Mês: novembro 2020

Datafolha: Covas cai um ponto e Boulos diminui ainda mais a diferença

Covas tem 47% e Boulos, 40% no segundo turno em SP, diz Datafolha.

A três dias do segundo turno, o candidato do PSDB, Bruno Covas, oscilou negativamente um ponto, mas manteve a liderança na disputa pela prefeitura de São Paulo com 47% das intenções, de acordo com pesquisa do Datafolha divulgada nesta quinta-feira. Guilherme Boulos, do PSOL, manteve os 40% do levantamento anterior divulgado na terça-feira.

A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para mais ou para menos. O total de branco e nulos se manteve em 9%. O percentual dos que estão indecisos passou de 3% para 4%.Se foram considerados apenas os votos válidos, Covas soma 54% e Boulos, 46%.

O Datafollha ouviu 1.512 eleitores nos dias 24 e 25 de novembro. A pesquisa, encomendada pela Rede Globo e pelo jornal “Folha de S. Paulo”, foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número SP-09865/2020.

 

*Com informações de O Globo

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Vídeo: Pra que serve o posto Ipiranga? Em cerimônia, Paulo Guedes é chamado para falar e Bolsonaro o impede

Estranhamente, em cerimônia oficial, chamaram o ministro da Economia para discursar.

Jair Bolsonaro então interveio para que Paulo Guedes não falasse. Ao que parece, agora, não é preciso perguntar mais nada para o posto Ipiranga.

Ao final, o presidente fez um afago: “nosso posto Ipiranga é insubstituível”.

Confira:

*Com informações do DCM

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Em carta, empresários e investidores defendem Boulos e dizem que Covas é um gestor ‘sem brilho’

Manifesto tem apoio de 50 empresários e destaca plano econômico de Boulos.

Após uma série de lives entre empresários e o candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL) no primeiro turno das eleições, um grupo de 50 executivos lançou nesta quinta-feira (26) um manifesto a favor de sua candidatura.

Seguindo a temática de encontros feitos longe dos holofotes, noticiados pela Folha na terça-feira (24), a carta atrela a imagem da chapa Boulos e Erundina ao desenvolvimento econômico ligado à proteção social e orientado por princípios ambientais, sociais e de governança.

A carta critica o oponente Bruno Covas (PSDB) ao afirmar que, “herdeiro do capital político do avô”, a prefeitura “caiu em seu colo”, por ter herdado o posto do atual governador, João Doria. Em contraste, destaca Boulos como um empreendedor social que liderou por 20 anos um movimento social nacional, que garantiu moradia a 20 mil pessoas.

“Apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário”, diz o texto.

O manifesto, com apoio de alguns representantes do setor financeiro, se ocupa em rebater críticas recorrentes ao programa econômico do psolista, que enfatiza a economia solidária, por exemplo.

O texto afirma que seu plano será ligado à sustentabilidade, inclusão e digitalização, mas sem escapar de propostas mais tradicionais comumente atribuídas à direita, como PPPs (parcerias público-privadas).

Desde agosto, Boulos se reuniu com executivos do mercado financeiro e de setores como shoppings, aviação, tecnologia, data centers, autopeças, celulose e agronegócio.

Nos encontros virtuais, de cerca de uma hora e meia, em que era praticamente sabatinado, ouviu e opinou sobre a situação fiscal da cidade, “green bonds” (títulos verdes) e aumento de impostos.

“Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político”, diz o documento.

Todos os 50 nomes não foram divulgados, mas subscreveram a carta empresários ligados ao sistema B, um movimento econômico global que, dentre outras ações, promove o bem-estar das pessoas como elemento ao desenvolvimento.

Assinaram nomes como Marcel Fukayama, diretor-executivo do Sistema B no país, João Paulo Pacífico, do Grupo Gaia, Nina Silva, presidente do Movimento Black Money, Flávia Aranha, estilista, e Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos.

Um outro encontro, desta vez sem o postulante, está marcado para esta quinta-feira (26) à noite.

