Ano: 2021

Vídeo: Senhoras e senhores

Senhoras e senhores, coisa boa de se ver. Nos olhos dos outros sempre foi refresco, mas nos de um bolsonarista desesperado, dá pra rir um pouco.

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Paulo Guedes joga Bolsonaro aos leões

Com sua habitual realidade paralela, já desmoralizada pelo próprio mercado, Guedes afirma, sem trazer qualquer dado concreto, que o pior da inflação já passou e mete uma bola de três dedos nas costas de Bolsonaro, dizendo que o resultado do desastre econômico porque passa o Brasil é fruto do efeito negativo dos ataques que Bolsonaro fez às instituições.

Depois de promover a caveira de Bolsonaro, Guedes diz que o patrão faz muito barulho, mas não ultrapassa as regras democráticas, seja lá o que ele entende como democracia para chamar de ruídos os ataques que Bolsonaro fez ao STF, sobretudo a Moraes, referindo-se a ele como canalha, repetindo aos berros o termo em plena praça pública.

Guedes, piadista como só, teve a cara de pau de afirmar que esse desastre econômico que está esfolando a vida dos brasileiros, arrastando o país inteiro para o buraco, é a direção certa que ele vem praticando há muito tempo.

O pior é que ele disse isso se dirigindo ao ex-presidente do Banco Central e presidente do Conselho do Credit Suisse, Ilan Goldfajn em um evento virtual da instituição financeira voltada para investidores.

Em relação ao rombo do governo na piora das expectativas do quadro fiscal, o Chicago-boy do neoliberalismo nativo, como sempre, enrolou e se enrolou para explicar o inexplicável.

Guedes seguiu chutando dados futuros que saem de sua caixola a partir de um país imaginário, já que o Brasil ultrapassa 20 milhões de miseráveis com potencial drástico de, a curto prazo, elevar esse número a algo bem mais danoso para o conjunto da sociedade, aumentando a fila do desemprego, a redução do poder de compra do trabalhador e a inflação que, no caso dos alimentos, já se tornou hiperinflação.

Qualquer brasileiro percebe a gravidade da situação na hora de fazer a sua compra em supermercados, feiras, açougues e quitandas.

De A a Z, o consumo do brasileiro viu os produtos básicos da família, mais do que duplicarem em três meses. São fatos tão escancarados que não dá para mentir, mas Guedes mente descaradamente, tanto que cai em contradição, jogando nas costas de Bolsonaro a culpa pela hecatombe econômica e a tragédia social que arrasta com ela.

Paulo Guedes jamais teve compromisso com a verdade, pois desde o primeiro dia no ministério da Economia, entregou o oposto do que prometeu e, agora, quer detonar os recursos dos precatórios para ver se consegue algum oxigênio para o moribundo Bolsonaro fazer política eleitoral com um suposto fermento financeiro no Bolsa Família.

A verdade é que a credibilidade de Guedes está tão corroída quanto a popularidade de Bolsonaro. São dois bêbados caminhando numa madrugada fria com as ruas vazias em que um se escora no outro, sem a menor chance da economia melhorar e o cenário político mudar em favor de Bolsonaro.

A bolsa de valores, um dos principais termômetros da economia, não para de fechar em queda depois de Guedes vender a Ibovespa como um novo oásis tropical.

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Vem aí o 2 DE OUTUBRO: Campanha #ForaBolsonaro convoca manifestação

A convocação tem por objetivo “continuar a pressão pelo fim deste governo genocida e criminoso, responsável pelo desemprego, fome, inflação miséria e a morte de quase 600 mil pessoas”.

A Coordenação da Campanha Fora Bolsonaro divulgou nota oficial nesta sexta-feira, 10, anunciando a realização para o próximo dia 2 de outubro de nova manifestação.

De acordo com os organizadores, a convocação tem por objetivo “continuar a pressão pelo fim deste governo genocida e criminoso, responsável pelo desemprego, fome, inflação, miséria e a morte de quase 600 mil pessoas“.

A mobilização, afirma a coordenação da campanha, está em sintonia com os partidos de oposição que se reuniram e apontaram a construção de mobilizações para o início do mês de outubro.

