Mês: novembro 2020

Em nota, Militares fazem linha de impedimento e abandonam Bolsonaro sozinho na área

Um dia depois das manifestações do comandante do Exército, Edson Pujol, de que os militares não estão a serviço de governos e de partidos, mas do Estado e do país, hoje há mais um recado a Bolsonaro.

Desta vez, uma nota em defesa da missão constitucional dos militares, com a mesma mensagem: não há como misturar as atividades dos quartéis com as do governo.

O documento foi emitido pelo Ministério da Defesa, com a assinatura de todos os chefes militares. O texto reafirma que as Forças Armadas são apartidárias.

A nota é assinada pelo ministro da Defesa, Fernando Azevedo, e pelos comandantes da Marinha (Ilques Barbosa Júnior), Exército (Edson Leal Pujol) e Aeronáutica (Antonio Carlos Moretti Bermudez).

Há um alerta em especial: o de que os militares confiam que Bolsonaro pensa de acordo com as Forças Armadas. Ou seja, se não pensa, agora terá de pensar.

Bolsonaro será obrigado a admitir que a base militar que ele pretendia ter, de forma incondicional, é imaginária.

Os militares estão saltando fora de compromissos com o bolsonarismo, antes do desastre total. Bolsonaro vai ter de se agarrar ao Centrão e a Olavo de Carvalho.

Esta é a íntegra da nota:

“A respeito de recentes publicações e especulações envolvendo o Governo e as Forças Armadas, o Ministro de Estado da Defesa e os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica esclarecem que:

A característica fundamental das Forças Armadas como instituições de Estado, permanentes e necessariamente apartadas da política partidária, conforme ressaltado recentemente por chefes militares, durante seminários programados, é prevista em texto constitucional e em nada destoa do entendimento do Governo e do Presidente da República;

O Presidente da República, como Comandante Supremo, tem demonstrado, por meio de decisões, declarações e presença junto às tropas, apreço pelas Forças Armadas, ao que tem sido correspondido;

O único representante político das Forças Armadas, como integrante do Governo, é o Ministro da Defesa;

Os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, quando se manifestam, sempre falam em termos institucionais, sobre as atividades e as necessidades de preparo e emprego das suas Forças, que estão voltadas exclusivamente para as missões definidas pela Constituição Federal e Leis Complementares;

As Forças Armadas direcionam todos os seus esforços exclusivamente para o cumprimento de suas missões, estando presentes em todo o País. Atualmente, atuam no combate ao novo coronavírus (Operação Covid-19), inclusive com apoio às comunidades indígenas; no combate aos crimes ambientais, ao desmatamento e às queimadas na Amazônia (Operação Verde Brasil 2); no acolhimento e interiorização de refugiados da crise na Venezuela (Operação Acolhida); no combate aos crimes transnacionais (Operação Ágata); no apoio às eleições 2020 (logística e garantia da votação e apuração); no apoio à população do Amapá, em função da recente crise gerada por falta de energia elétrica; em ações humanitárias e sociais, como a Operação Carro-Pipa (que leva água a milhões de pessoas atingidas pela seca), o atendimento médico hospitalar às populações ribeirinhas e o transporte de órgãos para transplantes; além de inúmeras outras atividades, destacando, ainda, a essencial e diuturna proteção das fronteiras marítima, terrestre e aérea, que asseguram nossa Soberania e Desenvolvimento Nacional.

Por fim, um País forte requer instituições sólidas e transparentes. Tratar com franqueza os assuntos da Defesa, além de proporcionar o fortalecimento das instituições, contribui para o propósito de alçarmos o Brasil a níveis adequados de desenvolvimento e segurança”.