“Somos um grupo de colegas e amigos do mercado financeiro que decidiram ir de Boulos no segundo turno. Se você ainda está em dúvida, gostaríamos de compartilhar o porquê da nossa decisão, num bate-papo com perguntas e respostas, e participantes de diversas áreas e formações culturais”, diz convite que circula a convidados.

Veja o manifesto na íntegra:

Boulos e a necessidade de inovação na gestão de São Paulo

Somos um grupo de 50 empresários e executivos do setor produtivo e financeiro que apoiamos a candidatura de Guilherme Boulos e Luiza Erundina à prefeitura de São Paulo.

Num mundo pós-pandemia, em que o debate gira em torno da necessidade de ampliação da rede de proteção social e de se orientar ações por princípios ambientais, sociais e de governança, alguns setores da sociedade ainda insistem em defender fórmulas anacrônicas e ineficientes. A cidade mais rica da América Latina somente realizara seu potencial se conseguir resolver seus graves problemas.

Alguns que se opõem à candidatura de Guilherme Boulos, concentraram suas críticas no seu programa econômico. Nós, que trabalhamos em diferentes setores do mercado, entendemos que muitas dessas críticas são superficiais. Sua proposta se baseia numa inversão de prioridades na alocação dos recursos públicos, colocando a periferia no centro do debate. A viabilidade econômica se dará com o enfrentamento à corrupção, à revisão dos contratos com estabelecimentos de incentivos corretos e à cobrança mais efetiva da dívida ativa. Além de ter enfraquecido a Controladoria Geral do município, o PSDB tem um baixo índice de recuperação da dívida ativa. Boulos propõe investimentos em digitalização e contratação de procuradores para enfrentar a morosidade do sistema de cobrança. Não será simples, mas é possível.

No entanto, acreditamos que o debate sobre a importância da candidatura de Guilherme Boulos deve ir além de questões de contabilidade, uma vez que o conceito de sustentabilidade deve incluir fatores econômicos, sociais, ambientais e de governança. Nosso mundo mudou profundamente nos últimos oito meses. Alguns dos dogmas mais rigorosos do sistema econômico estão sendo questionados. É o momento ideal para se fazer uma transição inovadora na prefeitura da capital econômica e financeira da América Latina. Arriscado seria insistir em experiencias que não solucionaram problemas gravíssimos de exclusão social, degradação e violência urbanas.

Outros atacam a inexperiência do candidato. Guilherme Boulos é uma aposta inovadora, mas não excessivamente arriscada. Ele será acompanhado de Luíza Erundina, uma ex-prefeita que governou Sao Paulo com responsabilidade fiscal e inovação. Além disso, Boulos e um bem-sucedido empreendedor social e político. Fundou e lidera um movimento social que, em duas décadas, apesar da restrição orçamentária, garantiu moradia para mais de vinte mil pessoas e atua em catorze estados. Enfrentou caciques partidários para impor a sua candidatura e, conseguiu, finalmente, unir a forças progressista do país numa frente ampla pela democracia.

A crise econômica gerada pela pandemia poderá acarretar uma crise social de repercussões imprevisíveis. Sabemos que os custos financeiros, sociais e políticos da ausência do poder público nas regiões mais pobres pode aumentar a violência urbana. Eleger um prefeito que conheça profundamente os problemas da periferia será chave para evitar o aprofundamento da desigualdade social.

Covas, o herdeiro do capital político do avô, não teve que empreender como Boulos para se tornar prefeito. A prefeitura caiu em seu colo. E, apesar de ser educado e democrata, não tem o conhecimento e a liderança de Boulos e não conseguiu fazer uma gestão que deixasse um legado para a cidade. Foi um gestor sem brilho, ordinário.

Além da renovação política, o voto em Boulos será o voto pelo contrato social que São Paulo, apesar de sua riqueza, não fez sob a gestão de Doria/ Covas. Ele é um líder progressista que fala para os negros, as mulheres, os jovens e os menos favorecidos, que precisam ser inseridos no mercado de trabalho nos próximos anos.

Boulos propõe fazer políticas para que Sao Paulo seja uma cidade policêntrica, inovadora e solidária. Tem ideias arrojadas e diferentes para problemas gigantes. Ele descola de um certo anacronismo da esquerda em temas como trabalho, empreendedorismo e parcerias com setor privado. Covas conseguiria convencer quem prefere a continuidade de uma gestão excludente e sem inovação. Mais do mesmo.

