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Política

Acredite, este é um editorial do Estadão: “Bolsonaro atrapalha o Brasil”

Lendo este texto, penso, o mundo está de cabeça para baixo

Jair Bolsonaro – aquele que é, segundo seus bajuladores, o “grande líder da direita no Brasil”, timoneiro do PL, o maior partido da Câmara – não tem nada a dizer sobre a profunda crise mundial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Nada. Seu único assunto é a tal de “anistia” para os golpistas do 8 de Janeiro – e, por extensão, para si mesmo. Enquanto o mundo derrete em meio à escabrosa confusão criada por Trump, aliás ídolo de Bolsonaro, o ex-presidente mobiliza forças políticas para encontrar meios de driblar a lei e a Constituição e livrar da cadeia os que conspiraram para destruir a democracia depois das eleições de 2022, sob sua liderança e inspiração.

Admita-se que talvez seja melhor mesmo que Bolsonaro não dê palpite sobre o que está acontecendo, em primeiro lugar porque ele não saberia o que dizer nem o que propor quando o assunto é relações internacionais. Recorde-se que, em sua vergonhosa passagem como chefe de Estado em encontros no exterior, ele só conseguia falar com os garçons. Mas o ex-presidente poderia, neste momento de graves incertezas, ao menos mostrar algum interesse pelo destino do país que ele diz estar “acima de tudo”. No entanto, como sabemos todos os que acompanhamos sua trajetória política desde os tempos em que era sindicalista militar, o Brasil nunca foi sua prioridade.

Mas o Brasil deveria ser prioridade de todos os demais. O tema da “anistia” não deveria nem sequer ser discutido por gente séria frente não só às turbulências globais do momento, mas a problemas brasileiros incontornáveis que afligem de fato a população – como a inflação, a violência, a saúde pública, os desafios educacionais, os caminhos para assegurar desenvolvimento em bases sustentáveis ou os efeitos das mudanças climáticas sobre a vida nas florestas e nas cidades.

Infelizmente, num Congresso que se mobiliza de verdade quase sempre apenas para assegurar verbas e cargos, Bolsonaro está em seu meio. Parece intuir que a liderança que exerce sobre sua numerosa base popular basta para submeter os políticos pusilânimes a seus caprichos pessoais, e é por isso que o ex-presidente dobrou a aposta, lançando repto às instituições, reafirmando-se como candidato à Presidência – apesar de sua inelegibilidade – e convocando os potenciais herdeiros políticos a se tornarem cúmplices de seus ataques à democracia.

Bolsonaro está a todo vapor: além de mobilizar parlamentares da oposição e fazer atos públicos e declarações quase diárias sobre o tema, reuniu-se fora da agenda oficial com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressioná-lo a colocar em votação a tal “anistia”. Embora esteja resistindo, o presidente da Câmara iniciou conversas com integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF), pregando uma solução negociada entre os Poderes para reduzir a pena dos condenados pelo 8 de Janeiro com o objetivo de “pacificar” o País. Como demonstra não se preocupar de fato com a massa de vândalos do 8 de Janeiro e sim com a própria absolvição, Bolsonaro chegou a minimizar a importância de uma eventual revisão da dosimetria pelo STF. Disse que só lhe interessa a “anistia ampla, geral e irrestrita” – obviamente uma piada de mau gosto.

Já que a maioria dos brasileiros é contra a anistia, segundo recentes pesquisas, as patranhas do ex-presidente seriam apenas irrelevantes caso se resumissem a ele e ao clã Bolsonaro. Mas é perturbador observar que algumas das principais autoridades do Brasil estão realmente se dedicando ao tema. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por exemplo, encontrou tempo em sua decerto atarefada rotina para ligar pessoalmente a todos os deputados do seu partido com o objetivo de convencê-los a assinar o requerimento de urgência para o projeto de anistia, como se isso fosse de fato relevante para os paulistas.