Veja a integra da nota:

“Informe à imprensa da Campanha #ForaBolsonaro

A Coordenação da Campanha Fora Bolsonaro, reunida nesta sexta-feira (10), conclama os movimentos, organizações, partidos, ativistas e a população brasileira a continuar a pressão pelo fim deste governo genocida e criminoso, responsável pelo desemprego, fome, inflação miséria e a morte de quase 600 mil pessoas.

A Campanha, em sintonia com os partidos de oposição que se reuniram e apontaram a construção de mobilizações para o início do mês de outubro, indica o dia 2 de outubro como data da próxima mobilização por Fora Bolsonaro e Impeachment Já!

A Coordenação da Campanha informa ainda que não organiza ou convoca as manifestações anunciadas para o próximo domingo, 12 de setembro”.

*Com informações do PT

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Péssima notícia para Bolsonaro: Por inelegibilidade, TSE consolida que rachadinha causa danos ao erário

Para somar com o inferno que Bolsonaro vive dentro do seu próprio pasto, com a rebelião do gado, por ter arregado para o STF, principalmente para Alexandre de Moraes, a quem Bolsonaro chamou de canalha, o site Consultor Jurídico traz uma matéria que, certamente, cairá como uma bomba no mundo bolsonarista, sobretudo no clã.

Segue abaixo um artigo de Danilo Vital:

Conjur – O detentor de mandato público que obriga os funcionários de seu gabinete a devolver parte dos salários recebidos, na prática conhecida como rachadinha, causa danos ao erário público. Com isso, o ilícito é motivo de reconhecimento de inelegibilidade de oito anos.

Essa orientação foi consolidada no caso em que o Tribunal Superior Eleitoral, por unanimidade de votos, deu provimento ao recurso do Ministério Público eleitoral para tornar inelegível Maria Helena Pereira Fontes (PSL), que concorreu a vereadora por São Paulo em 2020. O acórdão foi publicado na quinta-feira (9/9).

A candidatura dela foi impugnada porque teve contra si uma condenação de improbidade administrativa pela prática da rachadinha enquanto vereadora da capital. O caso transitou em julgado em 2011 e culminou em pena de devolução de R$ 146,3 mil ao município.

Para o MP, à situação dela se aplica a inelegibilidade de 8 anos prevista no artigo 1º, inciso I, alínea “L” da Lei Complementar 64/1990. A norma trata dos condenados por improbidade que importe não apenas enriquecimento ilícito, mas também lesão ao patrimônio público.

O tema apreciado pelo TSE é fruto motivo de divergência jurisprudencial e doutrinária. Se um funcionário é contratado para prestar serviço no gabinete, mas é obrigado a devolver parte do salário, o prejuízo é realmente dos cofres públicos ou se restringe à esfera particular do mesmo?

Quem define?

Quando avaliou o caso, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo entendeu que a lesão ao erário não existiu. Essa posição também consta de acórdãos do Tribunal de Justiça de São Paulo, que, em casos de ação de improbidade administrativa, refutou a devolução dos valores aos cofres públicos.

Já no Superior Tribunal de Justiça, a questão não chegou a ser apreciada porque esbarra na Súmula 7, que impede reanálise de provas. Assim, não é possível reavaliar a conclusão que algum tribunal tenha alcançado sobre a ocorrência de lesão ao erário.

O tema também está em discussão no Supremo Tribunal Federal, na Ação Penal 864, paralisada por pedido de vista do ministro Nunes Marques. Ela trata do caso do deputado federal Silas Câmara, outro que teria praticado a rachadinha.

Na seara eleitoral, essa questão é fundamental porque a jurisprudência do TSE indica que a inelegibilidade do artigo 1º, inciso I, alínea “L” da LC 64/1990 só existe quando enriquecimento ilícito e lesão ao patrimônio público estão ambas presentes. Não basta só uma delas.

Até então, o TSE havia apreciado esse tema especificamente em três casos. Dois foram resolvidos monocraticamente pelo relator, o ministro Luiz Edson Fachin, com aplicação da Súmula 24 — a equivalente à Súmula 7 do STJ — , que proíbe reanálise fática em sede de recurso especial eleitoral.