São Paulo não será a primeira capital financeira a ser governada pela esquerda. Londres, sob o comando do seu Prefeito Sadiq Kahn, se tornou a capital do cosmopolitismo na era Brexit. Uma gestão Boulos voltaria a fazer de São Paulo uma cidade voltada para o futuro, empreendedora e inovadora. Será um prefeito de vanguarda para enfrentar os desafios de um mundo pós-pandemia.

Voto #Boulos50, me pergunte porque.

Em nome do grupo, subscrevem:

Flávia Aranha, estilista e empresária B
Marcel Fukayama, empresário B
Fabio Gordilho, empresário B
Marco Gorini, empresário B
Eliana Lopes, empresária
Eduardo Moreira, ex-banqueiro de investimentos
José Paulo Moutinho Filho, advogado corporativo
João Paulo Pacífico, empresário B
Luis Rheingatntz, empresário do agronegócio
Greta Gogiel Salvi, empresária B
Nina Silva, empresária, CEO do Movimento Black Money

 

*Com informações do Uol

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VÍDEO – Campanha de Covas é flagrada distribuindo cestas básicas

Bruno Covas está no vale tudo para tentar ganhar a eleição de Boulos.

O candidato do PSDB, vendo-se ameaçado pelo crescimento acentuado de Boulos, usa táticas de expediente ilegal, é o vale tudo da campanha eleitoral para um candidato desonesto.

A denúncia é da vereadora eleita Luana, do PSOL.

No Twitter:

“GRAVÍSSIMO! Campanha de Bruno Covas está distribuindo cestas básicas na região do Peri e Brasilândia. O desespero já tomou conta de Covas e agora ele parte pro jogo sujo! Seguimos atentos e vamos apurar a denúncia de crime eleitoral”.

*Com informações do DCM

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Folha, em sabatina com Boulos, usa o tempo do candidato com a pergunta e não o deixa responder

O inacreditável jornalismo paulista, quando o assunto é blindar o tucanistão, é algo realmente formidável.

A situação, protagonizada pela jornalista Thais Oyama, da Folha, em que ela usa 38s dos 45 segundos do tempo de resposta de Boulos, deixando para ele somente 7 segundos para as considerações finais, escancara a diferença entre jornalismo e ativismo tucano.

Nesses anos todos de disputa eleitoral pós-ditadura, já se viu de tudo no jornalismo bandeirante em prol dos interesses da elite paulistana, mas as moça se superou nessa, deixando constrangida até a colega, Luciana Coelho, que participava com ela da suposta sabatina da Folha com Boulos.

É esta a ética do jornalismo da Folha, que sequer teve a preocupação de se retratar e dar o devido tempo de resposta a Boulos, deixando o candidato no vácuo e os que assistiam à live formar uma opinião sobre o que ele responderia.

Isso tem nome, informação de negócios em que a ética e a verdade não têm qualquer importância.

https://twitter.com/Bruno_Moreno_/status/1331993164647895042?s=20

*Da redação

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Com disputa acirrada, servidores de Recife são pressionados a fazerem campanha para João Campos

Chefes pressionam subordinados em grupos de WhatsApp a trabalhar pelo candidato do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Servidores com cargos comissionados na Prefeitura do Recife estão sendo escalados pelos chefes diretos para cumprir desde o primeiro turno missões diárias na campanha de João Campos (PSB). Filho do ex-governador Eduardo Campos, o candidato é apoiado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB).

As convocações incluem bandeiraços, distribuição de panfletos em semáforos e comunidades e o uso de camisetas amarelas —cor da coligação do PSB. São feitas em grupos organizados pelo WhatsApp e divididos de maneira sistêmica por secretarias e órgãos públicos municipais.

A Folha teve acesso ao conteúdo de grupos de pelo menos quatro secretarias municipais e confirmou a autenticidade das mensagens após entrevistar alguns dos funcionários que integram o que eles chamam de “time”.

Em algumas das mensagens postadas, o servidor precisa indicar qual a agenda em que ele estará presente.

