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Governo Lula opta por se distanciar de escolha do novo presidente da Câmara

Apesar de ser votada em fevereiro do próximo ano, em quase 6 meses, a disputa pela Presidência da Câmara já começou a ser articulada.

Após tentar mediar as discussões sobre o fim das emendas Pix no Congresso, o governo Lula optou por se distanciar da eleição que decidirá o novo presidente da Câmara e lideranças da Casa de 2025. As figuras são decisórias para as articulações das pautas do governo no Legislativo.

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Governo Lula busca conciliação sobre emendas com Congresso e quer adiar regras impostas por STF

Técnicos veem dificuldade de cumprir todas as novas normas relativas a ‘emendas Pix’; Lula ainda dará aval a solução.

Com a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de suspender a execução de emendas parlamentares impositivas até que haja maior transparência, integrantes do governo Lula (PT) trabalham em uma contraproposta que atenue a crise entres os Poderes.

Técnicos propõem que só valha a partir de 2025 parte das regras a serem aplicadas, por determinação do ministro Flávio Dino, às chamadas “emendas Pix”. Esse tipo de emenda tem baixa transparência, pois não é necessário apontar para qual área ou projeto será destinada a verba, aplicada direta no caixa das prefeituras.

A apresentação dessa contraproposta ainda depende do aval do presidente Lula. As sugestões devem ser apresentadas em reunião ministerial na segunda-feira (19).

A ideia de integrantes do governo é construir uma alternativa para ser apresentada quando Dino criar uma comissão de conciliação para discutir a implementação das novas regras —o que ainda não ocorreu.

Nas últimas semanas, Dino proferiu decisões suspendendo a execução de emendas parlamentares. O Congresso chegou a recorrer da decisão liminar e argumentou que não seria possível dar maior transparência aos recursos, mas a tentativa não prosperou. Na sexta-feira (16), o entendimento de Dino foi acompanhado por toda a corte.

As emendas são uma forma pela qual deputados e senadores conseguem enviar dinheiro para obras e projetos em suas bases eleitorais e, com isso, ampliar seu capital político. A prioridade do Congresso, porém, é atender seus redutos eleitorais, não as localidades de maior demanda no país. A aplicação desses recursos também já foi alvo de diversas denúncias de irregularidades.

Dentro do governo, o argumento usado por auxiliares do presidente é o de que, uma vez que já há recursos direcionados, algumas das normas estipuladas pelo magistrado são de difícil implementação este ano.

O governo já empenhou R$ 7,6 bilhões dos R$ 8,2 bilhões de verbas, no modelo vigente, disponíveis em 2024. Desse total, pagou R$ 4,4 bilhões, restando, assim, R$ 3,8 bi a liberar este ano. Este montante só poderá ser liberado a partir do fim das eleições municipais, em outubro.

Outro argumento em favor dessa postergação é o de que não haveria tempo hábil para atendimento de uma exigência do STF: a análise de cerca de 10 mil planos de trabalho de projetos herdados do governo passado e implementados pelas regras em vigor, sem transparência. Na avaliação de técnicos, essa tarefa exigiria cerca de 90 dias.

Além disso, há o temor de paralisação de obras que ainda não tenham sido iniciadas, mas cujos projetos e estudos para execução estejam em curso. Em sua decisão, Dino determinou a continuidade das ações em andamento.

Embora o presidente venha criticando publicamente o modelo de liberação de emendas em vigor, uma ala do governo tem recomendado cautela. O objetivo é não reforçar uma interpretação de que Lula tenha incentivado Dino a suspender a execução do Orçamento.

Lula afirmou, na sexta, que os parlamentares estão viciados no modelo. Ele havia chamado de “loucura” o volume de recursos nas mãos do Congresso, na quinta-feira (15).

Como a Folha mostrou, a cúpula do Congresso já vê uma suposta interferência de representantes do governo nas decisões de Dino, e articula um pacote de medidas mirando os dois Poderes.

Na sexta, mesmo dia em que o STF formou maioria para acompanhar o entendimento de Dino, o presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL), deu encaminhamento a duas PECs (propostas de emenda à Constituição) que miram a atuação da corte.

Uma delas limita as decisões individuais de ministros do STF —texto já aprovado no Senado em 2023 e que estava parado na Câmara. A outra PEC permite que as decisões da Corte possam ser derrubadas pelo Congresso.

Parte do governo compartilha do receio de um revide do Congresso em votações de interesse do Planalto, mesmo que o governo não tenha interferido. E que, por isso, deve atuar para amenizar a crise.

