Ano: 2020

VÍDEO – Campanha de Covas é flagrada distribuindo cestas básicas

Bruno Covas está no vale tudo para tentar ganhar a eleição de Boulos.

O candidato do PSDB, vendo-se ameaçado pelo crescimento acentuado de Boulos, usa táticas de expediente ilegal, é o vale tudo da campanha eleitoral para um candidato desonesto.

A denúncia é da vereadora eleita Luana, do PSOL.

No Twitter:

“GRAVÍSSIMO! Campanha de Bruno Covas está distribuindo cestas básicas na região do Peri e Brasilândia. O desespero já tomou conta de Covas e agora ele parte pro jogo sujo! Seguimos atentos e vamos apurar a denúncia de crime eleitoral”.

*Com informações do DCM

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Folha, em sabatina com Boulos, usa o tempo do candidato com a pergunta e não o deixa responder

O inacreditável jornalismo paulista, quando o assunto é blindar o tucanistão, é algo realmente formidável.

A situação, protagonizada pela jornalista Thais Oyama, da Folha, em que ela usa 38s dos 45 segundos do tempo de resposta de Boulos, deixando para ele somente 7 segundos para as considerações finais, escancara a diferença entre jornalismo e ativismo tucano.

Nesses anos todos de disputa eleitoral pós-ditadura, já se viu de tudo no jornalismo bandeirante em prol dos interesses da elite paulistana, mas as moça se superou nessa, deixando constrangida até a colega, Luciana Coelho, que participava com ela da suposta sabatina da Folha com Boulos.

É esta a ética do jornalismo da Folha, que sequer teve a preocupação de se retratar e dar o devido tempo de resposta a Boulos, deixando o candidato no vácuo e os que assistiam à live formar uma opinião sobre o que ele responderia.

Isso tem nome, informação de negócios em que a ética e a verdade não têm qualquer importância.

https://twitter.com/Bruno_Moreno_/status/1331993164647895042?s=20

*Da redação

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Com disputa acirrada, servidores de Recife são pressionados a fazerem campanha para João Campos

Chefes pressionam subordinados em grupos de WhatsApp a trabalhar pelo candidato do prefeito Geraldo Julio (PSB).

Servidores com cargos comissionados na Prefeitura do Recife estão sendo escalados pelos chefes diretos para cumprir desde o primeiro turno missões diárias na campanha de João Campos (PSB). Filho do ex-governador Eduardo Campos, o candidato é apoiado pelo prefeito Geraldo Julio (PSB).

As convocações incluem bandeiraços, distribuição de panfletos em semáforos e comunidades e o uso de camisetas amarelas —cor da coligação do PSB. São feitas em grupos organizados pelo WhatsApp e divididos de maneira sistêmica por secretarias e órgãos públicos municipais.

A Folha teve acesso ao conteúdo de grupos de pelo menos quatro secretarias municipais e confirmou a autenticidade das mensagens após entrevistar alguns dos funcionários que integram o que eles chamam de “time”.

Em algumas das mensagens postadas, o servidor precisa indicar qual a agenda em que ele estará presente.

Os grupos são compostos por no máximo dez pessoas e têm uma espécie de capitão, geralmente o que tem maior poder hierárquico dentro do órgão municipal, que orienta os comandados.

Parte deles relata que, apesar de serem chamados de “voluntários”, são pressionados e constrangidos pelos chefes a cumprir a missão determinada.

Em um dos grupos a que a Folha teve acesso, uma funcionária que ocupa cargo de chefia na Secretaria de Turismo da Prefeitura do Recife lista numa mensagem postada o que os cargos comissionados devem fazer naquele determinado dia.

“Pessoal, amanhã preciso do grupo inteiro. Vamos sair do posto às 17h de ônibus, pontualmente, para alguma ação na nona zona (não tenho o destino final). Peço que usem amarelo, ok?”

Em seguida, uma nova mensagem informa aos subordinados o ponto onde os servidores públicos devem se encontrar para começarem o trabalho.