 

*Com informações do DCM

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Merval, o insuperável, solta sua maior pérola: ‘tirando sua idolatria por um torturador assassino, Mourão é nota 10’

Mais uma vez ele se sobressai, com posições razoáveis e sensatas, em relação ao presidente Bolsonaro que, para se vingar, já disse que Mourão é muito mais “tosco” do que ele, como se avisasse: não adianta querer me derrubar porque o Mourão é pior ainda. Pouco provável, pela formação acadêmica de um general de quatro estrelas, e pelas posições que tem tomado, pessoalmente ou na presidência do Conselho da Amazônia. (Merval Pereira)

Existem muitos jornalistas estúpidos na grande mídia, mas Merval Pereira consegue ser mais estúpido que ele próprio. Foi assim que despejou hoje 1kg de cocô com bicarbonato.

Explico: pela frase que segue abaixo, Merval quer fazer um jogo casado entre o crápula e o anjo no seu refinadíssimo bolostrô conceitual com um mata-leão na lógica:

Com exceção da admiração por Ustra, Mourão tem defendido teses razoáveis. (Merval Pereira).

Dito assim numa frase solta numa manchete em garrafais, muita gente pode não enxergar, pela fresta da porta, a monstruosidade dessa espécie de guerra fria que Merval propõe, e vai apostar que Mourão é um dos vestais do sagrado direito que um militar tem de dar um beliscão em alguém, se não obedecer às ordens dos generais da ditadura.

Mas não, Merval está falando das maxilas de uma hiena, sem um traço qualquer de humanidade, um monstro aos moldes dos piores nazistas, alguém que tinha prazer em torturar, Brilhante Ustra, em nome do “guerra é guerra”, que Mourão usa para justificar sua devoção ao monstro.

Só o fato de ser vice de quem ele é, já tira de Mourão qualquer possibilidade de relativizar as declarações da cavalgadura. Mas, diante do próprio Merval, em entrevista na Globonews, Mourão foi enfático ao afirmar que, assim como Bolsonaro, seu livro de cabeceira é o de Brilhante Ustra.

Esse artigo do pirotécnico Merval não deixa de ser didático, primeiro porque mostra como ele e toda a bancada jornalística da Globo relativizaram um candidato com histórico como o do bandoleiro Bolsonaro. segundo porque, nesse artigo, Merval, certamente, a mando dos Marinho, solta um balão de ensaio na base do “vai que cola” e, numa possível queda do cavalão, encaixar na vaga, seu burro de carga mais servil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Bolsonaro, descontrolado, teme a ruína de seu governo

Bolsonaro sabe que os próximos cinco ou seis meses serão decisivos. Eles poderão trazer o êxito que lhe permitirá conservar a popularidade para concorrer à reeleição, ou a ruína completa de seu governo. As adversidades recentes têm aumentado sua irritação, levando-o a rasgar, como fez ontem, a fantasia que vinha usando desde a prisão de Queiroz, a de um Bolsonaro mais contido, propenso ao diálogo e afável com o Congresso, onde montou uma base de apoio com o Centrão e tornou-se um praticante notável da velha política.

Os desatinos de terça-feira, segundo fontes que circulam entre o governo e o Congresso, decorreram destas aflições com uma conjunção de problemas que o deixam irado, à beira de um ataque de nervos. E quando fica exasperado, Bolsonaro costuma entregar-se mais à realidade paralela em que vivem pessoas como ele e Trump, como estamos vendo. Num só dia ele celebrou a morte de uma pessoa que participava dos testes da Coronavac, causando a interrupção dos procedimentos pela Anvisa. Anvisa que por sinal precipitou-se, arriscando sua credibilidade, e ficou agora suspeita de ter se entregado a Bolsonaro para atuar politicamente na guerra das vacinas. Viu-se em seguida que a morte do participante nada teve a ver com a vacina. Quarenta horas depois a Anvisa recuou e Bolsonaro não se desculpou.

