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Mais sobre a viagem de Bolsonaro aos EUA: 430 diárias a R$ 1,3 milhão

Este gasto é apenas com a parte da viagem em Los Angeles; o presidente incluiu uma parada de dois dias em Orlando, onde fica a Disney, segundo o Blog do Noblat.

Jair Bolsonaro e sua comitiva embarcam semana que vem para os Estados Unidos. O presidente participa da Cúpula das Américas, em Los Angeles, entre 6 e 10 de junho. Lá, vai se encontrar com Joe Biden.

Não está barata essa conta. Só com hospedagem serão 430 diárias, ao custo de US$ 288 mil, ou R$ 1,3 milhão.

Como revelou o Blog, serão 81 quartos, 39 destinados ao Escav, o escalão avançado que precede à viagem do presidente. E outros 42 quartos para Bolsonaro e sua comitiva.

Não estão computados nesse gasto aluguel de carros, escritórios de apoio, pagamento de tradutores, entre outras despesas.

Bolsonaro incluiu, na volta, uma parada de dois dias em Orlando, na Flórida, onde fica a Disneylândia. Vai inaugurar um vice-consulado. E tome diárias.

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Mundo

Rússia impõe sanções contra Joe Biden, Antony Blinken, Lloyd Austin e autoridades do Canadá

Governo russo aplicou sanções contra diversos altos funcionários norte-americanos, incluindo Jake Sullivan, Jen Psaki, John Kirby e outros. Além dos estadunidenses, os canadenses também entraram na lista, como o primeiro-ministro, Justin Trudeau.

Moscou lançou uma série de sanções pessoais contra autoridades importantes do cenário político norte-americano e canadense.

No âmbito dos EUA estão o próprio presidente, Joe Biden e seu filho, Hunter Biden; a ex-secretária de Estado Hillary Clinton; o chefe do Pentágono, John Kirby; o presidente do Estado-maior Conjunto, Mark A. Milley; o atual secretário de Estado, Antony Blinken e o secretário de Defesa Lloyd Austin, anunciou o Ministério das Relações Exteriores russo nesta terça-feira (15).

Outros altos funcionários também receberam sanções individuais, como o conselheiro de Segurança Nacional Jake Sullivan; seu vice, Daleep Singh; a secretária de imprensa da Casa Branca, Jen Psaki; a administradora da Agência dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (USAID, na sigla em inglês) Samantha Power; a vice-secretária do Tesouro, Adewale Adeyemo, e a presidente do Departamento de Exportação, Reta Jo Lewis.

Além dos funcionários norte-americanos, sanções também foram lançadas contra autoridades canadenses, incluindo o primeiro-ministro, Justin Trudeau, a ministra das Relações Exteriores, Melanie Joly, a ministra da Defesa, Anita Anand e mais 300 parlamentares canadenses, disse a pasta.

As medidas tomadas por Moscou são uma resposta a uma larga sequência de sanções aplicadas contra a Rússia após o começo da operação especial militar na Ucrânia no dia 24 de fevereiro.

“Em resposta à lista de sanções sem precedentes, à entrada [proibida] nos EUA de altos funcionários da Rússia, [como resposta] neste 15 de março de este ano, o presidente Joe Biden e o secretário de Estado Antony Blinken, [entre outros] se incluem na lista recíproca de vetos russos”, indica a nota do ministério.

*Com Sputnik

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Economia

Embargo dos EUA ao petróleo russo faz preços dispararem e agita Bolsas no mundo

Os preços do petróleo registram alta nesta terça-feira (8), após a proibição nos Estados Unidos das importações de petróleo russo, uma decisão que também fez o níquel subir a seu máximo histórico e agitou as bolsas de valores.

O preço do Brent – o principal barril de referência internacional – para entrega em maio fechou com alta de 3,87% em Londres, a 127,98 dólares. Já em Nova York, o barril do Texas, o WTI, para abril subiu 3,60%, a 123,70 dólares.

O presidente americano, Joe Biden, anunciou nesta terça-feira a proibição de importar petróleo russo aos EUA, enquanto o Reino Unido assinalou que vai eliminar suas compras gradualmente até o final do ano.

Já os países da União Europeia, que recebem da Rússia aproximadamente 40% de suas importações de gás e um quarto das de petróleo, optaram por fixar a meta de reduzir em dois terços as importações de gás russo.

Moscou, por outro lado, advertiu que, em represália pelas sanções após a invasão da Ucrânia, poderia cortar o fornecimento de gás natural à Europa através do gasoduto Nord Stream 1.

