Ano: 2020

Ameaçada de morte, a deputada Talíria Petrone enfrenta a perda da própria liberdade

Alvo de milicianos e grupos de ódio, Talíria Petrone precisou deixar o Rio de Janeiro com a filha recém-nascida.

Primeiro, perdeu a amiga e colega de partido, vítima de um assassinato ainda não solucionado. Depois, ela própria alvo de ameaças, precisou deixar às pressas o Rio de Janeiro. Por fim, deu adeus à expectativa de criar a filha recém-nascida no convívio com familiares e amigos.

Ameaçada por milicianos, como revelaram denúncias recebidas pelo Disque Denúncia, e por grupos de ódio na deep web (redes anônimas onde costuma circular conteúdo ilegal), a deputada federal Talíria Petrone (PSOL), 35, tem vivido alguns processos de luto. “É uma transformação do luto em luta, e não é só uma retórica”, diz ela à Folha.

Em 2016, Talíria foi a vereadora mais votada em Niterói (RJ). No mesmo ano, também se elegeu, no Rio de Janeiro, Marielle Franco (PSOL). No período entre o início dos mandatos e o assassinato de Marielle, um ano e três meses, as amigas costumavam conversar sobre as tensões nos plenários e as dificuldades que enfrentavam para fazer política, enquanto mulheres negras que defendiam a pauta dos direitos humanos.

Mas, antes da morte da colega, em março de 2018, Talíria não acreditava que pudesse ser alvo de um atentado. Ainda que naquele momento já tivesse recebido ameaças (“Merece morrer com um monte de bala” e “Negra nojenta” foram alguns dos comentários identificados nas redes sociais), a vereadora continuava a ir de ônibus e bicicleta para a Câmara Municipal de Niterói.

“A violência política funda o Estado brasileiro. Só que isso parecia algo teórico, a gente não conseguia, embora fosse tão explícito, visualizar isso no nosso exercício parlamentar”, diz a deputada, historiadora e professora licenciada do município.

Tudo mudou com o assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes, em uma emboscada no centro do Rio. Para além de amigas, Marielle e Talíria tinham mandatos com pautas similares.

“Nossa imagem era muito parecida, tinha uma brincadeira de que eu era a Marielle de Niterói, e ela a Talíria do Rio. Foi como se tivessem arrancado parte do nosso mandato, e só faltava arrancar a outra.”

Ela conta, emocionada, que nos momentos de saudade, ou como parte do processo de luto, para concretizar a morte, relê as últimas mensagens trocadas entre as duas. Horas antes de ser assassinada, a vereadora queria marcar uma reunião com Talíria, que estava ocupada.

“Qualquer coisa falamos mais tarde. E temos a reunião amanhã”, foram as últimas mensagens de Marielle.

O amanhã, no entanto, nunca chegou. “Não é possível mais a gente aceitar que os amanhãs não cheguem para algumas mulheres negras que fazem política”, afirma a deputada.

Com a morte da colega, acabou de vez para Talíria a bicicleta, o ônibus, o samba. Foi o momento de virada para que ela percebesse que sua vida realmente estava em jogo. “Foi ela, poderia ter sido eu, eu sou a próxima”, pensava a parlamentar.

Antes de se candidatar, Talíria não imaginava que entrar na política pudesse ser um risco tão grande. “Se eu tivesse ideia de que disponibilizar o meu corpo para a política institucional fosse provocar tanta violência, não estou dizendo que não toparia a tarefa, mas pensaria, construiria com mais cuidado”, diz.

Mesmo assim, em 2018, a então vereadora em Niterói decidiu se candidatar para a Câmara dos Deputados, e enfrentou uma campanha tensa, com novas ameaças.

No primeiro dia de campanha, na travessia na barca entre Rio e Niterói, ela conta que um policial militar tentou intimidar sua equipe, afirmando que era proibido panfletar no local, e chegou a sacar sua arma. Talíria diz que pediu para que as pessoas se acalmassem porque “arma mata”, e que o PM respondeu: “ideologia também mata”.

Apesar das dificuldades para fazer aquela campanha, Talíria se elegeu deputada federal em 2018, com mais de 107 mil votos. Quando o mandato teve início, ela decidiu não pedir escolta da polícia legislativa. “Optei por não fazer esse pedido, arriscando um pouco viver um bocadinho de liberdade”, diz.

Durou pouco. Em abril de 2019, a Polícia Federal informou que grupos de ódio na deep web planejavam seu assassinato. Em julho, Talíria foi obrigada a mudar de casa pela primeira vez.

Já com a escolta, em 2020, ela é informada de que o Disque Denúncia havia recebido duas denúncias que diziam que grupos milicianos teriam interesse em assassiná-la. Hoje, já são sete.

Talíria foi obrigada a sair do Rio de Janeiro para escapar das ameaças, e poucas pessoas próximas sabem de seu paradeiro. Naquele momento, sua filha, Moana Mayalú, tinha apenas três meses.

