Nahuel Medina, assessor de Marçal, deu soco em Duda Lima, marqueteiro de Nunes, que deixou o local sangrando.
O oitavo debate entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo terminou em agressão e confusão após a expulsão de Pablo Marçal (PRTB) nos minutos finais, por ter atacado o prefeito Ricardo Nunes (MDB).
Logo após a exclusão do influenciador, Nahuel Medina, assessor que grava vídeos para Marçal, deu um soco em Duda Lima, marqueteiro de Nunes, que deixou o local sangrando.
Nesse momento, Medina saiu dos bastidores e entrou no estúdio, o que levou à interrupção do programa. Ele foi detido para averiguação pela polícia e levado para a delegacia no começo da madrugada.
Após o fim do debate, Marçal disse que seu assessor reagiu após ter sido agredido antes.
“Eu tive que paralisar o debate para excluir o candidato Pablo Marçal, que reiteradamente desrespeitava as regras, e na saída dele houve uma confusão, e o assessor do prefeito Ricardo Nunes foi agredido, levou um soco no rosto, está sangrando bastante neste momento. A gente lamenta profundamente porque o debate foi muito bom, mas no final tivemos essa confusão”, afirmou Carlos Tramontina, mediador do debate.
Por volta das 3h, Duda chegou na delegacia para prestar depoimento. Ele, novamente, preferiu não falar com a imprensa.
Integrantes da campanha do Nunes alegam que narrativa de Marçal de diz que o cinegrafista foi atingido antes é mentirosa.
Ele afirmam que a filmagem que Marçal está usando para sustentar o argumento foi tirada de contexto.
A campanha afirma que a expectativa é que Duda peça uma medida protetiva contra Medina.
Nos bastidores antes do início do debate, Marçal gritou na direção de Nunes, que saía de uma entrevista, chamando-o de “tchuchuca do PCC”, e Nunes respondeu, falando que o adversário é “condenadinho”.
No pós-debate, Tabata Amaral (PSB), Marina Helena (Novo) e Guilherme Boulos (PSOL) lamentaram a agressão ao marqueteiro de Nunes.
Tabata afirmou que Marçal incitou violência mais uma vez, e que faz isso por não ter nada a dizer sobre a cidade.
“Fica claro que quando Marçal não tá dando espetáculo, showzinho de merda dele, para aparecer e ganhar dinheiro, ele não tem nada a dizer. […]”, afirmou a deputada federal. “Aí, frustrado que não consegue dar o showzinho dele, acontece essa merda que aconteceu […] Pablo Marçal incita a violência desde o dia 0”.
“A gente vê o assessor do Nunes saindo daqui ensanguentado. A pessoa de maior bom senso aqui foi um cidadão comum que deu voz de prisão ao agressor, o que, aliás, deveria ter acontecido na situação da cadeira no outro debate”, disse Marina Helena.
Boulos chamou de inaceitável a agressão e disse que Marçal é “boi de piranha” do atual prefeito. “Sabe aquele boi que passa primeiro, antes da boiada passar, para as piranhas pegaram, para chamar atenção, e depois a boiada passa?”, disse. “É assim que o Marçal está funcionando”.
Ele elogiou o formato do debate — “forçou a debater proposta”, afirmou — e disse que Marçal aproveitou o final do evento “para esculhambar”.