Não é. Se Bolsonaro for condenado e preso, e se os golpistas forem todos punidos, rigorosamente nada vai mudar no País. No entanto, se as forças políticas do Brasil não se mobilizarem rapidamente para enfrentar o novo e turbulento mundo que acaba de surgir, aí, sim, os brasileiros sofreremos todos. Está na hora de deixar a Justiça cuidar de Bolsonaro e seguir adiante. O Brasil tem mais o que fazer.

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Mundo

Quando as mercadorias não cruzam fronteiras, os soldados farão

Navegamos em mares bravios, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar a economia do próprio país.

O recuo de Donald Trump em impor seu tarifaço a todos os países, excluindo a China, nem de longe é uma estratégia planejada. Trump recuou por vários motivos, um deles, e talvez o mais importante, foi a contrariedade dos bilionários estadunidenses, que perderam trilhões de dólares desde o anúncio do tarifaço.

Matéria do The New York Time desta quinta-feira (10) afirma que muitas empresas dos Estados Unidos discordam do tarifaço de Donald Trump e enxergam na China um porto seguro em meio à tempestade regulatória proposta por Washington.

O descontentamento da maioria dos estadunidenses também pesou no recuo do bufão da cabeleira amarela. No sábado (5), milhares de manifestantes protestaram contra Donald Trump em Washington e em várias cidades dos Estados Unidos. Grandes faixas nas proximidades da Casa Branca criticavam a posição fascista do presidente. Em uma delas, os manifestantes pediam que Trump tirasse suas mãos da Seguridade Social.

Na área da política externa, a “Guerra Comercial” de Trump teve derrotas importantes, principalmente no Velho Continente. Sem perder tempo, as principais nações europeias se voltaram para o fortalecimento de acordos com outros países e blocos econômicos mundo afora. Na quarta-feira (9), a União Europeia se aproximou da China, iniciando conversas para a cooperação comercial com o gigante asiático.

Na terça-feira (8), a ministra de Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, defendeu, ao lado da Suécia, um acordo entre União Europeia e o Mercosul no sentido de combater os efeitos do tarifaço de Trump.

Desde bem antes das medidas tresloucadas de Trump, o governo do presidente Lula vem aprofundando acordos importantes com as principais economias do mundo. A diplomacia brasileira tem sido incansável na condução do fortalecimento do multilateralismo, e nos dois primeiros anos de seu terceiro mandato o presidente visitou 32 países, buscando restabelecer a posição do país após a terra arrasada diplomática legada por Bolsonaro.

No início deste ano Lula fechou acordos importantes no Vietnã e no Japão. Em maio, o presidente terá agenda bilateral com Putin em sua visita à Rússia. Na sequência, volta à China, onde será o convidado de honra do Foro Celac-China, que reúne países latino-americanos e a nação asiática. Vale realçar que Lula se reunirá com o presidente Xi Jinping justamente quando Trump intensifica as tensões comerciais entre os EUA e a China.

É impossível neste momento deixar de pensar na importância da postura de Lula e do seu governo em momentos de crise econômica global.

O mais importante deles ocorreu em 2008, quando Lula foi criticado pelo tal “mercado” e pela mídia corporativa, ao profetizar, em plena crise iniciada nos Estados Unidos devido a uma bolha imobiliária, que o tsunami nos EUA seria apenas uma ‘marolinha’ no Brasil. Na contramão de vários economistas e analistas, Lula pediu, na época, que a população comprasse. O resultado foi exemplo para o mundo. O francês Le Monde reconheceu que a rápida recuperação do Brasil demonstrou a precisão da estratégia adotada pelo governo brasileiro ao concentrar suas ações no mercado interno. Aliás, essa mesma estratégia vai ser utilizada pela China em meio à guerra comercial declarada pelos EUA.

Vocês já imaginaram onde estaria a economia brasileira nesse momento se o presidente fosse Bolsonaro, aquele que bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e que declarava amor eterno a Trump? Ou mesmo o governador Tarcísio de Freitas, que posou com o boné MAGA, da campanha de Trump…”Make America Great Again”? Ambos de um servilismo enojante.