“O ponto de encontro é no posto shell às 16h45. Não vou confirmar os nomes porque conto com a presença de todos nesta reta final”, diz o aviso postado.

Um dos integrantes do grupo confirmou à Folha que existe uma coação velada para que todos os servidores estejam no local determinado após as convocatórias.

No fim da agenda, uma foto de todo o grupo é postada para comprovar o cumprimento da demanda estabelecida.

“Gente, nesse segundo turno, não iremos fazer sinal. Será apenas comunidade e com carga máxima. Aguardem novas orientações”, diz a mensagem postada pela mesma funcionária.

Dois dias após a divulgação dos resultados do primeiro turno, que colocou João Campos e Marília Arraes (PT) na disputa final, uma nova mensagem foi encaminhada a todos os comissionados da secretaria.

“Gente, vencemos a primeira batalha e agora vamos ganhar a guerra. A partir de amanhã, voltaremos às ruas com toda força. Teremos ações todos os dias para todos os times. Aguardem novas orientações.”

Em outro grupo, um alerta importante para os servidores é emitido: “Ontem, às 23h, recebi uma nova planilha com alteração de algumas escolas. Vou colocar a planilha aqui e peço que, com muito cuidado, vocês procurem os nomes de vocês e em seguida preencham uma lista confirmando que sabem onde vão atuar no dia D!”.

Os funcionários municipais respondem com um “ok”. Um dos servidores explicou à Folha que, na maioria das vezes, as mensagens convocatórias estabelecem um ponto de encontro.

De acordo com ele, que não se identificou por temer represálias, todos entram em um ônibus e vão para os destinos estabelecidos.

Não há, de acordo com o relato dele, pagamentos de lanches ou uso de carros oficiais.

“Peço que não esqueça de usar amarelo, tá? Acabaram de reforçar esse pedido. Peço que todos contribuam. Muito obrigada”, diz a mensagem postada no grupo na primeira semana do segundo turno.

Os nomes dos funcionários são listados um a um com a ação de campanha a ser feita no dia. “Ação Panfletagem porta a porta. Quarta-feira (25/11). Saída: 16h30 (Praça do Arsenal). Local: Nova descoberta (6ª zona)”, avisa mensagem postada nesta quarta-feira (25) em um dos grupos.

 

*Com informações da Folha

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Pesquisa XP/Ipespe: Boulos sobe 9 pontos em São Paulo e encosta em Covas

Pesquisa de intenção de voto do Ipespe para segundo turno mostra candidato à reeleição tucano com 54% e psolista com 46%.

São Paulo – Pesquisa do Instituto Ipespe encomendada pela corretora XP Investimentos e divulgada pelo jornal Valor Econômico nesta quinta-feira (26/11) mostra os candidatos a prefeito de São Paulo Bruno Covas (PSDB) e Guilherme Boulos (PSol) empatados no limite da margem de erro na corrida do segundo turno.

Segundo o Ipespe, Covas não perdeu votos, mas Boulos conquistou indecisos e subiu 9 pontos em relação ao levantamento anterior do mesmo instituto, feito há uma semana. A pesquisa XP/Ipespe mostra o prefeito Covas com 48%, mesmo percentual do levantamento anterior. Boulos aparece com 41% — eram 32% na anterior.

São, portanto, 7 pontos que os separam e a margem de erro é de 3,5 pontos percentuais para mais ou para menos. Por isso, apesar da dianteira do tucano, há o empate técnico.

Os indecisos caíram de 5% para 3% e os nulos de 15% para 8% — foi onde Boulos cresceu. Contando apenas os votos válidos, Covas tem 54% e Boulos, 46%.

