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Erika Hilton: Embaixada dos EUA reafirma transfobia

Em meio a alteração transfobica do visto da deputada brasileira Erika Hilton, a Embaixada dos Estados Unidos (EUA) afirmou que só existem dois sexos.

O que disse a Embaixada dos EUA sobre o caso de Erika Hilton?
A deputada federal Erika Hilton denunciou o recebimento do visto para entrada nos EUA com o gênero masculino, ignorando sua autodeterminação de gênero e informações oficiais de documentos brasileiros.

Diante do caso, a Embaixada dos EUA informou que segue a Ordem Executiva 14168, emitida por Donald Trump no dia 20 de janeiro.

O texto sancionado exige que os departamentos federais reconheçam o gênero como um binário masculino-feminino imutável e proíbe a autoidentificação de gênero em documentos federais, como passaportes.

“A Embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, disse o órgão.

Erika Hilton foi convidada para palestrar em um evento realizado na Universidade de Harvard e no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês).

A viagem foi autorizada como missão oficial pela presidência da Câmara. Nestes casos, o trâmite de solicitação de visto costuma ser protocolar, feito diretamente entre o Parlamento brasileiro e a embaixada do país de destino.

No entanto, segundo a equipe da deputada, o processo foi marcado por entraves incomuns, atribuídos a novas diretrizes da gestão de Trump.

Inicialmente, representantes da deputada foram orientados por telefone a solicitar um visto de turista, o que foi posteriormente corrigido após esclarecimentos.

Ainda assim, o visto emitido em 3 de abril trazia a classificação de gênero masculino — algo que, segundo Erika, nunca foi informado ou consentido por sua equipe.

Ao mesmo tempo, Harvard trava uma briga contra o governo Trump. O presidente republicano cortou verbas da universidade por políticas de diversidade e manifestações pró-palestina e contra a guerra travada por Israel.

Transfobia como política
“É absurdo que o ódio que Donald Trump nutre e estimula contra as pessoas trans tenha esbarrado em uma parlamentar brasileira indo fazer uma missão oficial em nome da Câmara dos Deputados”, declarou Erika Hilton. Ela classificou a situação como um ato de violência institucional, de abuso de poder e uma clara violação de um documento oficial brasileiro.

A deputada também afirmou que o episódio transcende o âmbito individual, tornando-se uma questão diplomática. “É uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo americano. Quando praticada nos Estados Unidos, ainda pede uma resposta das autoridades e do Poder Judiciário americano. Mas quando invade um outro país, pede também uma resposta diplomática, uma resposta do Itamaraty”, afirmou.

Posição de Erika Hilton
Diante da situação, Erika Hilton recusou-se a utilizar o documento e optou por não embarcar para os Estados Unidos, abrindo mão da participação no evento.

A decisão da embaixada americana ocorre em meio a um cenário de crescente repressão contra a população LGBTQIA+ nos EUA sob a gestão Trump, que já impôs diversas restrições a políticas de transição de gênero e determinou o banimento de termos como “gay”, “lésbica”, “transgênero” e “LGBTQ” de portais oficiais do governo.

Ela também afirma que se trata de “uma situação de violência, de desrespeito, de abuso, inclusive, do poder porque viola um documento brasileiro, que é nosso. É uma expressão escancarada, perversa, cruel, do que é a transfobia de Estado praticada pelo governo americano”.

Segundo informações da CNN, a a deputada prepara uma ação internacional para questionar o governo estadunidense. Ela também tenta agendar um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.]

*TVTNews

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Pior que Bolsonaro, só o Bolsonaro paralelo

Enquanto Bolsonaro faz aquele teatro no hospital, a vida real do sacripanta vai sendo descortinada.

As novas revelações de um agente da ABIN paralela, não deixam dúvidas. Pior que o monstro, só o monstro paralelo.

O canalha é muito pior no caixa 2, no por fora, na corrupção, no roubo do país.

Vai querer ter anistia paralela também junto com o Ramagem paralelo?
Ou o congresso paralelo do PL paralelo e afins vai exigir um STF e um Moraes paralelos?

É a milícia dentro de um governo miliciano.

Quando Michelle paralela anunciou que lançaria uma empresa para aproveitar o escândalo das joias, depois de ser Investigada pela PF por peculato, a pura ex-primeira-dama decidiu debochar do caso com o anúncio de que abriria a Mi joias.

Agora é esperar o que essa quadrilha, instalada no Planalto durante quatro anos de Bolsonaro, dirá sobre as denúncias de um agente da ABIN paralela que foi obrigado por Ramagem a transportar joias no paralelo.

