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Mais de 60% dos brasileiros acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor que Bolsonaro

Pesquisa feita pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg registrou 49,7% de aprovação ao presidente brasileiro.

Um levantamento realizado pelos institutos AtlasIntel e Bloomberg divulgado nesta terça-feira (15) aponta um crescimento na aprovação do governo Lula após o anúncio de Donald Trump de novas tarifas impostas aos produtos brasileiros exportados aos EUA. Segundo o levantamento, que registrou 49,7% de aprovação presidencial, 61,1% acreditam que Lula representa o Brasil no exterior melhor do que seu antecessor, Jair Bolsonaro (PL). Em novembro de 2023, o índice era de 51% e vem crescendo desde então.

A pesquisa também perguntou aos entrevistados como avaliam a resposta do governo brasileiro às tarifas. Para 44,8%, a reação foi adequada; 27,5% a consideram “agressiva”, enquanto 25,2% avaliam que a postura do governo foi “fraca”. O presidente assinou nesta segunda-feira (14) o decreto que regulamenta a chamada Lei da Reciprocidade, que permitirá ao país adotar medidas em resposta à tarifa. O decreto também cria um comitê formado por representantes do governo e por empresários para discutir a sobretaxa imposta por Trump. De maneira geral, a política externa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é aprovada por 60,2% enquanto 38,9% desaprovam.

Sobre as próprias tarifas, 62,2% as consideram “injustificadas”, enquanto 36,8% veem alguma justificativa possível. A maior parte dos entrevistados (40,9%) acredita que as ações de Trump foram uma “retaliação contra a participação do Brasil nos Brics“, e 36,9% atribuem à “atuação da família Bolsonaro junto a Donald Trump”. Já 16,8% aceitam a justificativa apresentada pelo estadunidense e afirmam que as tarifas são uma “retaliação contra decisões do STF sobre redes sociais americanas”. Apenas 3,5% acham que as medidas foram motivadas por um “desejo genuíno de tornar o comércio com o Brasil mais favorável aos EUA”.

Quando questionados se as justificativas de Trump para as tarifas podem ser consideradas “uma ameaça à soberania brasileira”, o resultado se aproxima de um empate técnico: 50,3% acreditam que sim, enquanto 47,8% discordam.

Os entrevistados avaliaram também a proximidade do governo com outros países. 39% acreditam que o Brasil está tão próximo quanto deveria dos EUA, enquanto 48% gostariam de mais proximidade e 13% consideram o país norte-americano “mais próximo do que deveria”. Quanto à China, 51% aprovam o grau de proximidade, 34% acham “mais próximo do que deveria” e 16% acreditam que os países poderiam ser ainda mais próximos. A Argentina aparece como país com maior índice da resposta “menos próximo do que deveria”, demonstrando o desejo de 54% dos entrevistados.

A pesquisa questionou 2.841 pessoas entre os dias 11 e 13 de julho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

*BdF


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Política

‘Aqui quem manda é a gente’: governo Lula lança vídeo ‘Brasil soberano’

O governo Lula (PT) lançou neste domingo (13) um vídeo institucional que integra campanha publicitária em resposta ao anúncio de Donald Trump de imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros nos Estados Unidos a partir de 1º de agosto. Sob o mote Brasil soberano, a peça de 30 segundos foi divulgada nas redes sociais e deve ir, nos próximos dias, para a rádio e a TV.

Mesclando cenas rápidas que fazem referência ao povo brasileiro e a setores do agronegócio – como de um homem negro com um pandeiro, gados em um pasto, maquinário agrário, uma mulher branca com um avental, futebol e cores nacionais sendo pintadas em um rosto – o vídeo foi preparado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), sob comando do ministro Sidôneo Palmeira.

“Não mexe com o meu Brasil, viu”, diz sorrindo, uma criança em uma laje. “O Brasil é um país soberano. E um país soberano é um país independente, que respeita suas leis. Um país soberano protege seu povo e sua democracia. Um país soberano não baixa sua cabeça para outros países”, afirma, em off, a narração da peça publicitária.

“Ser contra a nossa soberania é ser contra o Brasil”, afirma o vídeo, se referindo, sem citar, a família Bolsonaro, que se apresenta como articuladora da taxação estadunidense, como forma de chantagem pela anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado na virada de 2022 para 2023. “É, my friend, aqui quem manda é a gente”, diz outro trecho da gravação, finalizando com “o Brasil é dos brasileiros”.

Com os impactos à economia – as exportações aos Estados Unidos representam cerca de 2% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro – e a incoerência com o discurso nacionalista, especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato consideram que a retaliação estadunidense pode ter sido um tiro no pé da extrema direita do país.

O Palácio do Planalto, que já vinha em uma campanha de comunicação pela taxação dos super-ricos em resposta à derrubada do Congresso Nacional da proposta de alteração na alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ganha mais corpo no discurso de combate a privilégios por justiça tributária.