 

*Com informações do Metrópoles

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Cai aprovação de Bolsonaro em 23 das 26 capitais

A avaliação positiva do governo do presidente Jair Bolsonaro caiu numericamente em 23 das 26 capitais brasileiras entre os meses de outubro e novembro, durante as eleições municipais. O levantamento do GLOBO comparou a primeira pesquisa do Ibope no período eleitoral com a mais recente em cada uma das cidades. O instituto tem medido a aprovação e a rejeição à gestão de Bolsonaro quando faz os levantamentos de intenção de voto para as prefeituras.

Os números mostram que em quase todas as capitais caiu o percentual que avaliou o governo como “ótimo ou bom”. Das 23 cidades nas quais o presidente teve esse índice reduzido, em 14 a queda foi além da margem de erro, que varia de três a quatro pontos percentuais dependendo do município. Não houve aumento do índice de aprovação de Bolsonaro em nenhuma capital do país se considerada a margem de erro.

Outro indicador negativo para o presidente está relacionado ao número de entrevistados que avaliam sua gestão como “ruim e péssima”: este índice subiu acima da margem de erro em 12 capitais.

As pesquisas foram feitas em um período no qual o auxílio emergencial concedido pelo governo em decorrência da pandemia foi reduzido de R$ 600 para R$ 300. Em setembro, em uma pesquisa nacional realizada pelo Ibope que abrangia também cidades do interior, o presidente contava com 40% de “ótimo e bom”, 29% de “regular” e 29% de “ruim e péssimo”.

Repercussão nas urnas

A redução da popularidade de Bolsonaro nas capitais repercutiu nas urnas. Dos seis candidatos a prefeito apoiados pelo presidente em capitais, quatro foram derrotados no primeiro turno, ao passo que dois disputam o segundo turno mas se encontram atrás nas pesquisas de intenção de voto.

A maior redução de avaliação “boa e ótima” do governo Bolsonaro ocorreu em João Pessoa (PB) onde o índice foi de 43% para 30%, entre outubro e novembro. Em seguida no ranking estão capitais da região Norte, como Manaus (AM) — de 54% para 42% —, onde o candidato apoiado pelo presidente à Prefeitura, Coronel Menezes (Patriota), ficou apenas em quinto lugar.

Já em Rio Branco (AC) a aprovação continua alta, apesar da queda, de 48% para 39%. A capital acreana fez o presidente, inclusive, recuar da sua decisão de não apoiar candidatos no segundo turno. Ele gravou ontem um vídeo de apoio a Tião Bocalom (PP). O gesto, entretanto, foi calculado de baixo risco: Bocalom terminou o primeiro turno com 49,58% e é favorito contra Socorro Neri (PSB). Ela assumiu a prefeitura após o afastamento de Marcus Alexandre (PT), que disputou o governo do estado em 2018 e foi derrotado, e é candidata à reeleição.

 

*Com informações de O Globo

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Covas e Doria tiraram R$ 3,4 bilhões da educação e matricularam crianças em creches inacabadas

Dupla do PSDB que comanda a capital paulista há quatro anos enfraqueceu a educação, matriculou crianças em CEIs inacabados e não cumpriu meta de zerar a fila da creche.

São Paulo – O governo do ex-prefeito e atual governador João Doria e seu vice, sucessor e candidato à reeleição, Bruno Covas, ambos do PSDB, tirou cerca de R$ 3,4 bilhões da educação municipal entre 2017 e 2019. Isso porque a gestão tucana reduziu o percentual da arrecadação de impostos destinado à rede pública de ensino, que vinha crescendo na gestão de Fernando Haddad (PT). Em 2016, a prefeitura aplicou 28,57% da receita de impostos em educação. Em 2017, primeiro ano do governo tucano, foram aplicados 26,59%. O valor caiu mais em 2018: 25,07%. E aumentou um pouco em 2019, sem chegar no percentual de três anos antes: 25,44%.

Embora a ação não seja ilegal, já que a aplicação mínima exigida pela Constituição Federal é de 25% da receita de impostos, na prática a ação de Doria e Covas reduziu o montante investido em educação. Com a redução de verbas, muitas escolas tiveram os contratos de manutenção reduzidos. Em consequência, muitas iniciaram o ano letivo de 2020, por exemplo, sem fazer limpeza de caixas de água, serviços de zeladoria, corte de grama dos parques infantis, dedetização e outras ações.