E à tarde, mais impropérios que nunca foram vistos na boca de um presidente. Ele falou em pólvora contra os Estados Unidos, chamou os brasileiros de maricas e os jornalistas de urubuzada. Exortou os maricas a enfrentar a pandemia de perto aberto, pois todos vão morrer um dia. Vamos sim, mas ninguém quer antecipar seu dia. Nessa fala, homofobia e misoginia (maricas são mulheres, e por serem imprestáveis, viram xingamento de homens fracos) e pregação necrófila: enfrentem o corona e morram se for preciso.

A derrota de seu guru Donald Trump foi, é claro, um infortúnio dos grandes para Bolsonaro, que ainda não assimilou nem reconheceu a vitória de Biden. E nem sabe o que fará sem Trump. Some-se a preocupação com a situação do filho Flávio, denunciado pelo MP do Rio por peculato (corrupção), lavagem de dinheiro e comando de organização criminosa. Na própria terça, o STF enviou à PGR, para manifestação, pedido de investigação sobre o emprego de recursos e órgãos do Estado, por Bolsonaro, para a defesa do filho.

O que houve? Numa reunião no Palácio, presente o advogado do filho, Bolsonaro acionou a ABIN e a Receita Federal em busca de elementos que pudessem anular a validade do relatório emitido pelo COAF, apontando movimentação financeira atípica por Flávio. Deste relatório partiram as investigações do MP do Rio. Mas o ponto mais grave nessa história não é o uso do Estado para fins particulares. Ao buscar a nulidade de uma prova judicial, isso pode caracterizar o crime de obstrução de justiça, por parte de Bolsonaro. Isso é grave, embora não faltem crimes que justifiquem um impeachment ou a abertura de processo por crime comum, via STF.

E embora tenha se gabado tanto de não entender de economia, quando apresentava Paulo Guedes como o dono da bola nesta área para agradar o mercado, Bolsonaro agora sabe que o país “caminha a passos largos para o precipício”, para usar palavras do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que não pode ser chamado de alarmista.

A dívida pública vai se tornando explosiva, aproximando-se dos 100% do PIB, e o deficit passará dos R$ 900 bilhões no final do ano. O desemprego campeia e a inflação está aí, tendo o próprio Guedes afirmado que, se a questão da dívida não for equacionada, poderemos voltar a conviver com a hiperinflação. Guedes declarou-se também frustrado por não ter conseguido, em dois anos, vender nenhuma estatal. Ministro que começa a falar em frustração costuma estar preparando a saída. Guedes não entregou nada do que prometeu à elite econômica e ao mercado, e sabe que o que nos espera em 2021. Bolsonaro não sabe o que fazer: manter Guedes e sua política fracassada ou correr o risco de trocar de ministro.

Para completar, ele tem sido um péssimo cabo eleitoral, ao contrário do que se esperava. Os candidatos que apoia não estão se saindo bem nas pesquisas. A eleição de domingo pode mostrar um Bolsonaro perdedor. E isso também pode lhe dar nos nervos.

*Tereza Cruvinel/247

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Inspirado em Bolsonaro e Moro, cresce muito o envolvimento de milícias na política do Rio e São Paulo

Se existe uma coisa da qual a Lava Jato pode se orgulhar é a destruição da disputa política minimamente civilizada no Brasil. A Lava Jato mergulhou o país nessa selvageria bolsonarista em que vive.

Na verdade, se Bolsonaro é o autor de uma política genocida contra a Covid-19, que já matou quase 165 mil brasileiros, esse feito tem que ser dividido com a Lava Jato que, por sua vez, produziu o monstro que preside o Brasil.

Neste sábado, a Folha, em uma matéria, mostra que nos dois maiores estados do país, Rio e São Paulo, houve um aumento exponencial do envolvimento das milícias com a política, mas nada diz sobre o herói da mídia e sua decisiva participação no governo de um presidente entusiasta da milícia, vide Fabrício Queiroz e Adriano da Nóbrega, mas também com a absoluta leniência de Moro com a mesma, por motivos óbvios, quando esteve à frente da pasta da Justiça e Segurança Pública.