Estratégia de comunicação do governo
O governo federal pretende associar a desigualdade social e o desrespeito à soberania econômica e judiciária do país à imagem de Donald Trump, da família Bolsonaro e seus apoiadores. Entre eles, o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos), possível candidato à presidência em 2026.

Sob o comando de um dos estados cujo setor produtivo será dos mais impactados pela tarifa de 50%, Tarcísio afirmou em rede social que “Lula colocou sua ideologia acima da economia, esse é o resultado”. O governador disse, ainda, que “não adianta se esconder atrás do Bolsonaro. A responsabilidade é de quem governa”. Depois, no entanto, resolveu amenizar o tom. Agora, pede o recuo da taxa e fala em “união nacional”.

A abordagem pública do governo federal sobre o tema começou a ser traçada já na última quarta-feira (9), logo após o anúncio de Trump. Em reunião ministerial, foi descartada que a resposta ficasse apenas por conta do Itamaraty. Seguindo proposta da Secom, a reação ao que foi considerado um ataque às instituições brasileiras seria encabeçada pelo presidente Lula, sem um pronunciamento oficial na TV, mas com entrevistas à imprensa.

Na próxima semana, uma pesquisa encomendada pelo Palácio do Planalto deve medir a avaliação de Trump entre a população brasileira, para nortear os próximos passos da estratégia de comunicação.

Assista ao vídeo:

*BdF


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Mundo

O confronto de Lula ao G7 no Canadá: “Nada justifica a matança indiscriminada em Gaza”

Em um gesto ousado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desafiou diretamente a declaração final do G7, durante sessão ampliada da cúpula do grupo realizada nesta terça-feira (17), em Kananaskis, no Canadá. Lula condenou as ações de Israel contra Gaza e o Irã, e responsabilizou o bloco das sete economias mais industrializadas por um posicionamento enviesado e perigoso.

“Os ataques de Israel ao Irã ameaçam fazer do Oriente Médio um único campo de batalha, com consequências globais inestimáveis”, disse o brasileiro, em referência ao documento divulgado pelo G7, que responsabilizou o Irã como “fonte de instabilidade e terror” e reafirmou o “direito de defesa de Israel” — fórmula que tem justificado bombardeios em série contra civis.

Sem meias palavras, Lula acusou: “Nada justifica a matança indiscriminada de milhares de mulheres e crianças e o uso da fome como arma de guerra em Gaza.”

Choque de visões: paz versus escalada

Embora o comunicado do G7 mencionasse um cessar-fogo em Gaza, a exigência de resolução prévia da “crise iraniana” foi criticada por Lula como incoerente e excludente. O texto, ambíguo, levou a interpretações divergentes entre os próprios líderes ocidentais. Enquanto o presidente francês Emmanuel Macron sugeriu que os EUA iniciariam negociações de paz, o presidente Donald Trump — que deixou a cúpula antes do fim — negou com ironia: “Seja propositalmente ou não, Emmanuel sempre erra.”

No mesmo dia, Trump endureceu sua retórica, apoiando a retirada definitiva dos palestinos de seus territórios, sinalizando disposição para uma nova escalada no Oriente Médio. Lula, por sua vez, reafirmou a defesa do Estado palestino e criticou o que chamou de “seletividade na defesa da justiça e do direito internacional”.

Clima, energia e a crítica à festa dos ricos

Além da crise no Oriente Médio, Lula também dedicou boa parte de sua fala à transição energética e às mudanças climáticas. Em crítica velada à decisão de Trump de abandonar o Acordo de Paris, o presidente brasileiro alertou: “A mudança do clima não espera, nem pode ser combatida sem esforço coletivo.”

Ao ressaltar que o Brasil tem mais de 90% de sua matriz elétrica oriunda de fontes limpas e é o segundo maior produtor de biocombustíveis do mundo, Lula afirmou:

“É impossível discutir a transição energética sem falar deles [dos biocombustíveis] e sem incluir o Brasil.”

O objetivo do presidente brasileiro é obter dos líderes presentes o compromisso de participação pessoal na COP30, que será realizada em novembro, em Belém. Segundo ele, a próxima conferência do clima pode ser “a última com capacidade real de transformação global”.

“Parcerias reais, não rivalidades geopolíticas”

Em outro recado direto aos EUA, Lula condenou a guerra tarifária iniciada por Trump, a retórica isolacionista e o desmonte da governança multilateral. “Parcerias devem se basear em benefícios mútuos, não em disputas geopolíticas”, declarou.

Lula defendeu que a segurança energética só será possível com estabilidade e paz no mundo, citando o Haiti como exemplo de fracasso da comunidade internacional: “É patente que o vácuo de liderança agrava esse quadro. É o momento de devolver o protagonismo à ONU.”