Nesse momento, os religiosos e mesmo os agnósticos deveriam erguer as mãos para o céu e agradecer por termos na presidência um líder já testado em situações globalmente adversas e que a história revela conhecer o caminho a seguir.

Sim, caro leitor, navegamos em mares bravios. Aliás, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar e golpear fortemente a economia do próprio país. Embora todos sejamos de algum modo atingidos pelo risco de recessão global, quem irá arcar com as consequências imediatas de elevação de preços e desemprego, impostas do tal tarifaço, será o consumidor estadunidense. Esse mesmo que insanamente elegeu o novo Nero.

Todo governo autocrata e totalitário necessita de um inimigo público. O de Trump é a China, taxada em 145%, sem qualquer critério senão o próprio voluntarismo de Trump – e a psicanálise deve explicar. Está claro que Trump reduz o comércio global a um balcão de negócios pessoais, um jogo de truco irresponsável. Trata-se de um maníaco que pode levar o planeta a uma situação irreversível. Lembro aqui de uma frase de Frederic Bastiat: quando as mercadorias não cruzam fronteiras, os soldados farão.

*Florestan Fernandez Jr,/247

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Mundo

União Europeia considera multar Elon Musk em mais de R$ 5 bilhões

Elon Musk está na mira dos reguladores europeus. A União Europeia (UE) está considerando multar a rede social X (antigo Twitter) em mais de 1 bilhão de dólares – cerca de R$ 5,8 bilhões na cotação atual. O motivo seria a violação de uma lei que combate conteúdo ilícito e desinformação.

Em 2022, a União Europeia criou a Lei de Serviços Digitais (Digital Services Act) que passou a ser aplicada em 2024. O objetivo é obter transparência das plataformas digitais e proteger os usuários.

Tensões políticas e comerciais

De acordo com o jornal estadunidense New York Times, a informação da possível multa e de algumas penalidades veio de quatro fontes anônimas. As penalidades devem ser anunciadas ainda neste ano. A União Europeia também deve criar uma nova lei para forçar as empresas de mídias sociais a monitorar os seus serviços.

A medida demanda uma avaliação política, já que a ação pode aumentar as tensões com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Elon Musk é um dos principais conselheiros da Casa Branca. As relações dos EUA com diversos países ficaram estremecidas após o anúncio do tarifaço, nesta semana. Trump apresentou uma tarifa mínima de 10% sobre a maioria dos produtos importados para os EUA com taxa de 20% para a União Europeia.

Ainda, segundo as fontes do jornal, o valor da multa pode chegar a 1 bilhão de dólares, mas ainda será definido pelas autoridades. Além da multa, a UE também deve exigir mudanças na plataforma. A ideia é que a medida demova outras empresas de violarem a Lei de Serviços Digitais.

Investigação do X

Desde 2023, a União Europeia iniciou uma investigação sobre o X. Elon Musk é dono da rede social desde 2022. Na época, a suspeita era de manipulação dos algoritmos para finalidades políticas. A investigação começou em 2023, e os reguladores emitiram, no ano passado, uma decisão preliminar de que o X havia violado a lei.

O entendimento foi de que as contas verificadas, que apresentavam uma marca azul, afetavam negativamente a capacidade dos usuários de tomar decisões livres sobre a autenticidade das contas. Além disso, a rede de Elon Musk foi acusada de bloquear o acesso de pesquisadores a dados públicos.

Ainda segundo a reportagem, o X também enfrenta uma segunda investigação da União Europeia, que é mais ampla e pode levar a novas penalidades. Nessa investigação, duas pessoas disseram que os oficiais da União Europeia estão construindo uma hipótese, de que, a abordagem “sem interferência” do X para fiscalizar o conteúdo gerado pelos usuários, fez da plataforma um centro de discurso de ódio e desinformação – material que é visto como prejudicial à democracia em todo o bloco de 27 países.

