Luis Gustavo Botto Maia teve aumento de 367% na gestão de Pedro Guimarães; ele nega ingerência de senador.
Ex-advogado de Flávio Bolsonaro e investigado no caso da “rachadinha”, Luis Gustavo Botto Maia conseguiu uma promoção relâmpago do Rio de Janeiro para um cargo em Brasília com apenas oito meses de trabalho na Caixa, segundo a Folha.
Ele passou no concurso para técnico bancário, em 2014, e começou a trabalhar na unidade da Caixa na praça Jauru, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, em abril de 2021.
Em novembro do mesmo ano, oito meses depois de começar no banco, Botto Maia foi transferido para a Diretoria Executiva de Marketing e Relacionamento Institucional, em Brasília, como substituto eventual de assessor executivo, o que elevou seu salário de R$ 3.000 para R$ 14 mil.
Nos sistemas internos da Caixa, Botto Maia ainda aparece como lotado na sua agência original, apesar de não dar expediente lá desde o ano passado.
Ele nega a ingerência de Flávio, hoje senador pelo PL, na sua mudança para Brasília. “Uma oportunidade surgiu e eu me enquadrava no perfil”, justificou.
A defesa de Pedro Guimarães também nega que o ex-presidente tenha feito qualquer movimentação para trazer o ex-advogado de Flávio para Brasília.
Botto Maia foi investigado pelo MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) no caso das “rachadinhas”. Ele chegou a ser alvo de busca e apreensão na Operação Anjo, em junho de 2020, quando trabalhava no gabinete do deputado estadual Renato Zaca (PRTB), apoiador de Bolsonaro.
De acordo com o MP, Botto Maia, que advogou para Flávio por um período durante o caso da “rachadinha”, teria obstruído a investigação e destruído provas. O MP afirma que ele assinou retroativamente registros de pontos de 2017 com o objetivo de atrapalhar a apuração dos fatos.
“Botto Maia extrapolou todos os limites do exercício da advocacia e passou a atuar de forma criminosa, em cumplicidade com funcionários da Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro), para obstruir a atuação da Justiça mediante adulteração de provas relevantes à investigação da organização criminosa”, diz a denúncia.
Ele chegou a responder um processo administrativo na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) por isso, mas o caso foi arquivado.
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