“O G7 não precisa mais existir”

À imprensa, antes mesmo do encontro oficial, Lula disparou: “O G7, no fundo, não há nem necessidade de existir. O G20 é mais representativo, tem mais densidade humana e econômica.”

O brasileiro também defendeu o retorno da Rússia ao bloco, do qual foi expulsa após a anexação da Crimeia, em 2014. Ao ser questionado sobre sua presença constante na cúpula dos “primos ricos”, Lula ironizou: “Sou convidado desde 2003. Eu participo para não dizer que recuso a festa dos ricos.”

Contradições e bastidores diplomáticos

Apesar da dureza do discurso, Lula protagonizou momentos de descontração, como durante a tradicional “foto de família” do G7, quando posou ao lado do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, e da italiana Giorgia Meloni. “Lula, Lula, a foto!”, gritou o anfitrião canadense Mark Carney, rindo com Macron, enquanto o petista conversava animadamente com o europeu António Costa.

Nos bastidores, Lula manteve reuniões bilaterais com líderes do Canadá, Coreia do Sul, Alemanha e, principalmente, com Zelensky — com quem tem relação conturbada desde o início da guerra na Ucrânia, por contrariar a disposição do ucraniano para escalar o conflito envolvendo ajuda de outros países. Ao comentar o conflito, Lula reafirmou: “Qualquer conflito me preocupa. Sou um homem que nasceu pra paz.”

Protagonismo global e o caminho para Belém

A participação de Lula na cúpula do G7 — embora o Brasil não integre o grupo — é vista como sinal do crescente papel diplomático do país no cenário internacional. A insistência em pautas como a multipolaridade, o fortalecimento da ONU e a transição verde visa projetar o Brasil como ator-chave na próxima COP30.

Lula busca usar o G7 como plataforma para consolidar o protagonismo brasileiro na agenda climática. A expectativa agora é que a pressão de Lula sobre os líderes ricos resulte não só em presença política em Belém, mas também em compromissos financeiros concretos.

“Se a rivalidade prevalecer sobre a cooperação, não existirá segurança energética”, alertou Lula. E encerrou seu discurso com um apelo: “Não repetiremos os erros do passado. A prosperidade econômica não pode custar a destruição da natureza.” Com Vermelho.


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Irã afirma ter ‘provas sólidas’ de que EUA apoiam ataques de Israel contra o país

‘Acreditamos que Washington é cúmplice dessas ações e deve assumir sua responsabilidade’, declarou o chanceler Abbas Araghchi.

O chefe da diplomacia do Irã, Seyyed Abbas Araghchi, afirmou que os ataques de Israel contra o Irã não poderiam ter ocorrido sem o respaldo dos Estados Unidos.

Em entrevista coletiva neste domingo (15/06) em Teerã, o representante iraniano disse ter provas bem fundamentadas sobre a participação de forças estadunidenses nas ações militares sionistas.

“Acreditamos que os Estados Unidos são cúmplices dessas ações e devem assumir sua responsabilidade”, declarou Abbas Araghchi, ao ressaltar ainda que o presidente Donald Trump confirmou de forma pública que tinha conhecimento sobre a ofensiva.

O governo iraniano relatou ter recebido mensagens de intermediários de Washington negando o envolvimento do país com os ataques israelenses às instalações nucleares iranianas em Natanz e Isfahan. O principal diplomata iraniano disse que não confia nessas alegações.


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Sobre os ataques de Israel terem acontecido durante as negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, que continuariam em Omã neste domingo, Abbas Araghchi não exitou em dizer que Israel “faria qualquer coisa” para impedir as negociações e a diplomacia. “Como já fez anteriormente”, acrescentou.

‘Grande erro estratégico’
Abbas Araghchi também declarou que o ataque de Israel ao Irã foi um “grande erro estratégico”, possivelmente intencional, com o objetivo de envolver outras nações no conflito. Segundo ele, a “região do Golfo Pérsico é altamente delicada e complexa, e qualquer ação militar pode envolver toda a área e até mesmo o cenário global”.

Os ataques israelenses em zonas civis e militares de Teerã resultaram na morte de pelo menos 80 pessoas. A ofensiva que atingiu várias cidades no país também ceifou a vida de diversos oficiais de alta patente das forças armadas iranianas e do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), incluindo o comandante chefe Hossein Salami, além de cientistas e acadêmicos universitários envolvidos em pesquisas nucleares.

*Opera Mundi

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Mundo

Elon Musk acusa Trump de pedofilia

A acusação de Elon Musk de que Donald Trump está nos “arquivos de Epstein” e que isso seria o motivo para a não divulgação total dos documentos foi feita em 5 de junho de 2025, em uma postagem no X, e intensificou uma disputa pública entre os dois, que já foram aliados próximos. Abaixo, mais detalhes sobre o contexto, os arquivos de Epstein, a relação entre Musk e Trump, e as implicações da acusação.