Se parar para pensar no que está acontecendo no país, onde um PM carioca como Gabriel Monteiro transformou-se num youtuber, através da participação no MBL, e agora é candidato a vereador no Rio de Janeiro, escoltado 24 horas por dia por PMs sem farda, como relatou o jornal o Dia nesta sexta-feira (13), observa-se que Moro fez escola com o uso da grande mídia e, em seguida, seu primeiro passo na vida política, chegou chegando, assumindo o super ministério no governo Bolsonaro, depois de fazer um toma lá dá cá em que a cabeça de Lula era toma lá e o dá cá a pasta que lhe daria o primeiro degrau em sua trajetória política que ruma agora para a disputa presidencial em 2022.

Dito isso, não há como negar que esse foi o grande legado da Lava Jato, destruir muitos partidos, inclusive o PSDB, empresas de ponta e, junto, a economia brasileira, e colocar em seu lugar o lixo da política brasileira, o baixo clero, não só  do Congresso, mas da vida política do país, desembocando no assustador crescimento da milícia e a consequente violência e assassinatos a que se assiste na política brasileira.

Não há a menor dúvida, essa mídia que não faz autocrítica por ter transformado Moro num herói nacional, mesmo sendo ele tão ou mais tóxico que Bolsonaro, o apoiará em sua ambiciosa e desmedida trajetória em busca da cadeira presidencial.

Tudo para que a mídia não veja o PT, mas sobretudo Lula, voltar a ocupar o Palácio do Planalto.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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General Pujol dá um perdido em Bolsonaro e o deixa na marca do pênalti

Nesta sexta-feira, em palestra, o comandante das Forças Armadas, Edson Leal Pujol, reafirmou o que havia dito ontem em live com Sergio Etchegoeyn e Raul Jungman de que as Forças Armadas estão abandonando o barco náufrago de Bolsonaro.

“Não queremos fazer parte da política, muito menos deixar ela entrar nos quartéis”.

Certamente, o start foi a pólvora ridicularizada no Brasil e no mundo, mas também do conjunto da obra bufa, diga-se de passagem, porque, no governo Bolsonaro, não há um setor que funcione, da economia à saúde, da educação à cultura, da diplomacia ao meio ambiente, e por aí vai, nada funciona.

Bolsonaro está cada vez mais pendurado em quem se pendura em seu saco, ou seja, sem base política. Sem ter qualquer projeto de governo, que fará de país, Bolsonaro vai caindo de podre e sua rede de proteção vai apresentando rombos impossíveis de serem costurados.

Não tem volta e as eleições do próximo domingo vão mostrar o seu total fracasso como líder político, o que consequentemente já começa a ruir a estabilidade de seu governo.

Soma-se a isso o avanço das investigações dobre o clã a partir de Flávio, está montada a receita de um presidente completamente isolado, sem partido e que começa a perder o amparo de quem o ajudou a se eleger que o garantia ainda na cadeira da presidência.

Agora, para o restante pular de boiada do barco, é um sopro.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Brasil chega 5,8 milhões de infectados por Covid-10 e se aproxima de 165 mil mortes

País registrou 523 óbitos e 29.052 casos da doença, mostra consórcio da imprensa.

Brasil registrou 523 mortes pela Covid-19 e 29.052 casos da doença, nesta sexta-feira (13). Com isso, o país chegou a 164.855 óbitos e a 5.811.699 pessoas infectadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

São Paulo, mais uma vez, não disponibilizou dados sobre a doença. O estado afirma estar enfrentando problemas no sistema de registro do Ministério da Saúde. O Paraná também não divulgou dados pelo mesmo motivo.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h, a média de mortes nos últimos sete dias é de 403, o que representa um cenário de estabilidade em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média e estabilidade. A média, porém, também foi afetada pelo recente apagão de dados de alguns estados.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.​​​​​​​​

 

*Com informações da Folha

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Com dinheiro público, Bolsonaro vai turbinar campanhas publicitárias para ‘construir narrativa’ sobre Amazônia

Documentos de conselho para a Amazônia mostram que governo quer mudar “percepções críticas” sobre a política ambiental do país.