Os grupos são compostos por no máximo dez pessoas e têm uma espécie de capitão, geralmente o que tem maior poder hierárquico dentro do órgão municipal, que orienta os comandados.

Parte deles relata que, apesar de serem chamados de “voluntários”, são pressionados e constrangidos pelos chefes a cumprir a missão determinada.

Em um dos grupos a que a Folha teve acesso, uma funcionária que ocupa cargo de chefia na Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife lista numa mensagem postada o que os cargos comissionados devem fazer naquele determinado dia.

“Pessoal, amanhã preciso do grupo inteiro. Vamos sair do posto às 17h de ônibus, pontualmente, para alguma ação na nona zona (não tenho o destino final). Peço que usem amarelo, ok?”

Em seguida, uma nova mensagem informa aos subordinados o ponto onde os servidores públicos devem se encontrar para começarem o trabalho.

“O ponto de encontro é no posto shell às 16h45. Não vou confirmar os nomes porque conto com a presença de todos nesta reta final”, diz o aviso postado.

Um dos integrantes do grupo confirmou à Folha que existe uma coação velada para que todos os servidores estejam no local determinado após as convocatórias.

No fim da agenda, uma foto de todo o grupo é postada para comprovar o cumprimento da demanda estabelecida.

“Gente, nesse segundo turno, não iremos fazer sinal. Será apenas comunidade e com carga máxima. Aguardem novas orientações”, diz a mensagem postada pela mesma funcionária.

Dois dias após a divulgação dos resultados do primeiro turno, que colocou João Campos e Marília Arraes (PT) na disputa final, uma nova mensagem foi encaminhada a todos os comissionados da secretaria.

“Gente, vencemos a primeira batalha e agora vamos ganhar a guerra. A partir de amanhã, voltaremos às ruas com toda força. Teremos ações todos os dias para todos os times. Aguardem novas orientações.”

Em outro grupo, um alerta importante para os servidores é emitido: “Ontem, às 23h, recebi uma nova planilha com alteração de algumas escolas. Vou colocar a planilha aqui e peço que, com muito cuidado, vocês procurem os nomes de vocês e em seguida preencham uma lista confirmando que sabem onde vão atuar no dia D!”.

Os funcionários municipais respondem com um “ok”. Um dos servidores explicou à Folha que, na maioria das vezes, as mensagens convocatórias estabelecem um ponto de encontro.

De acordo com ele, que não se identificou por temer represálias, todos entram em um ônibus e vão para os destinos estabelecidos.

Não há, de acordo com o relato dele, pagamentos de lanches ou uso de carros oficiais.

“Peço que não esqueça de usar amarelo, tá? Acabaram de reforçar esse pedido. Peço que todos contribuam. Muito obrigada”, diz a mensagem postada no grupo na primeira semana do segundo turno.

Os nomes dos funcionários são listados um a um com a ação de campanha a ser feita no dia. “Ação Panfletagem porta a porta. Quarta-feira (25/11). Saída: 16h30 (Praça do Arsenal). Local: Nova descoberta (6ª zona)”, avisa mensagem postada nesta quarta-feira (25) em um dos grupos.

 

*Com informações da Folha

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Pesquisa XP/Ipespe: Boulos sobe 9 pontos em São Paulo e encosta em Covas

Pesquisa de intenção de voto do Ipespe para segundo turno mostra candidato à reeleição tucano com 54% e psolista com 46%.

São Paulo – Pesquisa do Instituto Ipespe encomendada pela corretora XP Investimentos e divulgada pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (26/11) mostra os candidatos a prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSol) empatados no limite da margem de erro na corrida do segundo turno.

Segundo o Ipespe, Covas não perdeu votos, mas Boulos conquistou indecisos e subiu 9 pontos em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito há uma semana. A pesquisa XP/Ipespe mostra o prefeito Covas com 48%, mesmo percentual do levantamento anterior. Boulos aparece com 41% — eram 32% na anterior.

São, portanto, 7 pontos que os separam e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Por isso, apesar da dianteira do tucano, há o empate técnico.