No terceiro, houve decisão colegiada, mas o dano ao erário estava caracterizado não apenas pela rachadinha, mas também porque o acusado havia desviado medicamentos e contratado funcionários fantasmas.

Convenhamos
Em abril, quando começou a julgar o caso de Maria Helena Pereira Fontes, o pedido de vista do ministro Luís Felipe Salomão visou exatamente averiguar o ponto controverso. “O que me preocupa aqui é que há assentado na ação de improbidade que houve efetivamente o trabalho por parte dos servidores, o que, em tese, afastaria o dano ao erário”, disse.

O julgamento não voltou à pauta telepresencial do TSE. Foi concluído no sistema virtual, em que o ministro Salomão apresentou voto-vista para concluir que a circunstância de o acórdão estadual determinar a devolução de dinheiro pela vereadora é suficiente, por si só, para evidenciar a ocorrência de dano ao erário.

Inicialmente, o relator, ministro Alexandre de Moraes, já havia destacado o ponto. Afirmou que, no sistema remuneratório do legislativo municipal, as verbas dos gabinetes que são destinadas a pagamento de pessoal, mas não usadas, devem ser devolvidas.

“Se não houvesse a ‘rachadinha’, haveria uma ‘sobra’ da verba de gabinete, cujo dispêndio não era obrigatório e somente ocorreu para viabilizar o locupletamento ilícito, tanto assim que a candidata foi condenada ao perdimento da quantia de R$ 146.311,67. Trata-se de penalidade de natureza de ressarcimento, cujo objetivo é de restaurar a situação anterior em que se encontrava a administração pública. Desse modo, indubitável a caracterização do dano ao erário”, concluiu.

O ministro Luiz Edson Fachin imediatamente concordou. Em seu voto, destacou que o dano ao erário é verificado no desvirtuamento do uso de recursos públicos, conduta grave que é rechaçada pelo ordenamento e pelos conceitos de moralidade.

“Infere-se, ainda, que as contratações não decorreram, necessariamente, da necessidade ou da capacidade dos servidores, objetivavam, na verdade, proporcionar vantagem indevida ao agente político que os nomeou”, acrescentou.

Já o ministro Luís Roberto Barroso não chegou a proferir voto escrito, mas por ocasião do julgamento disse que “rachadinha é um eufemismo para desvio de dinheiro público, para peculato e acho que nem faz diferença se é uma soma global ou se é uma divisão dos valores alocados fixamente a cargos, em última análise é o erário que é lesado”.

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Ao fim e ao cabo, a mídia brasileira seguirá com o genocida em 2022

Sem ilusão.

Com essa acusação mentirosa que a mídia faz contra Lula sobre sua suposta sonegação de imposto de renda à Receita, só serve pra uma coisa, lembrar aos brasileiros quem ajudou a colocar Bolsonaro no poder e que seguirá firme com ele em 2022.

Nossa mídia industrial pariu um rato fascista e não vai abrir mão de trabalhar, até com mais empenho, com sua costumeira baixaria por sua reeleição.

O vale tudo contra Lula e contra o PT é o artigo primeiro do estatuto da grande mídia. O cachimbo já entortou a boca dessa gente.

Globo e cia destacam em garrafais que a Receita Federal cobra de Lula impostos atrasados. Berram as redações dizendo, “Lula é sonegador”, não destacando, porém, que as supostas sonegações são referentes ao triplex do Guarujá e ao sítio de Atibaia, processos em que, para o desespero do baronato midiático, Lula foi inocentado.

Isso só serve para deixar bem claro que, se a terceira via não emplacar ninguém, como tudo indica, será um fiasco, e imediatamente a mídia construirá um processo para produzir em seus leitores a sensação idêntica ao famoso editorial do Estadão de Vera Magalhães em 2018, “uma escolha muito difícil”.

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Vídeo: Carta do ilustre presidente Bolsonaro a Papai Noel dá frutos, podres

A carta de Bolsonaro a Papai Noel prometendo ser um bom menino, entregue por Temer a Alexandre de Moraes, virou unanimidade negativa para Bolsonaro.