Contexto da Acusação
Declaração de Musk: Em um post no X, Musk escreveu: “Hora de soltar a bomba de verdade: @realDonaldTrump está nos arquivos de Epstein. Esse é o verdadeiro motivo de eles nunca terem sido divulgados. Tenha um bom dia, DJT!”. Ele complementou: “Marque este post para o futuro. A verdade virá à tona”. Musk não apresentou evidências para sustentar a alegação.

Escalada da Disputa: A acusação veio após Musk criticar publicamente um projeto de lei orçamentária apoiado por Trump, chamando-o de “abominação cheia de desperdícios”. Trump retaliou, ameaçando cortar contratos governamentais de empresas de Musk, como SpaceX e Tesla, e afirmando que Musk sofria de “síndrome de derretimento por Trump”.

Reação de Trump: Trump negou qualquer conexão ilícita com Epstein, reiterando em 2024 que nunca esteve no avião ou na ilha de Epstein e que eles romperam relações no início dos anos 2000. Ele não respondeu diretamente à acusação de Musk em eventos públicos no dia 5 de junho.

Os Arquivos de Epstein
O que são os arquivos?: Os “arquivos de Epstein” referem-se a documentos judiciais, registros de voos, listas de contatos e evidências relacionadas a Jeffrey Epstein, um financeiro condenado por crimes sexuais envolvendo menores. Epstein morreu em 2019, oficialmente por suicídio, enquanto aguardava julgamento por tráfico sexual.

Divulgação Parcial: Em fevereiro de 2025, a procuradora-geral Pam Bondi, nomeada por Trump, liberou a “fase 1” dos arquivos, cerca de 200 páginas, incluindo registros de voos e uma lista de contatos redigida. Esses documentos não trouxeram novas revelações sérias e foram criticadas por já serem bastante conhecidos.

Nomes citados: Os documentos divulgados mencionam figuras públicas como Trump, Bill Clinton, o príncipe Andrew, David Copperfield e Michael Jackson. No caso de Trump, registros de voos de maio de 1994 ou lista como passageiro no jato privado de Epstein, junto com sua ex-esposa Marla Maples e sua filha Tiffany, mas não há evidências de envolvimento em atividades criminosas.


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Documentos Pendentes: A “fase 2” dos arqivos, que pode incluir vídeos de vigilância da prisão de Epstein, ainda não tem data de lançamento. O Departamento de Justiça (DOJ) cita a proteção de vítimas como motivo para o atraso, mas isso alimenta especulações de encobrimento.Relação entre Trump e Epstein

Amizade Documentada: Trump e Epstein foram amigos nas décadas de 1990 e 2000, frequentando eventos sociais juntos, como uma festa em 1992 em Mar-a-Lago, registrada em vídeo. Trump descreveu Epstein como “um cara fantástico” em 2002, antes das acusações contra Epstein virem à tona.

Rompimento: Trump afirmou que cortou laços com Epstein após suas reportagens sobre crimes sexuais em 2007 na Flórida. Ele negou ter visitado a ilha de Epstein (Little St. James) ou participado de atividades ilícitas.

Menções nos Arquivos: Trump aparece em registros de voos de Epstein, mas não há, nos documentos divulgados, nenhuma acusação formal ou evidência de envolvimento em crimes. Uma testemunha em 2016 cometeu ter passado horas com Epstein em um cassino de Trump, mas sem indicar que Trump esteve presente ou envolvido.

Relação entre Musk e Epstein
Conexões de Musk: Musk também foi ligado a Epstein. Em 2018, Epstein alegou estar aconselhando Musk, o que Musk negou veementemente. Além disso, Musk foi fotografado com Ghislaine Maxwell, cúmplice de Epstein, em eventos sociais, embora ele tenha afirmado que não o conhecia bem.

Acusações de Musk: Em uma entrevista com Joe Rogan em fevereiro de 2025, Musk especulou que figuras como Bill Clinton, Bill Gates e Reid Hoffman temiam lançar os arquivos de Epstein por possíveis conexões. Isso sugere que Musk já veio acompanhando o caso de perto, mas suas observações sobre Trump em junho carecem de provas públicas.

Impactos e Reações
Mercado Financeiro: Após uma troca de acusações, as ações da Tesla caíram 14,3% em 5 de junho de 2025, resultando em uma perda de US$ 34 bilhões no patrimônio de Musk, segundo o Bloomberg Billionaires Index.

Reações Políticas: O gabinete de Trump apresentou-se majoritariamente silencioso, com a porta-voz Karoline Leavitt apenas reiterando o apoio ao projeto de lei de Trump. Alguns aliados de Trump, como Marjorie Taylor Greene, reafirmaram lealdade ao presidente.