A revista Veja divulgou em novembro que um atentado estava sendo arquitetado pelo miliciano Edmilson Gomes Menezes, o Macaquinho, ligado ao Escritório do Crime, grupo de matadores de aluguel do qual faria parte o PM reformado Ronnie Lessa, acusado pelo assassinato de Marielle.

Talíria chegou a pedir proteção adicional ao Governo do Rio, que negou. Ela precisa, por exemplo, que as forças policiais façam uma análise de risco para medir a gravidade de seu caso.

Após muita insistência, a deputada conta, o estado respondeu que poderia dar suporte, mas apenas em agendas oficiais. “É uma autoridade que ignora a possibilidade de uma deputada ser executada, e acha que ela só pode ser executada em uma atividade política”, diz.

Diante do que caracteriza como omissão e negligência das autoridades brasileiras, em setembro a parlamentar denunciou à ONU (Organização das Nações Unidas) as ameaças que recebeu. Em dezembro, um grupo de 22 deputados do Partido Democrata americano divulgou uma carta de solidariedade a ela.

 

*Com informações da Folha

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Jornalista revela que Reino Unido fez lobby com Bolsonaro antes de ele ser eleito presidente

Os contatos privados do governo britânico com o atual presidente do Brasil podem explicar o porquê da vacina britânica contra a COVID-19, da AstraZeneca, ser prioridade para o governo sul-americano, conta jornalista investigativo à Sputnik.

O governo britânico teria secretamente feito lobby com o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, em nome dos interesses de grandes corporações britânicas, mesmo antes dele ter sido eleito para a Presidência em 2018, segundo documentos obtidos pelo site de notícias independentes Brasil Wire.

John McEvoy, jornalista investigativo, explicou à Sputnik a importância de suas descobertas, conforme descrito em seu artigo “‘Strategic Partners’: Britain’s secret lobbying of Bolsonaro for Big Pharma, Oil and Mining” (“‘Parceiros estratégicos’: lobby secreto britânico de Bolsonaro por grande farmacêutica, petróleo e mineração”).

Sputnik: Explique o que você e seus colegas encontraram em relação a esses documentos que mostram o lobby pré-eleitoral de Jair Bolsonaro pelo governo do Reino Unido?

John McEvoy: Descobrimos que o governo britânico estava secretamente fazendo lobby para o candidato Jair Bolsonaro antes da eleição presidencial de 2018. O então embaixador britânico no Brasil, Vijay Rangarajan, convidou Bolsonaro para uma reunião privada na residência pessoal de Rangarajan com os “parceiros estratégicos” britânicos no Brasil. Esses “parceiros estratégicos” são uma lista das principais corporações britânicas – BP, Shell, AstraZeneca, Anglo-American e outras. Também temos detalhes de mais reuniões entre Bolsonaro e representantes britânicos antes, durante e depois da campanha eleitoral de 2018. Bolsonaro conduziu abusos dos direitos humanos consideráveis e uma resposta desastrosa à COVID-19, logo é importante saber qual o papel britânico neste país.

Sputnik: Não é normal os governos fazerem lobby entre si?

John McEvoy: Sim, é normal – parte da missão do Escritório de Relações Internacionais, Comunidade e Desenvolvimento (FCDO, na sigla em inglês) é proteger e apoiar as empresas britânicas no exterior. Porém, Jair Bolsonaro – um homem que pediu o retorno de uma ditadura ao Brasil e que se expressa abertamente em seu ódio pelas comunidades indígenas brasileiras – não é normal. Nesse contexto, estava bem claro, em junho de 2018, que suporte da BP ou da Shell, por exemplo, no Brasil poderia implicar a expansão para territórios indígenas, abusos dos direitos humanos, e venda de recursos soberanos do Brasil. Agora, também vimos a resposta desastrosa de Bolsonaro à COVID-19. Ele colocou quase todas as esperanças do Brasil na vacina AstraZeneca, recusando-se a fazer pedidos de outras opções mais viáveis. Quase 200 mil brasileiros morreram de COVID-19, e vale a pena questionar se os esforços de lobby britânicos contribuíram para essa política desastrosa.

Sputnik: Qual é a importância, se houver, do fato de que esses esforços de lobby começaram antes de Bolsonaro ser eleito?

John McEvoy: Acho importante obter detalhes de toda e qualquer comunicação britânica com Bolsonaro […], mas também é importante que essa comunicação tenha ocorrido antes das eleições, dado o longo e conhecido histórico de interferências britânicas em eleições estrangeiras. Se Bolsonaro se recusasse a jogar com o capital britânico, teria de se preocupar com o Reino Unido apoiando secretamente outro candidato?

Sputnik: Existem exemplos do governo brasileiro favorecendo os interesses comerciais do Reino Unido em detrimento dos seus próprios interesses por causa desse lobby?

