Ano: 2021

Vídeo: Barroso era conselheiro de Dallagnol, diz hacker Walter Delgatti

Walter Delgatti, o hacker que acessou aparelhos de celular de cerca de 200 autoridades, entre elas os procuradores da Lava Jato, tendo acesso a suas conversas do Telegram, revelou em entrevista à TV 247 nesta terça-feira (16) que o ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso era uma espécie de “conselheiro” do procurador Deltan Dallagnol.

Questionado sobre a relação entre o ministro do STF e o procurador, Delgatti respondeu: “Realmente, existia uma conversa entre eles bem restrita. Uma conversa que não seria ideal para o cargo deles e o assunto era sobre o cargo também, então seria algo imoral, antiético. Um relacionamento bem restrito”.

“Mas orientava?”, perguntou o jornalista Joaquim de Carvalho, que conduziu a entrevista. “Sim, orientava, era como se fosse um conselheiro, onde ele contava o que estava acontecendo, pedia opiniões”. “O Barroso compunha a primeira turma né, não julgava os casos da Lava Jato, então ele (Deltan) perguntava o que fazer, o que pegar de jurisprudência, como convencer um juiz do STJ… inclusive na época eles investigavam muito a vida de um relator do STJ, acho que Felix Fisher”, relatou Delgatti, referindo-se ao ministro do Superior Tribunal de Justiça.

E prosseguiu, revelando ainda ameaças e uma espécie de dossiê contra quem podia ser eventualmente contra a Lava Jato no Judiciário: “eles faziam uma análise de todas as decisões, do perfil, e montavam alguma peça encurralando eles e enviavam para a PGR, na época a Raquel Dodge ou a subprocuradora, montavam a peça, enviavam”.

De acordo com o hacker, a subprocuradora Luiza Frischeisen era um contato dos procuradores. “Ela conseguia o que estava acontecendo lá e vazava para eles. Os processos disciplinares dele… ela vazava antes de chegar por meio oficial”, acrescentou.

“Então eles colocavam contra a parede, tanto no TRF4, no STJ e no STF. Mas no TRF4 eles tinham conquistado já, difícil estava sendo no STF, mas no STJ também”, disse ainda.

“Não me arrependo de nada”

Walter Delgatti disse não se arrepender da invasão, apesar das consequências para sua vida pessoal, como a prisão. Ele foi preso em julho de 2019, chegou a ser transferido para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, e hoje está sob prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica, morando na casa da avó.

“Eu não me arrependo de nada. Eu me sinto orgulhoso demais. Eu contribuí e vou contribuir muito mais ainda. Eu consegui provar o que aconteceu comigo e o que eu fiz de certa forma vai ajudar muitas pessoas. A sensação que eu tive quando eu consegui fazer isso é algo inexplicável. Eu sou alguém”.

Delação premiada

Delgatti contou também que as autoridades fizeram forte pressão para que ele fizesse acordo de delação premiada, tanto para que ele próprio fosse solto quanto para libertar seus dois amigos – que nada têm a ver com a invasão, segundo ele, mas também viraram alvo. “‘Se você não fizer o acordo de delação você não vai sair’, o delegado dizia para mim. Toda hora eu sofria esse tipo de pressão psicológica”.

“Eles não falavam de forma expressa, mas davam a entender que eu precisava falar do Glenn [Greenwald] ou de alguém ligado ao Lula ou que entregasse o montante [de dinheiro]. Mas eu não tinha recebido nada por isso (a invasão) e eles colocaram um grampo na minha cela”, acrescentou.

Traidor de Lula

O ‘hacker de Araraquara’ revelou também que soube, pelas conversas, que o ex-presidente Lula foi traído por uma pessoa próxima. Questionado se era uma pessoa que fazia parte do governo da ex-presidente Dilma Rousseff, respondeu positivamente. E informou que foi uma ação – e não uma mensagem, ou declaração – dessa pessoa que “acabou ajudando a Lava Jato e prejudicando Lula”.

*Com informações do 247

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Brasil é único país do mundo com pandemia em disparada, revela universidade de Londres

Pesquisadores do Imperial College fazem acompanhamento semanal da evolução de casos e óbitos; taxa de transmissão do novo coronavírus ficou em 1,05 na última semana, acima do nível de controle.

