Peter Eckschmiedt - Antropofagista

Comecemos pelos começo

O juiz Peter Eckschmiedt e o perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes, foram denunciados por peculato e organização criminosa em São Paulo.

As informações fornecidas estão consistentes com as denúncias recentes feitas pela Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo (PGJ-SP) contra o juiz Peter Eckschmiedt, o perito Eduardo Tagliaferro e outras 11 pessoas, por peculato e organização criminosa.

Segundo a denúncia, o grupo, liderado por Eckschmiedt, manipulava processos na 2ª Vara Cível de Itapevi para desviar recursos de heranças não partilhadas e bens de idosos incapazes, utilizando títulos falsificados e ações fraudulentas.

Um dos casos mencionados envolve o espólio do empresário e ex-piloto de Stock Car, Alexandre Negrão, falecido em 2023.

Em agosto de 2023, uma operação conjunta da PGJ-SP e da Polícia Militar apreendeu R$ 1,7 milhão em espécie escondidos no sótão da residência de Eckschmiedt em Jundiaí.

O juiz foi condenado à aposentadoria compulsória em maio de 2025, a pena mais grave aplicável a um magistrado.

Tagliaferro, ex-assessor de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é acusado de realizar “limpezas tecnológicas” em dispositivos para dificultar investigações, além de orientar Eckschmiedt a apagar provas.

A defesa de Tagliaferro considera a denúncia “deplorável” e afirma que ele nunca foi convocado para esclarecimentos, negando envolvimento nos fatos.

A defesa de Eckschmiedt, por sua vez, informou que se manifestará apenas nos autos, devido ao sigilo do processo, e nega veementemente as acusações, prometendo esclarecimentos no momento oportuno.

Vale notar que Tagliaferro, atualmente na Itália, também enfrenta denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) por outros crimes, como violação de sigilo funcional e obstrução de investigações relacionadas a atos antidemocráticos, o que gerou um pedido de extradição por Moraes.

Ele se tornou uma figura próxima a bolsonaristas após romper com Moraes e vazar informações sigilosas do TSE.