John McEvoy: A confiança de Bolsonaro na vacina AstraZeneca foi descrita como “absurda” e “perigosamente homicida”. Este é, talvez, o exemplo mais presciente, mas a BP, a Shell e a Anglo-American também expandiram a sua presença no Brasil. Bolsonaro supervisionou com eficácia uma venda incerta dos recursos naturais do Brasil, e essas empresas de mineração britânicas estão entre as que mais lucraram.

Sputnik: De onde vieram esses documentos?

John McEvoy: Estivemos em uma batalha prolongada pela liberdade de informação com o FCDO no ano passado. Aos poucos, estamos obtendo mais e mais detalhes das relações britânicas com Bolsonaro antes, durante e depois da eleição presidencial extremamente polêmica de 2018 no Brasil. Foi, efetivamente, o produto de um golpe lento – o Partido dos Trabalhadores, que melhorou a vida dos pobres do Brasil em basicamente todas as medidas socioeconômicas que você possa imaginar, teve um candidato destituído e outro, o principal candidato às eleições, preso por motivos totalmente duvidosos.

*Do Sputnik

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Por que Bolsonaro quer ver o país paralisado e do avesso com a pandemia?

Qual o sentido de Bolsonaro estimular a transmissão da Covid em plena expansão dos casos no Brasil?

Quem ganha com isso?

Por que ele é contra a prevenção com as máscaras e contra a vacina que pode devolver o país à normalidade?

Não estou falando de sua psicopatia, que sempre revelou um distúrbio mental grave e, por isso, não esboça qualquer sentimento de compaixão com as vítimas do Coronavírus.

Mas há método em parte de sua insanidade mental. Só não sabemos ainda o real motivo.

Sua negação a tudo o que se refere à pandemia, certamente, não é fruto de alucinações. Ele se comporta de forma pragmática quando o assunto é o esquema de corrupção montado por ele e Queiroz, na Alerj, e herdado por Flávio.

O escândalo da ABIN e GSI com Ramagem e Augusto Heleno trabalhando, a mando de Bolsonaro, para buscar uma saída para o caso Queiroz, é emblemático. Nele, o que se vê é que Bolsonaro, dentro do governo, joga xadrez usando as peças do Estado a seu favor.

Há um outro Bolsonaro além dessa figura estrambótica, talvez mais fria e calculista que o alegórico capitão que usa uma demanda violenta da sociedade brasileira para fazer picadeiro.

Sem sombra de dúvida, há um Eduardo Cunha dentro de Bolsonaro. Ele, de forma humilhante, soube colocar as forças armadas de joelhos e, por mais que que neguem isso, os militares de alta patente, por motivos que desconhecemos, não se sentem com força suficiente para desautorizar Bolsonaro publicamente, mesmo fazendo as Forças Armadas dividirem com ele o fracasso na condução do país, sobretudo na pandemia, já que Pazuello é um general da ativa.

O calcanhar de Aquiles de Bolsonaro é o mercado, fato que ficou evidente quando se empolgou com sua popularidade dada pelo Auxílio Emergencial e quis ampliar seu tempo, mas teve que enfiar a viola no saco porque o mercado disse NÃO! Nada de aventuras sociais, nada de salvar os mais pobres e, se tentar esse caminho, nós te derrubamos e te esmagamos em segundos.

Bolsonaro entendeu o recado dos donos do dinheiro grosso, afinou e parou de falar em Auxilio Emergencial, deu calote no 13º do Bolsa Família, que foi promessa de campanha, tentou jogar o abacaxi no colo de Maia e, depois, teve que aguentar o seu líder dizer, no Congresso, que Bolsonaro é mentiroso, o que foi reforçado em entrevista com Guedes.

Ou falavam isso, combinado com Bolsonaro ou Maia colocaria o 13º Bolsa Família na pauta de votação na Câmara. Tudo o que o mercado, patrão absoluto de Bolsonaro não queria.

Um claro exemplo de que Bolsonaro sabe usar as peças do tabuleiro, como evidencia sua relação com Moro que ficou mais popular que ele e pronto para dar o bote no patrão.

Assim que foram reveladas as mensagens dos procuradores da Lava Jato pelo Intercept, Bolsonaro “deu apoio” a Moro e, de roudão, meteu-lhe um cabresto arriando o ex-juiz que, por sua vez, teve que piar fino até sair desgastado do governo sem levar um único voto de Bolsonaro.

A mídia se divide em atacar Bolsonaro, mas não levá-lo à morte política para não ver a esquerda crescer, já que não há peça de reposição na direita capaz de ocupar o lugar de Bolsonaro. Ele já é o inferno, é o próprio coiso, é a parte mais cruel do mal, depois dele só há a escuridão infinita.

Assim, o mercado o mantém, não se sabe por quanto tempo até porque o mercado já sabe que Guedes vendeu um plano econômico sem fundos, uma vigarice pré-datada, que já está com seus dias contados assim que a pandemia acabar, porque o país vai descobrir que o fracasso econômico, que não para de gerar desemprego e quebradeira, é muito maior e pior do que Bolsonaro pinta a partir da pandemia.