Mesmo que os Estados Unidos não importem grandes quantidades de petróleo russo, os analistas acreditam que a medida é importante porque supõe o “lançamento de una guerra econômica total contra a Rússia” por parte de Washington, segundo Fawad Razaqzada, da consultoria ThinkMarkets.

“Haverá consequências: preços altos de gás, ainda mais inflação e represálias da Rússia”, garantiu.

Para Craig Erlam, da corretora OANDA, “trata-se de mais um passo para que o Ocidente vire as costas para a Rússia e a deixe isolada no mundo”.

Bolsas acusam impacto

O aumento dos preços do petróleo freou a retomada das bolsas nos Estados Unidos e na Europa.

Assim, a bolsa de Nova York fechou no vermelho em uma jornada marcada por grande volatilidade.

O Dow Jones caiu 0,57%, aos 32.631,72 pontos, enquanto o índice tecnológico Nasdaq fechou em baixa de 0,28%, aos 12.795,55 pontos, e o S&P 500 retrocedeu 0,73%, para 4.170,62 pontos.

Na Europa, enquanto Londres conseguiu subir 0,1%, Frankfurt terminou a jornada estável e Paris registrou queda de 0,32%. Já em Madri, o Ibex-35 fechou positivo (+1,82%), em uma sessão marcada pela volatilidade.

Matérias-primas

Os preços das matérias primas também sentiram os efeitos do crescente isolamento da Rússia e a Bolsa de Metais de Londres suspendeu o comércio de níquel depois que o metal – utilizado para fabricar aço inoxidável e baterias para veículos elétricos – disparou até atingir o recorde de 101.365 dólares por tonelada, em meio a temores pelo fornecimento russo.

“A Rússia é um dos principais exportadores mundiais desta matéria-prima e, com a possibilidade de [Moscou] impor sanções aos países ocidentais, o mercado poderia sofrer uma importante crise de fornecimento no curto prazo, o que poderia dar lugar a novos aumentos de preços até que a situação se estabilize”, disse Walid Koudmani, analista-chefe de mercado da plataforma de comércio online xtb.

*Com Uol

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Mundo

A lógica macabra do império americano

Nos últimos 20 anos, EUA e suas coalizões mantêm uma média de 46 ataques por dia.

Somente nos últimos 5 anos, os EUA realizaram mais de 30 mil bombardeios contra 7 países.

Os EUA estiveram em guerra durante 229 de seus 246 anos de existência como nação independente.

O governo dos EUA tornou-se o gestor das estratégias formuladas pela aliança entre forças armadas, indústria bélica, setor financeiro e setor energético, tendo a indústria do entretenimento e a mídia como aparelhos ideológicos para que naturalizem e mascarem a militarização.

Os Estados Unidos se tornaram dependentes de fazer guerra para sustentar seu padrão de vida.

É por isso que há um esforço enorme de militarização da sociedade estadunidense, de glorificação do individualismo e da competitividade e de naturalização da sociopatia institucional.

Os EUA criaram o que se chama de “economia de guerra permanente”. Mais do que um meio de impor sua vontade política e fazer avançar seus interesses estratégicos, a guerra é o principal instrumento estadunidense para fazer dinheiro.

Através das guerras, o país se apodera de contratos para gerir de recursos energéticos como gás natural e petróleo, impõe regimes favoráveis, injeta dinheiro no setor industrial com a renovação de arsenais, aquecendo o mercado interno e o consumo e gerando empregos.

O pseudo-pacifismo cínico de Joe Biden, de condenar a operação militar da Rússia na Ucrânia pela manhã e mandar bombardear a Somália à tarde, apenas ecoa o que já é uma tradição da mídia estadunidense.

Quando os EUA invadiram o Iraque, o SNL festejou a tomada de Candaar.

Durante a Guerra do Kosovo, o semanário estadunidense Time festejou o bombardeio dos EUA contra a Sérvia. “Forçando os sérvios a se curvarem. Um bombardeio massivo abre a porta para a paz”, dizia a manchete na capa.

Em 2001, a The Economist defendeu enfaticamente a invasão dos Estados Unidos ao Afeganistão. “Uma guerra triste, mas necessária” dizia a manchete.

Dois anos depois, a revista apoiaria a invasão dos Estados Unidos ao Iraque. “Caso para guerra”, asseverava a manchete de capa, ilustrada com uma foto de Saddam Hussein em segundo plano.

Em 2012, o The New York Times defendeu os ataques com drones efetuados pelo governo de Barack Obama contra o Paquistão e a Síria. “Drones em favor dos direitos humanos”, dizia a manchete.