A política de Jair Bolsonaro, que vai contra tudo o que é recomendado por autoridades sanitárias para evitar transmissões do novo coronavírus, segue cobrando seu preço. O Brasil é o único país do mundo a aparecer com tendência de crescimento acelerado da pandemia do novo coronavírus de acordo com estudo publicado pelo Imperial College de Londres nesta terça-feira (16).

Os pesquisadores da universidade divulgam análise semanal dos casos confirmados e mortes ocorridas em virtude da Covid-19 em 79 países. Com base nesse estudo, estimam a taxa de transmissão do Sars-Cov-2 na semana, projetam o índice, chamado de Rt, para o próximo período e ainda mostram em um mapa quais países estão com tendência de declínio, estabilidade ou crescimento lento e de crescimento acelerado. Nesta semana, apenas o Brasil foi mostrado neste último nível.

No caso da taxa de transmissão do novo coronavírus, a do Brasil ficou em 1,05, acima do 1,01 calculado na semana passada. Foi a sétima semana seguida que o índice ficou acima de 1. O número indica que cada 100 pessoas infectadas com o Sars-Cov-2 o transmitem para outras 105 no país. Para uma região ser considerada com a pandemia em estágio de redução, é necessário que a taxa fique abaixo de 1 por ao menos duas semanas.

E, como na semana passada, a projeção feita pelos pesquisadores não é otimista. Para os próximos sete dias, eles estimam que a taxa fique entre 1,01 e 1,10. Detalhe: na semana passada, 1,05 era o índice máxima que eles tinham projetado para o país.

Na semana encerrada na segunda-feira (15), a universidade contabilizou 7.455 mortes devido à Covid-19 no Brasil. Para essa próxima semana, os pesquisadores estimam que o número vá chegar a 8.110, podendo variar de 6.800 a 8.550.

*Com informações da Forum

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Entrevista: Lula de volta à cena política

Depois de um período de silêncio, o ex-presidente Lula falará pela primeira vez sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro, sobre sua expectativa em relação ao julgamento no STF e sobre a estratégia de colocar o bloco na rua com Fernando Haddad.

O ex-presidente Lula voltará à cena política nesta quinta-feira (18) com uma entrevista ao jornalista Kennedy Alencar, às 11h, no UOL Entrevista.

Após um período de silêncio na virada de 2020 para 2021, Lula falará sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro e sua expectativa em relação ao julgamento no STF que pode anular suas sentenças no âmbito da Lava Jato.

O ex-presidente deve também se pronunciar acerca da estratégia de colocar o “bloco na rua” com o ex-ministro Fernando Haddad, já visto como alternativa do PT para a disputa da eleição presidencial de 2022.

*Com informações do 247

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Vídeo – Gilmar Mendes: ‘Lava Jato prendeu Lula, apoiou eleição de Bolsonaro e integrou governo’

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, disse nesta segunda-feira (15), em entrevista à BBC News Brasil, que a Operação Lava Jato “apoiou a eleição de Jair Bolsonaro”, “tentou interferir” no resultado eleitoral e “agiu para perturbar o país” durante a gestão de Michel Temer.

Perto de liberar para julgamento a ação em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pede a anulação da sua condenação no caso do Tríplex do Guarujá, Gilmar Mendes afirmou também que o ex-juiz federal e ex-ministro da Justiça Sergio Moro “fez tudo o que não condiz” com o que se espera da relação entre juiz e Ministério Público numa investigação criminal.

O julgamento do recurso de Lula teve início em dezembro de 2018 e foi interrompido por um pedido de vista de Mendes. Na época, dois ministros chegaram a votar contra o pedido do ex-presidente: o relator Luiz Edson Fachin e Cármen Lúcia. Segundo Mendes, o caso será liberado para votação neste semestre.

Na ação, a defesa de Lula questiona a imparcialidade de Moro e cita como uma das provas disso o fato de o juiz ter aceitado ser ministro da Justiça do governo Bolsonaro.

Moro foi o primeiro a condenar Lula, em 2017, no processo em que o ex-presidente é acusado de ter recebido a propriedade de um tríplex no Guarujá da empreiteira OAS como parte de propina em troca de contratos da empresa com a Petrobras. Depois a condenação foi confirmada pelo Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região e pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).