Talvez seja esse o motivo para ele postergar ao máximo qualquer coisa que dê fim à pandemia de coronavírus no Brasil.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Luis Nassif: O hacker da Vaza Jato e a Trama Macabra

São curiosos os caprichos da história.

Monta-se a maior operação já vista contra um político, Lula. Junta-se Ministério Público, Polícia Federal, um eixo paranaense que abarcar Curitiba, o Tribunal Regional Federal da 4a Região, o relator do Supremo Tribunal de Justiça e o relator do Supremo Tribunal Federal, tudo com o mais amplo respaldo da mídia.

Monta-se a maior operação de fakenews da história, com delatores sendo induzidos a falar o que os inquisidores exigiam, meras declarações sendo consideradas provas, amplamente vazadas para a mídia.

E lá no interior de São Paulo, um jovem estudante de direito, Walter Delgatti, especializado em hackear celulares, fica indignado com a falsa acusação de que foi alvo por um procurador da Justiça, confundindo os remédios que tomava, para problemas emocionais, com tráfico.

Graças à denúncia perdeu amigos e namorada. E, da namorada, ouviu a frases condenatória:

– Procurador não mente.

Aí ele começa a invadir celulares de celebridades e fica viciado em correr atrás de escândalos, o mesmo vício que acomete os fãs de séries de Netflix. Todo dia ele queria consultar o celular para encontrar crimes de terceiros. É com esse espírito que ele invade os celulares da Lava Jato, para saber, antes dos demais, dos crimes cometidos pelos investigados.

Ali, ele se depara com as armações dos procuradores e, imediatamente, vê na Lava Jato o promotor que o perseguiu e, em Lula, o alvo que ele foi.

Relembra as declarações da ex-namorada, ainda presa à mística dos procuradores e compara com as armações que, agora, conferia nos diálogos. Estava ali a prova definitiva, para apresentar à ex-namorada, de que há procuradores que mentem.

Lembra os melhores filmes de Hitchock, nos quais as melhores tramas são desmontadas por um fato menor qualquer, que vai se desdobrando em outros, em uma comprovação cinematográfica da teoria do caos; O roteiro é melhor ainda que “Trama Macabra”:

* se Delgatti não tivesse sido injustiçado por um procurador;

* se não fosse especialista em hackeamento;

* se não fosse aluno de direito e, portanto, em condições de entender o significado das conversas;

* se não procurasse a deputada Manoela D’Ávila, conhecedora experiente dos meandros da Internet, que encaminhou o caso para as melhores mãos, o repórter que divulgou os arquivos de Assange e sabia como envolver a mídia, entregando a isca da qual a própria Lava Jato e valia: furos, nada disso teria acontecido

As informações mais relevantes

Da entrevista de Delgatti ao repórter Caio Junqueira, há os seguintes fatos relevantes, que necessitam ser checadas imediatamente

Luis Roberto Barroso

Delgatti afirma taxativamente que Barroso conversava frequentemente com Deltan Dallagnol e o orientava sobre aspectos jurídicos da operação. *Na fase da Vazajato, alguns dos jornalistas envolvidos com o pacote lançaram insinuações sobre as conversas, mas sem nunca revelar seu conteúdo.

Em resposta, Barroso afirmou que não participava dos julgamentos da Lava Jato, pois era da Primeira Turma e o julgamento se dava na segunda. Arrematou dizendo que não deu nenhuma orientação a Dallagnol.

Sobre um Ministro do Supremo não podem pairar dúvidas. Se as conversas eram republicanas, sem nenhuma ilegalidade, não haverá porque manter o sigilo.

Delegado Zampronha

Por não saber o que se passava fora da prisão, Delgatti quase cometeu uma injustiça contra o delegado Luiz Zampronha,que conduziu o inquérito. Assim que o inquérito teve início, começaram os vazamentos, visando criar a narrativa de que Gleen Greenwald tinha pagado pelo dossiê. Era a dica que o então Ministro Sérgio Moro precisava para expulsá-lo do país.

Zampronha agiu em duas frentes. A primeira, apertou Delatai para ter certeza sobre o tema. Quando se convenceu de que não tinha havido pagamento, convocou a imprensa e deu uma entrevista definitiva, acabando com a estratégia de Moro.

Definitivamente, foi a prova de que há vida digna na Polícia Federal.

A prisão dos Ministros

Não há nada mais significativo do deslumbramento da Lava Jato do que as intenções de pretender prender os Ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Bando de deslumbrados, sem noção, provincianos incapazes de avaliar o dia seguinte, julgando que foram definitivamente entronizados como catões do Brasil.

*Luis Nassif/GGN

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Mortes por covid-19 se multiplicam por 4 na Grande São Paulo

Média móvel foi de 22 casos diários para 88 entre 10 de novembro e a última sexta-feira; taxa de ocupação de UTIs já preocupa.

A média móvel de mortes por covid-19, índice que avalia a evolução da doença com base em uma média de novos óbitos nos últimos sete dias, já se multiplicou por quatro na Grande São Paulo desde a primeira quinzena de novembro, quando teve início a atual onda de contágio. Essa média era de 22 mortes por dia em 10 de novembro e chegou a 88 na sexta-feira.