Os indecisos caíram de 5% para 3% e os nulos de 15% para 8% — foi onde Boulos cresceu. Contando apenas os votos válidos, Covas tem 54% e Boulos, 46%.

 

*Com informações do Metrópoles

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Cai aprovação de Bolsonaro em 23 das 26 capitais

A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro caiu numericamente em 23 das 26 capitais brasileiras entre os meses de outubro e novembro, durante as eleições municipais. O levantamento do GLOBO comparou a primeira pesquisa do Ibope no período eleitoral com a mais recente em cada uma das cidades. O instituto tem medido a aprovação e a rejeição à gestão de Bolsonaro quando faz os levantamentos de intenção de voto para as prefeituras.

Os números mostram que em quase todas as capitais caiu o percentual que avaliou o governo como “ótimo ou bom”. Das 23 cidades nas quais o presidente teve esse índice reduzido, em 14 a queda foi além da margem de erro, que varia de três a quatro pontos percentuais dependendo do município. Não houve aumento do índice de aprovação de Bolsonaro em nenhuma capital do país se considerada a margem de erro.

Outro indicador negativo para o presidente está relacionado ao número de entrevistados que avaliam sua gestão como “ruim e péssima”: este índice subiu acima da margem de erro em 12 capitais.

As pesquisas foram feitas em um período no qual o auxílio emergencial concedido pelo governo em decorrência da pandemia foi reduzido de R$ 600 para R$ 300. Em setembro, em uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope que abrangia também cidades do interior, o presidente contava com 40% de “ótimo e bom”, 29% de “regular” e 29% de “ruim e péssimo”.

Repercussão nas urnas

A redução da popularidade de Bolsonaro nas capitais repercutiu nas urnas. Dos seis candidatos a prefeito apoiados pelo presidente em capitais, quatro foram derrotados no primeiro turno, ao passo que dois disputam o segundo turno mas se encontram atrás nas pesquisas de intenção de voto.

A maior redução de avaliação “boa e ótima” do governo Bolsonaro ocorreu em João Pessoa (PB) onde o índice foi de 43% para 30%, entre outubro e novembro. Em seguida no ranking estão capitais da região Norte, como Manaus (AM) — de 54% para 42% —, onde o candidato apoiado pelo presidente à Prefeitura, Coronel Menezes (Patriota), ficou apenas em quinto lugar.

Já em Rio Branco (AC) a aprovação continua alta, apesar da queda, de 48% para 39%. A capital acreana fez o presidente, inclusive, recuar da sua decisão de não apoiar candidatos no segundo turno. Ele gravou ontem um vídeo de apoio a Tião Bocalom (PP). O gesto, entretanto, foi calculado de baixo risco: Bocalom terminou o primeiro turno com 49,58% e é favorito contra Socorro Neri (PSB). Ela assumiu a prefeitura após o afastamento de Marcus Alexandre (PT), que disputou o governo do estado em 2018 e foi derrotado, e é candidata à reeleição.

 

*Com informações de O Globo

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Covas e Doria tiraram R$ 3,4 bilhões da educação e matricularam crianças em creches inacabadas

Dupla do PSDB que comanda a capital paulista há quatro anos enfraqueceu a educação, matriculou crianças em CEIs inacabados e não cumpriu meta de zerar a fila da creche.

São Paulo – O governo do ex-prefeito e atual governador João Doria e seu vice, sucessor e candidato à reeleição, Bruno Covas, ambos do PSDB, tirou cerca de R$ 3,4 bilhões da educação municipal entre 2017 e 2019. Isso porque a gestão tucana reduziu o percentual da arrecadação de impostos destinado à rede pública de ensino, que vinha crescendo na gestão de Fernando Haddad (PT). Em 2016, a prefeitura aplicou 28,57% da receita de impostos em educação. Em 2017, primeiro ano do governo tucano, foram aplicados 26,59%. O valor caiu mais em 2018: 25,07%. E aumentou um pouco em 2019, sem chegar no percentual de três anos antes: 25,44%.