Na quinta-feira, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) afirmou à Folha que o governo busca uma solução em conjunto com o Congresso para as emendas parlamentares num esforço para minimizar atritos com o Legislativo.

O governo também atuou para postergar a implementação de regras definidas por Dino em relação a verbas cobiçadas pelos parlamentares, como as emendas de comissão e o resto a pagar das emendas de relator.

Em petição enviada ao magistrado do Supremo com pedido de esclarecimento, a AGU (Advocacia Geral da União) pediu que os recursos empenhados até agora relativos a estas duas modalidades de emenda sejam liberados —Dino havia mandado suspendê-los até que novas regras fossem aplicadas.

A justificativa é que os parlamentares enviaram os pedidos anteriores com base nas normas vigentes até então, guiadas por decisão anterior do STF, e que seria de difícil execução alterá-las agora porque o próprio Congresso já informou não ter as informações pedidas por Dino.

Na prática, o governo quer aplicar as novas diretrizes de transparência a partir do próximo ciclo de execução das emendas de comissão. Ainda restam cerca de R$ 5 bilhões dessa modalidade a serem aplicados neste ano.

Os recursos de comissão são enviados aos ministérios para serem encaminhados aos municípios pelos presidentes de colegiados temáticos no Congresso. Dino determinou que fique claro qual parlamentar pediu o envio de determinado recurso e qual seria a finalidade dele.

O Congresso argumenta que o remetente do dinheiro já está definido –sob pretexto, de que são as próprias comissões. O ministro do STF, por sua vez, entende que a destinação desse dinheiro é fruto de uma negociação entre parlamentares e quer a identificação do autor original.

Como mostrou a Folha, a Comissão de Integração Nacional e Desenvolvimento Regional da Câmara distribui verba bilionária de emendas conforme orientações repassadas por uma assessora de confiança do Lira, e com destino desconhecido por membros do próprio colegiado.

Nesta sexta, a AGU encaminhou a ministérios orientação para que se cumpra a determinação de Dino em outra ação, sobre as emendas impositivas. A pasta ressalva que só não deve ser interrompida a liberação dessas verbas relacionadas a obras que já tenham sido iniciadas ou em caso de calamidade pública.

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Política

Governo Lula reforça indústria farmacêutica com investimentos de R$ 42,7 bilhões

Objetivo é fortalecer o complexo industrial da área de saúde.

Na tarde de quarta-feira, 14 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva revelou um significativo aporte financeiro para o Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Ceis), com o objetivo de fortalecer a produção nacional de medicamentos e ampliar o acesso a tratamentos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O anúncio ocorreu no Palácio do Planalto, em Brasília, com a presença de importantes figuras do governo e da indústria farmacêutica.

O plano anunciado inclui R$ 42,7 bilhões destinados ao Plano Mais Produção (P+P), coordenado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Com esse valor, o total de investimentos chega a R$ 342,7 bilhões, oriundos do BNDES, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Além disso, o Banco do Nordeste (BNB) e o Banco da Amazônia (Basa) terão reforços de R$ 16,7 bilhões e R$ 14,4 bilhões, respectivamente.

O presidente Lula destacou a importância dos investimentos ao afirmar: “O governo cuida da indústria, do povo, do país, da soberania. Este país tem tudo para ser grande. O SUS vai continuar se aperfeiçoando, e nós, brasileiros, podemos ter orgulho de nossa persistência.”

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, elucidou as metas para o fortalecimento da indústria nacional, destacando a missão do Ceis como parte da Nova Indústria Brasil (NIB). “A missão número dois é o Complexo Industrial da Saúde. Nosso objetivo é elevar a produção nacional de medicamentos para atender 50% das demandas do SUS até 2026 e 70% até 2033,” explicou.

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Política

O dia 1º do governo Lula

Luis Nassif

Lula mostrou que, pela primeira vez, há um projeto estruturante para seu governo, feito de fora para dentro, e com participação da sociedade.

Se a cobertura da mídia usasse o critério da relevância para hierarquizar suas notícias, a manchete de todos os veículos deveria ser a abertura da 5a Conferência Nacional de Ciência Tecnologia e Inovação. E não as declarações diplomáticas de Lula sobre a Venezuela. Poderá ser o 1º dia de um governo que, até agora, trabalhou em cima dos escombros deixados por Bolsonaro, mas com um Ministério desconjuntado e de pouco brilho.

Para um público composto por representantes das maiores associações empresariais, Ministros, sociedade civil, indígenas e uma multidão de cientistas e funcionários do setor, Lula mostrou que, pela primeira vez, há um projeto estruturante para seu governo, feito de fora para dentro, e com participação da sociedade.