A redução da verba impactou outros programas, como o Leve Leite, que perdeu 83% da verba que tinha em 2016, deixando de atender quase 700 mil crianças. Naquele ano, a execução do programa foi de R$ 246 milhões, para atender 916 mil crianças de zero a 14 anos. Quando Doria e Covas assumiram, as crianças de 7 a 14 anos foram excluídas do programa e a execução do orçamento caiu para R$ 50,8 milhões. Nos anos seguintes os valores seguiram em queda: R$ 45,9 milhões, em 2018, R$ 41,8 milhões, em 2019. Neste ano, até novembro, foram aplicados R$ 41,4 milhões.

O congelamento de aproximadamente 13,5% do orçamento da educação municipal de 2017, por Doria e Covas, afetou a alimentação das crianças matriculadas nas creches municipais da rede conveniada. Segundo relatos de representantes das entidades conveniadas, o governo de Doria e Covas passou a entregar uma quantidade de alimentos inferior à necessidade das escolas. As organizações passaram a fazer a aquisição de alimentos por conta própria para garantir a refeição completa das crianças. Arroz, carne bovina, óleo de cozinha, frutas e legumes foram os itens que mais tiveram redução no fornecimento pela prefeitura.

A situação ficou grave, como relatou Darcy Diago Finzetto, diretora do Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, durante assembleia do Fórum de Educação Infantil com Entidades Conveniadas do Município de São Paulo (FEI), em 10 de maio de 2017, na Câmara Municipal de São Paulo. “A merenda está vergonhosa. Creches com 150 crianças, da minha entidade, receberam três itens para passar o mês. Três itens que dão para uma semana. Legumes e verduras, então, nem se fala”, contou.

O principal programa de alimentação escolar do governo Doria e Covas foi a ração humana. A ideia era receber doações de sobras de alimentos que seriam descartados pela indústria ou comércio e processá-los para produzir um “granulado nutricional” que seria distribuído à população de baixa renda e para os estudantes. Os doadores receberiam benefícios econômicos e isenção de impostos. A proposta foi amplamente rechaçada e os tucanos desistiram da ideia.

Ao mesmo tempo em que propunha melhorar a nutrição das crianças pobres com alimentos ultraprocessados, Doria e Covas descumpriram a meta para compra de merenda escolar orgânica, investindo apenas 0,62% do orçamento da educação para esse fim, em 2017. Nos anos seguintes, apenas uma pequena parcela dos alimentos da merenda escolar teve origem na agricultura familiar e livre de agrotóxicos.

Fila da creche e pré-escola

A principal promessa de Covas e Doria na educação era zerar a fila da creche até março de 2018. Perto do prazo e sem perspectiva de conseguir cumprir a meta, o governo dos tucanos passou a matricular crianças em creches que ainda estavam em obras. Familiares das crianças eram chamados para efetivar a matrícula, mas quando chegavam no local onde devia estar a creche encontravam canteiros de obras, sem previsão de conclusão.

A RBA mostrou, no início de 2018, que a situação ocorreu, ao menos, em duas unidades. A Creche Particular Conveniada Rio Claro, na Chácara Enseada, região do Jardim Ângela, estava com as obras paradas há mais de um ano, segundo os moradores. No entanto, constavam ali as matrículas de duas centenas de bebês, segundo o sistema de gerenciamento da Secretaria Municipal da Educação. Na zona oeste, a Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda estava em obras e sem previsão de conclusão, mas também já tinha 206 crianças matriculadas.