“A Lava Jato tinha candidato e tinha programa no processo eleitoral”, disse Mendes à BBC News Brasil.

“Primeiro a Lava Jato atua na prisão do Lula. Prestes à eleição, a Lava Jato divulga o chamado depoimento ou delação do Palocci, tentando influenciar o processo eleitoral. Depois, o Moro vai para o governo Bolsonaro, portanto eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, exemplificou o ministro.

“Eles não só apoiaram como depois passam a integrar o governo Bolsonaro”, disse Gilmar Mendes em entrevista à BBC News Brasil

Questionado se uma eventual anulação da condenação de Lula não poderia gerar efeito cascata, beneficiando os demais réus da Lava Jato, o ministro do STF disse que cada caso será analisado individualmente.

Ele destacou, porém, que condenações que se basearam na colaboração informal entre procuradores da Lava Jato e autoridades estrangeiras podem ser reavaliadas. E disse haver “indicações de que houve vícios nos acordos de delação premiada e induções de declarações” dos réus na Lava Jato.

Sobre a pandemia de coronavírus, Gilmar Mendes afirmou que, em parte, o elevado número de mortes se deve à ausência de coordenação entre o Executivo Federal e governos estaduais, por causa de “crenças que dominavam o governo federal”, como a rejeição de medidas de isolamento social.

Apesar disso, o ministro disse não achar que seria “salutar” para o país abrir processos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro. Mais de 60 pedidos foram protocolados no Congresso Nacional, mas a decisão sobre abertura cabe ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), aliado de Bolsonaro.

Assista:

*Da BBC Brasil

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Por que só temos duas vacinas em uso até agora?

“O Brasil dispõe de apenas metade do lote inicial de 8 milhões de doses da Coronavac e de metade dos 2 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford”, escreve a colunista Tereza Cruvinel. “E como o governo e a Anvisa não parecem dispostos a facilitar o uso de outras vacinas, continuaremos nesta miséria vacinal”

Os Estados Unidos vão se afastando a passos largos da condição de epicentro global da pandemia, enquanto o Brasil, com sua vacinação desastrada, vai se credenciando a substitui-lo. Se aqui o governo Bolsonaro não demonstra a menor pressa em acelerar a vacinação, lá o que vem fazendo a diferença é o empenho do novo governo: o presidente Joe Biden poderá em breve cumprir a promessa de vacinar 100 milhões de americanos nos primeiros cem dias de governo, se for mantida a média diária de vacinação de 1,6 milhão de pessoas por dia. Com o avanço da vacinação, as médias móveis de mortes e de contaminações nos Estados Unidos já cairam a um terço de 20 de janeiro para cá.

No dia da posse de Biden, 20 de janeiro, morreram 4.380 americanos. No último sábado, foram 3. 373, num declínio que tem se mantido constante nas últimas semanas. O mesmo vale para o número de infectados, que em 8 de janeiro tiveram o pico de 300 mil novos casos. Agora eles variam entre 80 mil e 90 mil novos casos diários.

Os discursos negacionistas e os maus exemplos de Bolsonaro e outras autoridades federais resultaram no comportamento irresponsável de boa parte da população, tal como estamos vendo neste não-carnaval com festas clandestinas e aglomerações em praias, uma delas protagonizada pelo próprio presidente da República, no litoral catarinense, onde aproveitou para fazer propaganda de seus recentes decretos facilitando o armamento da população civil. A negligência social combinada com o atraso e descaso com a vacinação resultam no galope macabro da pandemia, que agora não mata apenas nas grandes cidades, mas também nas pequenas cidades do interior e até na zona rural.

Até o último sábado, 13, pouco mais de 5 milhões de pessoas haviam recebido a primeira dose de vacina contra a Covid19, o que representa apenas 2,38 da população. Apenas 0,09% receberam a segunda dose. Neste ritmo, a universalização não ocorrerá mesmo antes de 2024, como já previu a Fiocruz.

Afora o fato imperdoável de o governo federal não ter negociado em tempo hábil a compra de vacinas, o passo de cágado acontece também por falta de planejamento e por conta de um conjunto de erros de implementação, que não estariam ocorrendo se o general Pazuello, em sua ignorância sanitária, não tivesse tirado a autonomia operacional do Programa Nacional de Imunizações.