A taxa de ocupação de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) na região metropolitana, também em alta, já alerta as autoridades de saúde sobre uma possível subida na transferência de pacientes graves, em níveis que podem comprometer a oferta de vagas na cidade. Segundo o governo estadual, o aumento das mortes é consequência do crescimento de novos casos, e há programa no governo para expandir em 2.000 o número de vagas de UTI em todo o Estado nos próximos meses.

Nesta semana, em que o Estado chegou a ficar um dia sem divulgar o número de mortes sob argumento de falha no sistema, os dados de óbitos na Grande São Paulo, quando divulgados, na quinta, poderiam colocar a região na fase laranja do Plano São Paulo, a segunda mais rígida. A gestão João Doria (PSDB) informou, entretanto, que o crescimento estava relacionado ao represamento de dados e que um único indicador não seria capaz de provocar a mudança, uma vez que são ao todo sete os índices que classificam as regiões.

A taxa de ocupação dos leitos de UTI na região (a capital e os demais 38 municípios), que já chegou a menos de 41%, foi para 67,5% na última sexta, em meio a uma tendência de aumento. A ocupação maior é tanto efeito do crescimento do número de internações quanto da redução da quantidade de leitos de UTI disponíveis – em todas as cidades da Grande São Paulo, essas vagas foram sendo fechadas à medida que a crise diminuía e, agora, o ritmo de reabertura dos leitos não tem sido em volume suficiente para reduzir esse porcentual de ocupação.

Na Grande São Paulo, em 10 de novembro (data em que a tendência de crescimento teve início), quando a taxa de ocupação dos leitos de UTI era de 42%, a média móvel de novas internações era de 1.814 pacientes diários. Na sexta-feira, era de 2.921 (aumento de 61%). Já o total de leitos de UTI naquela data era de 4.062, enquanto agora é de 4.330.

Embora a oferta de leitos já tenha subido, o número de vagas disponíveis é o menor ao menos desde 8 de outubro (dado mais antigo no sistema da secretaria). Naquela ocasião, havia 4.830 leitos, mas a média móvel de internações era de 1.280, menos da metade do índice atual.

No caso da capital, segundo dados da Prefeitura, o número de leitos de UTI também está menor do que nos meses anteriores. São 966 agora, eram 1.076 em 10 de novembro, quando as internações recomeçaram a subir. O secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, afirmou que o município tem facilidade de aumentar o número, reativando leitos em andares que estão fechados no Hospital Brigadeiro e em outras unidades. “Mas pode haver uma onda de casos da Grande São Paulo para cá, uma vez que nem todas as cidades estão reativando leitos”, disse.

Roberto Kraenkel, professor do Instituto de Física Teórica da Universidade Estadual Paulista (Unesp) e integrante do Observatório Covid-19 BR, confirma que há uma notória tendência de subida no número de internações na Grande São Paulo, com destaque para o Grande ABC e a capital. “Subindo realmente de forma muito forte e em outras regiões do Estado também”, diz. O pesquisador explica que as internações são o indicador mais apropriado para analisar a situação de um lugar de forma mais emergencial, uma vez que os dados de casos confirmados costumam ter atraso nas atualizações.

Com o alerta para a possibilidade de aumento da demanda por leitos na capital ou mesmo transferência de pacientes das cidades vizinhas, o professor observa que esse crescimento, com o cenário atual, não pode ser atribuído apenas a essa mobilização. “Proporcionalmente, isso não deve modificar as tendências que têm tido.” Segundo Kraenkel, o cenário de piora que se instalou há mais de um mês é real, embora cresça um pouco mais devagar.

“No começo, quando você tem toda a população sem imunidade, suscetível de ter a doença, o crescimento vai muito rápido. Agora, cresce mais devagar, mas se vê aumento muito claro na maioria dos departamentos regionais de saúde do Estado e se vê isso nos dados nacionais, que estão subindo sustentadamente”, afirma Kraenkel. Para ele, o momento é muito perigoso e se faz necessário adotar medidas urgentes para evitar contágios e que promovam o distanciamento social. “Pode passar por fechar parte do comércio, bares, restaurantes, academia e monitorar de forma muito próxima a situação de casos, internações e mortes para depois calibrar o quão forte vai ser isso. Os lugares mais bem-sucedidos foram os que agiram rápido.”

Disponibilidade

Ao admitir o crescimento da taxa de ocupação dos leitos de UTI da Grande São Paulo, a Secretaria Estadual da Saúde informou, por meio de nota, que, com 67,5%, “há leitos disponíveis para o atendimento à população”.

Sobre a migração de pacientes de outras cidades para a capital, a secretaria informou que “dá total apoio na organização de fluxos e em transferências intermunicipais de pacientes quando necessário, inclusive de moradores de São Paulo que precisem de atendimento em serviços da Grande São Paulo ou qualquer outra região do Estado” e que “todo cidadão pode ser atendido em qualquer serviço de saúde independentemente de seu local de moradia”.

