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Política

“Braço armado” formado por CACs entraria em ação para deflagrar golpe de Estado, diz Cid à PF

Em seu governo, Bolsonaro concedeu quase um milhão de registros para aquisição de armas de fogo.

Em sua delação premiada já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o tenente-coronel Mauro Cid afirmou que um grupo aliados no entorno do então presidente Jair Bolsonaro (PL) defendia que um “braço armado” entrasse em ação para evitar a transição de poder determinada pelo resultado das urnas, nas eleições presidenciais de 2022. Segundo Cid, que era ajudante de ordens de Bolsonaro, o plano previa a entrada em cena de Colecionadores, Atiradores e Caçadores (CACs).

Em seu governo, Bolsonaro concedeu quase um milhão de registros para aquisição de armas de fogo. Em quatro anos, foram 904.858, sendo que 47% (quase a metade) foram concedidos em 2022, ano das eleições, segundo dados fornecidos pelo Exército, com base na Lei de Acesso à Informação.

Em seu depoimento à Polícia Federal, parte do acordo de delação, Cid afirmou: “que o segundo grupo de ‘radicais’ era a favor de um braço armado; que gostariam de alguma forma incentivar um golpe de estado; que queria que ele [Bolsonaro] assinasse o decreto; que acreditavam que quando o presidente desse a ordem, ele teria o apoio do povo e dos CACs”, disse Cid em depoimento à PF. O militar firmou uma delação premiada, já homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Cid também relatou aos investigadores que o grupo radical no entorno de Bolsonaro queria o ex-presidente assinasse o decreto golpista com base em uma interpretação distorcida do artigo 142 da Constituição Federal, que trata do papel das Forças Armadas na garantia da lei e da ordem. O tema já havia sido decidido pelo STF, que descartou a hipótese de o poder civil se submeter ao militar, segundo O Globo.

Em depoimento à PF, Cid contou que o ex-presidente pressionava aliados para uma identificação de suposta fraude nas urnas, uma especulação que foi descartada por diversas instituições e pelas próprias Forças Armadas durante o processo eleitoral. “Jair Bolsonaro queria uma atuação mais contundente do general Paulo Sérgio em relação à Comissão de Transparência das Eleições montada pelo Ministério da Defesa”, afirmou o ex-ajudante de ordens em sua delação premiada.

Cid disse ainda que Bolsonaro costumava repassar “possíveis denúncias” de fraudes nas urnas sem fundamento para os generais Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, e Paulo Sérgio, então ministro da Defesa, “para que fosse apuradas”.

Segundo o militar, além de Pazuello e Paulo Sérgio, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e o major da reserva do Exército Angelo Martins Denicoli também apoiavam Bolsonaro na investida contra as urnas. “O grupo tentava encontrar algum elemento concreto de fraude, mas a maioria era explicada por questões estatísticas; que o grupo não identificou nenhuma fraude”, disse Cid à PF.

Procurada, a assessoria de Pazuello afirmou que o deputado decidiu não se manifestar sobre as denúncias. Já a assessoria de Valdemar disse só vai se posicionar nos autos. A defesa de Paulo Sérgio esclareceu que o ex-ministro da Defesa “sempre agiu corretamente, é inocente e confia na Justiça”. A defesa de Bolsonaro ainda não respondeu.

 

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Investigação

Moraes: investigação indica que Bolsonaro “estava redigindo decreto” do golpe de Estado

Conclusão é baseada em troca de mensagens entre Mauro Cid, então ajudante de ordens de Bolsonaro, e o general Freire Gomes, que comandava o Exército.

Em sua decisão, na qual se baseou a operação desta quinta (8) da Polícia Federal, o ministro Alexandre Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mensagens obtidas indicam que o próprio Jair Bolsonaro estava escrevendo o decreto para dar o golpe de Estado. A conclusão se baseia em mensagens que a PF capturou do celular do major Mauro Cid. Elas revelam o envolvimento direto do então comandante do Exército Freire Gomes e do ministro da Defesa de Jair Bolsonaro, Paulo Sergio Nogueira, na trama para um golpe de estado que impediria a posse de Lula, informa Lauro Jardim, em O Globo.

