Categorias
Economia

Governo Lula: taxa de desemprego cai para 8,3% segundo o IBGE

Taxa de desemprego no país caiu para 8,3% no trimestre encerrado em maio. A informação é do IBGE.

Esses números representam a menor taxa de desemprego desde 2015, o que é mais um sinal da recuperação da economia em processo de rápida mudança de patamar.

Ou seja, esse é somente um dado que soma para um conjunto de sinais de prosperidade que o governo Lula, em apenas seis meses, apresenta com muito vigor.

“Esse recuo no trimestre foi mais influenciado pela queda do número de pessoas procurando trabalho do que por aumento expressivo de trabalhadores. Foi a menor pressão no mercado de trabalho que provocou a redução na taxa de desocupação”, explica Adriana Beringuy, coordenadora de Pnad.

Isso mostra que o país chegará em tempo recorde ao pleno emprego, quanto a isso não resta dúvida.

Essa, certamente, é uma das principais metas do presidente Lula.

Apoie o Antropofagista com qualquer valor

Agradecemos aos que formam essa comunidade e convidamos todos que possam a fortalecer essa corrente progressista. Seu apoio é fundamental nesse momento crítico que o país atravessa para continuarmos nossa labuta diária para trazer informação e reflexão de qualidade e independência.

Caixa Econômica Agência: 0197
Operação: 1288
Poupança: 772850953-6
PIX: 45013993768 – CPF

Agradecemos imensamente a sua contribuição

Categorias
Uncategorized

O 1% mais rico no Brasil tem o governo ideal

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no último dia de janeiro, 41,1% da força de trabalho, 38,4 milhões de pessoas, se encontra na informalidade. O grupo de informais são os trabalhadores sem carteira assinada (incluindo trabalhadores domésticos), empregadores sem CNPJ, pessoas que atuam por conta própria sem CNPJ e ainda os trabalhadores familiares auxiliares (estes, sem remuneração).

A taxa média de desocupação ficou em 11,9% no ano passado, o que representa 12,6 milhões de pessoas desocupadas no país.

Para efeito de comparação, em 2014, ocasião em que este indicador estava no ponto mais baixo da série histórica, haviam 6,8 milhões de desempregados.

Segundo o IBGE, das 1,8 milhão de vagas criadas, 446 mil foram de trabalhadores sem carteira assinada e 958 mil são de ocupações de trabalhadores por conta própria (dentre os quais 586 mil não têm CNPJ).

A população subutilizada na força de trabalho (trabalhadores desocupados e subocupados por insuficiência de horas trabalhadas) atingiu o maior número da série histórica da PNAD, 27,6 milhões de pessoas em 2019.

O número de trabalhadores por conta própria também foi o maior nível da série, alcançando 24,2 milhões.

Dentre os por conta própria, quase 19,3 milhões não têm registro formal. É evidente que estes trabalhadores se tornaram conta própria não por opção, mas pela disparada da taxa de desemprego nos últimos anos, assim como pela subocupação da força de trabalho.

Segundo o IBGE, o número de subocupados, ou seja, os desocupados e os que não conseguem trabalhar um mínimo de horas semanais, está quase 80% acima do indicador verificado em 2014, ocasião em que foi registrado o menor número da série histórica (15,4 milhões).

No fundo, a política do golpe a partir de 2016 foi desenvolvida exatamente para esse tipo de resultado.

Em 2014, ano que a taxa de desemprego atingiu o menor percentual da série histórica, se ouvia nas mesas de negociações salarial, de que não havia mão de obra disponível, que estava impossível contratar trabalhadores. Tivemos assim, uma experiência prática da importância, para os capitalistas, de dispor do chamado exército industrial de reserva, para fazer o trabalhador baixar a cabeça e desarmar a organização sindical.

O golpe foi desfechado para desmontar direitos seculares e entregar as riquezas naturais e estatais estratégicas.

Talvez nem mesmo os brasileiros mais ingênuos, que saíram às ruas vestidos de pato, acreditam que, se destruir a previdência, desmontar os sindicatos e vender todas as estatais, o emprego retornará.

Após dois anos da mais grave recessão da história do Brasil (2015 e 2016), a economia patina em torno de 1% de crescimento, o que fez piorar muito todos os indicadores do mercado de trabalho.

Não é fácil as pessoas entenderem, mas esta não é uma crise “comum”, ligada aos ciclos capitalistas, de crescimento, estabilização e queda, como sucedia até a década de 1970.

A magnitude da crise brasileira é decorrência de um processo golpista, coordenado pelos EUA, com caráter subcontinental, e que devastou deliberadamente setores fundamentais da economia brasileira, como o de construção pesada e o de óleo e gás.

O centro da política governamental, completamente contra os interesses da maioria, é o desmonte de políticas sociais, destruição de direitos e entrega das riquezas. Cálculos do jornal El País, com base em dados públicos, avaliam que 1,7 milhão de famílias, equivalente a cerca de 5 milhões de pessoas, estão na fila de esperado Bolsa Família, apesar de preencherem todos os critérios para receber o benefício. Isso para um benefício concedido a pessoas que estão passando fome. Ou seja, a política de Bolsonaro/Guedes não é apenas ineficaz do ponto de vista do crescimento, mas é de uma crueldade inominável.