Com a coordenação de Sérgio Rezende – apresentado por Lula como “o maior Ministro de Ciência e Tecnologia” da história -, foi-lhe entregue o arcabouço do desenvolvimento, um conjunto de estudos sobre os temas mais relevantes do país, tudo visto sob a ótica da ciência e da tecnologia.

O Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), um relevante órgão público, quase desconhecido da opinião pública, e subordinado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, foi incumbido pelo próprio Lula de montar os estudos em cima das novas oportunidades de industrialização e de inovação. E encomendou um estudo especial sobre Inteligência Artificial, para ser utilizado em todas as ações públicas.

O Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), uma OS, deu a assessoria técnica ao Conselho.

Na abertura do encontro, viu-se um Lula que não se via desde os tempos gloriosos de 2010. No discurso, apresentou um objetivo claro de país grande, com o desafio de construir um dos cinco maiores supercomputadores do mundo, de ter sua própria IA e de montar sua nuvem de dados públicos. E conclamou todos os presentes a pensar na grandeza do país.

Recentemente, o Instituto Roosevelt, dos Estados Unidos, apresentou um estudo sobre a crise das democracias. A única salvação seria o aprofundamento das democracias. Não conseguiu encontrar nenhuma experiência válida no Ocidente. Voltou-se então para outros locais e encontrou no Brasil a melhor experiência participativa, moldada na Constituição de 1988, das Conferências Nacionais.

Não apenas isso. Ao longo de uma história marcada por inúmeros períodos ditatoriais (como 1964-1985) ou autoritários (2016-2022), o país conseguiu desenvolver uma rede impressionante de organizações sociais.

O trabalho da 5CNCTI foi ouvir cientistas, movimentos, empresários, militares (da tecnologia, não do Forte Apache) em cima de temas pré-definidos, abrindo espaço para a proposta de temas pelas organizações sociais.

Depois, as conclusões foram consolidadas em dois ebooks e, de ontem a amanhã, serão discutidas e aprofundadas em vários seminários presenciais e virtuais.

No dia anterior, foi apresentado ao Conselho Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, um órgão colegiado, de caráter consultivo e deliberativo, que se reporta diretamente ao presidente da República.

Mas não se ficará nesses trabalhos. Nos próximos meses, como anunciou Lula, haverá comitês definindo as ações a serem implementadas em cada Ministério, as metas, os passos que têm que ser dados.

Enfim, tudo aquilo que vínhamos cobrando há meses aqui: grupos de trabalho interministeriais e intersetoriais executivos, definindo os projetos, as metas, identificando os obstáculos e reportando-se diretamente ao presidente da República.

Lula foi claro no espaço aberto: quer que o grupo lhe diga o que precisa ser feito, passo a passo.

O projeto grande Brasil vai esbarrar na falta de recursos do país. A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) não tem concursos públicos desde 2013. O INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) fez um concurso recentemente, mas insuficiente para repor seus quadros. Os trabalhadores de ciência, tecnologia e inovação não têm reajustes há anos.

*GGN

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Opinião

Casa grande coloca seus capitães do mato na caça ao governo Lula

Como no primeiro governo Lula, o intuito da mídia brasileira, que é integralmente formada por banqueiros e rentistas, despertou no mesmo tempo os cães de guarda para fazer um jornalismo de jagunço contra o governo Lula, em substituição a uma oposição que não tem a menor condição de ser oposição.

A mesma vilania saída da Folha com a farsa do mensalão para encher as burras da elite brasileira, na tentativa, na época, de um golpe de Estado, repete a mesma tática oposicionista que utilizaram para, senão destituir Lula do comando do Brasil, fazer com que ele coma na mão dos grandes tubarões e abutres desse país.

É bom a esquerda, sobretudo a militante, mobilizar-se nas redes, porque o jogo da mídia promete ser pesado, não simplesmente contra o governo Lula, mas contra a população brasileira, mais especificamente parcela que precisa do investimento do Estado para ser incluída na distribuição de riqueza.

Ou seja, Estadão e Folha já declararam guerra à população. Primeiro, criando um clima hostil 24 horas por dia para tentar devolver Bolsonaro e Paulo Guedes ao poder, que operaram como pai e mãe dos ricos durante quatro anos de governo miliciano para, então, devolver o país ao mapa da fome e 33 milhões de brasileiros não terem mais o que comer.