*TVTNewss

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Mundo

Com Trump, bolsas dos EUA derretem e já somam perdas de US$ 4 trilhões

Mercado financeiro dos EUA já perdeu o equivalente a dois PIBs do Brasil desde janeiro.

O temor de uma recessão nos Estados Unidos, impulsionado pelas políticas econômicas e tarifárias do presidente Donald Trump, provocou um colapso nas principais bolsas americanas, resultando em perdas trilionárias. Somente nesta segunda-feira (10), as empresas listadas no mercado acionário dos EUA perderam, juntas, US$ 1,619 trilhão em valor de mercado, de acordo com cálculo do especialista Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta, feito a pedido da CNN. Desde 20 de janeiro, data da posse de Trump, a destruição de riqueza acumulada nas bolsas americanas já chega a US$ 4,328 trilhões.

Entre as chamadas “Sete Magníficas” – as gigantes da tecnologia –, o prejuízo foi ainda mais expressivo, totalizando US$ 2,539 trilhões no mesmo período. Para efeito de comparação, o valor perdido equivale a 6,2 vezes o total de todas as empresas negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira.

Segundo levantamento da Elos Ayta, o valor de mercado das companhias listadas na B3 é de US$ 699 bilhões. Se comparado ao PIB do Brasil, que fechou 2024 em US$ 2,1 trilhões, a perda no mercado acionário dos EUA equivale a dois PIBs brasileiros desde que Trump assumiu o governo.

No início do ano, o mercado estadunidense parecia ignorar as declarações de Trump e operava em alta. No entanto, a situação mudou drasticamente na última semana, após o republicano confirmar a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá. Mesmo voltando atrás logo depois, a incerteza se instalou entre os investidores, minando qualquer expectativa de pragmatismo por parte do presidente.

O pânico se intensificou nesta segunda-feira (10), após uma entrevista de Trump à Fox News, na qual ele admitiu que a economia americana pode entrar em recessão devido às suas políticas tarifárias e de imigração. Além disso, o presidente desdenhou da reação dos mercados às suas decisões recentes, reforçando o ambiente de instabilidade.

O gestor Adeodato Netto, ao comentar sobre crises no mercado financeiro, afirmou certa vez que “os mercados não têm medo de crise, têm medo do escuro”. Para os investidores, empresários e consumidores americanos, Trump está apagando as luzes em meio ao temor do mercado acerca de uma possível recessão, de acordo com o 247.

A reação negativa das bolsas é apenas o primeiro sintoma da crescente falta de confiança no governo, que já impacta a tomada de decisões no mundo dos negócios e pode, em breve, atingir o mercado de trabalho e o consumo.

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Opinião

O tigre de papel, Donald Trump, amarelou

Trump saiu do palanque eleitoral, mas segue no picadeiro. O que é bem pior.

“Tigre de papel” é uma expressão chinesa que se refere aos bonecos usados nas festas do ano novo lunar, o Tet, carregados por populares pelas ruas e que, na tradição chinesa, servem para espantar os maus espíritos.

Mao Zedong apresentou pela primeira vez a sua noção dos americanos como tigres de papel numa entrevista com a jornalista americana Anna Louise Strong, em agosto de 1946:[3]

A bomba atómica é um tigre de papel que os reacionários estadunidenses utilizam para assustar as pessoas. Parece terrível, mas, na verdade, não é. Claro que a bomba atómica é uma arma de extermínio em massa, mas o resultado de uma guerra é decidido pelo povo, não por um ou dois novos tipos de armas. Todos os reacionários são tigres de papel. Na aparência, os reacionários são aterradores, mas, na verdade, não são tão poderosos.[4]

Noutra entrevista de 1956 com Strong, Mao usou a frase “tigre de papel” para descrever novamente o imperialismo americano:

Na aparência, é muito poderoso, mas, na verdade, não é nada a temer; é um tigre de papel. Por fora um tigre e, por dentro, é feito de papel, incapaz de resistir ao vento e à chuva. Acredito que não é mais que um tigre de papel.