Sobre o risco de pessoas que precisam de UTI ficarem sem esse atendimento, a gestão Doria argumentou que “não é adequado correlacionar o aumento no número de mortes à assistência, uma vez que a rede está organizada para que todas as pessoas com quadro respiratório grave tenham atendimento”.

*Estadão conteúdo

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O antipetismo da mídia produziu um bicho anticivilização

O vale-tudo para derrubar o PT permitiu todo e qualquer expediente bruto, covarde e mentiroso.

O vale-tudo na guerra contra o PT, promovido pelas forças reacionárias, juntou a escória política, midiática, financeira, militar e jurídica.

O ódio foi o fermento mais utilizado.

Uma palavra pequena com grande poder de destruição de uma sociedade, de um país inteiro, da economia e das instituições do Estado.

Aonde há guerra, as muitas mortes de inocentes são inevitáveis. E é exatamente a isso que estamos assistindo na pandemia, tudo por culpa do antipetismo doentio e do bicho anticivilização que cada golpista tinha dentro de si e que foi materializado em Bolsonaro.

O resultado está aí, o caos, a barbárie.

*Carlos Henrique Machado Freitas

*Imagem em destaque – Arte: Adams Carvalho

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Vídeo: Sem máscara, Bolsonaro tira fotos com banhistas e provoca aglomeração em praia de SC

Sem máscara, como é de costume, pois não se importa com as quase 200 mil mortes provocadas pela Covid, Bolsonaro segue provocando o caos pandêmico no Brasil com cenas revoltantes.

Após uma manhã de folga e de pescaria na Baía de Babitonga, em São Francisco do Sul, no Litoral Norte de Santa Catarina, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) chegou à Praia do Forte por volta das 11h deste domingo (20) e foi cercado por banhistas que o aguardavam no local.

Sem máscara, o chefe de Estado conversou e tirou fotos com a população que se aglomerou à sua volta. Ao contrário das recomendações dos órgãos de saúde e do que determina o decreto do governo de SC, nem mesmo os banhistas usaram máscaras durante o encontro, acessório obrigatório no Estado como medida de enfrentamento ao coronavírus.

Após a interação com os banhistas, Bolsonaro retornou à base militar onde está hospedado. A previsão é de que o presidente da Reública permaneça em SC até quarta-feira (23), mesmo sem roteiro definido. Não se descarta, no entanto, a possibilidade de que Bolsonaro deixe o forte para fazer turismo na região.

Um dia antes, o presidente chegou a Santa Catarina no fim da manhã e sobrevoou até por volta das 14h as áreas atingidas pela tragédia em Presidente Getúlio, no Alto Vale do Itajaí, onde ao menos 15 pessoas morreram nesta semana por causa do alto volume de chuva que caiu.

*Com informações de André Luz, NSC TV

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Luis Nassif: Estou juridicamente marcado para morrer

Criou-se uma atmosfera em tudo semelhante à dos anos 70, quando muitos profissionais, marcados pela ditadura, eram obrigados a mergulhar, a buscar trabalhos de forma clandestina, para não serem esmagados pelas restrições impostas pela ditadura.

A atuação do Judiciário, em relação às ações contra sites e jornais, está extrapolando qualquer limite de razoabilidade.

A falta de jurisprudência, de consenso, de regras mínimas de atuação está transformando o Judiciário na maior ameaça à liberdade de expressão desde os anos de chumbo da ditadura militar. O protagonismo político da Justiça espalhou-se por todos os poros da corporação. Não há mais limites para a atuação de juízes militantes, fazendo do seu poder uma arma política, não apenas para inviabilizar a liberdade de expressão, mas para a própria destruição dos “inimigos”.

Criou-se uma atmosfera em tudo semelhante à dos anos 70, quando muitos profissionais, marcados pela ditadura, eram obrigados a mergulhar, a buscar trabalhos de forma clandestina, para não serem esmagados pelas restrições impostas pela ditadura.

Narro a minha situação, que deve ser igual a de outros jornalistas que não possuem o respaldo de empresas jornalísticas, alvos de uma ofensiva que, se não for contida, inevitavelmente atingirá também os grupos jornalísticos.

Estou juridicamente marcado para morrer por críticas que faço ao Judiciário, cumprindo minha função de jornalista.

1 – Caso Luiz Zveiter

O desembargador Luiz Zveiter, com inúmeros inquéritos correndo contra ele no Conselho Nacional de Justiça, entra com uma ação contra mim e o GGN. O juiz fluminense, de 1a instância, estipulou condenação de R$ 100 mil, obrigatoriedade de pagar imediatamente, sob pena de mandar o meu nome para o Serviço de Proteção ao Crédito, e proibição de voltar a criticar Zveiter.