Tão grande é a glamourização da indústria bélica que o país — o único a utilizar armas nucleares contra outra nação na história — chegou a criar um concurso de Miss Bomba Atômica nos anos 50.

Umbilicalmente ligada ao complexo militar industrial, Hollywood tem papel central na condução da percepção do público, convertendo psicopatas e mercenários em heróis virtuosos e demonizando o inimigo da vez – de vietnamitas aos russos, passando por comunistas e árabes.

*Com informações de Pensar a História

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Política

Biden despreza Bolsonaro e manda Kerry negociar diretamente com governadores

Em abril, na reunião de cúpula, Biden nem ouviu Bolsonaro. Agora, mandou John Kerry abrir um canal direto com os governadores estaduais.

Agora, vai abrir um canal direto com os governadores estaduais.

Na quinta-feira, John Kerry, o negociador de Biden para assuntos sobre meio ambiente, tem um encontro virtual marcado com os governadores Wellington Dias (PT-PI), Renato Casagrande (PSB-ES), João Doria (PSDB-SP), Eduardo Leite (PSDB-RS), Reinaldo Azambuja (PSDB-MS) e Flávio Dino (PSB-MA), segundo reportagem de José Casado, Veja.

São todos de oposição a Bolsonaro. Na reunião representam, também, outros 15 governadores estaduais interessados em negociar diretamente com o governo americano um conjunto de iniciativas de preservação ambiental que abrangem desde o saneamento público àquilo que chamam de “ativos verdes” — biomas do Sul, Sudeste e da Amazônia.

prática, Washington vai inaugurar uma linha de comunicação direta com os governadores, atores políticos cuja relevância foi realçada na catástrofe pandêmica, está refletida nas pesquisas de opinião — todos têm nível de aprovação muito superior ao de Bolsonaro — , e tendem a desempenhar papel fundamental nas eleições do próximo ano, como candidatos ou aliados influentes.

Bolsonaro hostilizou Biden abertamente durante toda a campanha eleitoral americana, no ano passado. Até insinuou a possibilidade de ele ter roubado a eleição do ex-presidente Donald Trump, de quem se considerava aliado. Foi um dos últimos a admitir a vitória do adversário de Trump.

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Política

A reconstrução dos EUA com Joe Biden é um nó na cabeça dos “liberais à brasileira

Os Estados Unidos sempre viram no Estado o papel de indutor do desenvolvimento de longo prazo. Não se trata da visão nacional-desenvolvimentista da América Latina. Tem contextos, texturas, estruturas e história próprios.

Muito se tem falado e escrito no Brasil, com lentes brasileiras, sobre o Governo Biden e seus planos. Contudo, e isso não é novidade, tais lentes distorcem e deturpam ao fazerem ver um país que não existe e jamais existiu. Conta-se, por exemplo, uma história no Brasil de que o desenvolvimento dos Estados Unidos se deu pelo papel preponderante da iniciativa privada. Não há ideia mais errada do que essa para quem conhece a história deste país em que vivo há mais tempo do que no Brasil e no qual finquei as bases da minha carreira como economista, a qual passa hoje por uma espécie de transição. Os EUA sempre viram no Estado o papel de indutor do desenvolvimento de longo prazo. Não se trata da visão nacional-desenvolvimentista da América Latina, tampouco pode ser compreendida com lentes sulistas. O desenvolvimento norte-americano e a atuação do Estado têm contextos, texturas, estruturas e história próprios.

Pode ser uma história pouco contada no Brasil aquela segundo a qual os EUA se industrializaram por meio de políticas de substituição de importações e muitas práticas protecionistas inspiradas na obra de 1791 do primeiro secretário do Tesouro norte-americano, Alexander Hamilton. Em seu Report on the subject of manufactures, Hamilton delineou os conceitos de indústria nascente e apoio estatal, que, mais tarde, influenciariam não apenas a industrialização de seu país, mas a da Alemanha, a do Japão, a da França, chegando à América Latina nos anos 1930, quarenta e cinquenta.

A obra de Raúl Prebisch e o que ficou conhecido como pensamento Cepalino cita Hamilton recorrentemente, e não é por acaso. O Estado indutor norte-americano seria revisto e reinventado ao longo de toda a história, passando pela corrida espacial da Guerra Fria, o surgimento da Internet, o desenvolvimento do setor de tecnologia, sobretudo o de bioteconologia, que tanta relevância tem tido na atual pandemia. Para que as vacinas gênicas, as mais sofisticadas contra covid-19, saíssem dos laboratórios para os nossos braços, o Governo de Donald Trump fez a enorme Operação Warp Speed. Logo, no mundo real se deu o contrário do que sustenta o ministro da Economia brasileiro, e não haveria Moderna ou Pfizer sem a atuação vultosa do Estado.