Não é a isso que estamos assistindo agora com Trump?

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Mundo

A resposta da Rússia às ameaças de Donald Trump sobre a Ucrânia

Porta-voz de Putin se pronunciou sobre nova retórica do presidente dos EUA sobre o conflito.

Nesta quinta-feira (23), a Rússia afirmou que não vê “novos elementos” nas ameaças de sanções contra o país dadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

A declaração foi feita pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, em resposta às recentes declarações do líder americano.

“Estamos observando muito de perto toda a retórica e todas as declarações. Registramos cuidadosamente todos os nuances. Continuamos dispostos ao diálogo, como o presidente [Vladimir] Putin já declarou várias vezes, a um diálogo em pé de igualdade e mutuamente respeitoso”, afirmou Peskov.

Trump, por meio de sua plataforma Truth Social, ameaçou impor novas sanções e tarifas sobre todas as exportações russas para os Estados Unidos caso um acordo para encerrar o conflito na Ucrânia não seja alcançado.

Ele prressionar Moscou para “parar com essa guerra ridícula” e alertou que, sem um acordo, as medidas econômicas poderiam se intensificar. Vale lembrar que, desde 2022, a Rússia tem sido duramente sancionada pelos EUA e pela União Europeia. Contudo, sanções econômicas contra o país já ocorrem de maneira intensa desde o período Barack Obama e se intensificaram no primeir mandato de Trump.

Peskov destacou que Trump usou amplamente o método de pressão durante seu primeiro mandato e observou que “ações hostis contra a Rússia terão consequências”. O porta-voz também sublinhou que os Estados Unidos têm lucrado com a crise ao vender recursos energéticos e militares para a Europa, que desenvolvem e enriquecem a sua própria indústria de defesa por meio de pedidos militares.

O Kremlin reiterou sua disposição para um diálogo com Washington para o fim da guerra. “Estamos esperando sinais de disposição para retomar contatos, mas eles ainda não chegaram”, disse Dimitri Peskov. As condições para Moscou são claras: há de se agir contra os motivos que originiram o conflito, como o ingresso ucraniano na OTAN e a defesa de populações russas em territórios ucranianos.

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Apenas Michelle Obama venceria Donald Trump, diz pesquisa Reuters/Ipsos

Entretanto, autora do best-seller “Becoming” e esposa de Barack Obama afirmou que não pretende concorrer.

Apenas Michelle Obama, esposa do ex-presidente democrata Barack Obama, venceria de Donald Trump em um confronto hipotético nas eleições presidenciais de 2024, por 50% a 39%, segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos.

Entretanto, Michelle, autora do best-seller de memórias “Becoming”, de 2018, disse repetidamente que não pretende concorrer à Presidência.

Ainda segundo a pesquisa, tanto Trump quanto Joe Biden mantêm 40% das intenções de voto entre os eleitores registrados.

Democratas aparecem atrás de Trump
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, está atrás de Trump por um ponto percentual (42% a 43%), uma diferença dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais da pesquisa Reuters/Ipsos.

Isso torna uma candidatura de Harris estatisticamente tão forte quanto a de Biden.

A vice-presidente saiu da sombra de Biden nos últimos meses, tornando-se uma voz-chave no governo pelos direitos ao aborto. A pesquisa Reuters/Ipsos descobriu que 81% dos eleitores democratas viam Harris de maneira favorável, em comparação com 78% que viam Biden da mesma forma.

A pesquisa perguntou também sobre possíveis confrontos de outros nomes do partido Democrata contra Donald Trump. Estes foram os resultados:

  • Donald Trump 42% x 39% Gavin Newsom, governador da
  • Califórnia
  • Donald Trump 40% x 36% Andy Beshear, governador de Kentucky
  • Donald Trump 41% x 36% Gretchen Whitmer, governadora de Michigan

Donald Trump 40% x 34% J.B. Pritzker, governador de Illinois
Nenhum dos democratas testados na pesquisa em confrontos diretos contra Trump declarou formalmente candidatura. Além disso, vários desses nomes não são conhecidos em nível nacional.

