Em última análise, as frases de desprezo a Bolsonaro, ditas por Valdemar da Costa Neto, erguendo ao grau máximo da capacidade política e sua importância na aldeia global, logo não foram ditas no calor do debate e muito menos de forma despretensiosa.
A entrevista de Valdemar buscou um remédio eficaz que elimine e desinfete a direita do vírus do bolsonarismo. Era esse o propósito de um macaco velho, que sabe que Bolsonaro, hoje, vive de uma liderança de superfície que, na verdade, sempre o caracterizou enquanto governante. O que lhe dava um pouco de musculatura política era a máquina pública que tinha em mãos e que não tem mais.
Moro e Bolsonaro afundarão, juntos, no mesmo barco que utilizaram para praticar a criminosa e maior fraude eleitoral da história política desse país e, assim como Bolsonaro, Moro, além de cassado, ficará também inelegível, que deverá acontecer no próximo dia 25, dia do seu julgamento pelo TRE do Paraná.
Como bem disse, Leonardo Sakamoto, Moro é apenas um ex-senador em exercício, inclusive para os seus pares no Senado.
Na verdade, mesmo de forma embrionária, a direita, ao se livrar de Moro e Bolsonaro, ela, praticamente, liberta-se de duas bolas de ferro presas às pernas, então, poderá pensar em um nome e estratégia que possa ter alguma identidade com os órfãos do bolsomorismo.
Ou seja, ninguém mais do que a direita tem interesse na degola dos dois estorvos, Bolsonaro e Moro.
É isso que, na entrevista, Valdemar deixou explícito.