2 – Caso Eduardo Cunha

No último dia 16 minha conta corrente sofreu um bloqueio inusitado, por ordem de um desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Confiscaram o pouco que havia e impuseram um bloqueio de R$ 50 mil sobre o saldo devedor, de tal maneira que nos próximos dias, quando cair na conta minha única fonte de renda – proventos de aposentadoria – será completamente sugada por este bloqueio. Não apenas isso. Estão sujeitas ao bloqueio todas as fontes de receita do Jornal GGN, assinaturas, publicidade, em sistemas de pagamento, sem nenhum limite: confiscar tudo o que encontrar pela frente.

A sentença do Tribunal de Justiça do Rio reverteu decisão de 1a instância e me condenou por difamar… Eduardo Cunha, “equiparando-o a sonegadores”. Cunha está condenado por crimes muito mais graves do que a sonegação. Consumado o confisco, ficarei sem recursos para bancar faculdade de filhas, planos de saúde, pensão a ex. E, concretizado o bloqueio sobre o GGN, não haverá recursos para salários e sequer para manutenção de servidores de Internet.

Tempos atrás, Joyce Hasselman foi absolvida por ter chamado Lula de “ladrão” e “corrupto” em vídeos assistidos, em geral, por mais de um milhão de pessoas. De acordo com o juiz, “a evidente gravidade dos dizeres dirigidos ao Querelante mostra-se, no entanto, francamente proporcional à extrema gravidade dos fatos notórios, que ao tempo publicação no blog já eram de amplo conhecimento público”. “Diante dos fortes indícios de existência de corrupção no governo federal, em proporções nunca antes vistas, não seria possível esperar uma reação por parte da opinião pública (e consequentemente, também da imprensa) que não fosse de absoluta reprovação e revolta.”

O desembargador em questão já pensou diferente, como no processo de Ricardo Teixeira contra Juca Kfoury.

Disse ele:

“Na espécie, repito, o réu apenas informou aos seus leitores a notícia veiculada pelo jornal suíço, sem fazer acusação ou denegrir a honra e dignidade do autor.

É certo que a matéria é crítica e demonstra, um tanto, a insatisfação, à época e ainda evidente, da sociedade civil com os escândalos que insistem em assombrar nosso esporte, especificamente o futebol masculino nacional.

Contudo, diversas notícias envolvendo o autor, então presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), foram publicadas por outros veículos da imprensa, algumas com fortes denúncias sobre sua conduta à frente da referida instituição, não havendo, nos presentes autos, qualquer informação acerca de eventuais medidas porventura tomadas pelo autor.

Nesta senda, em que pesem os eventuais danos de ordem moral sofridos pelo autor, não restou comprovada a conduta ilícita imputada ao réu, já que estamos diante, em verdade, do regular exercício do direito de informar, expressão da própria liberdade de imprensa, sem a qual o Estado Democrático de Direito sobreviveria.

A conclusão a que se chega é a de que a matéria reproduzida pelo réu não alcançou dimensão suficiente para denegrir a honra do autor, mormente quando comparada a um sem número de reportagens já veiculadas sobre a gestão do autor quando respondia pela aludida entidade”.

O que mudou em relação ao meu caso? A notória influência de Zveiter no TJRJ. O desembargador em questão entrou pelo quinto constitucional no TJRJ em 2007, por influência direta de Luiz Zveiter, então corregedor geral da Justiça do Rio.

3 – A foto de um homônimo

Uma mera fotomontagem, incluindo por engano foto de homônimo, resultou em uma condenação em tempo recorde pelo juiz de 1a instância, confirmada por um desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo.

O juiz decretou bloqueio de R$ 30 mil em uma conta conjunta que tenho com esposa. Ela entrou com uma medida para desbloquear sua parte e o juiz limitou-se a decidir não decidindo – manteve o processo parado e a conta bloqueada. Decretou outros bloqueios em contas pessoais, contas de assinaturas do GGN.

Recentemente, o Tribunal de Justiça de São Paulo reduziu de R$ 60 mil para R$ 20 mil a condenação da TV Record, por ter veiculado reportagens – em um dos maiores canais abertos – acusando falsamente um homem de crimes de sequestro e estupro coletivo. A alegação foi a de que os males causados à sua imagem não foram tão relevantes.

No meu caso, não foi necessário que o reclamante apresentasse qualquer evidência de que uma mera foto, em uma fotomontagem, em uma reportagem que sequer mencionava seu nome, tivesse acarretando consequências profissionais ou pessoais para ele.

Tempos atrás, Joyce Hasselman fez um ataque torpe a uma filha minha, para seus mais de um milhão de seguidores, confundindo-a com uma homônima. Sua condenação foi de metade do valor da que recebi por ter publicado uma foto incorreta em uma mera fotomontagem.

4 – Caso João Dória Jr

O governador João Dória Jr entrou com uma ação contra o GGN, devido a artigo publicado por um colaborador. Pediu R$ 50 mil de indenização. O juiz aumentou de ofício para R$ 100 mil, alegando que o escritório do GGN fica em bairro nobre e isso justificaria as condições da empresa para pagar indenização maior. O escritório fica no endereço residencial de uma sócia, em um bairro de classe média.