Especulações Online: A acusação de Musk gerou mais de 16 milhões de Rio Vermelho no X, com memes e especulações sobre a rixa. Figuras como Piers Morgan sugeriram mediar um debate entre os dois.
Análise Crítica

Falta de Evidências: Musk não apresentou provas para sua alegação, o que levanta dúvidas sobre sua veracidade. A acusação parece ser uma tática em meio a uma disputa pessoal e política, especialmente depois que Musk deixou o Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) e criticou Trump publicamente.

Contexto Político: A rixa reflete uma ruptura entre dois aliados que compartilhavam interesses, mas divergiram sobre políticas como subsídios para veículos elétricos e o orçamento federal. Musk alegou que seu apoio financeiro (mais de US$ 200 milhões) foi crucial para a vitória de Trump em 2024.

Conspirações: O caso Epstein é um terreno fértil para teorias de conspiração, e a acusação de Musk alimenta especulações sem base sólida, especialmente entre apoiadores de Trump que desbloqueiam a liberação total dos arquivos.

Conclusão
A acusação de Musk é grave, mas carece de provas públicas. Os arquivos de Epstein, parcialmente divulgados, mencionam Trump, mas não o implicam em crimes. A rixa entre Musk e Trump parece mais motivada por desavenças políticas e pessoais do que por fatos concretos sobre o caso Epstein. A liberação de mais documentos pelo DOJ pode esclarecer ou intensificar essas especulações, mas até o momento, não há confirmação de que Trump está envolvido em atividades ilícitas ligadas a Epstein.

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Mundo

China impõe taxas antidumping de até 75% sobre plásticos dos EUA e aliados

A China anunciou neste domingo (18) tarifas antidumping que chegam a 74,9% sobre as importações de copolímero de polioximetileno (POM), um plástico de engenharia utilizado em autopeças, eletrônicos, bens de consumo, maquinário industrial e equipamentos médicos.

O imposto afetará produtos provenientes dos Estados Unidos, União Europeia, Japão e Taiwan.

Segundo o ministério do Comércio chinês, a decisão é resultado de uma investigação aberta em maio de 2024, após a adoção unilateral de tarifas pelos EUA sobre carros elétricos, semicondutores e outros produtos chineses.

O ministério concluiu que houve dumping e dano material à indústria doméstica. As tarifas entrarão em vigor a partir de segunda-feira (19) e valerão por cinco anos.

Os EUA foram os mais atingidos, com alíquota máxima de 74,9%. Para as importações da UE, a tarifa será de 34,5%. O Japão enfrentará 35,5%, com exceção da empresa Asahi Kasei, que terá taxa reduzida de 24,5%. Taiwan, por sua vez, terá tarifa geral de 32,6%, mas as empresas Formosa Plastics e Polyplastics Taiwan pagarão apenas 4% e 3,8%, respectivamente.

Resposta ocorre em meio a trégua comercial com os EUA

De acordo com o Vermelho, a medida foi anunciada apenas seis dias após o acordo de 90 dias de trégua entre China e Estados Unidos, que prevê a suspensão temporária de tarifas punitivas e a abertura de um canal permanente de negociação comercial.

Apesar do entendimento provisório, Pequim optou por manter a resposta autônoma ao dumping, indicando que a China não aceitará passivamente a ofensiva protecionista de Washington, liderada por Donald Trump.

O copolímero de POM é considerado estratégico, pois substitui metais como zinco, cobre e chumbo, sendo usado em setores sensíveis da indústria global. Segundo o governo chinês, a entrada massiva do produto estrangeiro a preços artificialmente baixos estava “causando dano substancial” à produção nacional.

Reação pode afetar relações com a União Europeia

A medida também pode tensionar ainda mais a relação entre China e União Europeia, que no ano passado impôs tarifas pesadas sobre veículos elétricos chineses e vêm acusando Pequim de excesso de capacidade industrial.

O jornal South China Morning Post destacou que a decisão chinesa sublinha as contradições da trégua, ao mesmo tempo em que reflete a estratégia de defesa ativa de Pequim: manter a porta aberta ao diálogo comercial, mas reagir com firmeza sempre que identificar práticas desleais.

Segundo o comunicado oficial da Xinhua, novos exportadores poderão solicitar revisão de tarifas, mas as alíquotas anunciadas se aplicarão por padrão a partir do dia 19 de maio.

A iniciativa é respaldada pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e faz parte dos mecanismos multilaterais de defesa comercial.

