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Wall Street Journal: Hamas está disposto a libertar reféns mulheres e crianças

De acordo com jornal norte-americano, grupo palestino expressou disposição para iniciar negociações com Israel troca de uma trégua no conflito.

Integrantes do grupo palestino Hamas disseram a mediadores internacionais que estão abertos a discutir um acordo para libertar alguns dos israelenses sequestrados que mantêm como reféns em troca de uma trégua. A informação é do jornal norte-americano Wall Street Journal, publicado na terça-feira (23/01).

A abertura marca uma mudança significativa por parte do Hamas, que durante semanas insistiu que só negociaria os reféns como parte de um acordo abrangente que levaria ao fim permanente da guerra que envolveu Gaza desde que militantes do grupo atacaram o sul de Israel em 7 de outubro.

Conforme publicou o Wall Street Journal, fontes egípcias afirmaram que o Hamas “mostrou sua disposição para chegar a um acordo sobre a libertação de todas as mulheres e crianças civis detidas”.

O jornal observou que as autoridades israelenses, embora expressem ceticismo sobre o possível progresso nas negociações, sinalizaram a disposição para continuar as discussões sobre os princípios orientadores de um possível acordo.

Contudo, no contexto das possíveis negociações de trégua, o Exército israelense continua bombardeando Khan Younis, cidade no sul da Faixa de Gaza. Na manhã desta quarta-feira (24/01), testemunhas relataram à mídia local disparos de helicópteros militares de Israel em torno da região, no qual, supostamente, dirigentes do Hamas estão escondidos.

Enquanto isso, fontes israelenses negaram uma “reviravolta” nas negociações com o Hamas para uma trégua que permita a libertação de mais reféns pelo grupo palestino.

O premiê Benjamin Netanyahu é pressionado por familiares de reféns e por parte da sociedade civil para fazer mais em prol da libertação das pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro.

O ministro israelense e membro do gabinete de guerra, Benny Gantz, disse que o retorno dos reféns não era apenas o objetivo mais importante de Israel, mas também “um dever moral do Estado”, segundo o jornal israelense Haaretz.

Gantz acrescentou que, embora seja um “objetivo urgente”, “não substitui o compromisso de eliminar a ameaça implacável do Hamas”.

O ministro também criticou os “suposições sobre negociações” das propostas para um acordo de reféns, dizendo que isso prejudicava os esforços de Israel para chegar a um acordo, bem como as famílias dos reféns.

A Organização das Nações Unidas (ONU) relatou uma “intensificação” da violência e uma nova ordem de evacuação transmitida pelo exército israelense afetando áreas de Khan Younis onde há “88 mil habitantes e cerca de 425 mil pessoas deslocadas” pela guerra que ali encontraram refúgio.

* Com Sputnik

Por Celeste Silveira

Produtora cultural

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