No momento, o Brasil dispõe de apenas metade do lote inicial de 8 milhões de doses da Coronavac e de metade dos 2 milhões de doses da vacina Astrazeneca/Oxford. E como o governo e a Anvisa não parecem dispostos a facilitar o uso de outras vacinas, continuaremos nesta miséria vacinal. Mas por que mesmo o governo dificulta o uso de outras vacinas, para isso acelerar a marcha da vacinação, como fizeram os Estados Unidos e outros países?

Neste momento, o Brasil poderia estar fazendo uso da vacina russa Sputnik V, tal como nossos vizinhos Argentina, Bolivia, Paraguai e México e outros 21 países. Poderia também estar utilizando a vacina Pfizer/BionTech, tal como os Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia. Adotada por 36 países, a Pfzer é a vacina mais usada no mundo, atualmente, à frente da Oxford/Astrazeneca (29 países) e da russa Sputnik V (25 países).

*Tereza Cruvinel/247

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Para Moro, não há tábua de salvação

Segundo Josias de Souza, Moro está sendo aconselhado por amigos a retomar o projeto político e concorrer ao Planalto.

Certamente, os que lhe deram esse conselho não são seus melhores amigos, sobretudo se Moro tentar usar o histórico da Lava Jato que hoje o esmaga como material publicitário de promoção pessoal.

Na verdade, Moro e Lava Jato, hoje, funcionam como fios desencapados, quando um encosta no outro, é curto na certa, o que queima ainda mais o já queimado ex-herói dos tolos.

O Brasil está neste momento chegando a 240 mil mortos por covid, com recorde de média móvel. O desemprego também é recorde. O país entrou numa insolvência política com a total incapacidade do governo Bolsonaro do qual Moro é o principal culpado por ter colocado no Palácio do Planalto para seu benefício na tentativa de fazer trampolim político em 2022.

As famílias brasileiras bateram recorde de endividamento. O Brasil não tem vacinas e sequer perspectivas para aquisição das mesmas, porque um juiz corrupto não conseguiu frear sua ambição e, por isso prendeu um inocente como Lula para colocar no poder uma família de bandidos para, com ela, alçar voos mais altos.

O resto, as revelações das mensagens vazadas falam por si e desaconselham esse idiota a sair da toca para tentar a sorte na política.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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OIT cobra explicações do Brasil por minar direitos trabalhistas na pandemia

A Organização Internacional do Trabalho (OIT) cobra do governo de Jair Bolsonaro explicações sobre mudanças legislativas ocorridas durante a pandemia da covid-19 e que, na visão dos trabalhadores, violaram convenções internacionais.

Em um detalhado informe circulado entre governos e entidades trabalhistas, o Comitê de Aplicações de Convenções da OIT deixa claro sua preocupação diante da reforma trabalhista e de leis adotadas nos últimos meses no país. A pressão sobre o governo deve dominar a participação do país na reunião anual da agência, marcada para maio.

No centro do debate estão as medidas provisórias 927 e 936, estabelecidas pelo governo nos primeiros meses da pandemia, em 2020. Foi por meio delas quer o governo criou o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. A norma, que permitia a suspensão temporária dos contratos de trabalho e a redução de salário e jornada proporcional em até 70%, foi alvo de questionamentos e chegou a ser chamada da MP da Morte e MP do Extermínio de Salários.

Sindicatos como CUT e outros alegaram aos órgãos da OIT que tais MPs prejudicaram “de forma severa” o direito à negociação coletiva ao garantir que acordos individuais prevaleceriam sobre todas as outras fontes legislativas e coletivas de direito do trabalho. A nova lei ainda permitiria ao empregador “o poder unilateral de decidir se deve ou não prorrogar a aplicação dos acordos coletivos que expiraram e que não podem ser renovados devido à crise sanitária”.

Diante da OIT, o governo refutou qualquer violação das convenções internacionais. Para Brasília, as MPs tornaram “possível salvaguardar imediatamente os empregos ameaçados pela crise, em uma situação de grande incerteza, incluindo a possibilidade de negociação coletiva em um contexto de distanciamento físico”.

As leis, segundo o governo, permitiram “salvar mais de 10 milhões de empregos” e foram “unanimemente transformada em um instrumento legislativo pelas duas câmaras do Congresso através da Lei nº 14.020 de 2020”.