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Política

Acredite, este é um editorial do Estadão: “Bolsonaro atrapalha o Brasil”

Lendo este texto, penso, o mundo está de cabeça para baixo

Jair Bolsonaro – aquele que é, segundo seus bajuladores, o “grande líder da direita no Brasil”, timoneiro do PL, o maior partido da Câmara – não tem nada a dizer sobre a profunda crise mundial deflagrada pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Nada. Seu único assunto é a tal de “anistia” para os golpistas do 8 de Janeiro – e, por extensão, para si mesmo. Enquanto o mundo derrete em meio à escabrosa confusão criada por Trump, aliás ídolo de Bolsonaro, o ex-presidente mobiliza forças políticas para encontrar meios de driblar a lei e a Constituição e livrar da cadeia os que conspiraram para destruir a democracia depois das eleições de 2022, sob sua liderança e inspiração.

Admita-se que talvez seja melhor mesmo que Bolsonaro não dê palpite sobre o que está acontecendo, em primeiro lugar porque ele não saberia o que dizer nem o que propor quando o assunto é relações internacionais. Recorde-se que, em sua vergonhosa passagem como chefe de Estado em encontros no exterior, ele só conseguia falar com os garçons. Mas o ex-presidente poderia, neste momento de graves incertezas, ao menos mostrar algum interesse pelo destino do país que ele diz estar “acima de tudo”. No entanto, como sabemos todos os que acompanhamos sua trajetória política desde os tempos em que era sindicalista militar, o Brasil nunca foi sua prioridade.

Mas o Brasil deveria ser prioridade de todos os demais. O tema da “anistia” não deveria nem sequer ser discutido por gente séria frente não só às turbulências globais do momento, mas a problemas brasileiros incontornáveis que afligem de fato a população – como a inflação, a violência, a saúde pública, os desafios educacionais, os caminhos para assegurar desenvolvimento em bases sustentáveis ou os efeitos das mudanças climáticas sobre a vida nas florestas e nas cidades.

Infelizmente, num Congresso que se mobiliza de verdade quase sempre apenas para assegurar verbas e cargos, Bolsonaro está em seu meio. Parece intuir que a liderança que exerce sobre sua numerosa base popular basta para submeter os políticos pusilânimes a seus caprichos pessoais, e é por isso que o ex-presidente dobrou a aposta, lançando repto às instituições, reafirmando-se como candidato à Presidência – apesar de sua inelegibilidade – e convocando os potenciais herdeiros políticos a se tornarem cúmplices de seus ataques à democracia.

Bolsonaro está a todo vapor: além de mobilizar parlamentares da oposição e fazer atos públicos e declarações quase diárias sobre o tema, reuniu-se fora da agenda oficial com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para pressioná-lo a colocar em votação a tal “anistia”. Embora esteja resistindo, o presidente da Câmara iniciou conversas com integrantes do governo e do Supremo Tribunal Federal (STF), pregando uma solução negociada entre os Poderes para reduzir a pena dos condenados pelo 8 de Janeiro com o objetivo de “pacificar” o País. Como demonstra não se preocupar de fato com a massa de vândalos do 8 de Janeiro e sim com a própria absolvição, Bolsonaro chegou a minimizar a importância de uma eventual revisão da dosimetria pelo STF. Disse que só lhe interessa a “anistia ampla, geral e irrestrita” – obviamente uma piada de mau gosto.

Já que a maioria dos brasileiros é contra a anistia, segundo recentes pesquisas, as patranhas do ex-presidente seriam apenas irrelevantes caso se resumissem a ele e ao clã Bolsonaro. Mas é perturbador observar que algumas das principais autoridades do Brasil estão realmente se dedicando ao tema. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, por exemplo, encontrou tempo em sua decerto atarefada rotina para ligar pessoalmente a todos os deputados do seu partido com o objetivo de convencê-los a assinar o requerimento de urgência para o projeto de anistia, como se isso fosse de fato relevante para os paulistas.

Não é. Se Bolsonaro for condenado e preso, e se os golpistas forem todos punidos, rigorosamente nada vai mudar no País. No entanto, se as forças políticas do Brasil não se mobilizarem rapidamente para enfrentar o novo e turbulento mundo que acaba de surgir, aí, sim, os brasileiros sofreremos todos. Está na hora de deixar a Justiça cuidar de Bolsonaro e seguir adiante. O Brasil tem mais o que fazer.

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Mundo

Quando as mercadorias não cruzam fronteiras, os soldados farão

Navegamos em mares bravios, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar a economia do próprio país.

O recuo de Donald Trump em impor seu tarifaço a todos os países, excluindo a China, nem de longe é uma estratégia planejada. Trump recuou por vários motivos, um deles, e talvez o mais importante, foi a contrariedade dos bilionários estadunidenses, que perderam trilhões de dólares desde o anúncio do tarifaço.

Matéria do The New York Time desta quinta-feira (10) afirma que muitas empresas dos Estados Unidos discordam do tarifaço de Donald Trump e enxergam na China um porto seguro em meio à tempestade regulatória proposta por Washington.