5 – O caso MBL

O MBL entra com uma ação me acusando de ter dito que ele recebeu dinheiro da Lava Jato. O texto apenas mencionava a eficácia do grupo – de ter conseguido eleger bancadas com R$ 5 milhões de financiamento – para comprovar o potencial político dos R$ 2,5 bilhões da Fundação pretendida pela Lava Jato de Curitiba para gerenciar as multas da Petrobras. Não havia nenhuma afirmação de que os R$ 5 milhões do MBL seriam provenientes da Lava Jato. O texto era claro. O juiz de 1a instância rejeitou a ação. O desembargador me condenou a R$ 10 mil alegando que o texto não era claro.

Simples assim: bastou achar que não era claro (e era) para avançar sobre mais R$ 10 mil, com total desconsideração pelo trabalho alheio.

O cerco

O cerco imposto está me expulsando do exercício do jornalismo. Pouco importa se tenho 50 anos de carreira, inúmeras premiações, um trabalho reconhecido na área de economia e na defesa dos direitos.

Assim como os malditos pela ditadura, continuando essa escalada terei que arrumar outra ocupação, manter-me no anonimato para que novos proventos não sejam confiscados, já que até a aposentadoria recebida está sob ameaça de confisco, e possa manter o apoio à minha família e recursos para meu sustento.

Não se culpe o Judiciário como um todo. Há juízes profissionais, que cumprem com rigor a nobre função de julgar. Mas o poder perdeu o controle sobre o ativismo de juízes e desembargadores partidarizados, especialmente depois que o Supremo Tribunal Federal acabou com a Lei de Imprensa, não colocando nada no lugar e que Ministros, como Luis Roberto Barroso, passaram a estimular o protagonismo dos juízes.

Não há mais limites para condenações, sequer obediência a princípios básicos de razoabilidade.

Se não houver um movimento nacional de conscientização, envolvendo a parte saudável do Judiciário, dos Tribunais, a OAB, ABI, órgãos representativos da mídia, se não cair a ficha dos grupos de mídia sobre essa escalada contra a liberdade de expressão, se não cair a ficha de Barroso sobre o monstro que criou, se não cair a ficha do próprio Judiciário sobre as ameaças desse tipo de atuação à sua própria imagem, a ditadura poderá se tornar irreversível.

Inicialmente, com o Judiciário. Depois, sem ele.

*Luis Nassif/GGN

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Vídeo – New York Post: “O presidente Bolsonaro afirma que a vacina da COVID pode transformar pessoas em jacarés”

O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, chocou até mesmo seus partidários mais ferrenhos esta semana com um discurso cheio de palavrões contra a vacina COVID-19, apesar de 7,1 milhões de casos do vírus no país e mais de 185.000 mortes.

“Eu não vou tomar [a vacina]. Alguns dizem que estou dando um mau exemplo. Ei, seu idiota, o que você está dizendo sobre o mau exemplo, eu já tive o vírus, já tenho anticorpos. Por que devo tomar a vacina novamente? ” Bolsonaro disse em discurso captado pelo serviço de notícias UOL para uma multidão em Porto Seguro. Bolsonaro contraiu COVID-19 no início deste ano.

O Brasil registrou dois casos de reinfecção e os cientistas não têm certeza de quanto tempo os anticorpos duram, de acordo com o site de notícias.

Bolsonaro então atacou a empresa farmacêutica americana Pfizer e sua vacina. A empresa se isentou de responsabilidade em caso de efeitos colaterais da vacina – que Bolsonaro disse retoricamente poderia transformar alguém em um jacaré e eles não seriam responsáveis.

“E outra coisa que tem que ficar bem clara”, acusou Bolsonaro. “Lá no contrato da Pfizer, está muito claro que nós (Pfizer) não somos responsáveis ​​por nenhum efeito colateral. Se você se tornar um jacaré, o problema é seu. … E o que é pior, adulterar o sistema imunológico das pessoas. ”

*Do New York Post

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Morre Nicette Bruno, vítima da Covid-19

Atriz estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.

A atriz Nicette Bruno morreu na manhã deste domingo (20), aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul do Rio.

De acordo com o boletim médico divulgado neste sábado (20), o estado de saúde de Nicette “era considerado muito grave”. Ela estava sedada e dependente de ventilação mecânica.

A informação da morte foi confirmada pela hospital por volta das 13h20.

A filha de Nicette Bruno, a também atriz Beth Goulart, fez uma corrente de oração nas redes sociais para a recuperação da mãe. Na´última publicação, ela deixou um recado para seus seguidores e afirmou que “a fé nos fortalece.

“Vamos orar pela melhora dela, pela cura dela. E, neste momento, aproveite para orar para você também e sua família. Para que você encontre as soluções necessárias para qualquer obstáculo e situação difícil que está vivendo. A fé nos fortalece em qualquer situação”, diz Beth em vídeo.

*Do G1

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