Segundo Moraes, “mensagens encaminhadas por Mauro Cid para o general Freire Gomes sinalizam que o então presidente Jair Bolsonaro estava redigindo e ajustando o decreto e já buscando o respaldo do General Estevam Theophilo (há registros de que este último esteve no Palácio do Planalto em 9/12/2022, fls. 169), tudo a demonstrar que atos executórios para um golpe de Estado estavam em andamento”.

Numa mensagem de áudio, via WhatsApp, do dia 9 de dezembro de 2022, enviada a Freire Gomes às 5h35 Cid cita inclusive uma reunião com “os comandantes” e com o “ministro da Defesa”, ou seja, Paulo Sérgio:

— O presidente tem recebido várias pressões para tomar medidas mais, mais pesada, onde ele vai, obviamente, utilizando as forças, né?, mas ele sabe, ele ainda continua com aquela ideia que ele saiu da ultima reunião, mas a pressão que ele recebe é de todo mundo. (…) E hoje o que que ele fez de manhã? Ele enxugou o decreto, né? Aqueles considerandos que o senhor viu e enxugou o decreto, fez um decreto muito mais resumido,né? (…) por que se não for, se a força não tocar pra frente. (…) Mas ele ainda tá naquela linha do que foi conversado com os comandantes, né? e com o ministro da Defesa. Ele entende as consequências do que pode acontecer. Hoje ele mexeu naquele decreto, né. ele reduziu bastante. Fez algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado, né.

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Justiça

PF diz que mensagens em celulares de aliados de Bolsonaro confirmam plano de golpe e prisão de Moraes

Investigação apura indícios de uma articulação para manter no poder ex-presidente e atacar o Supremo Tribunal Federal.

A Polícia Federal identificou áudios e mensagens de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro que evidenciam uma articulação de um plano de golpe de Estado. A trama, segundo investigadores, consistia em incitar ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF), hostilizar as urnas eletrônicas, convencer a cúpula do Exército a rejeitar o resultado das eleições em 2022 e prender o ministro Alexandre de Moraes, da Corte, segundo O Globo.

A investida antidemocrática, aponta a PF, foi discutida pelo major reformado do Exército Ailton Gonçalves Barros, pelo coronel Elcio Franco e por um militar ainda não identificado. Os diálogos, de acordo com os investigadores, “deixam evidente a articulação conduzida por Ailton Barros e outros militares, para materializar o plano de tentativa de golpe de Estado no Brasil, em decorrência da não aceitação do resultado da eleição presidencial ocorrida em 2022, visando manter no Poder o ex-Presidente da República Jair Bolsonaro e restringir o exercício do Poder Judiciário brasileiro, por meio da prisão do Ministro Alexandre de Moraes, do STF”.

A PF chegou a esta conclusão após analisar áudios e prints encontrados nos arquivos de um celular de Barros durante uma investigação envolvendo Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. No fim de abril, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, concordou que os diálogos indicam uma articulação de uma tentativa de golpe e determinou o “compartilhamento integral” dessas provas com o inquérito que apura a responsabilidade de autoridades pelas invasões às sedes dos Três Poderes em 8 de janeiro.

Entre as mensagens que chamaram a atenção da PF, estão dois prints (capturas de tela) de uma conversa entre Barros e um contato denominado “PR 01”, “possivelmente relacionado ao ex-presidente Jair Bolsonaro”. Essas imagens foram deletadas e, em seguida, enviadas a Cid. A primeira tratava da intenção de grupos organizadores dos atos de 7 de setembro de 2021 de acamparem em Brasília em 31 de março, data do golpe de 1964. O objetivo era pressionar os onze ministros do STF a “saírem de suas cadeiras”. A segunda sugeria inserir nesses movimentos temas de interesse de Bolsonaro como a defesa do impeachment do ministro Alexandre de Moraes e o ataque às urnas eletrônicas. Não é possível saber se o ex-ajudante de ordens respondeu.

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Justiça

Áudios revelam Golpe de Estado foi planejado dentro do Planalto

PF encontrou mensagens no celular de Mauro Cid recebidas de Ailton Barros, ambos ex-auxiliares de Jair Bolsonaro que trabalhavam na antessala do gabinete da Presidência da República, informa a Forum.

A situação do tenente-coronel Mauro Cid Barbosa está cada vez mais complicada. A Polícia Federal (PF) encontrou áudios no telefone celular do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL) enviados por outro auxiliar do ex-presidente, Ailton Barros, nos quais é tramado um golpe de Estado.