Temer, que um dia foi presidente, já que tomou o lugar de Dilma através de um golpe tramado por ele e os demais crápulas, agora faz o papel de carteiro de Bolsonaro.

Bolsonaro conseguiu um grande feito, ser esculachado pela esquerda, direita, extrema direita, centrão e por bolsonaristas de todas as formas. Ele é mesmo um portento.

Assista:

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Postura de Bolsonaro inviabiliza agenda liberal de Guedes e divide a direita no Congresso

Profissionais que prestam consultoria a empresas e acompanham trabalho do Legislativo em Brasília relatam preocupações.

A semana de 7 de setembro chega ao fim como uma das mais conturbadas do governo Jair Bolsonaro (sem partido). As ameaças de golpe não se concretizaram, mas a instabilidade política se agravou e deve comprometer a agenda liberal propagandeada por seu próprio governo e simbolizada na escolha de Paulo Guedes como ministro da Economia, ainda em 2018.

O vaivém dos discursos do presidente imobiliza o Congresso e torna ainda mais distante a possibilidade de aprovação de matérias defendidas por grandes empresários e consideradas impopulares.

“O Parlamento reflete a postura do poder Executivo. Se o presidente propõe a disputa antecipada das eleições de 2022, o Congresso se contagia. É o que vemos, lamentavelmente, a mais de um ano das eleições”, analisa Leandro Gabiati, diretor da Dominium Consultoria em Relações Institucionais e Governamentais, que acompanha a agenda do Legislativo em Brasília.

A Dominium atende empresas de setores como varejo, energia, agronegócio e mercado imobiliário, e está atenta ao “termômetro” das tensões entre Estado e investidores.

“Essa postura do governo já está refletindo em números negativos para a economia em 2022, seja em relação à inflação ou a um crescimento menor”, avalia.

Se ainda não houve um desembarque oficial do capital financeiro e dos empresários que representam a maior parte do Produto Interno Bruto (PIB), as declarações golpistas de Bolsonaro provocam erosão no Legislativo.

Direita dividida

“Tem dois movimentos após o 7 de setembro, e que obedecem a uma divisão bem clara, principalmente na Câmara dos Deputados”, explica Gabiati.

“De um lado, o grupo de partidos liderado pelo [presidente da Câmara] Arthur Lira [PP-PI], que formam uma aliança junto ao governo (PP, PL, PTB, parte do PSL). Do outro, partidos de ‘centro’, com parlamentares que inclusive votam muito com o governo (Democratas, PSD, MDB, Cidadania, PSDB, Podemos).”

Para o diretor da Dominium, a reação pouco incisiva de Lira aos atos de 7 de setembro não foi uma surpresa.

“Lira é aliado do governo. O principal parceiro dele é o Ciro Nogueira [PP-PI], que hoje ocupa a Casa Civil, e todo seu grupo se beneficia materialmente desse governo, com emendas, cargos. Então, não seria lógico que ele atacasse ou ameaçasse o governo com a possibilidade de impeachment”, afirma.

“Mas tem um movimento interessante dos partidos PSDB, Democratas, PSD e MDB, destacando que, diante dessa postura mais radical e conflitiva de Bolsonaro, o impeachment pode ser uma alternativa.”

Essa possibilidade foi sinalizada formalmente, após o 7 de setembro, pelos partidos citados acima e pelo Solidariedade, que compõe o mesmo bloco.

Não é de hoje

Roberto Nogueira é fundador e diretor da RN Consultores Associados, que presta assessoria e consultoria a empresas e oferece o serviço de análise legislativa e parlamentar. Na avaliação dele, medidas consideradas ultraliberais tomadas ao início do governo já prejudicavam a efetivação da agenda de Guedes.

“Acabar com o Ministério do Trabalho, da Previdência Social, Cultura, da Indústria e do Comércio Exterior, centralizando essas ações em um ‘super’ Ministério da Economia, concedendo amplos poderes a um ministro assumidamente liberal, à primeira vista poderia parecer coerente com o discurso de simplificação, redução da máquina pública e racionalização administrativa”, lembra.