Hoje, quinta feira, ainda tem o diretor da ABIN e ex-número 2 depondo na PF.

A conferir.

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Planalto já tem plano para acabar de vez com o PL da Anistia na Câmara

Planalto quer colocar um ponto final na gritaria dos bolsonaristas que buscam perdão aos criminosos golpistas do 8/1, que, por tabela, livraria Bolsonaro da cadeia. Entenda o método.

A tramitação do Projeto de Lei da Anistia, que busca perdoar os criminosos golpistas do 8 de Janeiro de 2023 e favorecer Jair Bolsonaro, encontra-se em uma situação delicada na Câmara dos Deputados. O governo Lula acredita que o projeto da extrema direita está fadado ao fracasso, após desenvolver um plano para bloquear sua aprovação. Os bolsonaristas conseguiram reunir 265 assinaturas para um requerimento de urgência, superando o mínimo de 257 necessário. No entanto, a inclusão do PL em pauta urgente depende da anuência do presidente da Câmara, Hugo Motta, que inicialmente era contra, mas mudou sua postura após uma postagem nas redes sociais, sugerindo que a decisão seria submetida a uma votação informal entre os líderes do Congresso, o que poderia facilitar a aprovação da anistia.

Perante isso, o governo federal analisou a situação e decidiu adotar uma estratégia para desviar o foco do projeto, que tem causado entraves desnecessários na política nacional. Essa tática envolve considerar as adesões ao requerimento de urgência do PL.

A coordenação política do governo reconhece que a votação plenária é o verdadeiro teste de apoio, não apenas a assinatura da lista. Mesmo com 265 assinaturas, sendo 146 de supostos partidos governistas, o governo considera que, se retirar entre 12 a 15 votos desses “governistas”, o projeto da anistia não será aprovado, garantindo uma vitória clara para o Planalto na votação. Assim, a articulação do governo visa minimizar os apoios ao projeto, afirmando que a legislação não deve ser discutida, dada sua natureza controversa e absurda.

A implementação do PL da anistia no Congresso pode ser alcançada através de uma estratégia simples, envolvendo ajustes nas nomeações para cargos desejados e a liberação de emendas para as bases eleitorais dos deputados. Especialistas consultados pela Fórum sugerem que muitos parlamentares que assinaram a lista de urgência do projeto fizeram isso conscientemente, prevendo que o governo usaria essa assinatura como uma moeda de troca. Essa situação não seria considerada anormal, devido à natureza comum das negociações políticas.

Fontes ligadas ao governo e ao Congresso garantem que o plano tem altas probabilidades de sucesso, uma vez que a maioria dos signatários da lista não é composta por parlamentares de visões extremistas. Além disso, muitos moderados têm sido alvo de pressão intensa por parte da bancada bolsonarista, o que pode influenciar suas decisões. A expectativa é de que, com a oferta de cargos e a liberação de emendas, um número significativo de deputados possa reconsiderar sua posição, optando por retirar seus nomes da lista e, consequentemente, votar contra o projeto no plenário.

Em resumo, a estratégia de negociações políticas em torno do PL da anistia envolve a manipulação das nomeações e a liberação de recursos para garantir apoio, aproveitando-se da vulnerabilidade de certos parlamentares diante da pressão política. Isso poderia criar um cenário onde, uma vez formalizadas as propostas, muitos se sentiriam inclinados a mudar suas posições, ajudando o governo a contornar obstáculos legislativos. A combinação de ofertas atraentes e a situação delicada de alguns deputados poderia facilitar uma reviravolta significativa na votação do projeto.

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Agente da Abin afirma ter sido obrigado a trazer relógios do Qatar para Ramagem

O agente teria sido ‘constrangido’ por uma assessora de Ramagem para que trouxesse os itens.

Um funcionário da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) disse à Polícia Federal (PF) que foi obrigado a trazer três relógios de luxo do Qatar para o Brasil, para entregá-los a Alexandre Ramagem, então diretor do órgão. A informação é do jornalista Aguirre Talento, do portal UOL.

A informação é investigada no inquérito da “Abin paralela” e já está em sua fase final. Na próxima quinta-feira (17), a PF vai colher o depoimento de Luiz Fernando Corrêa, o atual diretor da agência, que está sob suspeita de ter permitido a destruição de provas.

Segundo o UOL, Ramagem disse em depoimento à PF que os relógios foram recebidos, catalogados pela Abin e encaminhados ao museu da instituição.

Transporte dos relógios
O agente que transportou os relógios disse que foi constrangido por uma das assessoras de Ramagem para trazer os relógios para o Brasil.