Então entra em cena o atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Muitos no Brasil têm interpretado os planos de Biden como uma ruptura em relação ao passado, seja o passado recente, seja o longínquo. Também entendo que há ruptura; mas penso não ser a que imaginam. A ruptura que se deu nas eleições de 2020 foi a passagem de um país liderado por uma pessoa despreparada para o cargo e com instintos nitidamente autoritários para outra com largo, orgulhosamente reclamado histórico político e um democrata, não somente pelo nome do partido ao qual pertence. Quanto ao resto, não há rompimento: os planos de Biden, vulgarmente apelidados de “Bidenomics”, são profundamente marcados pela tradição norte-americana do Estado indutor. Há, sim, diferenças marcantes, que reanimam essa tradição.

Os planos de Biden, literalmente trilionários, compreendem o American Rescue Plan, o American Jobs Plan e o American Families Plan. Todos eles aparecem em destaque no site da Casa Branca, em que são apresentados de forma clara e resumida, com acesso à integra do documento e convite a compartilhar como a política econômica lhe pode ajudar. Para entender melhor essa política, tomemos o American Families Plan, o seu segundo. Trata-se, como disse a Casa Branca, de um plano de “infraestrutura humana”, isto é, de uma agenda que parte do foco nas pessoas, em particular, das famílias, para dar forma a um Estado de Bem-Estar Social. Lembro aqui que, entre as economias maduras, os EUA são o único país que não têm as redes de proteção social robustas, como seus pares europeus. O nome do plano toma as famílias como elo de articulação das políticas de redistribuição de renda. A escolha reflete a percepção compartilhada de que a família é a unidade de cuidado por definição na sociedade norte-americana, como também é, por sinal, no Brasil.

O que salta a olhos de “liberais à brasileira” como excessivo é o entendimento de que, quando as desigualdades são demasiadas, políticas incrementais de proteção social não resolvem os problemas econômicos, sociais, e políticos. Primeiro, para equacioná-los pode ser importante ter um horizonte de igualdade, a qual é inalcançável, mas nem por isso precisa deixar de ser buscada. Sua busca pode criar condições que tornam a liberdade possível.

Segundo, políticas incrementais dificilmente têm o condão de reconstituir um senso de união nacional, de identidade comum, em sociedades extremamente fragmentadas e polarizadas. Quando Biden falava em unificação durante a campanha, a necessidade da ousadia estava explícita. Não viu quem não quis, ou quem não soube interpretar por desconhecimento. É realmente muito difícil entender os Estados Unidos e suas contradições quando não se vive no país: a máxima de Tom Jobim sobre os principiantes e seus olhares não vale apenas para o Brasil.

Tenho visto gente no Brasil dizer com grande confiança que a agenda de Biden está fadada ao fracasso no Congresso. A afirmação se baseia no fato de que os democratas têm uma maioria muito estreita no Congresso, sobretudo no Senado. Mas, novamente, essa é uma visão equivocada sobre as transformações que acometeram os partidos políticos daqui, especialmente o partido Republicano. Sob Trump, o partido Republicano deixou de ser aquele que defendia a “responsabilidade fiscal” na representação de déficits e dívida baixos. As reduções tributárias de Trump e os aumentos de despesas em 2017 levaram os EUA ao maior déficit em décadas, e esse cenário se produziu com o aval dos Republicanos no geral e, em particular, dos Republicanos mais tradicionais, como os Senadores Mitch McConnell e Lindsey Graham. Tivesse Trump sido um político mais dedicado, teria conseguido emplacar seu próprio plano de infraestrutura, no valor de 1,5 trilhão de dólares, alardeado por Steve Bannon durante a campanha de 2016 e tantas vezes mencionado nos anos trumpistas. É curioso que algumas pessoas tenham escolhido apagar isso de suas memórias.

O partido Republicano, hoje, tem dificuldades de enfrentar agendas que preveem grandes despesas, sobretudo se essas despesas forem facilmente sentidas e compreendidas pelas pessoas, pelas famílias. A aprovação de Trump subiu no início da pandemia quando seu pacote de assistência passou no Congresso, assim como a de Biden aumentou desde o início de seu Governo, mesmo o país estando muito dividido.