Alguns economistas do “mercado” estão dizendo que para o Brasil crescer, em face da crise mundial, terá que realizar “reformas mais profundas”. Paulo Guedes, cuja concepção econômica reporta 40 anos atrás, quando o neoliberalismo não havia sido experimentado em larga escala na América Latina, pretende privatizar todas as estatais.

O ministro da Economia é um aprendiz de feiticeiro, que amanhã ou depois talvez nem resida mais no Brasil. Mas a política econômica que está colocando em prática, é o todo tempo blindada porque é extremamente funcional aos interesses de quem coordenou o golpe de Estado.

Colocaram definitivamente a política econômica do Brasil à serviço dos interesses externos, especialmente norte-americanos. Ele e Bolsonaro serão mantidos lá enquanto estiverem cumprindo esse papel fundamental, até porque, para eles, as alternativas de substituição são “escassas”.

O Brasil se prepara para sair do ranking dos 10 maiores países industriais do mundo. Para tratarmos de um período mais recente, desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras vem recuando ano a ano. Decorrência direta de um processo mais profundo de desindustrialização, mas que foi acelerado pelas políticas do golpe. No ano passado, a indústria, que já representava apenas cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), possivelmente sofreu novo recuo.

Ao mesmo tempo, o Santander divulga lucro em 2019 de R$ 14,5 bilhões, um aumento de 17% em relação ao obtido no ano anterior. Em um ano em que a economia cresce 1% e a indústria recua, o banco aumentou o lucro em 17% e inaugura 45 novas agências. Enquanto isso, os bancos públicos são rapidamente desmontados. O Banco do Brasil, fechou 463 agências e diminuiu o número de funcionários em 3.360, entre setembro de 2018 e setembro de 2019. No mesmo período, a Caixa Econômica fechou 46 agências e reduziu o número de empregados em 1341.

Os representantes dos grandes capitalistas e do capital financeiro, fazem algumas críticas pontuais ao governo Bolsonaro (normalmente ligadas ao campo dos costumes), ao mesmo tempo em que apoiam a política econômica, como se esta fosse de interesse do pais. Esse 1% mais rico da população apoiam a política econômica com inteira razão. Eles não têm o que reclamar do governo. (Do Brasil de Fato)

*José Álvaro de Lima Cardoso é economista e supervisor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em Santa Catarina.

*Do Brasil de Fato

Categorias
Uncategorized

Dilma detona Paulo Guedes: entreguista!

A ex-presidente Dilma Rousseff diz que o governo Bolsonaro está jogando a pá de cal no desmonte das empresas nacionais promovido pela Lava Jato.

“Bolsonaro desfecha novo golpe contra empresas nacionais. Política de destruição do setor se aprofunda com abertura do mercado a empresas estrangeiras, anunciada pelo ministro da Economia, na Suíça”, afirmou.

Ontem, em Davos, Paulo Guedes anunciou que acabará com qualquer medida que garanta a preferência nas contratações feitas pelo poder público no Brasil.

Guedes, mais tarde, usou o mesmo argumento da Lava Jato. “Vai acabar com a corrupção”, afirmou, como se empresas estrangeiras fossem dirigidas por anjos.

Em janeiro de 2017, no governo Temer, a Petrobras decidiu convidar apenas estrangeiras para participar da licitação para a construção da Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN), projetada para receber o gás natural produzido no pré-sal da Bacia de Santos.

Um levantamento realizado pelo DCM mostrou que todas elas já tinham sido denunciadas por corrupção.

É o caso da norte-americana Bechtel Corporation, a quarta por ordem alfabética da lista da Petrobras, que tinha se declarado culpada num processo por corrupção.

O então vice-presidente foi condenado a 42 meses de prisão, por ter pago 5,2 milhões de dólares em propinas para manipular o processo de licitação para contratos de energia com uma estatal do Egito.

A inglesa Amec Foster Wheeler tinha sido acusada pelo Comitê de Proteção do Petróleo do Azerbaijão de operar “com violações da lei”. A acusação principal era a de não respeitar regras trabalhistas no país e sonegar impostos.

A proteção a empresas nacionais é uma prática comum no mundo desenvolvido. Em 2017, por exemplo, quando autorizou a construção de dois oleodutos nos Estados Unidos, Donald Trump assegurou que as compras deveriam ser feitas em empresas instaladas no território americano.

“Insisto em que, se vamos construir oleodutos, que as tubulações sejam construídas nos Estados Unidos”, disse. “Vamos construir nosso próprio oleoduto, nossos próprios canos, como nos bons tempos”, acrescentou.

Para Dilma Rousseff, o anúncio de Paulo Guedes representará menos empregos no Brasil e mais empregos no exterior.

“É a pá de cal no desmonte promovido pela Lava Jato na engenharia nacional”, escreveu em sua página no Facebook. “Pior. O governo abre mão de ter uma política de compras públicas que leve em conta os brasileiros. A concorrência pode estrangular diversos setores empresariais”, finalizou.

No último ano de normalidade de seu governo, em 2014, o Brasil teve a menor taxa de desemprego da história do Brasil — menos de 5%, hoje está acima de 11%.

Depois de 2014, com o movimento político em curso para derrubá-la, a economia foi inviabilizada, e a então presidente não conseguiu aval do Congresso para fazer os ajustes necessários.

Os brasileiros mais pobres pagaram a conta.

E agora vão pagar de novo, caso o governo Bolsonaro leve adiante sua proposta de dar o mercado brasileiro de presente para os tubarões do capitalismo mundial.

 

 

*Joaquim de Carvalho – DCM