Sob fortes críticas internacionais em relação à sua política ambiental, o governo brasileiro planeja turbinar campanhas publicitárias pagas com dinheiro público para “construir narrativa” sobre as ações da atual gestão em torno da Amazônia. A tática, já usada em 2019, está delineada em documentos produzidos pelo Conselho Nacional da Amazônia Legal (CNAL) aos quais O GLOBO teve acesso. Uma das metas em estudo pelo conselho é aumentar em 70% as notícias positivas sobre prevenção e combate a crimes ambientais. O objetivo é reverter o que o governo classifica como “percepções críticas no Brasil e no exterior relativas à Amazônia”.

Os documentos mostram que os objetivos do governo são “desenvolver ações voltadas à projeção da imagem do Brasil no exterior em matéria de desenvolvimento sustentável da Amazônia” e “construir uma narrativa sobre a estratégia para a Amazônia Legal”.

Para atingir esse objetivo o governo estuda medidas como turbinar ações publicitárias pagas com dinheiro público, principalmente no exterior.

“Intensificar as campanhas publicitárias lançadas pelo governo, tais como: Brazil By Brazil e brazilbybrazil.com, com foco em meio ambiente e agronegócio”, diz outro trecho.

“Aumentar em 70%, até 2021, o número de notícias positivas divulgadas pelo Governo, no que diz respeito à repressão aos ilícitos transfronteiriços e transnacionais”, diz um trecho do documento.

As campanhas mencionadas no documento foram iniciadas em 2019, no auge da pressão internacional pelo aumento das queimadas na Amazônia. A estimativa feita no ano passado pelo próprio governo é de que a campanhas custariam em torno de R$ 40 milhões. No ano passado, foram veiculados anúncios com mensagens positivas sobre o Brasil em países como Reino Unido, Holanda, Irlanda e Estados Unidos.

Os documentos mostram também que o governo estuda acelerar a velocidade da divulgação dos resultados de operações na região e estabelecer novos critérios de “prestação de contas” dessas operações. Pelos documentos, no entanto, não fica claro se esses novos critérios representariam restrições a agentes públicos para divulgar dados sobre as ações do governo na região.

Temor que má imagem do país afete acordos estrangeiros

Os documentos obtidos pelo GLOBO fazem parte de uma apresentação entregue durante a última reunião do CNAL, no início de novembro. Eles detalham uma série de objetivos, metas e ações que o governo estuda sobre a Amazônia. Parte deles é referente às estratégias que o governo pretende adotar para mudar a imagem do país no exterior.

O temor é que a má imagem do país lá fora afete acordos comerciais e decisões sobre investimentos estrangeiros no Brasil. Nos últimos dois anos, o Brasil foi duramente criticado pela comunidade internacional por conta do aumento nas taxas de desmatamento e de incêndios na região amazônica.

“Desenvolver ações de diplomacia ambiental para reverter as percepções críticas ao Brasil no exterior relativas à Amazônia e o meio ambiente, que afetam os negócios comerciais e a decisão investimento”, diz um trecho dos documentos.

A reportagem enviou perguntas para a Vice-Presidência da República e para a Secretaria Especial de Comunicação Social (Secom), vinculada ao Ministério das Comunicações, mas até o momento não houve retorno.

 

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Bolsonaro só não cai porque a direita não tem nada para colocar no lugar dessa xepa

A direita, falida, não tem outra alternativa que não seja a de aturar Bolsonaro. Ela chegou a uma falência tal que não tem saída. Sem um partido minimamente representativo ou uma liderança qualquer, ela vai se arrastando até cair num precipício.

Assista:

*Da redação

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Miliciano Adriano da Nóbrega pagou R$ 80 mil pela cirurgia de Queiroz no Albert Einstein

Uma das transações financeiras ajuda a esclarecer um mistério: de onde veio o dinheiro usado pelo faz-tudo da família Bolsonaro para a retirada de um câncer.