Cerca de 70% dos democratas na pesquisa disseram que nunca ouviram falar do governador de Kentucky, Andy Beshear. Ainda assim, alguns doadores democratas o veem como um bom candidato, após sua vitória para governador em um estado fortemente republicano.

Assim, Beshear estar atrás de Trump por uma margem estreita na pesquisa ilustrou o quão profundamente os democratas se opõem a Trump.

A pesquisa Reuters/Ipsos, que foi realizada online e entrevistou 1.070 adultos dos EUA em todo o país.

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Bolsonaro colhe mais uma derrota por dar ouvidos a Donald Trump

E Valdemar também, por obedecer a uma ordem sem sentido.

É tal a falta de imaginação de Bolsonaro e dos seus filhos que eles continuam tendo como referência Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, derrotado há dois anos ao tentar se reeleger.

Bolsonaro considera-se amigo de Trump, embora não fale inglês, nem Trump português. Bolsonaro não fala “portunhol”, e não entende o português de Portugal, como ele mesmo já admitiu.

Nas eleições de 2018, Bolsonaro valeu-se de técnicas de campanha adotadas por Trump dois anos antes e sopradas por Steve Bannon, o estrategista da Casa Branca e líder da extrema direita.

Só que Trump logo se deu conta de que não era por aí e mudou de assunto. Infectado, foi internado. Bolsonaro contraiu o vírus, nega que tenha se vacinado e defende a cloroquina até hoje.

Agora, segundo o jornal The Washington Post, o segundo mais importante dos Estados Unidos (o primeiro é o The New York Times), Trump aconselhou os Bolsonaros a questionar sua derrota.

O conselho foi dado em encontro recente entre Trump e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), na Flórida. E foi reforçado por Bannon, que também se reuniu com Eduardo.

Dos três filhos Zero de Bolsonaro, Eduardo é o que cuida do departamento de ideologia da família. Flávio, senador, cuida das finanças, e Carlos, vereador, das redes sociais.

Conselho dado, conselho acatado. E, uma vez que a auditoria militar nas urnas eletrônicas não deu em nada, Bolsonaro, o chefe do clã, acionou Valdemar Costa Neto, presidente do PL.

Obrigado a contestar o resultado das eleições, Costa Neto meteu-se na fria de pedir a anulação dos votos de 250 mil urnas, mas apenas no segundo turno. No primeiro, prejudicaria o próprio PL.

Então, deu no quê? Na multa de quase R$ 23 milhões aplicada ao partido pelo ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, por “litigância de má-fé”.

E deu também no isolamento do PL, que perdeu a companhia do PP e do Republicanos, que não concordaram com a iniciativa de Valdemar. Dentro do PL, a barra de Valdemar pesou.

Melhor teria feito Bolsonaro se ficasse recluso no Palácio da Alvorada até 31 de dezembro, lambendo suas feridas e se preparando para responder depois a um monte de processos.

*Noblat/Metrópoles

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Bolsonaro é eleito prioridade pelo governo Biden no quesito retaliação

‘Não há data para conversas com Brasil’, diz porta-voz de Biden.

Em entrevista coletiva, Jen Psaki sinaliza que relação com o governo brasileiro não será prioridade para Washington nesse início de mandato.

O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem planos de ligar para vários aliados internacionais nos próximos dias, mas o Brasil não será uma prioridade, sinalizou a porta-voz do governo, Jen Psaki, nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva na Casa Branca.

— Não há data para conversas com o Brasil — disse Psaki, em resposta à repórter Raquel Krähenbühl da Globo News, antes de observar, porém, que a agenda ambiental será uma das prioridades do novo governo. — Teremos mais o que falar sobre o Brasil nos próximos meses.

