total falta de transparência e legalidade na proposta da fundação, conforme apontado pela PGR e pelo STF.

Ou seja, era corrupção em estado puro. Nem uma maquiagem corporativa foi pensada de tão banal que esse trio curitibano da Lava Jato tratou os R$ 2,5 bi sequestrado da Petrobras.

Moraes justificou sua decisão apontando que a criação da fundação carecia de base legal e que a gestão dos recursos por procuradores ou por uma entidade privada violava princípios constitucionais de administração pública, como a obrigatoriedade de destinar verbas recuperadas ao orçamento da União.

Ele também destacou que a força-tarefa da Lava Jato extrapolou suas atribuições ao negociar diretamente com autoridades americanas, já que a cooperação internacional deveria ser liderada pelo Departamento de

Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), vinculado ao Ministério da Justiça.

A mídia simplesmente ignora isso tudo como um pacto de silencio com os que comandaram a Lava Jato.

Categorias
Política

Esqueceram de mim

A veia do cocô do 8 de janeiro foi condenada a 17 anos de prisão. Nem Bolsonaro, Fux e mídia vão defender a idosa cagona?

Alexandre de Moraes ordenou a prisão de Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza, mais conhecida como Veia do cocô, a 17 anos de prisão em regime fechado.

Ela foi condenada por participar da invasão à sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

“Quebrando tudo e cagando nesta bosta”, disse a veia cagona, vestida com uma farda bolsonarista verde e amarela.

O fato é que a veia, que já foi presa por tráfico de drogas, é o símbolo do bolsonarismo raiz “Deus, pátria, família e liberdade”, mas até agora Bolsonaro não deu pio em defesa de sua comandada.

Fux, o humanista de Taubaté, não está nem aí para a veia, a mídia nem quer lembrar que ela existe.

Seja como for, há uma gigantesca diferença de tratamento com a Veia do Cocô se comparado à Cabelereira do Batom.

Categorias
Política

Todos os crimes, mais além do batom na estátua do STF

Alexandre de Moraes votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão não pelo batom na estátua, mas devido à participação dela em cinco crimes.

A extrema-direita constrói uma versão simplória e enganadora sobre a sentença de 14 anos de prisão de Débora Rodrigues dos Santos, a golpista multi-criminosa do 8 de janeiro que ficou conhecida por ter pichado com batom a escultura A justiça, do STF.

Os extremistas alegam que foi um ato de pouca relevância para uma condenação tão severa e, por isso, desproporcional. Querem fazer crer que Débora teria praticado uma espécie de intervenção artística, no que seria um ato único e sem vínculo com a ação criminosa principal.

Ocultam, dessa maneira, que na realidade a pichação da Débora significou o clímax dos atentados daquele dia contra o Estado de Direito e os poderes da República.

Foi, portanto, a celebração do que ela presumia ser a conquista do poder, ou seja, o êxito do golpe de Estado.

A inscrição “perdeu, mané”, uma paródia do ministro do STF Luís Roberto Barroso, exaltava o que Débora presumivelmente considerava como o desfecho vitorioso do empreendimento golpista.

Significava, em outras palavras, a vingança dos manés que não aceitaram a derrota nas urnas em 2022 e então decidiram acampar durante meses no Quartel General do Exército, onde eram preparados os atentados antidemocráticos e de onde os integrantes da “organização criminosa armada” –civis e militares– marcharam rumo à Praça dos Três Poderes para virarem a mesa por meios violentos e depois entregarem o poder aos fardados.

Com base na denúncia da Procuradoria-Geral da República, o ministro Alexandre de Moraes votou pela condenação de Débora a 14 anos de prisão não pelo batom na estátua, mas devido à participação dela em cinco crimes: [i] abolição violenta do Estado de Direito; [ii] tentativa de golpe de Estado; [iii] dano qualificado ao patrimônio público; [iv] deterioração do patrimônio tombado; e [v] associação criminosa armada [acessar aqui o voto do ministro Alexandre de Moraes].

Assim como o criminoso Antônio Cláudio Alves Ferreira, o golpista que participou de toda empreitada criminosa mas ficou conhecido por quebrar o relógio do século XVII do Palácio do Planalto, Débora se notabilizou como a autora da pichação na estátua do STF, ainda que tenha participado do conjunto dos atos antidemocráticos.