A verdade é que a elite brasileira, incluindo os barões da comunicação querem viver à sombra dos juros mais altos do mundo para execrar qualquer tentativa do governo de produzir desenvolvimento.

É hora dos verdadeiros progressistas do campo da esquerda reagirem contra a milícia midiática que fará um inferno com todo o tipo possível de especulação para derrubar ou subjugar o presidente Lula.

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Política

Governo Lula aciona Petrobras para socorrer Javier Milei e evita colapso energético na Argentina

Pedido de auxílio do governo do ultradireitista Javier Milei para aquisição de gás natural de forma emergencial mobilizou chanceler e ministro de Minas e Energia do Brasil.

Em meio à crise de gás natural na Argentina, o governo brasileiro interveio rapidamente para evitar um colapso energético no país vizinho entre os dois principais membros do Mercosul, apesar da ausência de diálogo direto entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ultradireitista Javier Milei.

Segundo a CNN Brasil, no dia 22 de maio, a Argentina contratou emergencialmente um navio com 44 milhões de metros cúbicos (m³) de gás natural liquefeito (GNL) da Petrobras em meio a um consumo atípico devido a um frio extremo não registrado há décadas, às vésperas do inverno, quando a demanda por gás para calefação aumenta drasticamente.

Ainda conforme a reportagem, a escassez de gás já começava a paralisar a atividade industrial e provocar filas e fechamentos de postos de combustíveis. Na tarde de terça-feira (28), a embarcação da Petrobras chegou às águas argentinas, conectando-se a um barco regaseificador, pronto para o descarregamento do GNL. No entanto, a Petrobras recusou a carta de crédito do Banco de la Nación apresentada pela Enarsa, estatal de energia da Argentina, exigindo um novo documento.

Com a situação se agravando, a diplomacia brasileira foi acionada. O presidente da Enarsa entrou em contato com o embaixador brasileiro em Buenos Aires, Julio Bitelli, e a chanceler argentina Diana Mondino buscou ajuda do ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira. O chanceler vrailseiro foi alertado sobre o impasse. durante um jantar comemorativo dos 200 anos das relações diplomáticas entre o Brasil e os Estados Unidos.

Segundo a reportagem, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, foi acionado por Vieira e tratou pessoalmente do caso, coordenando com a Petrobras para resolver a questão da carta de crédito. Após intensa comunicação e negociação, a Enarsa emitiu uma nova carta de crédito na manhã de quarta-feira e o abastecimento começou imediatamente, aliviando a crise enregética no país vizinho.

A Petrobras afirmou, em nota, que “a operação de venda de GNL entre a Petrobras e a Enarsa ocorreu conforme acordado em contrato. Ambas as empresas atuaram para viabilizar o início de fornecimento, que já está acontecendo, no menor prazo possível”.

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Política

Governo Lula prepara linha de crédito de R$ 10 bilhões para grandes empresas no Rio Grande do Sul

O objetivo é socorrer grandes empresas dos setores industrial e do agronegócio.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva está prestes a anunciar uma linha de crédito de pelo menos R$ 10 bilhões para grandes empresas afetadas pelas chuvas no Rio Grande do Sul. Segundo fontes do Ministério da Fazenda consultadas pelo jornal O Globo, o anúncio será feito pelo ministro do Desenvolvimento e Indústria e vice-presidente, Geraldo Alckmin, na próxima semana.

O objetivo é socorrer grandes empresas dos setores industrial e do agronegócio, que não foram contempladas nas medidas emergenciais de crédito anunciadas há cerca de 15 dias, destinadas exclusivamente a pequenos negócios.

A nova linha de crédito será operacionalizada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos da União para equalizar as taxas de juros, permitindo que os empréstimos sejam oferecidos a juros baixos. Os recursos serão repassados pelo BNDES a outros bancos, que oferecerão diretamente o crédito às empresas afetadas pelas cheias, sem garantias do Tesouro Nacional.

A iniciativa do governo visa proporcionar alívio financeiro às grandes empresas prejudicadas pelas recentes intempéries, garantindo a continuidade das atividades econômicas e a preservação de empregos no estado.

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Política

Governo Lula transforma lógica de emendas parlamentares a seu favor

Ao assumir, governo enfrentou obstáculo de findar Orçamento Secreto, mas mantendo apoio dos parlamentares. Hoje, governo vê conquista.

Com menos do necessário de apoio das cadeiras do Congresso, o governo Lula tem inovado em estratégias para a governabilidade e a aprovação parlamentar de medidas alinhadas ao plano de governo. Entre elas, a mudança no direcionamento das polêmicas emendas parlamentares.

