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A condição para Mauro Cid manter sua delação válida e não voltar à prisão

A Polícia Federal faz um balanço positivo da delação premiada firmada com o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid. Os investigadores, no entanto, afirmam que a manutenção do acordo dependerá do próximo depoimento do militar, marcado para segunda-feira (11). A exigência imposta é que Cid responda a todas as perguntas que forem feitas pelos delegados.

A avaliação da PF é que o ex-ajudante de ordens precisa complementar seu relato com temas que não lhe foram perguntados e, assim, fazer jus aos benefícios da colaboração validada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e que garante sua liberdade, diz Bela Megale, O Globo..

Caso Cid não responda a todos os questionamentos, ele terá seu acordo revogado e tudo que já disse segue valendo como prova, inclusive, contra ele próprio e seus familiares.

O tema central das perguntas é a tentativa de golpe de Estado que, segundo a PF, foi arquitetado por Jair Bolsonaro, integrantes de seu governo e militares.

Um dos pontos que serão abordados na segunda-feira é a reunião ministerial do ex-presidente com seus auxiliares, em 5 de julho de 2022, que expôs a “dinâmica golpista” do então governo. A reunião não chegou a ser mencionada por Mauro Cid.

 

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PF já tem data para finalizar inquéritos do golpe, joias e vacina que envolvem Bolsonaro

A cúpula da Polícia Federal acredita que finalizará os inquéritos que investigam Jair Bolsonaro dentro de quatro meses. Um deles apura a tentativa de golpe de Estado arquitetada pelo ex-presidente, ex-integrantes de seu governo e militares. Os investigadores apresentarão, até julho, o relatório final deste caso ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Essa investigação é considerada pelo ex-presidente e seus advogados a única que teria potencial de levá-lo para a prisão, por isso o alerta é total sobre o momento em que a PF terminará o trabalho.

Entre ministros do STF, é dado como certo que Bolsonaro será indiciado pela PF, pelo número amplo de provas que já vieram à tona, implicando diretamente o capitão reformado na tentativa de golpe.

Como informou a coluna, os magistrados avaliam que uma eventual prisão do ex-presidente só deve ser decretada após ele ser condenado após o trânsito em julgado, ou seja, com todos os recursos esgotados.

A primeira investigação sobre Bolsonaro que será finalizada pela PF, porém, deve ser a que apura a falsificação de certificados de vacina do ex-presidente e seus familiares e ex-assessores, segundo Bela Megale, O Globo.

A segunda é o caso das joias da Arábia Saudita que entraram ilegalmente no Brasil e que eram destinadas a Jair e Michelle Bolsonaro. O ex-presidente tentou se apropriar ilegalmente de peças de diamantes que eram destinadas ao Estado brasileiro e não a ele como pessoa física. Segundo integrantes da PF, o que falta para finalizar esse inquérito são alguns documentos da cooperação internacional firmada com os Estado Unidos, já que peças foram comercializadas naquele país.

O terceiro e mais importante caso será finalizado até o fim do primeiro semestre e foca a tentativa do golpe de Estado, para evitar a posse do presidente Lula, eleito democraticamente.

Havia a expectativa na PF de que o caso pudesse ser finalizado no fim do ano passado, mas novos elementos surgiram e foi preciso fazer diligências e ampliar a investigação.

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As perguntas que a PF fará a Bolsonaro no depoimento sobre suposta tentativa de golpe de Estado

Ex-presidente foi intimado a comparecer às 14h30 dessa quinta-feira na sede da corporação, em Brasília.

Intimado a depor na Polícia Federal nas investigações acerca de uma suposta tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deverá ser questionado sobre o planejamento para a execução do plano, que incluiu a realização de uma reunião ministerial e ainda a elaboração de um decreto que previa a decretação de Estado de sítio.

No último dia 8 de fevereiro, Bolsonaro, além de alguns de seus principais aliados, foram alvos de 30 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas, entre elas a proibição de manter contato com os demais investigados e de se ausentarem do país.

Nesta operação, as apurações da PF apontam que o grupo investigado se dividiu em núcleos de atuação para disseminar a versão de fraude na eleição presidencial de 2022, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital.

