Ser peça chave em esquema de fraude bancaria, não é pouca coisa.
Grampo revelado assombra o Midas de barro.
Primeiro, temos que lembrar que Marçal tinha apenas 18 anos quando foi pego pela polícia mostrando que já prometia fazer uma carreira milionária no mundo do crime.
De lá pra cá, já se passaram duas décadas e muita água de esgoto passou por baixo ponte do coach.
Naquela época, Marçal era responsável por capturar emails que seriam usados pela quadrilha para aplicar golpes.
Durante as investigações, ele confessou sua participação no esquema, mas minimizou o envolvimento, alegando que fazia apenas a manutenção dos computadores do grupo.
Os grampos foram obtidos pelo portal TAB, do UOL.
Em suas conversas com o líder da quadrilha, o pastor Danilo Oliveira, Marçal demonstrava estar ativamente envolvido nas operações fraudulentas, que envolviam avisos falsos de irregularidades no CPF, na declaração de Imposto de Renda ou de inadimplência, sendo até repreendido por não prestar atenção às listas de emails que coletava. Embora tenha admitido a participação, Marçal tentou minimizar o caso em depoimentos posteriores, mas foi desmentido pelo próprio líder da quadrilha. Como resultado, ele foi condenado em 2010 por furto qualificado e outros crimes, embora nunca tenha cumprido pena devido à prescrição.
Em um dos áudios, obtidos graças ao acesso à íntegra do processo na 11ª Vara da Justiça Federal de Goiânia, Marçal afirma que estava correspondendo de maneira satisfatória à expectativa do grupo: “Tô capturando aqui, chefe. Negócio tá bom. Negócio aqui em casa tá bom. Capturei hoje o dia inteiro”, diz.