De acordo com sua declaração, durante uma de suas viagens, a assessora “determinou ao declarante que levasse o presente de Ramagem”. O agente, contudo, não deu detalhes sobre como entrou no Brasil com os itens. Caso tenha entrado no país sem ter declarado o material, pode ser que tenha havido uma sonegação fiscal.

Outro ponto investigado pela PF é a ligação dos funcionários da Abin nomeados por Ramagem, com uma empresa contratada pela agência. Na fase atual, a investigação tenta identificar se eles receberam pagamentos dessa empresa.

*ICL

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Transfobia de Estado: Governo Trump trata Érika Hilton por pronome masculino em visto para Harvard

O governo Donald Trump ignorou documentos brasileiros e registrou Erika Hilton com o “sexo masculino” ao conceder visto diplomático para que a parlamentar participasse da Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, ocorrida no último dia 12.

“É transfobia de Estado. Trump transformou o governo americano em máquina de perseguição a minorias”, acusa Hilton, que diz ter acionado o Itamaraty e já articula uma ação jurídica internacional contra Trump e a política de transfobia de estado adotada pelo governo americano.

Segundo a assessoria da deputada, documentos obtidos junto ao consulado dos EUA em Brasília mostram que o governo Trump registrou seu “sexo biológico” como masculino, desconsiderando sua certidão de nascimento retificada e passaporte brasileiro que atestam seu gênero feminino.

A parlamentar, que integrava missão oficial autorizada pela Câmara dos Deputados, deveria palestrar no dia 12 de abril no painel “Diversidade e Democracia” ao lado de outras autoridades brasileiras.

“É muito grave o que os Estados Unidos tem feito com as pessoas trans que vivem naquele país e quem lá ingressa. É uma política higienista e desumana que além de atingir as pessoas trans também desrespeitam a soberania do governo brasileiro em emitir documentos que devem ser respeitados pela comunidade internacional”, diz.

Em 2023, a mesma embaixada havia emitido visto à deputada respeitando sua identidade feminina. A mudança ocorre após o decreto assinado pelo presidente Donald Trump em janeiro de 2025, que não reconhece pessoas trans para o estado americano. Com Forum.

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Requerimento de urgência do PL da Anistia usa velhinhas com a Bíblia na mão como reféns

PL que quer anistiar acusados e condenados de participação no 8/1 é protagonizado por pastores políticos.

Sem anistia, ainda que sejam velhinhas com a Bíblia na mão que participaram dos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e cometeram os crimes de dano qualificado, deterioração de patrimônio público tombado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e outras delinquências em nome de Jesus.

Os proponentes do PL da Anistia querem fazer crer que atuam por elas, as velhinhas sem noção. Tiraram do foco os generais e o núcleo duro do bolsonarismo que forjaram o golpe e colocaram estrategicamente na vanguarda das linhas revolucionárias de combate as meigas e consagradas velhinhas de Bíblia na mão, assim como dissimularam, explorando a imagem da cabeleireira que teve a ideia de maquiar a estátua no STF com batom, pasmem, vermelho.

Parece uma cena cinematográfica. Criminosos acuados e cercados por forças policiais colocam os reféns na frente e assim negociam, usando vidas inocentes como escudo. A dramaticidade aumenta quando os reféns são frágeis, crianças, gestantes, deficientes físicos e idosos. O final feliz depende do negociador habilidoso que entra em cena para preservar as vidas dos reféns e consegue também alcançar e penalizar os criminosos.

Sem anistia para os golpistas, ainda que tentem utilizar o sensacionalismo das vózinhas de oração que pensavam estar exorcizando os prédios dos Três Poderes. Balela, jogo de cena, conversa fiada dos vândalos que planejaram e executaram a tentativa de golpe.

No caso dos pastores signatários do pedido para votar urgência do projeto de anistia do 8/1, protocolado nesta segunda-feira (14) no sistema da Câmara dos Deputados, fazem das suas ovelhas reféns. Os pastores estão colocando velhinhas com a Bíblia na mão na frente, usando como escudo, para esconder os artífices do golpe.

Alguns dos signatários do PL da Anistia que são pastores: Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Marco Feliciano (PL-SP), Pastor Eurico (PL/PE), José Olimpio (PL/SP), Pastor Diniz (UNIÃO/RR), Jefferson Campos (PL/SP), Otoni de Paula (MDB/RJ), Vinicius Carvalho (REPUBLICANOS/SP), Lincoln Portela (PL/MG), Silas Câmara (REPUBLICANOS/AM), David Soares (UNIÃO/SP), Cezinha de Madureira (PSD/SP), Marcelo Crivella (REPUBLICANOS/RJ), Pastor Gil (PL/MA), Pastor Sargento Isidório (AVANTE/BA) e Márcio Marinho (REPUBLICANOS/BA).