A trama teria se desenrolado na antessala do gabinete da Presidência da República, local em que Mauro Cid e Barros atuavam como ajudantes do ex-presidente. A revelação do material foi feita pela jornalista Daniela Lima, da CNN, nesta quinta-feira (4).

O teor das conversas divulgadas é bombástico. Nos áudios, Ailton fala que o golpe precisaria da participação do então comandante do Exército, Freire Gomes, ou de Bolsonaro e que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes deveria ser preso.

Teor dos áudios golpistas
A primeira mensagem foi enviada no dia 15 de dezembro por Barros a Mauro Cid.

“É o seguinte, entre hoje e amanhã, sexta-feira, tem que continuar pressionando o Freire Gomes [então comandante do Exército] para que ele faça o que tem que fazer” […] Até amanhã à tarde, ele aderindo… bem, ele faça um pronunciamento, então, se posicionando dessa maneira, para defesa do povo brasileiro. E, se ele não aderir, quem tem que fazer esse pronunciamento é o Bolsonaro, para levantar a moral da tropa. Que você viu, né? Eu não preciso falar. Está abalada em todo o Brasil.”

Barros ressalta a necessidade de Gomes ou Bolsonaro realizarem o pronunciamento comentado na mensagem de voz e destaca que seja, “de preferência, o Freire Gomes. Aí, vai ser tudo dentro das quatro linhas”.

Ele prossegue que seria necessário ter, até o dia seguinte, 16 de dezembro, pela tarde, “todos os atos, todos os decretos da ordem de operações” prontos.

“Pô [sic], não é difícil. O outro lado tem a caneta, nós temos a caneta e a força. Braço forte, mão amiga. Qual é o problema, entendeu? Quem está jogando fora das quatro linhas? Somos nós? Não somos nós. Então nós vamos ficar dentro das quatro linhas a tal ponto ou linha? Mas agora nós estamos o quê? Fadados a nem mais lançar. Vamos dar de passagem perdida?”, indaga.

Barros prossegue a descrição da trama golpista.

“Se for preciso, vai ser fora das quatro linhas”. “Nos decretos e nas portarias que tiverem que ser assinadas, tem que ser dada a missão ao comandante da brigada de operações especiais de Goiânia de prender o Alexandre de Moraes no domingo, na casa dele”, adiciona.

De acordo com a mensagem de Barros para Mauro Cid no áudio, a ideia é que na segunda-feira, 19 de dezembro, fossem lidas as portarias, decretos de garantia da Lei e da Ordem e “botar [sic] as Forças Armadas, cujo Comandante Supremo é o presidente da República, pra agir”.

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Justiça

Moraes rebate Aras e mostra aviso à PGR sobre ação contra empresários

Procurador-geral da República afirmou, nesta terça-feira (23/8), que procedimento de intimação foi “não usual”.

Segundo o Metrópoles, o gabinete do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes emitiu, durante a tarde desta terça-feira (23/8), “nota de esclarecimento” sobre o processo de intimação da Procuradoria-Geral da República (PGR) acerca da operação deflagrada contra empresários que mencionaram golpe de Estado caso Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja eleito.

Na nota, Moraes rebate o procurador-geral, Augusto Aras, que reclamou pelo fato de a intimação da PGR ter ocorrido apenas na véspera da operação. “A Procuradoria-Geral da República foi intimada pessoalmente da decisão referente à Pet. 10.453”, reforça a nota, numa referência à petição de busca contra os empresários.

Segundo o ministro do Supremo, a intimação foi feita às 14h41 dessa segunda-feira (22/8), “com a entrega da decisão proferida para a Assessoria de Apoio aos Membros da Procuradoria-Geral da República no STF“.

A PGR, por sua vez, afirma que não houve intimação pessoal da ordem, conforme previsão legal, “apenas entrega — em procedimento não usual — de cópia da decisão, na tarde dessa segunda-feira (22)”, em sala situada nas dependências do STF, onde funciona unidade de apoio aos subprocuradores-gerais da República e ao PGR.

“A referida decisão, posteriormente, foi encaminhada ao Gabinete da Vice-Procuradora-Geral da República às 15h35, onde recebida às 16h40 do mesmo dia, conforme também consta em certidão anexa”, ressalta a nota de Moraes.