Ao longo da semana, a defesa de Bolsonaro chegou a pedir a dispensa do comparecimento do ex-presidente a sede da PF, em Brasília, nesta quinta-feira, após alegar não ter tido acesso à íntegra das investigações. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), no entanto, negou a solicitação.

Embora haja a previsão de que o ex-mandatário fique em silêncio diante dos investigadores, ele deverá ser questionado sobre os pontos coletados em depoimentos, incluindo os prestados pelo ex-ajudante de ordens Mauro Cid em delação premiada, em mensagens rastreadas e até nos registros feitos durante o encontro ministerial.

Veja os temas que devem ser perguntados pelos investigadores.

Decretação de golpe de Estado

Na decisão de Moraes que deferiu a operação, o ministro enumerou os núcleos de atuação do suposto grupo criminoso identificados pelos investigadores para operacionalizar medidas com o intuito de desacreditar o processo eleitoral, planejar e executar o golpe de Estado e abolir o Estado Democrático de Direito.

“A representação contempla vasto relato de complexa e coordenada atuação de organização criminosa, direcionada a propósito que inviabilizaria a manutenção do arranjo político do país, por meio da adoção de medidas que estipulavam estratégias de subversão da ordem jurídico-constitucional e adoção de medidas extremas que culminaram na decretação de um Golpe de Estado, tudo a fim de assegurar a permanência no poder do então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO”, afirma Moraes.

Elaboração da minuta golpista


Como O GLOBO mostrou, a PF reuniu provas de que o ex-presidente redigiu e editou o decreto com fundamentação jurídica e doutrinária que atendia a interesses antidemocráticos. Mensagens trocadas entre alguns de seus aliados mostram que Bolsonaro teria deixado ainda a chamada minuta golpista “mais resumida”.

O documento, preparado no fim de 2022, previa a decretação do chamado Estado de sítio. A medida, prevista pela Constituição Federal, é para situações de “comoção grave de repercussão nacional” ou de “declaração de estado de guerra ou resposta à agressão armada estrangeira”. A solicitação é apresentada pelo presidente da República, mas depende de aprovação do Congresso Nacional.

Na representação enviada ao STF, a PF afirma que os diálogos confirmam “a existência do decreto, que, ao que tudo indica, embasaria a execução de um golpe de Estado, que estava sendo ajustado pelo então presidente da República Jair Bolsonaro e que era de conhecimento do comandante do Exército. Mauro Cid confirma que Bolsonaro estava recebendo pressões para consumar a medida de exceção com utilização das Forças Armadas”.

Impedir a posse do presidente legitimamente eleito


No despacho de Moraes, ele aponta também que o grupo atuava também para reverberar a ideia de que as eleições presidenciais de 2022 haviam sido fraudadas, estimulando seus seguidores a “resistirem” na frente de quartéis das Forças Armadas. O inquérito mostra que eles tinham o intuito de criar o ambiente propício para o golpe de Estado, fazendo circular estudos de conteúdo inverídico.

“Paralelamente à tentativa de reversão do resultado das eleições presidenciais, assinala a autoridade policial que uma segunda linha de atuação era adotada pelo grupo investigado, com planejamento e execução de atos tendentes à subversão do Estado Democrático de Direito, por meio de um golpe Militar, a impedir a posse do Presidente legitimamente eleito, assegurando-se a manutenção do então Presidente JAIR MESSIAS BOLSONARO no poder”, diz o magistrado.

Reunião ministerial

Na reunião ministerial realizada em 5 de julho de 2022 por Jair Bolsonaro e sua equipe, no Palácio da Alvorada, o ex-presidente desferiu ataques ao então adversário Luiz Inácio Lula da Silva, a quem chega a se referir como “satanás”, com sucessivas ofensas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), em especial Alexandre de Moraes, Edson Fachin e Luís Roberto Barroso.

— Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições — disse Bolsonaro.

Durante toda o encontro, Bolsonaro ordena que seus ministros atuem para questionar o processo eleitoral do dia 2 de outubro de 2022, data do primeiro turno, pois mostrava certeza na vitória de Lula, devido à infundada fraude que alegava existir, antes mesmo da disputa.

