Nos últimos 20 anos, EUA e suas coalizões mantêm uma média de 46 ataques por dia.
Somente nos últimos 5 anos, os EUA realizaram mais de 30 mil bombardeios contra 7 países.
Os EUA estiveram em guerra durante 229 de seus 246 anos de existência como nação independente.
O governo dos EUA tornou-se o gestor das estratégias formuladas pela aliança entre forças armadas, indústria bélica, setor financeiro e setor energético, tendo a indústria do entretenimento e a mídia como aparelhos ideológicos para que naturalizem e mascarem a militarização.
Os Estados Unidos se tornaram dependentes de fazer guerra para sustentar seu padrão de vida.
É por isso que há um esforço enorme de militarização da sociedade estadunidense, de glorificação do individualismo e da competitividade e de naturalização da sociopatia institucional.
Os EUA criaram o que se chama de “economia de guerra permanente”. Mais do que um meio de impor sua vontade política e fazer avançar seus interesses estratégicos, a guerra é o principal instrumento estadunidense para fazer dinheiro.
Através das guerras, o país se apodera de contratos para gerir de recursos energéticos como gás natural e petróleo, impõe regimes favoráveis, injeta dinheiro no setor industrial com a renovação de arsenais, aquecendo o mercado interno e o consumo e gerando empregos.
O pseudo-pacifismo cínico de Joe Biden, de condenar a operação militar da Rússia na Ucrânia pela manhã e mandar bombardear a Somália à tarde, apenas ecoa o que já é uma tradição da mídia estadunidense.
Quando os EUA invadiram o Iraque, o SNL festejou a tomada de Candaar.
Durante a Guerra do Kosovo, o semanário estadunidense Time festejou o bombardeio dos EUA contra a Sérvia. “Forçando os sérvios a se curvarem. Um bombardeio massivo abre a porta para a paz”, dizia a manchete na capa.
Em 2001, a The Economist defendeu enfaticamente a invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão. “Uma guerra triste, mas necessária” dizia a manchete.
Dois anos depois, a revista apoiaria a invasão dos Estados Unidos ao Iraque. “Caso para guerra”, asseverava a manchete de capa, ilustrada com uma foto de Saddam Hussein em segundo plano.
Em 2012, o The New York Times defendeu os ataques com drones efetuados pelo governo de Barack Obama contra o Paquistão e a Síria. “Drones em favor dos direitos humanos”, dizia a manchete.
Tão grande é a glamourização da indústria bélica que o país — o único a utilizar armas nucleares contra outra nação na história — chegou a criar um concurso de Miss Bomba Atômica nos anos 50.
Umbilicalmente ligada ao complexo militar industrial, Hollywood tem papel central na condução da percepção do público, convertendo psicopatas e mercenários em heróis virtuosos e demonizando o inimigo da vez – de vietnamitas aos russos, passando por comunistas e árabes.
*Com informações de Pensar a História
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