“Por fim, importante ressaltar que esse procedimento de intimação é rotineiro, a pedido da própria PGR, conforme demonstram inúmeros inquéritos e petições que tramitam nesse Gabinete”, destaca a nota.

Moraes atendeu a pedidos da Polícia Federal (PF), no âmbito do inquérito das milícias digitais, para determinar a operação desta terça.

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Justiça

“Golpe envolve o próprio procurador-geral da República”, diz Rogério Correia

O deputado do PT-MG destacou o fato de Augusto Aras ter trocado “mensagens com empresários bilionários que planejavam sabotagem contra o processo eleitoral”.

O deputado federal Rogério Correia (PT-MG) alertou, nesta terça-feira (23), para uma possível participação do procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, no estímulo a um golpe de Estado no País defendido por empresários bolsonaristas alvos de uma operação da Polícia Federal nesta terça.

“Aras é procurador eleitoral e estava trocando mensagens com empresários bilionários que planejavam sabotagem contra o processo eleitoral. É muito sério! Ministro Moraes acertou em cheio e desmonta golpe que envolve o próprio Procurador Geral da República”, escreveu o parlamentar.

O chefe da PGR trocou mensagens com empresários. Em discurso de posse na Procuradoria em 2019, Aras homenageou o empreiteiro bolsonarista Meyer Nigri, fundador da Tecnisa e um dos investigados pela PF.

*Com 247

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Opinião

Pressionado pelos vazamentos, Bolsonaro ameaça golpe e passa recibo de que está até o talo no caso do MEC

O sujeito, que 60% da população diz não confiar numa mísera palavra do infeliz, soltou neste sábado uma pérola de que 200 milhões de brasileiros esperam que ele dê um golpe.

Bravatas golpistas à parte, Bolsonaro sentiu o tranco. Nesse país, não se fala em outra coisa, num tom de chacota sobre Bolsonaro e seus recados cifrados para Milton Ribeiro, que são verdadeiras piadas prontas.

Sabendo disso, ele tira da manga uma ameaça de golpe de Estado.

Imagina se a moda pega e todo bandido desse país pego de calça arriada resolver ameaçar dar golpe de Estado.

Bolsonaro, com mais esse blefe, só faz uma coisa, passa recibo explícito de que ele está até o pescoço no esquema do MEC. Aliás, ele já havia passado esse recibo algumas vezes, mas o maior deles foi quando impôs sigilo de 100 anos nas reuniões dele com a falange de pastores vigaristas.

Isso, sem falar nas denúncias de corrupção em seu governo na pasta da Saúde e do Meio Ambiente que custou a cabeça de Pazuello e Ricardo Salles, como concluiu a CPI no caso do Ministério da Saúde e do delegado, Alexandre Saraiva, que fez um vídeo gozando a cara de Bolsonaro sobre os seus poderes sensitivos, como segue abaixo:

https://twitter.com/DelegadoSaraiva/status/1540510939904196608?s=20&t=xwwIuNZMPfxSJ49xCADu1A

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Bolsonaro é presidente de redes sociais

O tal povo de Bolsonaro não passa de uma comunhão digital, habitada, na grande maioria, por robôs, justamente porque depois de três anos e meio o governo Bolsonaro apresenta um deserto de feitos, sendo louvado apenas numa teia digital que o trata como o senhor dos deuses, sem estabelecer qualquer parâmetro para apoiar essa inescrupulosa forma de governar.

É como se fosse um Brasil separado aonde a maioria dos habitantes não tem forma, são fictícios, são robôs. E o preço alto que Bolsonaro está pagando diante da população de carne e osso é cada vez mais amargo.

Quem não plantou, não tem o que colher. Quem só produziu opressão e tragédia contra a população, não tem uma segunda chance, e não há uma fortaleza segura que o mantenha no poder protegido pela armas que são pagas para proteger o território e a população brasileira.

A cada dia que passa, fica mais claro que o único trabalho do governo Bolsonaro é o mal. Talvez por isso, Bolsonaro tenha colocado sigilo de cem anos em assuntos importantes.