Local da Creche Conveniada Maria de Lourdes ainda está em obras e pode não ficar pronta até o início das aulas

Covas tem repetido que seu governo foi responsável por zerar a fila da pré-escola, o que seria um marco da educação municipal. Na verdade, o tucano se apropria de um feito da gestão de Haddad, encerrada em 2016, que apenas foi concluído em 2017. A gestão petista criou quase 100 mil vagas na educação infantil entre janeiro de 2013 e agosto de 2016, conforme documentos do Ministério Público Estadual. E deixou apenas 1.269 crianças na fila de espera, assumida pelos então eleitos Doria e Covas.

Com isso, a demanda foi zerada sem que os tucanos precisassem abrir nenhuma nova escola. Em vez disso, eles eliminaram o período integral de dezenas de Escolas Municipais de Educação Infantil (Emei) para garantir as vagas que faltavam. A medida prejudicou centenas de famílias, que protestaram contra a mudança, feita sem qualquer diálogo e na volta do recesso de julho, pegando todos de surpresa.

*Com informações da Rede Brasil Atual

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Florestan Fernandes Jr.: Mais uma vez, #EleNão!

“Para mim, todo o dia é dia de dizer não à violência verbal, psicológica ou física, contra as mulheres”, escreve o jornalista Florestan Fernandes Jr, ao comentar sobre o Dia Internacional da não violência contra a mulher.

Cresci numa casa com seis mulheres, minha mãe e cinco irmãs. Posso dizer que esse convívio me fez muito bem, tenho uma perspectiva melhor da alma feminina. Acho mesmo que elas são superiores aos homens em muitas coisas, inclusive na forma de expressar seu amor ao próximo.

Lembro que uma vez, em um dos bailinhos de adolescentes lá em casa, minha mãe atravessou a sala e exigiu que um rapaz que havia falado mal de uma de suas filhas se retirasse da festa. Foi uma bela lição para nós, os filhos, e para os nossos amigos do bairro. Hoje, 25 de novembro, é o Dia Internacional da não violência contra a mulher. Para mim, todo o dia é dia de dizer não à violência verbal, psicológica ou física, contra as mulheres.

Isso adquire maior importância no Brasil, onde o Presidente da República faz questão de expressar sua misoginia diuturnamente. Foi assim quando disse que a deputada federal Maria do Rosário não merecia ser estuprada, porque a considerava “muito feia”; ou quando usou a palavra “furo”, de forma pejorativa, imprimindo um duplo sentido, para fazer galhofa machista contra a repórter Patrícia Campos Mello, afirmando que: “Ela queria dar um furo a qualquer preço contra mim”. Mais uma vez, quando se vangloriou, ao dizer que teve quatro “filhos homens”, e que foi só no quinto filho, que “deu uma fraquejada e veio uma mulher”.

Nem o belo Movimento “Ele Não”, com manifestações populares motivadas pelas declarações misóginas do então candidato e suas ameaças à democracia, conseguiu evitar a eleição de Bolsonaro, em 2018.

O que veio depois? No primeiro semestre de 2020, em plena pandemia do Coronavírus, a crescente escalada da violência contra a mulher: 1.890 mulheres foram mortas no país, de forma violenta. O aumento de apenas 1% no índice de feminicídio nesse período, longe de representar a redução da violência, se deve à diminuição das denúncias durante a quarentena.

No próximo domingo, a maior cidade do País corre o risco de eleger como vice-prefeito, o conservador Ricardo Nunes, acusado pela esposa de violência doméstica, ameaça e injúria. Os atos de violência constam do boletim de ocorrência, registrado na 6ª Delegacia da Mulher, em Santo Amaro (zona sul de São Paulo).

Numa entrevista à Rádio CBN, Bruno Covas minimizou a denúncia contra seu Vice, alegando que: “Foi uma discussão, e os dois procuraram a polícia. Não houve agressão. Agora tratam ele como agressor de mulher.”

A resposta da jornalista Fabiola Cidral colocou as coisas no seu devido lugar: “A agressão verbal é uma agressão. Se tem uma coisa que mulheres enfrentam desde sempre são as agressões, que podem não ser físicas, mas que são fortes. São históricas. Não tem como a gente definir violência só pela violência física.”