Era antiga e umbilical a relação entre o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, faz-tudo da família Bolsonaro, e o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado pelo Ministério Público (MP) de chefiar um grupo de extermínio que trabalhava para uma das mais temidas milícias do Rio de Janeiro. Os dois serviram juntos na Polícia Militar, onde foram parceiros em rondas que resultaram na morte suspeita de um civil. Em diferentes eleições, eles também pediram votos para Jair Bolsonaro e seus filhos a colegas das forças de segurança e em áreas controladas por milicianos, como Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital fluminense.

A parceria aproximou suas famílias e, de quebra, desdobrou-se para a área financeira. Pelas mãos de Queiroz, a mãe e a ex-mulher de Adriano foram contratadas para trabalhar no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e, segundo o MP, devolveram parte dos salários que recebiam. Sob o guarda-chuva desse contrato principal, firmado no âmbito do esquema da rachadinha, Adriano e Queiroz realizaram outras transações financeiras.

Uma delas ajuda a esclarecer parte de um antigo mistério: de onde saiu o dinheiro vivo usado por Queiroz a fim de pagar a sua cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada de um câncer no cólon. O custo total da operação foi de quase 135 000 reais, quitados em espécie. Apesar de sua movimentação bancária milionária descoberta pelo Coaf, o órgão de inteligência financeira do governo federal, Queiroz sempre viveu de forma modesta.

Diante da necessidade de arcar com uma despesa médica de tal monta, sua mulher, Márcia de Aguiar, ligou para Adriano — que na época ainda não havia sido denunciado pelo MP — e pediu ajuda. O ex-capitão concordou em dar 80 000 reais ao amigo e mandou um de seus funcionários levar o dinheiro do Rio para São Paulo. A familiares, Adriano disse que ajudou Queiroz porque eles eram amigos de longa data.

Era antiga e umbilical a relação entre o policial militar aposentado Fabrício Queiroz, faz-tudo da família Bolsonaro, e o ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, acusado pelo Ministério Público (MP) de chefiar um grupo de extermínio que trabalhava para uma das mais temidas milícias do Rio de Janeiro. Os dois serviram juntos na Polícia Militar, onde foram parceiros em rondas que resultaram na morte suspeita de um civil. Em diferentes eleições, eles também pediram votos para Jair Bolsonaro e seus filhos a colegas das forças de segurança e em áreas controladas por milicianos, como Rio das Pedras, na Zona Oeste da capital fluminense. A parceria aproximou suas famílias e, de quebra, desdobrou-se para a área financeira. Pelas mãos de Queiroz, a mãe e a ex-mulher de Adriano foram contratadas para trabalhar no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro e, segundo o MP, devolveram parte dos salários que recebiam. Sob o guarda-chuva desse contrato principal, firmado no âmbito do esquema da rachadinha, Adriano e Queiroz realizaram outras transações financeiras.
NO CRIME – Adriano: fortuna estimada em 10 milhões de reais – //Reprodução

Uma delas ajuda a esclarecer parte de um antigo mistério: de onde saiu o dinheiro vivo usado por Queiroz a fim de pagar a sua cirurgia no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, para a retirada de um câncer no cólon. O custo total da operação foi de quase 135 000 reais, quitados em espécie. Apesar de sua movimentação bancária milionária descoberta pelo Coaf, o órgão de inteligência financeira do governo federal, Queiroz sempre viveu de forma modesta. Diante da necessidade de arcar com uma despesa médica de tal monta, sua mulher, Márcia de Aguiar, ligou para Adriano — que na época ainda não havia sido denunciado pelo MP — e pediu ajuda. O ex-capitão concordou em dar 80 000 reais ao amigo e mandou um de seus funcionários levar o dinheiro do Rio para São Paulo. A familiares, Adriano disse que ajudou Queiroz porque eles eram amigos de longa data.