Bolsonaro não governa nada em nenhuma área, vivendo apenas de redes sociais, espalhando mentiras e hipocrisia em constante ameaça ao Brasil, jurando de pés juntos que tem apoio dos militares para dar um golpe de Estado para que a justiça não o alcance e os seus pela quantidade de crimes que cometeram, crimes comuns, diga-se de passagem.

Mas até isso se torna complicado. Se o motivo é a urna eletrônica, que manteve Bolsonaro e os filhos mamando nas tetas do Estado durante três décadas, como eles operariam o tal golpe? Ele se manteria no poder e manteria todos os deputados e senadores numa espécie de mandato vitalício ou fecharia o congresso e detonaria sua própria base aliada?

O Centrão, por exemplo, que é a base do seu governo, seria chacinado pelos golpistas e eles sairiam tranquilos como estão, seguindo rigorosamente defendendo esse governo indefensável em troca de benefícios políticos em espécie para se perpetuarem no poder durante alguns mandatos?

No caso de fechamento do Congresso, Bolsonaro e seus militares,  vestidos de Alexandre Garcia, acabariam com os mandatos de deputados e senadores, inclusive dos próprios filhos, Flávio e Eduardo, ou tudo isso não passa de mais um rojão que Bolsonaro solta para manter a horda de fanáticos animada e, junto, o aumento do exército de robôs, comandado pelo general Carluxo nas redes sociais.

Seja lá como for, Bolsonaro é o chefe de Estado mais rejeitado no mundo, o que naturalmente levaria o país a uma zona de deserto diplomático em que a crise profunda em que vivemos seria elevada a uma potência insuportável e uma convulsão social de proporções inimagináveis, certamente eclodiria. E o exército, para manter no poder um ex-capitão expulso das Forças Armadas por sabotagem e terrorismo, atacaria a população que é quem produz riqueza e paga a conta, inclusive dos viagras, próteses penianas, cervejas, picanhas e salmão desses mesmos militares golpistas.

Por tudo isso e mais uma série de outros pormenores, sigo crendo que não há, além da verborragia de Bolsonaro, qualquer chance de ele liberar um golpe de Estado. O Brasil, a partir de então, deixaria de existir como nação, pelo menos para o mundo civilizado.

Tudo isso feito por um presidente de redes sociais.

A conferir.

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Política

Lula à mídia italiana: “Quero que o Brasil volte a ser de todos os brasileiros, que ninguém passe fome”,

O ex-presidente Lula concedeu entrevista ao jornal italiano “Corriere Della Sera” e apontou o combate à fome como prioridade urgente no Brasil.

“Hoje, infelizmente, o país voltou a ter 20 milhões de pessoas passando fome, o desemprego é enorme e as previsões são de que o nosso PIB siga estagnado. Prometeram uma ‘ponte para o futuro’ que foi na realidade um salto para o abismo”, disse Lula, referindo-se ao projeto de Michel Temer que sucateou o país, fruto do golpe de Estado.

Lula lembrou a realidade completamente oposta a de hoje nos governos do PT: “Nos governos do PT, o Brasil foi um exemplo mundial de combate à miséria e à desigualdade, ao mesmo tempo em que chegou a ser a sexta maior economia do mundo”.

“Conseguimos erradicar a fome, gerar empregos, distribuir renda e criar oportunidades educacionais, elevando a qualidade de vida do conjunto da população”.

Lula também ressaltou que, ‘Hoje, infelizmente, o país voltou a ter 20 milhões de pessoas passando fome, o desemprego é enorme e as previsões são de que o nosso PIB siga estagnado. Prometeram uma “ponte para o futuro” que foi na realidade um salto para o abismo’.

‘A reconstrução do Brasil precisa começar pelo mais básico: garantir que todas as pessoas não passem fome, tenham direito a estudar e trabalhar em paz’.

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Política

TSE decide que nós não vimos o que vimos na campanha eleitoral de 2018

A maldição da escravidão parece perseguir o Brasil. Não são poucas as estátuas erguidas em memória de algum personagem que, quando não tem qualquer brio heroico, é vulgar ou um conspirador contra o próprio povo.

Nossos vultos, na verdade, são vultos da elite. Nossos patriarcas então, nem se fala. Na maioria das vezes são dignos de uma pichação lúcida, ou seja, num país em que a maioria das celebridades não consegue uma narrativa poética justo por não ter contribuído com nada de positivo para a nossa civilização, acaba por ter uma política de colônia e instituições enraizadas nela.

