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Espanha e Itália anunciam envio de navios para proteger flotilha humanitária rumo a Gaza

Premiê espanhol alegou que direito internacional deve ser respeitado; ministro italiano disse que segunda embarcação está a caminho e alertou: ‘não poderemos garantir a segurança em águas israelenses’

A Espanha e a Itália decidiram intervir diretamente para garantir a segurança da Flotilha Global Sumud (GSF), composta por cerca de 50 embarcações, rumo a Gaza em mais uma tentativa de romper o bloqueio israelense e levar alimentos e medicamentos à população palestina.

Após uma série de ataques de drones contra os barcos humanitários em águas internacionais, a Itália anunciou o envio de uma segunda fragata para o Mediterrâneo, enquanto a Espanha afirmou que um “navio de ação” partirá a partir de Cartagena nesta quinta-feira (25/09).

“Um navio já está no local e outro está a caminho, pronto para qualquer eventualidade”, afirmou o ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto. Ele frisou, no entanto, que o país não poderá “garantir a segurança em águas israelenses” a alertou para os riscos de a flotilha tentar entrar em águas territoriais, pedindo que a carga humanitária seja entregue à Igreja Católica para distribuição.

Horas depois do anúncio do ministro italiano, a premiê italiana, Giorgia Meloni, disse que a flotilha humanitária com destino a Gaza é uma iniciativa “perigosa e irresponsável”. “Não há necessidade de arriscar a própria segurança; não é necessário ir a uma zona de guerra para entregar ajuda a Gaza, que o governo italiano e as autoridades competentes poderiam ter entregue em poucas horas”, afirmou a repórteres antes do seu discurso na Assembleia Geral da ONU, em Nova York.

Nesta terça-feira (24/09), o primeiro-ministro espanhol Pedro Sánchez, que também participa da Assembleia Geral da ONU, anunciou o envio do navio militar. “O governo da Espanha insiste que o direito internacional seja respeitado e que o direito dos nossos cidadãos de navegar pelo Mediterrâneo em condições seguras seja respeitado”, afirmou. A ministra da Defesa espanhola, Margarita Robles, também se manifestou. Ela chamou a operação de “obrigação legal e moral”, destacando que as equipes humanitárias “não podem ser deixadas expostas a ataques em águas internacionais”.

Ataques
Os organizadores da Flotilha Global Sumud afirmaram que os ataques nas primeiras horas de quarta-feira causaram alguns atrasos. “Estamos atualmente a quatro dias da zona de alto risco e a seis dias de Gaza”, escreveu em sua página do Instagram.

“Estamos agora indo para as águas territoriais gregas”, disse o post, acrescentando que a flotilha se juntaria aos barcos da Grécia nesta manhã de quinta-feira (25/09). Os ativistas relataram uma escalada de violência, com drones e aeronaves israelenses lançando dispositivos explosivos do tipo flashbang e bloqueando comunicações por rádio.

Em comunicado, a ONU pediu uma investigação independente sobre os ataques à Flotilha, ocorridos na noite de terça-feira e na manhã desta quarta, dizendo que qualquer pessoa por trás das “violações” deve ser responsabilizada. “Deve haver uma investigação independente, imparcial e completa sobre os ataques e assédios relatados por drones e outros objetos”, disse o porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, Thameen Al-Kheetan.

*Opera Mundi


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