Sistema de saúde palestino em colapso também não consegue enviar feridos para receber tratamento em outros países por demora de Israel em autorizar saída.
A Sociedade do Crescente Vermelho Palestino (PRCS) denunciou na manhã desta quarta-feira (13/12) uma “deterioração da situação” no campo de Refugiados de Jenin, na Palestina, que está sob cerco pelas Forças de Defesa Israelenses (FDI).
A organização de direitos humanos afirmou que apesar de receber “chamadas de emergência” em locais que as equipes médicas já têm dificuldades de acesso, ainda “existem impedimentos por parte das forças de ocupação de Israel”.
O Crescente Vermelho também afirmou que famílias estão enfrentando escassez de alimentos, como pão e leite em pó para bebês, uma vez que “suas casas estão ocupadas por soldados israelenses, e não podem sair”.
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De acordo com a ONG israelense Physicians for Human Rights-Israel (PHRI), apenas 1% dos feridos conseguiu deixar a Faixa de Gaza para receber tratamento médico em Rafah, na fronteira com o Egito.
A porcentagem corresponde a apenas 430 palestinos dentre os cerca de 50 mil desde 7 de outubro, veiculou o jornal catari Al Jazeera.
Segundo a organização, o motivo que explica o baixo número comparado ao total é o tempo que o governo de Israel leva para responder às solicitações de saída: três dias, que podem levar “a uma rápida deterioração das condições dos pacientes até o ponto de morte”, disse a PHRI.
Outra crise de saúde em Gaza são acerca das pessoas que antes da guerra de Israel contra a Palestina já apresentavam quadros de doenças, como insuficiência renal e câncer, ou até mesmo recém-nascidos que necessitam de incubadora.
“Até o momento, apenas cerca de 500 pacientes de alto risco, incluindo pelo menos 1.000 com insuficiência renal, 2.000 pacientes com câncer, 130 recém-nascidos em incubadoras, puderam partir para tratamento na Turquia, nos Emirados Árabes Unidos e no Catar”, notificou a ONG.