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Arquivos revelam novas informações sobre conexões estreitas do Credit Suisse com nazistas

Banqueiros suíços frequentemente negligenciaram o roubo de ativos judaicos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

O banco suíço Credit Suisse ocultou de forma deliberada laços mais profundos com os nazistas do que se acreditava anteriormente, suprimindo informações sobre contas bancárias ligadas ao regime nazista e dificultando o progresso de investigações. A informação foi divulgada pelo Wall Street Journal neste sábado (4).

Duas comissões independentes, realizadas na década de 1990, concluíram que banqueiros suíços frequentemente negligenciaram o roubo de ativos judaicos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial e frustraram tentativas posteriores das vítimas da perseguição nazista e de seus parentes para recuperar seu dinheiro. Após as investigações nos anos 1990, o Credit Suisse e o UBS concordaram em pagar US$ 1,25 bilhão em compensação a sobreviventes do Holocausto e seus descendentes.

Em 2021, o ombudsman independente Neil Barofsky deu início a uma nova investigação sobre os vínculos do Credit Suisse com os nazistas. No entanto, foi afastado pela instituição sob a justificativa de que teria ultrapassado os limites impostos pela gestão do banco para o escopo da apuração. Posteriormente, Barofsky foi reintegrado e retomou seu trabalho, o que levou à descoberta inicial de documentos relacionados a dezenas de indivíduos e entidades vinculados às atrocidades nazistas na Segunda Guerra Mundial.

A investigação revelou que o Credit Suisse ocultou deliberadamente seu envolvimento, deixando de compartilhar informações completas sobre o que sabia, segundo o jornal. O inquérito mais recente ainda está em andamento, com os participantes estudando e digitalizando milhares de caixas contendo documentos dos arquivos do banco.

*Sputnik

 

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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