Voltamos ao início deste texto, quando dona Myrian, minha mãe, colocou um homem para fora da nossa casa por proferir violência verbal contra uma de suas filhas. Ela, se viva fosse, certamente rejeitaria a desculpa do candidato Covas. Este, tentando justificar o injustificável, valida e legitima o comportamento do agressor, relativiza um dos mais graves problemas sociais do País, que além de representar a maior fonte de violação dos direitos humanos das mulheres, tem forte impacto no desenvolvimento social e econômico do Brasil.

*Florestan Fernandes Jr./247

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Nós temos Justiça Eleitoral?

Há uma dimensão que falta analisar no repugnante episódio da disseminação do vídeo onde o Bispo Prefeito Marcelo Crivella (Republicanos) inventa que o PSOL seria guindado à Secretaria Municipal de Educação e implementaria “pedofilia nas escolas” em um eventual governo de Eduardo Paes (DEM). Trata-se do fato de a Justiça Eleitoral ter assistido a tal  absurdo deitada em berço esplêndido.

Em bom português, pedofilia é uma perversão que leva um indivíduo adulto a assediar e se aproveitar sexualmente de uma  criança, chegando a efetivar atos sexuais com as que assedia. É isso que Crivella disse que acontecerá nas escolas municipais do Rio – pelas mãos do PSOL – se Paes vencer a eleição.

Vejamos bem. Em uma disputa de segundo turno para exercer o cargo de Prefeito da segunda cidade mais importante do País, um dos candidatos grava um vídeo mostrando a cara e afirmando que se seu adversário vencer ele entregará a área da educação a um terceiro partido (que está fora da disputa) e que este partido cometerá crimes hediondos contra as crianças que frequentam as escolas públicas.

O que as autoridades responsáveis pelo bom andamento do pleito ainda estão esperando para tomar uma atitude? O silêncio e a inação – tanto dos juízes do TRE-RJ como dos promotores de Justiça do Ministério Público Eleitoral – diante de uma notícia falsa desta magnitude, repito, assumida em vídeo por um candidato, demonstra das duas, uma: pusilanimidade (fraqueza moral, covardia, medo; falta de firmeza) ou, pior, cumplicidade. Pior ainda seria as duas coisas somadas.

Além do processo por calúnia e difamação (que o PSOL irá mover na Justiça Criminal contra o Bispo Prefeito) a candidatura de Crivella tem que ser cassada diante de fato tão absurdo. Ao não fazê-lo, a Justiça Eleitoral dá sinal verde ao “vale tudo”, jogando por terra todo o discurso que vem sendo feito, há meses, pelo Ministro Luis Roberto Barroso (atual Presidente do TSE) em relação ao esforço que estaria sendo feito para barrar notícias falsas que tentam (e muitas vezes conseguem, como em 2018) influenciar o resultado das eleições.

O TRE-RJ, o Ministério Público Eleitoral e o próprio TSE estão com os seus respectivos traseiros na janela. E ali permanecerão enquanto se acumpliciarem a este tipo de fato.

*Álvaro Nascimento – Jornalista

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Morre Maradona

Diego Armando Maradona, o gênio da bola que alegrou a vida de argentinos e de quem gosta de futebol, morreu nesta quarta-feira (25/11), aos 60 anos. E aos brasileiros agora resta a lembrança eterna da rivalidade do craque com o Pelé. Veja comparações na carreira entre os dois maiores nomes do futebol mundial:

Copas do Mundo

Pelé conquistou três Mundiais com a camisa do Brasil. O Rei levantou os canecos em 1958, 1962 e 1970. Além de ser fundamental na conquista das três taças, Pelé tinha uma trupe de craques que o ajudaram: nomes como Garrincha, Jairzinho, Tostão e Rivelino auxiliaram o Rei a colocar três estrelas na camisa canarinho.