Queiroz ficou internado no Albert Einstein entre 30 de dezembro de 2018 e 8 de janeiro de 2019. Naquele período de virada de ano, três de seus filhos se hospedaram num imóvel de Adriano no Rio, recebendo os cuidados e a proteção de pessoas ligadas ao ex-capitão. A reciprocidade era uma tônica na relação entre as famílias. Raimunda Veras, a mãe de Adriano, trabalhou no gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio entre 2016 e 2018, quando recebeu 252 699 reais em salários e sacou 94,67%.

O porcentual abocanhado se repetiu no caso de outros servidores e indica uma espécie de meta de arrecadação. Em depoimento ao MP em setembro passado, Luiza Sousa Paes admitiu que era funcionária-fantasma e também devolvia mais de 90% do salário, em razão de um acerto com Queiroz. Ela foi a primeira servidora a reconhecer a existência da rachadinha. Seu testemunho, revelado pelo jornal O Globo, foi usado pelos promotores para denunciar Flávio Bolsonaro, Queiroz, as parentes de Adriano e mais uma dezena de pessoas por crimes como peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Diferentemente de Raimunda e Luiza, Danielle da Nóbrega, ex-mulher de Adriano, vivia sob outras regras. Durante seu período no gabinete de Flávio na assembleia, ela recebeu 776 343 reais em salários e devolveu 21,38% do valor. A mordida era menor devido a uma ação entre amigos. Adriano queria que Danielle tivesse uma ocupação formal e uma fonte de renda lícita.

Para que os desembolsos dela não ficassem abaixo do cobrado de outros funcionários, ele propôs repassar a diferença a Queiroz, em dinheiro vivo, com recursos próprios. Uma reportagem de VEJA publicada no mês passado mostrou que Adriano fez uma fortuna de pelo menos 10 milhões de reais depois de trocar a PM, corporação da qual foi expulso, pelo submundo do crime. Seu faturamento mensal variava de 250 000 reais a 350 000 reais com a exploração de atividades como jogos ilegais, grilagem de terras e venda e aluguel de apartamentos construídos irregularmente. Mesmo quando se separou de Danielle, Adriano manteve o acordo com Queiroz. Os dois tratavam o emprego dela como uma espécie de pensão. Na prática, uma coisa substituía a outra.

Quando foi demitida, em 2018, Danielle pediu socorro ao ex-marido, lembrando que tinha contas a pagar. “Contava com o que vinha do seu tbm (sic)”, respondeu Adriano por mensagem. Num primeiro momento, Danielle seguiu as recomendações de Queiroz sobre como proceder em relação ao avanço das investigações. A ordem era ficar em silêncio. Com o tempo, afastou-se de Queiroz e Adriano e se recusou a receber novas orientações.

Numa conversa, ela chegou a dizer que se arrependia de ter deixado aquele dinheiro sujo entrar em sua vida. Desde o início da apuração do caso, houve um esforço para impedir que os personagens do enredo dessem explicações ao MP. A prova mais clara disso foi o fato de Frederick Wassef, à época advogado da família Bolsonaro, ter escondido Queiroz em um imóvel de sua propriedade no interior de São Paulo. Foi lá que o operador da rachadinha acabou preso, em junho passado. Essa estratégia de tirar a turma de circulação disseminou em alguns investigados a suspeita de que o objetivo principal era livrar Flávio Bolsonaro das garras da Justiça, mas não necessariamente seus antigos subordinados.

 

*Com informações da Veja

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A maldição neoliberal de FHC

As pessoas devem se perguntar, por que um presidente que quebrou o país três vezes em oito anos, é tão adorado pela mídia se apenas 27% da população aprovaram seus mandatos?

Em contrapartida, todos gostariam de ter uma resposta do ódio que a mesma mídia nutre contra Lula, sendo que ele saiu dos mesmos dois mandatos com 87% de aprovação.