A extrema-direita instrumentaliza a vitimização e o coitadismo da Débora para impulsionar a mobilização pela anistia que, no fundo, não é para anistiar os presos do 8/1, mas para deixar impunes Bolsonaro, seus comparsas e os altos oficiais das Forças Armadas.

É o mesmo truque diversionista que usam com as fantasiosas “senhorinhas inocentes presas com a bíblia debaixo do braço”.

Neste contexto de duro enfrentamento do fascismo em todas suas dimensões no Brasil, é lamentável e inaceitável que setores da mídia, bem como alguns juristas, reverberem essa versão delirante da extrema-direita e enfraqueçam as decisões corretas da Suprema Corte.

*Do blog de Jeferson Miola

Categorias
Política

STF se prepara para julgar Bolsonaro nesta terça, 25, com segurança especial, reforço contra hackers e transmissão ao vivo

Ex-presidente e sete aliados podem virar réus caso a Primeira Turma da Corte aceite a acusação apresentada pela PGR.

Polícia Federal e a Procuradoria-Geral da República (PGR), deu origem a uma tentativa de golpe, o Supremo Tribunal Federal (STF) começará na terça-feira a decidir se aceita tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e sete aliados réus por tentarem se manter no poder após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em outubro de 2022.

Para isso, a Corte preparou um esquema especial, que inclui segurança reforçada, transmissão da TV Justiça e até precauções contra ciberataques. O planejamento diferenciado ocorreu desde a convocação de três sessões extraordinárias, duas delas de manhã, para analisar o caso.

Um plano de segurança foi elaborado em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal. Haverá um policiamento reforçado e um controle de acesso mais rigoroso. O reforço também ocorre na segurança digital, contra eventuais ataques hackers.

Outro diferencial é a transmissão da TV Justiça — que é regra no plenário, mas só acontece nas turmas em casos excepcionais. Além disso, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, irá fazer pessoalmente a sustentação oral, função que nas turmas geralmente fica com subprocuradores.

O QUE SERÁ JULGADO?
A Primeira Turma do STF vai decidir se aceita abrir uma ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete acusados de tentar dar um golpe de Estado no país.

QUANDO?
Terça-feira, a partir das 9h30. A previsão é que o julgamento dure o dia inteiro e, se for preciso, continue na quarta-feira, no mesmo horário.

QUAIS SÃO OS CRIMES?
Os oito denunciados são acusados pela PGR de cometerem os crimes de organização criminosa armada, golpe de Estado, tentativa de abolição do estado democrático de direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

ONDE?
O julgamento do caso acontecerá no plenário da Primeira Turma do STF, que fica em um prédio anexo à sede do STF, na Praça dos Três Poderes.

PASSO A PASSO DO JULGAMENTO
O julgamento começa com a leitura do relatório pelo ministro Alexandre de Moraes. Depois, quem vai se manifestar é o procurador-geral da República, Paulo Gonet. Na sequência, será a vez das defesas dos acusados. Em seguida, os ministros vão se posicionar se aceitam a denúncia, ou seja, se defendem que os acusados virem réus, ou se vão rejeitá-la. A ordem de votos é a seguinte: Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

Categorias
Brasil Política

Moraes quer ‘reação forte’ a big techs no Brasil: ‘passaram para o tudo ou nada’

De acordo com o ministro do STF, grandes empresas de tecnologia não estão dispostas a respeitar leis e decisões judiciais dos países onde atuam.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes disse nesta terça-feira (11), em Brasília (DF), uma “reação forte” às tentativas das big techs de não respeitarem as leis e decisões judiciais dos países onde atuam. O magistrado defendeu medidas para conter a divulgação de fake news.

“As big techs passaram agora para o all in, o tudo ou nada”, disse o ministro na aula inaugural do MBA em Defesa da Democracia e Comunicação Digital, promovido pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), na capital federal.

Durante o seu discurso, Moraes não citou Elon Musk, bilionário dono da rede social X, que, em 2024, ficou cerca de 40 dias suspensa no Brasil por não cumprir determinações como a nomeação de um representante legal no país para discutir questões como regulamentação das redes sociais, com o objetivo de conter discursos de ódio e fake news.

De acordo com o ministro do STF, grandes empresas em nível global não estão dispostas a cumprir medidas para a regulação das redes sociais. Ainda segundo o ministro, as “big techs perceberam que UE (União Europeia) aprovou leis e que outros países vão aprovar”.