— Todos aqui têm uma inteligência bem acima da média. Todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder. Nós não podemos, pessoal, deixar chegar as eleições e acontecer o que está pintado, está pintado. Eu parei de falar em voto imp… e eleições há umas três semanas. Vocês estão vendo agora que… eu acho que chegaram à conclusão. A gente vai ter que fazer alguma coisa antes — afirma o então presidente.

Inteligência paralela

Também no despacho da última operação, Moraes ponderou que, em meio ao planejamento operacional que se direcionava à concretização do golpe, havia ainda um “sistema de inteligência paralela” inclusive para o fim de monitorar diversas autoridades.

As investigações mostram que a esse núcleo era atribuída a responsabilidade de coletar dados e informações que pudessem auxiliar o ex-presidente Bolsonaro na consumação do referido golpe. Um dos alvos do suposto monitoramento do itinerário, deslocamento e localização foi o próprio Alexandre de Moraes.

“Diálogos mantidos entre MARCELO COSTA CAMARA e MAURO CID, durante o mês de dezembro de 2022, indicam sua atuação no monitoramento de várias autoridades, inclusive desse Ministro relator, que serviria, fundamentalmente, a assegurar que ordem de prisão consignada do decreto golpista pudesse ser cumprida, contexto que evidencia as intenções reais da organização criminosa no sentido de consumar a ruptura institucional com decretação de golpe de Estado e cerceamento à independência do Poder Judiciário”, destacou o ministro.

 

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Não suportando o repuxo, Bolsonaro usa Augusto Nunes de mula para disseminar ódio e fugir do depoimento na Polícia Federal

Bolsonaro, não satisfeito com o resultado trágico para a vida de muitos manifestantes do dia 8 de janeiro de 2023, convocados por ele, joga o depósito de trouxas contra o Estado como se fosse um bônus do que ocorreu com muitos bolsonaristas condenados a longos anos de cadeia.

Sim, Bolsonaro convoca manifestantes para cometerem crime contra o estado de direito, a polícia e a justiça, contra a constituição e, consequentemente contra a democracia, pedindo para os mesmos que promoveram os atos terroristas do dia 8 de janeiro, que se neguem a respeitar a lei em defesa de um projeto pessoal do próprio Bolsonaro de seguir cometendo crimes, numa espécie de federalização do mal, contra o sistema de segurança do Brasil.

As consequências disso, certamente virão contra essa espécie de tribunal particular que Bolsonaro criou, em que os poderes da República são julgados e condenados pelo próprio Bolsonaro.

Isso não vai prestar, não dar certo para Bolsonaro. A conferir.

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PF apura paradeiro de jetski de pescaria de Bolsonaro e Carlos

Suspeita que tem sido investigada é se a embarcação poderia ter sido usada para ocultar provas.

A Polícia Federal apura o paradeiro de um jetski que teria participado da pescaria da família de Jair Bolsonaro na manhã da operação de busca e apreensão contra o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos – RJ).

Na manhã de segunda-feira (29), o ex-presidente saiu com os filhos para uma pescaria em Angra dos Reis. E, ao retornar, agentes da força policial apreenderam celulares do vereador.

A Polícia Federal teve a informação de que um jetski, de que estava com a família, não retornou. A suspeita que tem sido investigada é se a embarcação poderia ter sido usada para ocultar provas.

A defesa do vereador nega irregularidades e afirma que ele está à disposição para prestar depoimento assim que tiver acesso aos detalhes da investigação.

Procurado pela CNN, o entorno da família informou que o jetski não retornou porque é de um amigo e foi deslocado para a sua casa, não havendo irregularidade.

O vereador foi alvo de operação de busca e apreensão da Polícia Federal em investigação sobre a chamada “Abin Paralela”.

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A paranoia de Carlos Bolsonaro com seu celular apreendido pela PF

Descrito como “paranoico” e com “mania de perseguição” por ex-membros do governo Bolsonaro, o vereador Carlos Bolsonaro tomava todo tipo de cuidado com seu celular. Nesta segunda-feira, seu aparelho foi apreendido na operação policial que investiga o monitoramento ilegal de pessoas feito pela Abin.