Embora a ação não seja ilegal, já que a aplicação mínima exigida pela Constituição Federal é de 25% da receita de impostos, na prática a ação de Doria e Covas reduziu o montante investido em educação. Com a redução de verbas, muitas escolas tiveram os contratos de manutenção reduzidos. Em consequência, muitas iniciaram o ano letivo de 2020, por exemplo, sem fazer limpeza de caixas de água, serviços de zeladoria, corte de grama dos parques infantis, dedetização e outras ações.

A redução da verba impactou outros programas, como o Leve Leite, que perdeu 83% da verba que tinha em 2016, deixando de atender quase 700 mil crianças. Naquele ano, a execução do programa foi de R$ 246 milhões, para atender 916 mil crianças de zero a 14 anos. Quando Doria e Covas assumiram, as crianças de 7 a 14 anos foram excluídas do programa e a execução do orçamento caiu para R$ 50,8 milhões. Nos anos seguintes os valores seguiram em queda: R$ 45,9 milhões, em 2018, R$ 41,8 milhões, em 2019. Neste ano, até novembro, foram aplicados R$ 41,4 milhões.

O congelamento de aproximadamente 13,5% do orçamento da educação municipal de 2017, por Doria e Covas, afetou a alimentação das crianças matriculadas nas creches municipais da rede conveniada. Segundo relatos de representantes das entidades conveniadas, o governo de Doria e Covas passou a entregar uma quantidade de alimentos inferior à necessidade das escolas. As organizações passaram a fazer a aquisição de alimentos por conta própria para garantir a refeição completa das crianças. Arroz, carne bovina, óleo de cozinha, frutas e legumes foram os itens que mais tiveram redução no fornecimento pela prefeitura.

A situação ficou grave, como relatou Darcy Diago Finzetto, diretora do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, durante assembleia do Fórum de Educação Infantil com Entidades Conveniadas do Município de São Paulo (FEI), em 10 de maio de 2017, na Câmara Municipal de São Paulo. “A merenda está vergonhosa. Creches com 150 crianças, da minha entidade, receberam três itens para passar o mês. Três itens que dão para uma semana. Legumes e verduras, então, nem se fala”, contou.

O principal programa de alimentação escolar do governo Doria e Covas foi a ração humana. A ideia era receber doações de sobras de alimentos que seriam descartados pela indústria ou comércio e processá-los para produzir um “granulado nutricional” que seria distribuído à população de baixa renda e para os estudantes. Os doadores receberiam benefícios econômicos e isenção de impostos. A proposta foi amplamente rechaçada e os tucanos desistiram da ideia.

Ao mesmo tempo em que propunha melhorar a nutrição das crianças pobres com alimentos ultraprocessados, Doria e Covas descumpriram a meta para compra de merenda escolar orgânica, investindo apenas 0,62% do orçamento da educação para esse fim, em 2017. Nos anos seguintes, apenas uma pequena parcela dos alimentos da merenda escolar teve origem na agricultura familiar e livre de agrotóxicos.

Fila da creche e pré-escola

A principal promessa de Covas e Doria na educação era zerar a fila da creche até março de 2018. Perto do prazo e sem perspectiva de conseguir cumprir a meta, o governo dos tucanos passou a matricular crianças em creches que ainda estavam em obras. Familiares das crianças eram chamados para efetivar a matrícula, mas quando chegavam no local onde devia estar a creche encontravam canteiros de obras, sem previsão de conclusão.

A RBA mostrou, no início de 2018, que a situação ocorreu, ao menos, em duas unidades. A Creche Particular Conveniada Rio Claro, na Chácara Enseada, região do Jardim Ângela, estava com as obras paradas há mais de um ano, segundo os moradores. No entanto, constavam ali as matrículas de duas centenas de bebês, segundo o sistema de gerenciamento da Secretaria Municipal da Educação. Na zona oeste, a Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda estava em obras e sem previsão de conclusão, mas também já tinha 206 crianças matriculadas.

Local da Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda está em obras e pode não ficar pronta até o início das aulas

Covas tem repetido que seu governo foi responsável por zerar a fila da pré-escola, o que seria um marco da educação municipal. Na verdade, o tucano se apropria de um feito da gestão de Haddad, encerrada em 2016, que apenas foi concluído em 2017. A gestão petista criou quase 100 mil vagas na educação infantil entre janeiro de 2013 e agosto de 2016, conforme documentos do Ministério Público Estadual. E deixou apenas 1.269 crianças na fila de espera, assumida pelos então eleitos Doria e Covas.

