“A chacina do Alemão e da Penha expôs a farsa assassina comandada pelo governador Cláudio Castro e seus asseclas da segurança pública do Rio”
Agora que a maré começa a baixar e que o país toma conhecimento dos detalhes, vai ficando claro que os machões estão nus.
A chacina do Alemão e da Penha expôs a farsa assassina comandada pelo governador Cláudio Castro e seus asseclas da segurança pública do Rio. Não houve um plano tático para execução dos mandados judiciais e prisão dos suspeitos que oferecessem resistência. A abordagem não foi técnica, seguindo os passos necessários à execução de uma missão previamente delineada.
A morte desnecessária de quatro policiais evidencia o caráter improvisado da empreitada, exclusivamente bélica.
O mundo da Segurança do Rio está de cabeça para baixo. O comando está nas mãos da tropa anárquica à solta e sedenta de sangue e vingança.
Castro e a cúpula da segurança do Rio são conduzidos pelos amotinados. Após silêncio inicial, o governador assumiu a autoria das execuções e surfou uma onda de opinião pública que vivia a catarse dos justiçamentos em massa, urrando com os detalhes hediondos das decapitações e decepações de membros.
Castro então passou a assumir a autoria da organização macabra de assassinatos extrajudiciais de prisioneiros já rendidos e desarmados na serra da Misericórdia.
Sem votos, os desesperados governadores da rataria saíram em apoio à baderna policial. Percebendo que Castro e os governadores manobravam para preencher o espaço político da extrema-direita, o bolsonarismo não embarcou.
A nova direita extrema ficou sem apoio da velha extrema-direita.
Tarcísio, chamado a se juntar, como sempre apoiou sem apoiar. Como sempre, o clã Bolsonaro, foi rápido em desconstruir a manobra da aliança dos governadores oportunistas.
A chacina do Alemão vai fermentar com o tempo. Como se fosse necessário, surgem provas do pelotão de fuzilamento, do moedor de carne, dos rios de sangue em meio ao transe infernal ocorrido naquela serra. Nenhum dos mortos ali estava entre os mandados de prisão que deram origem à operação ineficiente.
A inepta Justiça do Rio e Ministério Público do Rio estão agora obrigados a fazer algo para justificar sua existência. São instituições falidas, tão responsáveis como a polícia por transformar o Rio numa terra sem lei e sem segurança pública.
O resultado é que na prática, com a presença do Ministério da Justiça, da Polícia Federal, do Supremo Tribunal Federal, dos peritos federais, a investigação e a segurança do Rio estão sob intervenção branca da esfera federal.
A temperatura abaixa e fica evidente a importância da conduta serena adotada pelo presidente da República. Lula manteve o sangue frio, recusou-se a servir de anteparo e alavanca para um Claudio Castro interessado em criar um tiroteio retórico.
Deplorando a opressão exercida pelas facções sobre a população, defendeu uma abordagem racional, baseada na inteligência e nas leis, visando também os cabeças engravatados, a espinha dorsal da estrutura financeira dos negócios do tráfico, localizada no asfalto e nos escritórios da Faria Lima. Cobrou Lula o avanço da PEC da segurança no Congresso e apresentou a lei antifacção. Apresentou o sucesso na prática da operação Carbono 14 como alternativa para a rotina de enxugar gelo no combate ao crime.
Com a decantação da poeira, cada vez mais abandonado, o governador terá que responder por seus crimes, sendo este do Alemão e da Penha o mais grave e mais recente. Há momentos como este em que os personagens podem escolher como entrar para a história. Como ocorre com a tentativa de golpe de 2023, as instituições, os poderes maiores, estão funcionando.
*Mario Vitor Santos/247
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