Provavelmente, na lista de 262 signatários do requerimento de urgência do PL da Anistia há outros pastores, mas os citados são bem representativos do manejo de ovelhas como moeda de troca política. A instrumentalização da igreja como comitê, célula, aparelho político do bolsonarismo contra as instituições democráticas, é repugnante.

Jesus distingue o bom pastor do mercenário. “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas. Mas o mercenário, e o que não é pastor, de quem não são as ovelhas, vê vir o lobo, e deixa as ovelhas, e foge; e o lobo as arrebata e dispersa as ovelhas. Ora, o mercenário foge, porque é mercenário, e não tem cuidado das ovelhas” (João 10.10-13).

Para os pastores proponentes do requerimento de urgência do PL da Anistia, as ovelhas, na figura de velhinhas com a Bíblia na mão, servem de escudos para os militares de alta patente e o núcleo duro do bolsonarismo que forjou a tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Mercenários! Coom ICL.

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Juristas divulgam carta aberta em defesa do mandato de Glauber Braga

Documento reúne assinaturas de professores universitários, advogados e representantes de entidades jurídicas.

Um grupo de juristas divulgou, nesta terça-feira (15), uma carta aberta ao Congresso Nacional em defesa do deputado Glauber Braga (Psol-RJ), alvo de um processo de cassação aprovado pelo Conselho de Ética da Câmara. O documento, que reúne assinaturas de professores universitários, advogados e representantes de entidades jurídicas, alerta para os riscos institucionais que a medida representa.

Na avaliação dos signatários, o caso de Glauber abriria um precedente perigoso para a democracia e os mandatos populares. Segundo o texto, a recomendação de cassação representa uma interpretação mais rigorosa da quebra de decoro parlamentar e sinaliza uma intensificação polarizada de antagonismos políticos.

“A decisão do Conselho de Ética de recomendar a cassação de Glauber Braga, mesmo diante de precedentes em que penalidades mais brandas foram aplicadas, indica uma interpretação mais rigorosa da quebra de decoro parlamentar neste caso específico, mais ainda, indica um afastamento que só se justifica por uma intensificação polarizada de antagonismos políticos, que acaba por retirar justa causa ao sistema de sanções principalmente no plano ético”, diz documento.

A carta ainda defende que “a intensificação da sanção sem observância dos precedentes, da proporcionalidade e da função ético-pedagógica da pena pode ser caracterizada como violação do princípio da legalidade material, do devido processo substancial e da dignidade da pessoa humana. Além disso, pode configurar uma punição com viés político ou simbólico excessivo”.

A iniciativa é liderada por José Geraldo de Sousa Jr., ex-reitor e professor emérito da Universidade de Brasília, e tem apoio de nomes como o ex-ministro da Justiça Tarso Genro, o ex-ouvidor das Polícias do Estado de São Paulo Benedito Mariano e o procurador do Estado de São Paulo Pedro Armando Egydio de Carvalho. 247.

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A Múmia Armínio

Armínio Fraga, presidente do Banco Central de FHC, que elevou a taxa de juros a mais de 45%, é referência de quê e para quem?

Essa pauta de Armínio contra o salário mínimo é de outros carnavais.

Para quem já foi o homem forte de FHC no Banco Central, essa volúpia tecnocrata é até meio boboca. Pior, repetitiva, o que mostra que a direita é um samba de uma nota só.

A finada casta tucana já foi enterrada pelo povo faz tempo.

Mas algumas múmias artísticas insistem em se levantar da tumba e soltar um pum para dizer que ainda vive.

Armínio Fraga é um dos quadros mais medíocres da “direita cordial”.

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O Brasil tem um Congresso de maioria podre. Esfola o povo, sequestra bilhões do executivo e quer estar acima do STF para livrar a própria cara

A coisa é muito séria naquele covil de ladrões em Brasília.

Não tem nada de extrema direita, são todos bandidos comuns que vivem de arquitetar roubos dos cofres públicos como o orçamento secreto.

Esses criminosos atacam em bando.

É uma espécie de cangaço parlamentar que não tem limite para a barbárie.

Bolsonaro é o chefe supremo desses pistoleiros.

Agora. para livrar a cara do poderoso chefão da tentativa de golpe, Jair Bolsonaro, os pilantras querem se agigantar para cima do STF, com a tal anistia dos terroristas do 8 de Janeiro.