A OIT, porém, optou por manter a pressão sobre o governo. “O Comitê reconhece plenamente as circunstâncias excepcionais vividas pelo país devido à pandemia e a necessidade absoluta de adotar medidas urgentes para mitigar os efeitos econômicos e sociais da crise resultante. Ao mesmo tempo, o Comitê lembra sua posição geral de que as medidas adotadas durante uma crise aguda que ponham de lado a aplicação dos acordos coletivos em vigor devem ser de natureza excepcional, limitadas no tempo e oferecer garantias para os trabalhadores mais afetados”, alertou.

Ainda que a MP 927 não esteja mais em vigor, o Comitê solicita ao governo que especifique se as cláusulas dos acordos coletivos que possam ter sido temporariamente suspensas por acordos individuais são novamente plenamente aplicáveis.

No que se refere à MP 936, o órgão da OIT indicou que “entende” que o objetivo seja o de permitir a redução da jornada de trabalho e suspensão temporárias de contrato durante a pandemia, assim como a criação de um mecanismo de compensação.

Mas, ainda assim, alerta que alguns critérios precisam ser seguidos. Um deles é de que mesmo com a redução da jornada, o salário por hora precisa ser mantido. O acesso a fundos de compensação por meio de acordos coletivos deve ser compulsório para determinados grupos e acordos coletivos devem, sempre, prevalecer sobre acordos individuais.

“O Comitê (da OIT) encoraja o governo a reforçar o diálogo com as organizações representativas de empregadores e trabalhadores com vistas a avaliar o impacto da implementação da Lei No. 14.020, garantindo a aplicação dos acordos e acordos coletivos que estão em vigor e promovendo, para todos os trabalhadores abrangidos pela Convenção, a plena utilização de mecanismos de negociação coletiva como meio de alcançar soluções equilibradas e sustentáveis em tempo de crise. O Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre este assunto”, solicita o órgão internacional.

Violência contra trabalhadores

Um outro ponto levantado pela OIT se refere às alegações dos sindicatos de violência e intimidação por parte da polícia contra trabalhadores durante greves e assembleias.

O governo reagiu, minimizando os ataques. De acordo com Brasília, “houve três casos isolados para os quais as informações fornecidas não oferecem por si só prova da ocorrência de abusos pela polícia ou pelas autoridades judiciais”.

O governo ainda alegou que “não é possível apurar o que realmente aconteceu sem uma análise detalhada da ação da polícia”. Brasília, por fim, tentou alertar à OIT que, se houvesse necessidade, seria a Justiça brasileira que cuidaria da queixa. “O sistema jurídico brasileiro oferece recursos judiciais adequados para lidar efetivamente com este tipo de situação”, indicou.

Uma vez mais, a OIT optou por manter a cobrança sobre o governo. “Enfatizando a importância de que as organizações de trabalhadores possam exercer suas atividades legais em defesa dos interesses de seus membros em geral e da negociação coletiva em particular em um contexto livre de violência, o Comitê solicita ao governo que forneça informações sobre os resultados das investigações relativas aos casos encaminhados”, completou.

Jamil Chade/Uol

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Barroso chama corrupção estrutural, sistêmica e institucionalizada da república de Curitiba de ‘eventuais excessos’

Não bastasse as declarações de um general sem grandeza nenhuma se comportar mais como o bicheiro Castor de Andrade, que pressionava o juiz com ameaças e até com agressões quando o time do Bangu estava perdendo, mostrando a gritante diferença entre Villas Bôas e o general americano, Mark Milley, chefe do Estado Maior, que se negou a cumprir as ordens de Trump de atacar seu próprio povo, temos que assistir a Luis Roberto Barroso bancando o juiz da comarca de Paraguaçu relativizando crimes estruturais, sistêmicos e institucionalizados, cometidos pelos operadores da lei, por ser amigo particular de Moro, mas principalmente de Dallagnol.

Seria correto Barroso dizer que juízes e procuradores deveriam ser os primeiros a dar o exemplo, mas não, assim como o general Villas Bôas, prefere tratar o Brasil como colônia, acentuando ainda mais o que disse Machado de Assis sobre o Brasil oficial, “caricato e burlesco”.