Com isso, a demanda foi zerada sem que os tucanos precisassem abrir nenhuma nova escola. Em vez disso, eles eliminaram o período integral de dezenas de Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) para garantir as vagas que faltavam. A medida prejudicou centenas de famílias, que protestaram contra a mudança, feita sem qualquer diálogo e na volta do recesso de julho, pegando todos de surpresa.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Florestan Fernandes Jr.: Mais uma vez, #EleNão!

“Para mim, todo o dia é dia de dizer não à violência verbal, psicológica ou física, contra as mulheres”, escreve o jornalista Florestan Fernandes Jr, ao comentar sobre o Dia Internacional da não violência contra a mulher.

Cresci numa casa com seis mulheres, minha mãe e cinco irmãs. Posso dizer que esse convívio me fez muito bem, tenho uma perspectiva melhor da alma feminina. Acho mesmo que elas são superiores aos homens em muitas coisas, inclusive na forma de expressar seu amor ao próximo.

Lembro que uma vez, em um dos bailinhos de adolescentes lá em casa, minha mãe atravessou a sala e exigiu que um rapaz que havia falado mal de uma de suas filhas se retirasse da festa. Foi uma bela lição para nós, os filhos, e para os nossos amigos do bairro. Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional da não violência contra a mulher. Para mim, todo o dia é dia de dizer não à violência verbal, psicológica ou física, contra as mulheres.

Isso adquire maior importância no Brasil, onde o Presidente da República faz questão de expressar sua misoginia diuturnamente. Foi assim quando disse que a deputada federal Maria do Rosário não merecia ser estuprada, porque a considerava “muito feia”; ou quando usou a palavra “furo”, de forma pejorativa, imprimindo um duplo sentido, para fazer galhofa machista contra a repórter Patrícia Campos Mello, afirmando que: “Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”. Mais uma vez, quando se vangloriou, ao dizer que teve quatro “filhos homens”, e que foi só no quinto filho, que “deu uma fraquejada e veio uma mulher”.

Nem o belo Movimento “Ele Não”, com manifestações populares motivadas pelas declarações misóginas do então candidato e suas ameaças à democracia, conseguiu evitar a eleição de Bolsonaro, em 2018.

O que veio depois? No primeiro semestre de 2020, em plena pandemia do Coronavírus, a crescente escalada da violência contra a mulher: 1.890 mulheres foram mortas no país, de forma violenta. O aumento de apenas 1% no índice de feminicídio nesse período, longe de representar a redução da violência, se deve à diminuição das denúncias durante a quarentena.

No próximo domingo, a maior cidade do País corre o risco de eleger como vice-prefeito, o conservador Ricardo Nunes, acusado pela esposa de violência doméstica, ameaça e injúria. Os atos de violência constam do boletim de ocorrência, registrado na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro (zona sul de São Paulo).

Numa entrevista à Rádio CBN, Bruno Covas minimizou a denúncia contra seu Vice, alegando que: “Foi uma discussão, e os dois procuraram a polícia. Não houve agressão. Agora tratam ele como agressor de mulher.”

A resposta da jornalista Fabiola Cidral colocou as coisas no seu devido lugar: “A agressão verbal é uma agressão. Se tem uma coisa que mulheres enfrentam desde sempre são as agressões, que podem não ser físicas, mas que são fortes. São históricas. Não tem como a gente definir violência só pela violência física.”

Voltamos ao início deste texto, quando dona Myrian, minha mãe, colocou um homem para fora da nossa casa por proferir violência verbal contra uma de suas filhas. Ela, se viva fosse, certamente rejeitaria a desculpa do candidato Covas. Este, tentando justificar o injustificável, valida e legitima o comportamento do agressor, relativiza um dos mais graves problemas sociais do País, que além de representar a maior fonte de violação dos direitos humanos das mulheres, tem forte impacto no desenvolvimento social e econômico do Brasil.

*Florestan Fernandes Jr./247

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