Já os argentinos defendem que Maradona conquistou praticamente sozinho a Copa de 1986 no México. O camisa 10 enfileirou gigantes do futebol na campanha quase perfeita de seis vitórias em sete jogos e elevou o nome da Argentina no cenário mundial.

Clubes

Pelé defendeu apenas dois times na carreira: o Santos e o Cosmos FC, momentos antes de se aposentar. O Rei foi campeão brasileiro, da Libertadores, além de inúmeros títulos com a camisa do time brasileiro.

Maradona defendeu Boca Juniors, Barcelona, Napoli, Newell’s Old Boys e encerrou a carreira no Boca. Ao longo da carreira, Maradona conquistou um campeonato argentino com o Boca. Conquistou títulos com na Espanha, com o Barcelona, como Copa do Rei e o campeonato espanhol em 1983. Com o Napoli ganhou duas vezes o campeonato italiano, em em 1986 e 1989.

 

*Com informações do Metrópoles

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Deputados vão pedir afastamento de Eduardo Bolsonaro da presidência da Comissão de Relações Exteriores

A declaração de Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) levantando suspeitas sobre a China ferve nos grupos de WhatsApp dos parlamentares, na manhã desta quarta-feira (25/11), e aumenta a pressão sobre o presidente Jair Bolsonaro. A deputada perpétua Almeida (PCdoB-APC) prepara um pedido para que ele seja destituído da Presidência da Comissão de Relações Exteriores e tem o aval de vários colegas.

“Esse cara está prejudicando o país. Até quando vamos dar asas a esse louco aí?”, pergunta o presidente da Frente Parlamentar Brasil-China e a frente dos Brics (Brasil, Rússia, Índica, China e África do Sul), deputado Fausto Pinato (PP-SP). Até aqui, o presidente Jair Bolsonaro não se pronunciou, o que também preocupa os deputados. “É inaceitável que o filho do presidente se comporte desse jeito e o presidente não faça nada”, diz a deputada.

O movimento suprapartidário tem razão de ser. Os chineses consideram que, quando um deputado se pronuncia sobre qualquer assunto, ele não externa uma opinião pessoal e sim a posição do Parlamento de seu país. O fato de Eduardo ser filho do presidente Jair Bolsonaro torna o caso ainda mais grave perante os chineses, porque, avaliam os diplomatas, passa a ideia de que o governo brasileira avaliza a posição do deputado. Como filho do presidente da República, avaliam, Eduardo jamais poderia ter lançado desconfianças sobre a tecnologia chinesa.

Para quem não acompanhou, eis o que disse Eduardo, na segunda-feira à noite, num tuíte apagado na manhã de terça-feira, depois que o estrago havia sido feito: “O governo @JairBolsonaro declarou apoio à aliança Clean Network, lançada pelo Governo@realDonaldTrump, criando uma aliança global para um 5G seguro, sem espionagem da China”, escreveu o deputado.

A contundência da reação do embaixador chinês, Yang Wanming, indica que ele tem todo o aval de Pequim. A Embaixada menciona em seu comunicado que aqueles que insistem nesses ataques “vão arcar com as consequências negativas e carregar a responsabilidade histórica de perturbar a normalidade da parceria China-Brasil”. O deputado, mais uma vez, provoca uma tensão desnecessária neste momento em que o Brasil depende tanto das compras da China.

5G terá grupo de acompanhamento na Câmara

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que já cansou de dizer que Eduardo não fala pelo Parlamento, pediu a deputada Perpétua Almeida que crie um grupo de trabalho para acompanhamento das negociações em torno do 5G. Ela que já foi presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, avisa: “Não quero saber o que é melhor para a China ou para os Estados Unidos. Quero saber o que é melhor para o Brasil. Quem lida com relações internacionais sabe que Nações não têm amigos nem inimigos, têm interesses”, diz a deputada. Pelo visto, Eduardo faltou a essa aula.

 

*Com informações do Correio Braziliense

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