Esses mesmos assaltantes cangaceiros é que estão por trás da cassação de Glauber Braga, justamente porque ele denunciou os pilantras do orçamento secreto, sobretudo Arthur Lira que está comandando aquela casta de delinquentes.

A população tem que se mobilizar de alguma forma para denunciar e punir esse chiqueiro parlamentar, do contrário, eles acabam com o Brasil.

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Defesa do Parlamento

Manuel Domingos Neto*

A defesa do mandato de Gláuber Braga é ponto inescapável da luta pela democracia.

Não se trata apenas de solidariedade a um valente parlamentar perseguido. Trata-se de manter a dignidade mínima do Legislativo.

Não sabemos exatamente como surgiram e evoluíram os Estados, mas sabemos que, em seu formato moderno, ocidental e burguês, legisladores autônomos são inerentes ao preceito de soberania popular.

A degradação dos Parlamentos, que não controlam aparelhos repressivos, antecede golpes de Estado.

A cassação de Glauber culminaria o descredenciamento contínuo da atividade parlamentar iniciado após a Constituinte de 1988.

Durante a ditadura militar, os governantes dominavam o Congresso silenciando opositores, censurando e concedendo aos seus apoiadores o papel de negociantes de obras e serviços que lhes beneficiassem eleitoralmente.

Os generais exigiam do político fidelidade e habilidade no agenciamento de verbas. Tal prática garantiu-lhes maioria parlamentar confortável.

A luta pela democracia permitiu que reformistas sociais abrissem cancha nas casas legislativas. Assim começou a desintegração do regime. As mudanças nas regras eleitorais não bastaram para sustentar o arbítrio castrense.

A minoria de esquerda, facilmente identificada, logrou avanços legislativos. Sua força advinha das bandeiras esperançosas que empunhavam, não do uso de recursos públicos para campanhas eleitorais.

Isso mudou nas últimas décadas. Para o sucesso eleitoral, o agenciamento de verbas públicas voltou a preponderar.

O reformismo legislativo perdeu impulso em favor do velho clientelismo, que anula a distinção entre o público e o privado. Logo apareceram novas oligarquias. Novas dinastias políticas deixaram o sistema eleitoral parecido com o da República Velha.

A economia mundial pode virar furdunço, a ordem mundial se despedaçar, o meio ambiente se degringolar, as perspectivas alvissareiras para a sociedade desaparecerem, a concentração da renda pode recrudescer… Nada importa ao político voltado para a busca de verbas que lhe possibilite renovar o mandato e agasalhar os seus.

Há alguns anos, o Congresso Nacional está dominado por essa gelatina parlamentar. Evito o termo “centrão” porque a prática de uso do orçamento público para a reprodução de mandatos contamina todo o espectro político.

Trata-se de um Parlamento volúvel: tanto respalda um presidente fascista quanto um líder popular que tenta assistir os de baixo.

Glauber está ameaçado porque denunciou procedimentos parlamentares fraudadores da soberania popular. Denunciou corajosamente expedientes legalizadores da corrupção eleitoral.

A ameaça ao seu mandato não decorre de ofensas a quem quer que seja. Aliás, excessos verbais, injúrias e mentiras são comezinhas em parlamentos. Bolsonaro provou que até a defesa da tortura em plenário é aceitável. Não perdeu o mandato e alçado à presidência.

Os mandões da Câmara querem o cancelamento de Glauber porque esse parlamentar denunciou o sistema eleitoral. Meteu a mão em casa de marimbondos.

Glauber poderia até ser advertido por descontrole verbal e pelo chute no traseiro de um provocador fascista, quando ficou evidente que a direção da Casa não garante proteção aos seus integrantes.

As acusações contra Glauber são irrelevantes. O mandato desse deputado está ameaçado porque sua atuação incomodou os ávidos de verbas, preferentemente secretas. O corporativismo dos deputados atua contra Glauber.

Quem pode ajudar a preservar o mandato de Glauber é a mobilização dos democratas. A sociedade precisa reagir à degradação do Parlamento; deve lembrar que o princípio da soberania popular não é eliminado apenas por fileiras armadas. Legisladores também atuam contra a democracia.

A representação parlamentar não pode persistir como um descarado balcão de negócios. Parlamento degenerado é antessala da ditadura.

Se Glauber for cassado, a bamboleante democracia ficará ainda mais fragilizada.

Neste momento, quem gosta da democracia tem uma tarefa prioritária: defender o mandato de Glauber Braga.

*Manuel Domingos Neto é doutor em História pela Universidade de Paris. Autor de O que fazer com o militar – Anotações para uma nova Defesa Nacional

*Viomundo