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Deputado que quebrou placa de Marielle tem candidatura a prefeito do RJ impugnada

Justiça entendeu que Rodrigo Amorim está inelegível devido a condenação por violência política de gênero.

O deputado estadual Rodrigo Amorim (União Brasil-RJ) teve sua candidatura a prefeito do Rio de Janeiro impugnada pela Justiça Eleitoral. A decisão ocorreu nesta quinta-feira (5).

A impugnação ocorreu em processo movido pela coligação de Tarcísio Mota (PSOL-RJ). A juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, titular da 125ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro, entendeu que Amorim está inelegível por ter sido condenado por violência política de gênero em 2023. Ele fez ataques transfóbicos contra a Benny Briolli (PSOL-RJ), primeira mulher trans eleita vereadora em Niterói, na região metropolitana.

Segundo a decisão obtida pela coluna, a juíza entendeu que a condenação em segunda instância à pena de prisão — de 1 ano, 4 meses e 13 dias, mais multa — torna Amorim inelegível, mesmo com o deputado tendo obtido um efeito suspensivo da pena no TRE-RJ pouco antes da eleição.

Em nota, Amorim afirmou que recorreu da decisão: “Tomei conhecimento há pouco da decisão de primeira instância que, contrariando a decisão do desembargador corregedor do TRE, indeferiu a minha candidatura. No entanto, eu já ingressei com o recurso cabível e em nada muda a minha candidatura”.

Deputado se envolveu em agressão a petista
No último domingo (1), Amorim se envolveu em mais um episódio de violência. O candidato a vereador Leonel de Esquerda (PT) foi espancado ao abordá-lo durante um ato de campanha na Praça Vanhargen, na Tijuca, Zona Norte do Rio. As agressões começaram depois de Leonel questionar Amorim sobre desvios em um programa do governo do estado.

Leonel desmaiou e teve que ser internado devido à gravidade dos golpes recebidos. Ele afirma que o próprio Amorim o agrediu, juntamente com pessoas que acompanhavam o ato do candidato bolsonarista.

Rodrigo Amorim ganhou notoriedade durante a campanha eleitoral de 2018, quando, ao lado do ex-deputado federal Daniel Silveira e do ex-governador Wilson Witzel, quebrou uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada em março daquele ano. Em sua atuação política, ele se notabilizou por ataques contra parlamentares e militantes de esquerda, se envolvendo em diversas discussões no plenário da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.