“Mas, sem os ministérios e seus conselhos aparentemente paritários, esvaíram-se também as possibilidades de debates e proposituras também de interesse não liberal. Sem espaço no Executivo, resta buscar apoios e espaços no Congresso, dando-se início a instabilidades políticas que dificultam não só a pauta pretensamente liberal, mas a toda e qualquer pauta relacionada aos interesses da sociedade”, pondera o consultor.

Autor de dois livros sobre a reforma tributária, Nogueira já foi membro do Conselho Nacional da Previdência Social, do Conselho Deliberativo da ABDI Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), entre outros.

O cientista político Leandro Gabiati chama atenção para os problemas de articulação entre Executivo e Legislativo.

“O presidente não se envolve e não colabora com a pauta econômica porque não é o seu perfil. Ele prefere o cercadinho, prefere fazer as lives dele, as motociatas. É a sua forma de atuar, e a partir desse tipo de escolha ele perde força no Congresso”, analisa.

“A gente viu que o ministro Paulo Guedes tentou liderar, por exemplo, as discussões sobre a reforma tributária. Mas ele já é uma figura bastante desgastada, que carece de habilidade política para conduzir esse tipo de pauta.”

As mudanças ministeriais, que Bolsonaro promoveu no fim de julho, não resolveram o problema.

“A chegada do Ciro Nogueira à Casa Civil, que gerou uma expectativa grande sobre uma melhora do desempenho e da articulação do governo, não tem trazido os resultados esperados. Porque, em vez de se concentrar em pautas econômicas relevantes, ele tem que apagar incêndios criados pelo próprio Bolsonaro”, afirma o diretor da Dominium.

O exemplo mais recente foi a derrubada da minirreforma trabalhista na semana passada em plena Casa de Nogueira, o Senado, após a Câmara aprovar uma matéria considerada difícil e impopular.

A “chave-mestra”

“A instabilidade política gestada no Palácio do Planalto atravessa a rua, invade o Congresso Nacional, imobilizando-o, retardando decisões, vitimando empresas e cidadãos, retardando e até mesmo inviabilizando pautas econômicas”, reforça Roberto Nogueira.

“Ela é a chave-mestra de todos os males: é desastrosa para a imagem do país, afasta investidores, desorganiza os preços relativos, pressiona a inflação, desvaloriza o real frente ao dólar, provoca fuga de capitais, derruba a Bolsa, faz o desemprego disparar.”

Para ele, esses processos são, ao mesmo tempo, “causa e efeito da instabilidade política gerada por atitudes jamais imaginadas de um presidente de um país que já foi a sexta maior economia do mundo.”

O diretor da RN Consultores explica quais reformas – de caráter liberal e, na sua visão, de interesse de toda a sociedade – têm sido travadas pela postura do atual presidente. Os recuos de Bolsonaro, que já se tornaram previsíveis, em nada mudam esse cenário.

“Há vinte anos o Brasil, não o governo federal, necessita de uma ampla reforma fiscal, que vai além da tributária, focada na redução de gastos públicos e na melhoria dos tributos a que se sujeitam cidadãos e empresas. Como avançar em uma pauta dessa natureza em ambiente politicamente instável, sem coordenação política, desprovido de debates abertos e profundos com quem entende?”, questiona.

Impeachment e eleições 2022

Leandro Gabiati, da Dominium, conta que havia expectativa de que 2021 fosse o “ano das reformas”, justamente por não haver eleições.

“O que a gente viu foi o contrário: o presidente Bolsonaro não se engajando em agendas como a reforma administrativa e a reforma tributária. Quando o líder do governo não compra a briga, é muito mais difícil para o Congresso avançar em pautas tecnicamente complexas e politicamente impopulares”, ressalta.

“Se o governo já tinha problemas em relação à agenda econômica, as manifestações e as declarações dadas pelo presidente [no 7 de setembro] acabam marcando formalmente o fim do processo de reformas e da agenda econômica que o governo vinha propondo ao Congresso.”

Gabiati avalia que o movimento de impeachment ainda não tem votos suficientes no Congresso, justamente porque Lira está comprometido com o governo e com o próprio Bolsonaro.