O descontentamento da maioria dos estadunidenses também pesou no recuo do bufão da cabeleira amarela. No sábado (5), milhares de manifestantes protestaram contra Donald Trump em Washington e em várias cidades dos Estados Unidos. Grandes faixas nas proximidades da Casa Branca criticavam a posição fascista do presidente. Em uma delas, os manifestantes pediam que Trump tirasse suas mãos da Seguridade Social.

Na área da política externa, a “Guerra Comercial” de Trump teve derrotas importantes, principalmente no Velho Continente. Sem perder tempo, as principais nações europeias se voltaram para o fortalecimento de acordos com outros países e blocos econômicos mundo afora. Na quarta-feira (9), a União Europeia se aproximou da China, iniciando conversas para a cooperação comercial com o gigante asiático.

Na terça-feira (8), a ministra de Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, defendeu, ao lado da Suécia, um acordo entre União Europeia e o Mercosul no sentido de combater os efeitos do tarifaço de Trump.

Desde bem antes das medidas tresloucadas de Trump, o governo do presidente Lula vem aprofundando acordos importantes com as principais economias do mundo. A diplomacia brasileira tem sido incansável na condução do fortalecimento do multilateralismo, e nos dois primeiros anos de seu terceiro mandato o presidente visitou 32 países, buscando restabelecer a posição do país após a terra arrasada diplomática legada por Bolsonaro.

No início deste ano Lula fechou acordos importantes no Vietnã e no Japão. Em maio, o presidente terá agenda bilateral com Putin em sua visita à Rússia. Na sequência, volta à China, onde será o convidado de honra do Foro Celac-China, que reúne países latino-americanos e a nação asiática. Vale realçar que Lula se reunirá com o presidente Xi Jinping justamente quando Trump intensifica as tensões comerciais entre os EUA e a China.

É impossível neste momento deixar de pensar na importância da postura de Lula e do seu governo em momentos de crise econômica global.

O mais importante deles ocorreu em 2008, quando Lula foi criticado pelo tal “mercado” e pela mídia corporativa, ao profetizar, em plena crise iniciada nos Estados Unidos devido a uma bolha imobiliária, que o tsunami nos EUA seria apenas uma ‘marolinha’ no Brasil. Na contramão de vários economistas e analistas, Lula pediu, na época, que a população comprasse. O resultado foi exemplo para o mundo. O francês Le Monde reconheceu que a rápida recuperação do Brasil demonstrou a precisão da estratégia adotada pelo governo brasileiro ao concentrar suas ações no mercado interno. Aliás, essa mesma estratégia vai ser utilizada pela China em meio à guerra comercial declarada pelos EUA.

Vocês já imaginaram onde estaria a economia brasileira nesse momento se o presidente fosse Bolsonaro, aquele que bate continência para a bandeira dos Estados Unidos e que declarava amor eterno a Trump? Ou mesmo o governador Tarcísio de Freitas, que posou com o boné MAGA, da campanha de Trump…”Make America Great Again”? Ambos de um servilismo enojante.

Nesse momento, os religiosos e mesmo os agnósticos deveriam erguer as mãos para o céu e agradecer por termos na presidência um líder já testado em situações globalmente adversas e que a história revela conhecer o caminho a seguir.

Sim, caro leitor, navegamos em mares bravios. Aliás, em meio às chamas ateadas pelo novo Nero, que não se constrange em incendiar e golpear fortemente a economia do próprio país. Embora todos sejamos de algum modo atingidos pelo risco de recessão global, quem irá arcar com as consequências imediatas de elevação de preços e desemprego, impostas do tal tarifaço, será o consumidor estadunidense. Esse mesmo que insanamente elegeu o novo Nero.

Todo governo autocrata e totalitário necessita de um inimigo público. O de Trump é a China, taxada em 145%, sem qualquer critério senão o próprio voluntarismo de Trump – e a psicanálise deve explicar. Está claro que Trump reduz o comércio global a um balcão de negócios pessoais, um jogo de truco irresponsável. Trata-se de um maníaco que pode levar o planeta a uma situação irreversível. Lembro aqui de uma frase de Frederic Bastiat: quando as mercadorias não cruzam fronteiras, os soldados farão.

*Florestan Fernandez Jr,/247

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União Europeia considera multar Elon Musk em mais de R$ 5 bilhões

Elon Musk está na mira dos reguladores europeus. A União Europeia (UE) está considerando multar a rede social X (antigo Twitter) em mais de 1 bilhão de dólares – cerca de R$ 5,8 bilhões na cotação atual. O motivo seria a violação de uma lei que combate conteúdo ilícito e desinformação.

Em 2022, a União Europeia criou a Lei de Serviços Digitais (Digital Services Act) que passou a ser aplicada em 2024. O objetivo é obter transparência das plataformas digitais e proteger os usuários.