Antigos integrantes do Palácio do Planalto relataram que o filho do ex-presidente trocava com frequência o número de telefone e o aparelho que usa. Segundo ex-ministros, as trocas chegaram a acontecer a cada três meses em períodos de maior preocupação do vereador. Pessoas próximas aa Carlos também relataram que ele usava mais de um chip nos seus aparelhos, mudando de número, a depender do interlocutor, diz Bela Megale, O Globo.

O filho de Jair Bolsonaro também fazia questão de não colocar sua foto no perfil do WhatsApp, e raramente respondia e encaminhava mensagens para integrantes do governo. O filho do ex-presidente deixava claro que ele tinha pânico de ser alvo de “espionagens” ou de uma operação da Polícia Federal, mesmo quando o pai ainda era o chefe do Executivo.

Em conversas com membros do governo, o próprio Carlos dizia que não gostava de encaminhar mensagens por WhatsApp, como o pai, e preferia falar no X (antigo Twitter), pois atingia muitas pessoas simultaneamente.

Carlos também era reservado e limitava seus contatos a poucos integrantes do governo.

 

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Carlos Bolsonaro acordou na mira da PF

Carlos Bolsonaro amanhece esta segunda com a Polícia Federal fungando no seu cangote.

A Polícia Federal fez uma operação nesta segunda-feira (29) para apurar ações da Abin durante o governo Bolsonaro.

Carluxo é um dos alvos da operação de busca e apreensão.

Bolsonaro, ontem, em pleno domingo, provavelmente sabendo por suas “fintes” da operação da PF de hoje, que chegaria em Carluxo, não disse nada de prestável. Era só pra enxertar com robôs comandados pelo próprio Carlos para bancar o fisiculturista de janela que tem o peito bombado e as pernas de saracura.

Robô não ganha eleição e nem impede Carlos Bolsonaro de ir para prisão.

Este é o balanço daquela live Mandrake de ontem às vésperas da visita da PF à casa de Carluxo.

Moral da história: Bolsonaro, com a live extemporânea, feita a toque de caixa, acabou confessando que, não só tinha, como mantém arapongas dentro da estrutura do Estado, que o informaram, possivelmente, neste domingo, que, na manhã deste segunda-feira, Carlos Bolsonaro receberia a visita da Polícia Federal. Toc toc toc.

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Deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1

Político e pré-candidato à prefeitura de Niterói, parlamentar classifica ação como ‘medida autoritária’. Polícia Federal cumpre dez mandados de busca e apreensão no Rio e no Distrito Federal.

O deputado Carlos Jordy é alvo da Operação Lesa Pátria para apurar atos golpistas de 8/1Carlos Jordy (PL-RJ) é um dos alvos da 24ª fase da Operação Lesa Pátria, da Polícia Federal, na manhã desta quinta-feira. Estão sendo cumpridos mandados de busca e apreensão na casa do parlamentar, em Niterói, região metropolitana do Rio, e em seu gabinete na Câmara dos Deputados. A ação tem o objetivo de identificar pessoas que planejaram, financiaram e incitaram atos antidemocráticos ocorridos entre outubro de 2022 e o início do ano passado, no interior do estado do Rio de Janeiro. Pelas redes sociais, o parlamentar aliado de Jair Bolsonaro classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

De acordo com a PF, ao todo, estão sendo cumpridos 10 mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal, no Rio (8) e no Distrito Federal (2). “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, informou a corporação, em nota.

Líder da oposição na Câmara e pré-candidato à prefeitura de Niterói pelo partido de Jair Bolsonaro, Jordy (PL-RJ) é suspeito de promover atos antidemocráticos que contestavam o resultado das eleições presidenciais no ano retrasado, como bloqueios das rodovias no interior do Rio de Janeiro, diz O Globo.

As investigações apontam que esses atos liderados pelo deputado podem ter culminado nas invasões e depredações das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Na ocasião, os prédios do Congresso, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Palácio do Planalto foram destruídas.

Nas redes sociais, o parlamentar classificou o mandado judicial como uma “medida autoritária”.

“Isso é a verdadeira constatação de que estamos vivendo em uma ditadura. Em momento algum no 8 de janeiro, eu incitei, falei para as pessoas que aquilo era correto, estive nos quartéis-generais quando estavam acontecendo todos aqueles acampamentos. Pelo contrário. Nunca apoiei nenhum tipo de ato, anterior ou depois do 8 de janeiro. Embora as pessoas tivessem todo o direito de fazer suas manifestações contra o governo eleito. Então é totalmente arbitrário. Não há nenhuma postagem minha, nada que possa ser colocado contra mim ou justifique essa medida autoritária de busca e apreensão”, disse no vídeo publicado.