Porém, os partidos que ele define como centro governo (Democratas, PSD, MDB, Cidadania, PSDB e Podemos) começam a se articular para derrubar o presidente, “não só visando à resolução da situação de agora, mas as eleições de 2022.”

“A mais de um ano das eleições, o Congresso já está contaminado por esse clima de disputa político-eleitoral que vem do Executivo, e não tem como ser diferente”, analisa.

Com as reformas travadas e uma polarização crescente entre Bolsonaro e o ex-presidente Lula (PT), Gabiati aponta que o bloco liderado por MDB, Democratas e PSDB tende a assumir como estratégia “tirar Bolsonaro do jogo, para tentar enfrentar Lula nas eleições de 2022 com apoio do eleitorado anti-PT.”

*Com informações do Brasil de Fato

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Vídeo: Que tal ver Paulo Guedes elogiando a esquerda e detonando a direita?

Nada como as peças que o destino prega na vida dos boquirrotos. Aquele Guedes que sugeriu restos de comida da elite para os pobres para uma plateia de idiotas, é o mesmo que disse que na época do PT empregada doméstica ia para a Disneylândia e que era uma festa.

Guedes é também o mesmo que disse que o pobre não é rico porque não poupa e mais um cem números de asneiras.

Pois bem, este vídeo revela que num passado recente, Guedes disse a mais pura verdade sobre quem é a esquerda e quem é a direita no Brasil.

Vale a pena assistir e compartilhar o máximo possível para ver se consegue enfiar isso na cabeça oca do gado premiado.

A ocasião faz um boquirroto fanfarrão.

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Ninguém acredita no figurino de genocida paz e amor que Bolsonaro está trajando

Quem acredita na conversão de Bolsonaro em genocida paz e amor? A resposta é, ninguém. E a torcida do gado é, tomara que ele continue disseminando mentiras e ódio, porque é disso que essa gente vive.

O que é moeda corrente em Brasília é que nem dentro governo, nem no universo militar, nem de dentro e nem fora do Palácio do Planalto, do Congresso e do próprio STF, ninguém acredita que Bolsonaro vai abandonar seus vômitos golpistas.

Nem o mercado acredita que ele mudaria o rumo da prosa, mesmo diante de uma inflação descontrolada que agora atinge até as contas do governo.

Bolsonaro não tem a confiança de ninguém, simplesmente porque não honra sua palavra nem com aliados, que fará com quem está conduzindo o inquérito das fake news que avança e que se, até aqui, só mordeu os pés rapados laterais desse esquema criminoso, nessa etapa decisiva em que se encontram as investigações conduzidas pela Polícia Federal sobre o esquema de financiamento de atos golpistas, tudo indica, de forma contundente, que quem patrocinou, arrecadou a grana grossa para atacar as instituições e convocar o ódio e a ira santa contra o STF, terá uma punição na medida e no tamanho que esses aliados de Bolsonaro merecem. Ou seja, serão todos presos.

É verdade que, até aqui, não há evidências de que suas crias, sobretudo Carluxo e Eduardo, corram qualquer risco de prisão imediata. Por isso, mesmo que se coloque pouco disposto a conciliações concretas, Bolsonaro, por ora, não está se sentindo emparedado.

Isso não significa que a ampulheta não esteja virada e que a contagem regressiva não tenha começado contra o clã. Ou seja, Bolsonaro não crê em uma única linha do leu em sua carta arrego, tanto é que continua desrespeitando a inteligência alheia mantendo o esquema da greve dos supostos caminhoneiros em compasso de espera para, se possível, tentar novamente incendiar o país, coisa que tentou no dia 7 de setembro, falhando miseravelmente, mas como um psicopata clássico, não abandonará seus impulsos golpistas como deseja a democracia.

Bolsonaro, não se enganem, está na espreita, de bicho. Ele tem seu próprio tribunal interior que já julgou e condenou Barroso e, principalmente, Moraes. Qualquer ameaça ou perspectiva de o inquérito das fake news caminhar na direção de seus filhos, ele soltará toda a sua ira represada momentaneamente.

Detalhe fundamental. Moraes, aquele que Bolsonaro chamou de canalha, no meio de 2022, em plena efervescência das eleições, assumirá a presidência do TSE.

A conferir.

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