Dia: 21 de outubro de 2024

Tereza Campello: maior desafio do BNDES é lutar contra uma parte da elite que quer o Brasil pequeno

Segundo ela, atores “ligados a uma ideia de que o Brasil tem que voltar a cumprir um papel de ser agrícola e exportado

Lucas Weber, Brasil de fato – Há 10 anos, quando o Brasil recebia o reconhecimento por parte das Nações Unidas (ONU) de ter saído do Mapa da Fome, foi a então ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, quem recebeu o título em nome do país. Hoje, diretora Socioambiental do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Campello está confiante que o Brasil irá reconquistar a marca em breve. Na verdade, para ela, nesta retomada da gestão petistas à frente do governo federal, o maior desafio que vem enfrentando “é lutar contra uma parte da elite brasileira que quer que a gente seja pequeno”.

Em entrevista ao programa Bem Viver desta segunda-feira (21), a diretora celebrou os avanços que o BNDES vem conquistando nestes quase dois anos que ela está à frente da diretoria, sob presidência de Aloizio Mercadante.

“Esse um ano e dez meses foi um período excepcional para a nossa atuação no Banco. Nós resgatamos um papel histórico do BNDES”, diz.

“Durante um período, esses atores ligados ao bolsonarismo, ligados à extrema-direita, mas principalmente ligados a uma ideia de que o Brasil tem que voltar a cumprir um papel de ser agrícola e exportador, tentou acabar com o BNDES”.

Campello cita entre as conquistas do Banco a parceria com o governo federal em política de combate à fome voltadas ao fomento à agroecologia e a agricultura familiar de modo geral.

“Os programas voltaram, o Programa de Aquisição de Alimentos [PAA] voltou, o Pnae voltou, que é o Programa Nacional de Alimentação Escolar, outra agenda estratégica que a FAO destacava de por que que saímos do Mapa da Fome. E nessa agenda de fortalecimento da agricultura familiar tinha um conjunto de elementos, dentre eles o próprio Ecoforte do BNDES e da Fundação Banco do Brasil”.

“Todas essas agendas foram retomadas. Nesse um ano e 11 meses a gente pode dizer que nós conseguimos reconstruir tudo aquilo que eles destruíram”, reforça Campello.

Embora veja com perspectiva, a diretora pondera que há um novo desafio neste momento: os ultraprocessados.

Israel apresenta aos EUA exigências para fim do conflito no Líbano

Entre as exigências estão a liberdade de operação e ação militar, além do uso do espaço aéreo, contra o Hezbollah, desafiando resoluções da ONU.

Israel entregou aos Estados Unidos, no último domingo (20), um documento delineando suas exigências para uma solução diplomática que busque encerrar a guerra no Líbano, diz a agência Sputnik, citando o portal Axios. O documento foi enviado pelo ministro de Assuntos Estratégicos de Israel, Ron Dermer, confidente do premiê Benjamin Netanyahu, ao enviado especial da Casa Branca, Amos Hochstein, na quinta-feira (17).

Entre as demandas apresentadas, segundo a reportagem, Tel Aviv requer que as Forças de Defesa de Israel (FDI) sejam autorizadas a realizar “execução ativa” para evitar que o Hezbollah se reforce e reconstrua sua infraestrutura militar nas proximidades da fronteira.

Além disso, o governo israelense exige que sua Força Aérea tenha liberdade de operação no espaço aéreo libanês, uma solicitação que contradiz a Resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Essa resolução determina que as Forças Armadas libanesas (LAF) e a Força Interina da ONU no Líbano (UNIFIL) devem garantir um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah.

Uma fonte do governo dos EUA afirmou ao Axios que é “altamente improvável que o Líbano e a comunidade internacional” aceitem as condições impostas por Israel. Em resposta a essa situação, Hochstein está programado para visitar Beirute nesta segunda-feira (21) com o objetivo de discutir uma possível solução diplomática para o conflito.

Na noite de domingo (20), a situação escalou quando a Força Aérea israelense conduziu ataques aéreos no Líbano, atingindo diversos alvos associados ao Hezbollah, incluindo um prédio em Beirute. Esses ataques ocorreram em um contexto em que o Pentágono, por meio do secretário de Defesa, Lloyd Austin, havia solicitado a Israel que “reduzisse os ataques” à capital libanesa, citando o número “excessivo” de vítimas civis decorrente das operações militares.

“Foi um acidente bobo, corriqueiro. Mas sério”, diz Roberto Kalil sobre queda de Lula

O médico ainda descreveu como foi o acidente doméstico: “houve sangramento no cérebro”

O presidente Lula (PT) sofreu uma queda no Palácio da Alvorada, em Brasília, que resultou em um traumatismo craniano. Em entrevista à coluna de Guilherme Amado, do Metrópoles, o médico Roberto Kalil, que atendeu Lula após o incidente, descreveu o acidente como sério, embora tenha destacado seu caráter corriqueiro.

“Lula sofreu um traumatismo craniano, que é como chamamos sempre que alguém bate a cabeça num acidente como esse. Houve sangramento no cérebro. Foi sério, mas ele está bem”, afirmou Kalil, após examinar o presidente em Brasília. O médico explicou que Lula caiu de um banco que virou para trás, ocasionando o impacto.

O boletim médico do Hospital Sírio-Libanês relatou que o presidente teve um ferimento corto-contuso na região occipital, a parte posterior da cabeça. Embora os primeiros exames indiquem que não há maiores complicações, Lula deverá realizar novos exames durante a semana para acompanhar sua recuperação.

Cancelamento de viagem e recomendações médicas – Devido ao incidente, o presidente foi aconselhado a evitar viagens longas, o que resultou no cancelamento de sua participação presencial na 16ª Cúpula do BRICS, que será realizada na Rússia. Segundo Kalil, essa é uma medida de precaução para garantir que o quadro de saúde de Lula não seja agravado.

“Foi um acidente bobo, algo corriqueiro. Mas sério”, reiterou Kalil. Ele informou que, apesar do susto, Lula está bem e seguirá trabalhando normalmente de Brasília enquanto realiza o acompanhamento médico necessário.