Os demais alvos da operação desta quinta-feira são apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que montaram acampamento em frente à 2 Companhia de Infantaria do Exército, em Campos dos Goytacazes (RJ), e bloquearam trechos da BR-101 na mesma cidade. Os atos eram em protesto contra a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

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O Ministério da Justiça falha mais uma vez

“O Ministério da Justiça está cometendo uma grande falha em deixar a Polícia Federal investigar Breno Altman”, aponta Vivaldo Barbosa.

O Ministério da Justiça está cometendo uma grande falha em deixar a Polícia Federal investigar Breno Altman.

A Polícia Federal tem sua face de Polícia Judiciária para atuar junto ao Judiciário e ao Ministério Público. Muito bem. E tem sua face administrativa ao atuar na fronteira, contra contrabando, tráfico de armas e de droga, proteger autoridades e outras. Tudo bem. Mas nas duas faces, tem que cumprir as leis e ser supervisionada, para tanto, pelo Ministério da Justiça.

Esta não é a primeira vez que o Ministério da Justiça falha tanto diante da história.

Nos lembremos.

Tancredo Neves era Ministro da Justiça quando do assassinato do Major Rubens Vaz. Era um crime de rua, o Major não estava em ação, nem fardado estava, nem o crime foi praticado nos quartéis. O inquérito policial foi aberto, já estava em curso, quando, de repente, se instaura um IPM – Inquérito Policial militar na Aeronáutica. O IPM puxa o inquérito policial para si e começa a investigar. Tancredo Neves deixou escorregar o inquérito das mãos da polícia, a Aeronáutica cometeu barbaridades sob o ponto de vista legal, instalou-se a República do Galeão e aconteceu o que aconteceu que levou ao suicídio de Getúlio Vargas.

Em tempos mais recentes, o famoso tríplex era em Guarujá, o sítio era em Atibaia, as empreiteiras acusadas eram de São Paulo, Rio, Salvador, a Petrobras é do Rio, os parlamentares citados eram de Brasília. No entanto, tudo foi parar em Curitiba, em um juízo universal, a Polícia federal dando cobertura e praticando todas as ilegalidades que foram anuladas, só que muito tarde. Instalaram a Republica de Curitiba. Chegaram a prender um ex e atual Presidente da Republica. Tudo sob as barbas e graves omissões do Ministério da Justiça da época.

Hoje se destaca muito as ilegalidades do juiz da época e dos procuradores envolvidos. Mas é preciso ver que a Polícia Federal praticou, aceitou referendou todas as ilegalidades. O Ministério da Justiça existe para supervisionar e observar a atuação da Polícia para que não haja o tansbordamento para sua atuação fora da lei.

Agora, estamos assistindo a Policia Federal atuar em grave ilegalidade conta o jornalista Breno Altman.

Toda a solidariedade está sendo prestada a ele. Muito bem. Mas é preciso cobrar a atuação do Ministério da Justiça que tem o dever de barrar isto.

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ABI pede a Flávio Dino que Polícia Federal investigue ameaças de grupos sionistas contra Breno Altman

A Associação Brasileira de Imprensa (ABI) pediu ao ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, que adote as medidas necessárias, com o acionamento da Polícia Federal, para investigar as ameaças de agressão ao jornalista Breno Altman, editor do Opera Mundi. As ameaças foram feitas por grupos sionistas.

Uma reportagem do Brasil 247 publicada nesta segunda-feira (16) revelou que mensagens do grupo “Jew Politics” defendem medidas de violência extrema contra o jornalista. Um dos integrantes do grupo, Patrick Peres, falou em “arrancar os dentes e quebrar os dedos” de Altman para que ele não se manifestasse mais sobre a guerra na Palestina.

Judeu, Breno Altman tem se notabilizado pela defesa do povo palestino e pela condenação dos ataques israelenses à Faixa de Gaza. Logo depois da reportagem, o grupo suspendeu suas atividades.