Quem está errado, a população ou a mídia? Depende, a mídia estaria certa se o assunto fosse sobre a elite que se beneficiou com a privataria de FHC, mas está errada no que se refere aos resultados concretos na vida do povo e, por isso, o recorde de rejeição a FHC.

Mais uma pergunta: se Temer, Collor, Sarney são tratados pela mídia com desprezo, obtendo os mesmos resultados, sob todos os pontos de vista de suas gestões, iguais aos de FHC, por que este é tratado como um príncipe?

Não pode ser simplesmente pelo verniz intelectual que FHC vendeu. Na verdade, o que parece é que ele foi a última água que fez o moinho da direita andar dentro da escala do poder, e ali ela secou. De lá para cá, o PSDB, que era o principal partido da direita, foi sofrendo uma desidratação tal que a mídia teve que cumprir o papel dos tucanos, não somente ela, é verdade, o próprio sistema de justiça brasileiro teve que ser convocado para carimbar as ações golpistas dos tucanos.

Mas nada disso impediu que o PSDB se transformasse em pó e, praticamente evaporasse como partido da vida política do país, pelo menos naquilo que representa uma democracia, que é a empatia de um partido com o povo e vice-versa.

Agora, não tendo como ressuscitar o finado tucanato, o soro da direita, se não migrou para Bolsonaro, descendo ainda mais o fundo do poço, está taxiando como um urubu à caça de uma carniça que parece cada dia mais distante, já que a população brasileira lacrou o caixão do PSDB, e o próprio partido ajudou a construir seu funeral quando protagonizou o golpe contra Dilma a partir de seu presidente, o corrupto deputado Aécio Neves, que deu uma de Trump não aceitando sua derrota para Dilma.

Mas ele poderia ter sido freado se FHC tivesse 000,1 de dignidade, mas não tem. Pior, FHC é ressentido não exatamente com o PT ou com Lula, mas os ataca porque, como dizia Florestan Fernandes sobre o qual FHC, que dele foi aluno, falsamente construiu sua imagem de discípulo, no Brasil, o feio não é ter preconceito, mas declará-lo.

Então, FHC, que nada tem a ver com o legado absolutamente fantástico de Florestan Fernandes, segue sendo o mesmo mesquinho, o mesmo medíocre que foi protegido por essa mídia, tão ou mais medíocre que ele, e é santificado como uma espécie de Roque Santeiro contemporâneo. O sujeito promoveu o maior roubo da história do país com suas privatizações, um dos maiores níveis de desemprego e quebradeira de empresas brasileiras, fazendo com que a moeda se desvalorizasse pesadamente frente ao dólar, deixando de herança uma monstruosa dívida com o FMI, que foi paga por Lula e, consequentemente nem um único tostão furado de reservas internacionais.

Já Lula e Dilma, juntos, deixaram quase US$ 400 bilhões de reservas. mas os dois, que estão absolutamente censurados pela Globo, são tratados pela mídia com o ódio com que o PT sempre foi tratado muito antes de ser governo.

O que se tem hoje é fruto disso, para ser mais claro, Bolsonaro no poder é fruto do casamento da mídia com FHC, o que não deixa de ser irônico, já que não há cidadão no mundo menos selvagem, para não dizer medieval do que Bolsonaro. mas ainda assim, nem FHC e, muito menos a mídia acham que ele deve ser derrubado, mesmo diante das suas absurdas declarações sobre a pandemia, depois de provocar a morte de mais de 164 mil brasileiros.

Na realidade, além dos militares e do próprio STF representando o sistema de justiça, FHC e a mídia são os grandes fiadores dessa tragédia. Mas tudo parte de FHC, como é dito aqui. Hora nenhuma a mídia é contrária às suas posições e, com isso, a maldição que FHC lançou sobre o Brasil quando governou, continua sendo renovada com menos verniz por esse que, certamente, junto com Roberto Marinho, disputa a posição de pior brasileiro da história do Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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