Em setembro, durante o primeiro debate entre os candidatos à Presidência dos EUA, Biden citou propostas para Amazônia e sugeriu “consequências econômicas” caso a devastação da floresta continuasse.

— A Floresta Amazônica no Brasil está sendo destruída, arrancada. Mais gás carbônico é absorvido ali do que todo carbono emitido pelos EUA. Eu tentarei ter a certeza de fazer com que os países ao redor do mundo levantem US$ 20 bilhões e digam (ao Brasil): “Aqui estão US$ 20 bilhões, pare de devastar a floresta. Se você não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas” — afirmou o então candidato democrata, sem entrar em detalhes sobre que consequências seriam essas.

Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Biden por sua posse como novo presidente dos EUA em mensagem publicada no Twitter. Ele também informou que havia enviado uma carta ao líder americano na qual expôs sua “visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA”.

Aliado do agora ex-presidente Donald Trump, o presidente brasileiro demorou mais de um mês para reconhecer a vitória do democrata nas eleições de novembro passado, e durante esse tempo insistiu em dizer que houve fraude na disputa, alegação falsa que vinha sendo feita por Trump desde sua derrota.

A primeira reunião de Biden com um líder internacional acontecerá daqui a dois dias, na sexta-feira, com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau. A ligação, segundo a porta-voz, terá como foco principal o relacionamento dos EUA com o Canadá, bem como a ordem executiva de Biden para revogar a licença de construção do oleoduto Keystone XL, que transportaria petróleo do Canadá até as refinarias nos EUA.

*Com informações de O Globo

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Mundo

Republicanos e militares planejaram invasão ao Capitólio e revela “ato terrorista” no dia 17, diz Michael Moore

Marcha armada estaria sendo organizada pelo “círculo íntimo” de Donald Trump para o próximo dia 17, antes da posse de Joe Biden, nas proximidades do Congresso e nas capitais de todos os estados.

O escritor e documentarista estadunidense Michael Moore afirmou em live pela sua página no Facebook na madrugada deste domingo (10) que a invasão do Capitólio por trumpistas na última quarta-feira (6) foi “planejado, incitado e contou com a ajuda de membros da polícia, do partido Republicano e de militares”.

https://fb.watch/2X4XCsPxca/

“Este ataque violento não acabou”, afirmou Moore, que também revelou nas redes a organização de uma “marcha armada” próximo ao Capitólio, em Washington DC, no próximo dia 17. A marcha também está sendo convocada nas capitais de todos os estados.

“O ataque terrorista NÃO acabou. Milhares de pessoas do ataque terrorista de quarta-feira ao Capitólio não foram detidas e NÃO DEIXARAM a área de DC. Eles estão planejando mais ataques”, diz Moore no texto.

Segundo ele, a convocação partiu de “Trump e o seu círculo íntimo, a sua família criminosa”. “A menos que estes terroristas brancos sejam presos AGORA – em massa – haverá pessoas mortas até ao Dia da Posse [de Joe Biden]”, diz ele, referindo-se à transição de poder, marcada para o próximo dia 20 de janeiro.

“Este cartaz que estou a partilhar convosco está a pedir uma Marcha ARMADA no dia 17 de Janeiro. E eles estão a pedir que isso aconteça não apenas na DC, mas em todos os estados do Capitólio nos 50 estados. Espero que este cartaz não seja real no fundo da minha mente. Mas foi-me enviado por um membro do Congresso. Temos de o tratar com seriedade e exigir medidas”, afirma o cineasta, ao divulgar a imagem que estaria circulando em grupos trumpistas.

Amigos
O ataque terrorista NÃO acabou. Milhares de pessoas do ataque terrorista de quarta-feira ao Capitólio não foram detidas e NÃO DEIXARAM a área de DC. Eles estão planejando mais ataques. Este cartaz que incluí aqui está a ser exibido por todo o lado. Até já foi circulado entre os membros do Congresso. Alguns líderes têm medo de dizer direitinho o que estou dizendo a você. Eles não querem um pânico.

*Com informações da Forum

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