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Escândalo: Trump está na lista de Epstein, que mantinha rede de prostituição e pedofilia

Jornal The Wall Street Journal revela que ele foi alertado por autoridades do Departamento de Justiça de que figura diversas vezes nos documentos do caso

Em reportagem publicada nesta quarta-feira, 23 de julho, pelo Wall Street Journal, foi revelado que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi informado pelo Departamento de Justiça de que seu nome aparece diversas vezes nos arquivos relacionados ao financista Jeffrey Epstein, que mantinha uma rede de prostituição e pedofilia nos Estados Unidos, voltadas para lideranças políticas e empresariais. A informação foi repassada ao presidente em maio deste ano, durante uma reunião na Casa Branca, pela procuradora-geral Pam Bondi e seu vice, segundo autoridades da própria administração ouvidas pela publicação.

A apuração do WSJ revela que, ao revisar uma grande quantidade de documentos – descrita por Bondi como uma “carga de caminhão” de papéis –, o Departamento de Justiça encontrou múltiplas menções a Trump. Ele também foi avisado de que outras figuras de alto escalão da política, dos negócios e do entretenimento constam nos registros. O fato de o nome estar presente nos arquivos, porém, não indica, por si só, envolvimento em atividades ilegais. Como ressalta a reportagem, a simples menção nos documentos não representa evidência de conduta criminosa.

Jeffrey Epstein foi um financista bilionário e figura influente no alto escalão social dos Estados Unidos, com conexões que iam de Wall Street à realeza britânica. Em 2008, ele foi condenado na Flórida por solicitação de prostituição envolvendo uma menor de idade, em um acordo judicial polêmico que o livrou de acusações mais severas. Já em 2019, foi novamente preso, desta vez por liderar um amplo esquema de tráfico sexual de meninas e adolescentes, muitas delas aliciadas por meio de promessas de dinheiro ou oportunidades de trabalho. Ele morreu em agosto daquele ano, em uma prisão federal em Nova York, em circunstâncias oficialmente tratadas como suicídio, embora envoltas em controvérsias.

Os arquivos citados pelo Wall Street Journal fazem parte de uma série de documentos apreendidos ou produzidos durante as investigações federais que se seguiram à prisão e morte de Epstein. Muitas dessas evidências estavam sob sigilo judicial, mas partes significativas começaram a vir a público recentemente, reacendendo o debate sobre os cúmplices e a rede de proteção que teria garantido impunidade ao bilionário por tantos anos.

A relação de Trump com Epstein já havia sido objeto de escrutínio público no passado. Há registros de encontros entre os dois em festas nos anos 1990 e início dos anos 2000. Em 2002, Trump chegou a afirmar que Epstein era “um cara muito legal” e que “gostava de mulheres bonitas tão jovens quanto possível”, em declaração à revista New York. Posteriormente, Trump afirmou ter cortado laços com Epstein e nega qualquer envolvimento com os crimes atribuídos a ele.

O conteúdo integral dos arquivos ainda permanece, em grande parte, sob sigilo. No entanto, a confirmação de que o presidente foi formalmente informado da presença de seu nome nesses documentos amplia a pressão por transparência. Com a corrida eleitoral das eleições de meio de mandato de 2026 se aproximando, o impacto político das revelações pode ser considerável, especialmente se novos trechos dos arquivos vierem a público. A reportagem completa do Wall Street Journal está disponível neste link.  247.


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Wall Street Journal: Hamas está disposto a libertar reféns mulheres e crianças

De acordo com jornal norte-americano, grupo palestino expressou disposição para iniciar negociações com Israel troca de uma trégua no conflito.

Integrantes do grupo palestino Hamas disseram a mediadores internacionais que estão abertos a discutir um acordo para libertar alguns dos israelenses sequestrados que mantêm como reféns em troca de uma trégua. A informação é do jornal norte-americano Wall Street Journal, publicado na terça-feira (23/01).

A abertura marca uma mudança significativa por parte do Hamas, que durante semanas insistiu que só negociaria os reféns como parte de um acordo abrangente que levaria ao fim permanente da guerra que envolveu Gaza desde que militantes do grupo atacaram o sul de Israel em 7 de outubro.

Conforme publicou o Wall Street Journal, fontes egípcias afirmaram que o Hamas “mostrou sua disposição para chegar a um acordo sobre a libertação de todas as mulheres e crianças civis detidas”.

O jornal observou que as autoridades israelenses, embora expressem ceticismo sobre o possível progresso nas negociações, sinalizaram a disposição para continuar as discussões sobre os princípios orientadores de um possível acordo.

Contudo, no contexto das possíveis negociações de trégua, o Exército israelense continua bombardeando Khan Younis, cidade no sul da Faixa de Gaza. Na manhã desta quarta-feira (24/01), testemunhas relataram à mídia local disparos de helicópteros militares de Israel em torno da região, no qual, supostamente, dirigentes do Hamas estão escondidos.

Enquanto isso, fontes israelenses negaram uma “reviravolta” nas negociações com o Hamas para uma trégua que permita a libertação de mais reféns pelo grupo palestino.

O premiê Benjamin Netanyahu é pressionado por familiares de reféns e por parte da sociedade civil para fazer mais em prol da libertação das pessoas mantidas em cativeiro pelo Hamas desde 7 de outubro.

O ministro israelense e membro do gabinete de guerra, Benny Gantz, disse que o retorno dos reféns não era apenas o objetivo mais importante de Israel, mas também “um dever moral do Estado”, segundo o jornal israelense Haaretz.

Gantz acrescentou que, embora seja um “objetivo urgente”, “não substitui o compromisso de eliminar a ameaça implacável do Hamas”.

O ministro também criticou os “suposições sobre negociações” das propostas para um acordo de reféns, dizendo que isso prejudicava os esforços de Israel para chegar a um acordo, bem como as famílias dos reféns.

A Organização das Nações Unidas (ONU) relatou uma “intensificação” da violência e uma nova ordem de evacuação transmitida pelo exército israelense afetando áreas de Khan Younis onde há “88 mil habitantes e cerca de 425 mil pessoas deslocadas” pela guerra que ali encontraram refúgio.

* Com Sputnik