“Nós e os demais países conseguimos manter a nossa soberania nacional e a nossa jurisdição, porque as big techs necessitam das nossas antenas de comunicação. Não é por outros motivos que uma das redes sociais tem como sócio alguém que tem outra empresa chamada Starlink e que pretende colocar satélites de baixa órbita no mundo todo para não precisar das antenas de nenhum país”.

Categorias
Política

Ministros do STJ rebatem crítica dos EUA e defendem Alexandre de Moraes

Declaração ocorre em resposta a um órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA que criticou o bloqueio de redes sociais estadunidenses.

Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) publicaram, nesta sexta-feira (28), uma nota oficial em defesa das decisões do Judiciário brasileiro e da soberania nacional, após manifestação do governo dos Estados Unidos questionando medidas tomadas pela Justiça do país. O documento enfatiza a importância do respeito à independência dos poderes e reitera a relação harmoniosa entre Brasil e EUA.

“Nenhum juiz brasileiro julga sozinho um litígio, por menor que seja, sem que da sua decisão caiba pelo menos um recurso para órgão colegiado, no mesmo tribunal ou em tribunal superior. Essa é a maior garantia que os cidadãos e as empresas brasileiros e estrangeiros têm de que a lei, sem arbitrariedade ou privilégio, valerá igualmente para todos”, afirma a nota divulgada pelo STJ, de acordo com o g1.

A declaração ocorre em resposta a um órgão vinculado ao Departamento de Estado dos EUA, que, no início desta semana, criticou a decisão das autoridades brasileiras de bloquear redes sociais norte-americanas. O documento publicado pelo governo dos EUA faz alusão à medida imposta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que determinou a suspensão da plataforma Rumble no Brasil por “reiterado descumprimento” de ordens judiciais.

Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) também divulgou um comunicado oficial, no qual classifica a posição dos EUA como uma tentativa de politizar decisões judiciais brasileiras. “O governo brasileiro rejeita, com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”, afirma a nota do Itamaraty.


Apoie o Blog Antropofagista!
Faça uma doação hoje de qualquer valor. PIX: 45013993768


 

Categorias
Política

Denúncia de Gonet revela que Bolsonaro autorizou plano para matar o presidente Lula e Alexandre de Moraes

Documento afirma que Jair e seus aliados estruturaram “organização criminosa” no Palácio do Planalto, com o objetivo de minar as instituições democráticas.

A denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (18) trouxe à tona detalhes de um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Segundo o documento, o ex-presidente Jair Bolsonaro teria conhecimento e concordado com a trama, que fazia parte de uma estratégia maior para desestabilizar a democracia e impedir a posse de Lula após as eleições de 2022, informa o portal g1.

O plano, batizado de “Punhal Verde Amarelo”, incluía a neutralização do STF e a execução de ações violentas contra figuras-chave do Estado. De acordo com a denúncia, Bolsonaro teria anuído ao projeto, que previa o assassinato de Lula por envenenamento e a morte de Moraes, visto como um obstáculo aos interesses do grupo.

“O plano foi arquitetado e levado ao conhecimento do Presidente da República, que a ele anuiu, ao tempo em que era divulgado relatório em que o Ministério da Defesa se via na contingência de reconhecer a inexistência de detecção de fraude nas eleições”, diz o documento.

A acusação destaca que o ex-presidente adotou um “tom de ruptura com a democracia” desde 2021, intensificado após Lula se tornar elegível com a anulação de suas condenações criminais. O documento afirma que Bolsonaro e seus aliados estruturaram uma “organização criminosa” no âmbito do Palácio do Planalto, com o objetivo de minar as instituições democráticas e implantar uma nova ordem política.

Operação “Copa 2022” e o papel de Bolsonaro – O plano golpista estava inserido em uma estratégia maior, chamada de “Operação Copa 2022”, que visava criar comoção social e pressionar o Alto Comando do Exército a apoiar um golpe de Estado. A denúncia aponta que Bolsonaro e o general Walter Braga Netto, seu ex-vice na chapa de 2022, eram os líderes da organização criminosa.

“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e Independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, afirmou Gonet na denúncia.

Próximos passos – A denúncia será julgada pela Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. Se aceita, Bolsonaro e os demais acusados se tornarão réus e responderão a um processo penal no Supremo. Ainda não há data definida para o julgamento, mas ele pode ocorrer ainda no primeiro semestre de 2025.

