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Novo livro de Pablo Marçal: Como levar uma cadeirada, ficar descadeirado e perder o rumo

Para quem vendeu tanta valentia para seus súditos de pouca ou nenhuma inteligência, as fronteiras da reação covarde, medrada de Pablo Marçal, é uma tragédia política pessoal, empresarial e sabe Deus lá mais o quê.

Sim, por ora dá apenas para medir a tragédia política de Marçal, não só pelas novas pesquisas, mas pelo seucomportamento atônito, confuso, embaralhado, com idas e vindas para lidar com o fato que tomou proporção na vida nacional poucas vezes visto na história desse país.

É como se o Zorro tivesse levado uma coça do sargento Garcia. Não há desculpa, sejam os livros ou as palestras de Pablo Marçal, o 007 nas suas cenas mais mentirosas, é artigo de quinta, se comparado ao gabola dos milhões.

Na verdade, a cadeirada que Pablo tomou foi muito maior do que a que Datena lhe deu e, lógico, causará um vulcão de complicações para Marçal muito maiores do que o que está causando em sua vida política, porque envolve, não o eleitor, mas o leitor de suas obras literárias, ou o espectador de suas palestras, de alguém que apresentava uma biografia fiel a um grande herói nacional, que não via qualquer problema que o detivesse, mesmo quando tinha pouco conhecimento de causa sobre determinados fatos, seja dando soco na cara do tubarão, seja botando tigre para correr com as mãos para o alto.

Por isso, esses aspectos inéditos na vida política do país, revelando um Marçal às avessas com uma personalidade frágil, de múltiplos medos, é arrasador para a grife de genuíno heroísmo que Pablo criou de si, ao mesmo tempo em que retrata uma variedade de comportamentos inversos ao que seus livros protagonizam.

A pergunta é, como o empresário, o político ou o cidadão Pablo Marçal, conviverá com esse novo perfil? porque a coisa não se limita ao debate político, mas a um personagem com produção literária e cultural de um intocável, com um estilo que, como os cowboys americanos, detonavam qualquer um sem piedade e que, agora, está suspirando de raiva, porque levou uma calça arriada de Datena, ao vivo e a cores, em rede nacional.

Quem vai admirar esse covarde que está caminhando para o desprezo total da sociedade?

O M de Marçal  virou M de moloide, molenga, mongo, melhor dizendo, M de meme.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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