Basta andar um pouco no tempo para entender quem era a maior autoridade que concebia como legal um ser humano negro, homem ou mulher, preso ao tronco feroz da escravidão sofrendo a dor e a humilhação do açoite.

Em pleno século XXI seria normal sonhar com o novo conceito civilizatório, costumes novos e ambientes novos, isentos do hálito e da tradição envenenada do Brasil escravocrata. Mas parece que não.

Os conselhos e instruções que tornam um banqueiro um rei nesse país mostram que, ao contrário do que se sonha, o grande capital construiu apenas um novo império aonde as luzes da justiça só miram e focam aqueles amaldiçoados pelas classes dominantes.

Lógico, isso nos cobre de vergonha. No mundo, existem vários casos em que o judiciário merece louvores da sociedade pelos serviços prestados a ela, mas no Brasil, seguindo a velha tradição, esse sonho que se cristalizou em tantos países, nas terras cabrálias jamais foi realmente cogitado.

Não se tem a mais vaga ideia do que de fato é o conceito da palavra justiça.

Na verdade, quando não há ausência, a grosseria do meio é tanta que as Supremas cortes brasileiras são um acervo clássico de um bolor que ignora o próprio sentido de cidadania esculpindo em suas regras concretas, opondo-se frontalmente à consciência da coletividade.

Por isso não há o menor entusiasmo da população quando se fala das “glórias” do judiciário brasileiro aureolado de heroísmo pelos exercícios retóricos de nossa mídia que segue o mesmo senhor.

No futuro, quando for contado que tanto na farsa do mensalão que José Dirceu, José Genuíno, entre outros, foram encarcerados na base de uma suposta teoria do domínio do fato, por um personagem moldado pela mídia para compensar a viuvez de um partido, o PSDB, representante da oligarquia que mais à frente desceria ao inferno disfarçado de democrata para apoiar a eleição de um genocida, ninguém acreditará.

Não demorou muito para que os deuses absolutos de nossa suprema toga emudecessem diante de um golpe de Estado na primeira presidenta da história do Brasil, Dilma Rousseff, uma mulher de honestidade e honradez absolutamente ímpares que foi violentamente arrancada do poder junto com mais de 54 milhões de votos com a anedótica acusação de pedalada fiscal.

Com um detalhe, a tríade que comandou esse verdadeiro estupro na constituição diante dos olhos vendados do judiciário, é formada pelos três maiores corruptos da história da República, Aécio, Cunha e Temer.

Pergunta-se, como a história contará isso? E a pergunta será feita com exclamação, alguém minimamente decente das próximas gerações acreditará numa história dessa? Não, dirá que é lenda, que é apenas um ornamento retórico para dar orelha aos lobos, porque isso não é coisa de uma sociedade civilizada, mas sim de um sentido mais bárbaro de tribo em que os senhores da lei não andam com cabelos nas ventas se colocando acima dos deuses como se fossem a própria imagem do tigre da legalidade, quando, na verdade, sempre tiveram um convívio amável, diria mais, galantíssimo com os deuses do grande capital.

Poderia ainda citar o pântano ético em que o judiciário se enfiou para abonar certamente a mais corrupta operação policial da história, a Lava Jato, que teve como principal objetivo, conseguido com sucesso e comemorado com todos os foguetes pela grande mídia, que foi a prisão do ex-presidente da República com a maior aprovação da história.

A prova do seu crime? Não apareceu. Então, Moro utilizou uma variação sobre o mesmo tema de Joaquim Barbosa com a sua funesta teoria do domínio do fato, sapecando como justificativa da prisão de Lula o “ato de ofício indeterminado”.

E o que isso quer dizer além de nada? Nada e meio.

Agora, sabe-se que, ao contrário desses fatos aqui narrados, a justiça eleitoral já formou maioria para inocentar a chapa Bolsonaro-Mourão por acusação de uso indiscriminado de mentiras e incitação ao ódio, através de disparos de fake news em redes sociais, sobretudo o Whatsapp durante a campanha de 2018.

Trocando em miúdos, ficou decidido que nós não vimos o que vimos e o “mal-entendido” foi desfeito com o arquivamento do processo.

 

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