Isso mostra que, tanto o golpe em Dilma quanto em Lula, não foram obra solo, à capela do general falastrão que quer levar os louros de um golpista que precisa ser valorizado por Bolsonaro.

Barroso, assim como Fachin, só foi roncar grosso contra o general três anos depois do acontecido, revelando que as instituições brasileiras estão realmente funcionando, mas para os interesses dos golpistas.

No caso de Barroso, com essa declaração, praticamente evoca Maquiavel com a famosa frase, “aos amigos os favores, aos inimigos a lei”.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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Lewandowski ordena que Pazuello entregue emails do ministério da Saúde sobre crise no Amazonas

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o ministério da Saúde de Eduardo Pazuello entregue e-mails trocados entre a pasta e as Secretarias de Saúde do Amazonas e de Manaus durante a crise do oxigênio que atingiu o estado — um dos mais afetados pela pandemia do coronavírus no Brasil.

A determinação do ministro atende a um requerimento feito pela Procuradoria-Geral da República para a realização de diligências investigativas contra Pazuello pela Polícia Federal, que é alvo de um inquérito no Supremo por sua atuação da pandemia.

Lewandowski também autorizou a realização de depoimentos de servidores do ministério que atuaram no desenvolvimento do aplicativo “TrateCov” e a identificação de gastos de aquisição e distribuição dos medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina e dos testes do tipo RT-PCR.

De acordo com a PGR, as informações são necessárias para uma “melhor compreensão da dinâmica segundo a qual transcorreram os fatos, especialmente no tocante às comunicações entre os distintos órgãos da Administração Pública e às medidas adotadas para o combate à pandemia”.

A PGR também quer saber como foram as tratativas para o transporte de oxigênio para Manaus e de remoção de pacientes de Manaus para os hospitais universitários federais administrados pelo ministério.

“Isso posto, defiro os pedidos formulados pelo PGR e determino o encaminhamento destes autos à Polícia Federal para a realização das diligências requeridas”, determinou o ministro, no despacho desta segunda-feira.

*Com informações da Veja

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As declarações de Villas Bôas, inapelavelmente, colocam as Forças Armadas como sócias de Bolsonaro no morticínio de 240 mil brasileiros

Muitos dizem que a decisão dos militares de apoiar o golpe em Dilma foi por conta da Comissão da Verdade, porque, para eles, toda a história de horror praticada por torturadores como Brilhante Ustra, tinha que ser enterrada para ser esquecida.

Agora, achando-se um gênio, o tagarela general Villas Bôas, bate no peito para dizer que foram os militares que interferiram no resultado das eleições de 2018, impedindo que o STF concedesse habeas corpus a Lula, e com isso, abrissem o caminho para a eleição de Bolsonaro.

Mas o ponto central não está simplesmente na escancarada armação dos militares para enfiarem mais de 11 mil de seus homens dentro do governo para, deliciosamente, sugar as tetas do Estado, com grandes salários e com direito à farra com bacalhau, uísque 12 anos, picanha e muita cerveja.

A incompetência dessa legião de parasitas dentro do governo Bolsonaro, que em dois anos não tem um único feito para mostrar, sem falar que o Brasil está dentro de uma crise econômica sem precedentes por conta do neoliberalismo levado na base do chutão pelo beque de fazenda, Paulo Guedes, nem é o mais grave, porque a nossa tragédia humana é muito maior.

O grave é que, como se não bastasse ter um general da ativa à frente da pasta da Saúde, dando uma aula de incompetência, descaso e desumanidade inimagináveis com a vida dos brasileiros, porque nem vacina tem, o general Villas Bôas, como todo esperto que se acha um gênio, bate no peito para dizer que o governo que aí está matando mais de mil brasileiros por dia, o faz em parceria sim com as Forças Armadas que pressionaram o STF para que o genocida assumisse o poder e dividisse com ele a tarefa de produzir a segunda maior mortalidade por Covid-19 no planeta, com 240 mil mortes. A permanecer assim, o Brasil já já ultrapassará o número de mortes dos EUA.

Aí, lá na frente, um outro general vai querer censurar uma outra Comissão da Verdade sobre essa carnificina que Bolsonaro e as Forças Armadas, como confessa agora Villas Bôas, produziram juntos e misturados.

*Carlos Henrique Machado Freitas

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