Tensões políticas e comerciais

De acordo com o jornal estadunidense New York Times, a informação da possível multa e de algumas penalidades veio de quatro fontes anônimas. As penalidades devem ser anunciadas ainda neste ano. A União Europeia também deve criar uma nova lei para forçar as empresas de mídias sociais a monitorar os seus serviços.

A medida demanda uma avaliação política, já que a ação pode aumentar as tensões com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Elon Musk é um dos principais conselheiros da Casa Branca. As relações dos EUA com diversos países ficaram estremecidas após o anúncio do tarifaço, nesta semana. Trump apresentou uma tarifa mínima de 10% sobre a maioria dos produtos importados para os EUA com taxa de 20% para a União Europeia.

Ainda, segundo as fontes do jornal, o valor da multa pode chegar a 1 bilhão de dólares, mas ainda será definido pelas autoridades. Além da multa, a UE também deve exigir mudanças na plataforma. A ideia é que a medida demova outras empresas de violarem a Lei de Serviços Digitais.

Investigação do X

Desde 2023, a União Europeia iniciou uma investigação sobre o X. Elon Musk é dono da rede social desde 2022. Na época, a suspeita era de manipulação dos algoritmos para finalidades políticas. A investigação começou em 2023, e os reguladores emitiram, no ano passado, uma decisão preliminar de que o X havia violado a lei.

O entendimento foi de que as contas verificadas, que apresentavam uma marca azul, afetavam negativamente a capacidade dos usuários de tomar decisões livres sobre a autenticidade das contas. Além disso, a rede de Elon Musk foi acusada de bloquear o acesso de pesquisadores a dados públicos.

Ainda segundo a reportagem, o X também enfrenta uma segunda investigação da União Europeia, que é mais ampla e pode levar a novas penalidades. Nessa investigação, duas pessoas disseram que os oficiais da União Europeia estão construindo uma hipótese, de que, a abordagem “sem interferência” do X para fiscalizar o conteúdo gerado pelos usuários, fez da plataforma um centro de discurso de ódio e desinformação – material que é visto como prejudicial à democracia em todo o bloco de 27 países.

*TVTNewss

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Com Trump, bolsas dos EUA derretem e já somam perdas de US$ 4 trilhões

Mercado financeiro dos EUA já perdeu o equivalente a dois PIBs do Brasil desde janeiro.

O temor de uma recessão nos Estados Unidos, impulsionado pelas políticas econômicas e tarifárias do presidente Donald Trump, provocou um colapso nas principais bolsas americanas, resultando em perdas trilionárias. Somente nesta segunda-feira (10), as empresas listadas no mercado acionário dos EUA perderam, juntas, US$ 1,619 trilhão em valor de mercado, de acordo com cálculo do especialista Einar Rivero, da consultoria Elos Ayta, feito a pedido da CNN. Desde 20 de janeiro, data da posse de Trump, a destruição de riqueza acumulada nas bolsas americanas já chega a US$ 4,328 trilhões.

Entre as chamadas “Sete Magníficas” – as gigantes da tecnologia –, o prejuízo foi ainda mais expressivo, totalizando US$ 2,539 trilhões no mesmo período. Para efeito de comparação, o valor perdido equivale a 6,2 vezes o total de todas as empresas negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira.

Segundo levantamento da Elos Ayta, o valor de mercado das companhias listadas na B3 é de US$ 699 bilhões. Se comparado ao PIB do Brasil, que fechou 2024 em US$ 2,1 trilhões, a perda no mercado acionário dos EUA equivale a dois PIBs brasileiros desde que Trump assumiu o governo.

No início do ano, o mercado estadunidense parecia ignorar as declarações de Trump e operava em alta. No entanto, a situação mudou drasticamente na última semana, após o republicano confirmar a imposição de tarifas de 25% sobre produtos do México e do Canadá. Mesmo voltando atrás logo depois, a incerteza se instalou entre os investidores, minando qualquer expectativa de pragmatismo por parte do presidente.

O pânico se intensificou nesta segunda-feira (10), após uma entrevista de Trump à Fox News, na qual ele admitiu que a economia americana pode entrar em recessão devido às suas políticas tarifárias e de imigração. Além disso, o presidente desdenhou da reação dos mercados às suas decisões recentes, reforçando o ambiente de instabilidade.

O gestor Adeodato Netto, ao comentar sobre crises no mercado financeiro, afirmou certa vez que “os mercados não têm medo de crise, têm medo do escuro”. Para os investidores, empresários e consumidores americanos, Trump está apagando as luzes em meio ao temor do mercado acerca de uma possível recessão, de acordo com o 247.

A reação negativa das bolsas é apenas o primeiro sintoma da crescente falta de confiança no governo, que já impacta a tomada de decisões no mundo dos negócios e pode, em breve, atingir o mercado de trabalho e o consumo.