Criticadas pela falta de transparência e possível uso para benefícios próprios, as emendas parlamentares são a principal ferramenta de congressistas em períodos eleitorais para comprovar, junto a seus redutos, a aplicação da política prática, no dia a dia dos cidadãos, como é o caso das obras e construções de unidades de serviços públicos, e automaticamente angariar mais eleitores.

Desde a polêmica do Orçamento Secreto no governo de Jair Bolsonaro, que permitia a ampla liberdade e poder dos parlamentares governistas na aplicação destes recursos e sem transparência, as emendas se tornaram fontes de má uso de verba pública e fora de controle.

Assim, ao assumir a Presidência em 2023, o governo Lula enfrentou o obstáculo de acabar com o Orçamento Secreto, enquanto buscava alternativas para manter o apoio dos parlamentares, necessitando da maioria em uma Casa também recém eleita com menos de 40% de deputados considerando-se governista.

Em audiência no Senado, nesta terça-feira (30), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, deu o tom de como o governo está trabalhando para que essas emendas sejam aplicadas dentro das metas do Executivo. Ele afirmou que 6.372 obras do programa de governo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) estão atreladas a estes recursos dos parlamentares.

São obras que foram habilitadas para começar a funcionar pelo PAC, mas que necessitam do financiamento das emendas de relator.

“Nós os colocamos na categoria de habilitados para que os senadores e os deputados, através de emendas de bancada, emendas de comissão, emendas de relator, emendas individuais, enfim, possam abraçar essas propostas. E nós daremos o tratamento como se do PAC ela fosse, dando a total prioridade”, explicou Costa.

*GGN

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Pesquisa

Maioria esmagadora dos eleitores de São Paulo aprova o governo Lula, aponta pesquisa

O governo do presidente Lula tem a aprovação de uma maioria esmagadora dos eleitores da cidade de São Paulo, de acordo com a nova pesquisa do instituto Paraná Pesquisas, divulgada nesta terça-feira (20) pela CartaCapital.

A aprovação de Lula chega a 66,5%, com cerca de 38,1% dos eleitores da maior metrópole do país considerando a gestão “ótima” ou “boa”. Lula tem ainda 28,4% de avaliações regulares. Outros 32,2% avaliaram como “péssima” ou “ruim”. Outros 1,3% não souberam responder.

O levantamento contou com 1.502 entrevistas pessoais com moradores da cidade de São Paulo entre os dias 14 e 19 de fevereiro de 2024. A margem de erro é de 2,6 pontos percentuais nos cenários gerais e o nível de confiança é de 95%.

 

 

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Política

Governo Lula chama de volta embaixador brasileiro em Israel

Após mal-estar por fala de Lula sobre a Faixa de Gaza e o Holocausto, o embaixador Frederico Meyer deverá voltar ao Brasil.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chamará de volta o embaixador brasileiro em Israel, Frederico Meyer, após as falas do chefe do Executivo sobre o país em guerra com o Hamas, da Palestina.

Nesta manhã, Meyer recebeu uma reprimenda do ministro do Exterior israelense, Israel Katz, no Museu do Holocausto Yad Vashem.

Isso porque nesse domingo (18/2) Lula falou sobre o conflito armado, que dura desde outubro: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus”.

Lula, no pronunciamento, cobrou ainda a ajuda humanitária do “mundo rico”. “Qual é o tamanho da consciência política dessa gente e qual é o tamanho do coração solidário dessa gente que não está vendo que na Faixa de Gaza não está acontecendo uma guerra, mas um genocídio?”.

Os comentários causaram mal-estar e o ministro Israel Katz afirmou o presidente brasileiro é “persona non grata” no país até que faça retratações.

Na manhã desta segunda-feira (19/2), houve uma reunião no Palácio do Alvorada com Lula, Paulo Pimenta (ministro da Secretaria de Comunicação), o assessor especial Celso Amorim e Márcio Macêdo (chefe da Secretaria-Geral da Presidência).

Sem desculpas
A partir disso, ficou decidido que o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tratará do assunto. Lula decidiu que não fará, pelo menos por ora, qualquer novo discurso se desculpando com o governo de Israel pela declaração em que comparou as mortes de palestinos na Faixa de Gaza ao Holocausto, como informou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles.

A primeira-dama do Brasil, Janja Lula da Silva, defendeu o presidente no X (antigo Twitter). “Tenho certeza que se o presidente Lula tivesse vivenciado o período da Segunda Guerra, ele teria da mesma forma defendido o direito à vida dos judeus”, afirmou.