Categorias
Política

Conspiração contra o ministro Alexandre de Moraes: ‘kid preto’ investigado na trama golpista confirma uso de celular do Exército

Pela primeira vez na investigação sobre a tentativa de ruptura institucional, um aparelho utilizado foi vinculado ao Exército brasileiro.

A defesa do tenente-coronel Rodrigo Bezerra de Azevedo afirmou que o aparelho celular apreendido pela Polícia Federal, na investigação do plano golpista associado ao governo Jair Bolsonaro (PL), era funcional e pertencia ao Comando de Operações Especiais do Exército Brasileiro. De acordo com investigadores, a trama envolvia o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Pela primeira vez um aparelho utilizado na operação golpista é vinculado ao Exército brasileiro. Segundo informações, aliados de Bolsonaro teriam desistido do plano golpista devido à falta de apoio do Comando do Exército.

O tenente-coronel está preso desde novembro do ano passado, suspeito de envolvimento na trama golpista. Segundo o Portal Uol, a defesa afirmou que ele não estava em Brasília no dia 15 de novembro de 2022, data em que uma suposta operação teria ocorrido perto da casa de Moraes, na capital federal. A defesa também alegou que ele só teve acesso ao aparelho funcional ao ser designado para assumir o comando do Centro de Coordenação de Operações (CCOp) do COPESP.

Investigadores da Polícia Federal apontaram que o esquema para a tentativa de golpe, com o objetivo de impedir a posse do atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, era dividido em seis núcleos. Cada núcleo, ou “departamento”, era responsável por uma tarefa específica.

Investigadores da Polícia Federal

Durante sua gestão, Bolsonaro buscou transmitir à sociedade a ideia de que o Judiciário dificultava o governo. Alguns de seus aliados chegaram a defender a participação das Forças Armadas na apuração do resultado da eleição de 2022. Na ocasião, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceu com 50,9% dos votos válidos (60 milhões), contra 49,1% (58 milhões) de Bolsonaro.

Em 2023, o Tribunal Superior Eleitoral condenou Bolsonaro à inelegibilidade por declarações golpistas feitas em 2022. Na época, o ex-presidente afirmou a embaixadores, em Brasília (DF), que o sistema eleitoral brasileiro não era seguro contra fraudes. Partidos de oposição denunciaram a declaração como tentativa de golpe.

A Polícia Federal indiciou Bolsonaro em três inquéritos: o plano golpista, fraudes em cartões de vacinação e a venda ilegal de joias que, por lei, deveriam pertencer ao Estado brasileiro e não poderiam ser incorporadas ao patrimônio pessoal.

Em 8 de janeiro de 2023, apoiadores de Bolsonaro cometeram atos violentos sem precedentes na Praça dos Três Poderes. Os manifestantes chegaram a ocupar os palácios presidencial, judicial e parlamentar, mas foram dispersados por forças de segurança em poucas horas.

Em resposta, a União apresentou um processo por atos contra o Estado Democrático de Direito. As investigações foram estabelecidas no inquérito 4874-DF, protocolado em julho de 2021 e relatado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Centenas de apoiadores do governo anterior foram condenados e mais de 1,5 mil, presos por determinação do tribunal ao longo dos últimos anos nesse âmbito.

Categorias
Política

Financial Times dá razão a Alexandre de Moraes e vê Musk como “míssil geopolítico desgovernado”

Jornal que é a Bíblia do mercado financeiro vê o fim da impunidade nas redes sociais

Em um artigo publicado nesta segunda-feira (2), o editor de Assuntos Internacionais do Financial Times, Gideon Rachman, descreveu o bilionário Elon Musk como um “míssil geopolítico desgovernado”, cujas intervenções imprevisíveis e imensas capacidades tecnológicas e financeiras podem alterar os rumos dos assuntos mundiais.

Recentemente, Musk se envolveu em uma disputa pública com o Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil, que suspendeu as operações da X no país. Segundo o Financial Times, esta medida marca um ponto de virada importante, indicando que “o tempo de impunidade das redes sociais no mundo democrático está chegando ao fim”.

O editor do jornal britânico observa que a suspensão da X no Brasil e outras ações recentes mostram que as redes sociais “poderão ser reguladas de maneira mais rigorosa, semelhante aos meios de comunicação tradicionais”.

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de suspender as operações da X no Brasil, representa uma declaração de que a soberania e a justiça do Brasil não podem ser facilmente subjugadas por interesses estrangeiros ou pela riqueza, diz o 247.