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Planos de saúde sobem 40% na Argentina, após decreto de Milei

Com antigo sistema, aumento seria de 6,26%. Setor diz que procura compensar o atraso dos preços com o aumento dos custos.

O aumento nas taxas dos planos de saúde será da ordem de 40% em janeiro, segundo disseram representantes do setor ao LA NACION. Diretores das entidades que compõem a União Argentina de Saúde (UAS) realizaram reuniões para analisar os efeitos na atividade do Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) assinado quarta-feira pelo presidente Javier Milei e seus ministros, que foi publicado ontem no Diário Oficial.

— Os aumentos vão oscilar na faixa dos 35% a 42% — disse uma das fontes consultadas. Ela acrescentou que, com este nível de reajustes, o atraso nos preços que as empresas afirmam ter não será compensado, e que ultrapassa os 50%, sem levar em conta os efeitos deixados pela inflação e pela desvalorização deste mês, principalmente em grande parte dos insumos, que são importados, diz O Globo.

A DNU denominada “Bases para a reconstrução da economia argentina” libera os preços dos planos de saúde, ao revogar, da lei que regulamenta o setor pré-pago, a parte referente aos poderes dos funcionários da Saúde para autorizar aumentos de cotas.

A Lei 26.682 aprovada em 2011 e da qual alguns artigos estão hoje revogados – no todo ou em parte –, conferia à Superintendência de Serviços de Saúde o poder de fiscalizar e garantir “a razoabilidade dos honorários dos planos de benefícios”. Isso agora foi eliminado.