Aqui nos Estados Unidos há eleições a cada dois anos: no ano que vem haverá eleições legislativas. O custo para os Republicanos poderá ser alto caso eles rejeitem por completo a agenda de Biden ―e o partido sabe disso. É claro que os Republicanos haverão de se opor aos aumentos de tributação sobre corporações, os mais ricos, os ganhos de capitais, que devem financiar parcialmente os ambiciosos planos. Porém, apostar no fracasso da agenda Biden é nada entender do que aconteceu com os Republicanos e com os Democratas nos últimos quatro anos. Enquanto Republicanos buscam novos caminhos e narrativas políticas, Democratas se reinventaram a partir de algumas noções básicas de justiça social. Sim, básicas, pois os democratas mais à esquerda estão muito longe daquilo que brasileiros consideram ser “de esquerda”.

Com Biden, os Estados Unidos estão fazendo aquilo que sempre fizeram de melhor: se reimaginando e reiventando. Por certo, há lições aí para o Brasil. Mas elas estão longe de ser o que tantos regurgitam nos jornais ou na TV.

*Monica de Bolle/El País

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Mundo

Biden batiza de Plano de Famílias uma espécie de Bolsa Família americana

A informação foi publicada na Bloomberg

O presidente Joe Biden revelará nesta quarta-feira um plano abrangente de US $ 1,8 trilhão para expandir as oportunidades educacionais e creches para as famílias, financiado em parte pelos maiores aumentos de impostos sobre americanos ricos em décadas – a peça central de seu primeiro discurso em uma sessão conjunta do Congresso.

Chamado de Plano de Famílias Americanas, a terceira grande proposta legislativa de Biden combina US $ 1 trilhão em gastos com US $ 800 bilhões em cortes de impostos e créditos para famílias de renda média e baixa.

O plano tornaria o pré-jardim de infância e a faculdade comunitária gratuitos em todo o país, estenderia o crédito tributário infantil até 2025 e tornaria permanente uma expansão do crédito do imposto de renda auferido para adultos sem filhos com baixa renda, forneceria apoio direto às famílias para creches, finanças formação de professores e criação de um programa nacional de licença familiar remunerada.

A proposta segue na esteira de um plano de infraestrutura de US $ 2,25 trilhões que ainda não foi aprovado pelo Congresso e um plano de alívio da pandemia de US $ 1,9 trilhão que Biden sancionou. Juntas, as medidas reformulariam o código tributário dos EUA e os programas de bem-estar social, expandindo amplamente o apoio federal, mesmo para famílias que se consideram de classe média alta, ao mesmo tempo em que transferem substancialmente a carga tributária geral para os ricos.

“O presidente deixou claro que nosso sistema tributário está quebrado quando um administrador de fundos de hedge que ganha centenas de milhões de dólares está pagando impostos a uma taxa mais baixa do que o zelador que trabalha em seu escritório ou a governanta de sua mansão”, assessora sênior da Casa Branca, Anita. Dunn escreveu na terça-feira em um memorando obtido pela Bloomberg News. “E ele vai tomar medidas – medidas que são apoiadas pelo público americano – para abordar a justiça no código tributário.”

Juntas, as propostas de Biden ilustram as ambições do presidente após quase 100 dias no cargo. Eleito para tirar os EUA da pandemia de coronavírus e da crise econômica associada, Biden agora busca usar a presidência para remodelar e reorientar a economia e as vidas dos americanos de classe média.

Tornar a expansão do crédito do imposto de renda do trabalho permanente ajudaria cerca de 17 milhões de trabalhadores de baixa renda, enquanto a extensão do crédito do imposto infantil beneficiaria cerca de 66 milhões de crianças, disse a Casa Branca.

Os aumentos de impostos de Biden incluem o aumento da taxa máxima para pessoas físicas de volta para 39,6%, mudando o tratamento dos ganhos de capital para que pessoas ricas não se beneficiem de taxas mais baixas sobre seus rendimentos de investimentos, eliminando a chamada provisão de “juros transportados” que beneficia o fundo gerentes e aumentando consideravelmente o financiamento para a Receita Federal para fazer cumprir a cobrança de impostos e auditar os contribuintes ricos.

Suas propostas são incertas no Congresso, onde os democratas detêm maioria de trabalho no Senado apenas em virtude do voto de desempate do vice-presidente Kamala Harris.

O memorando de Dunn citou um punhado de pesquisas mostrando que a maioria dos americanos apoia medidas como o aumento da taxa de impostos corporativos e impostos sobre ganhos de capital para pessoas que ganham mais de US $ 1 milhão por ano.

Outro assessor da Casa Branca, David Kamin, o vice-diretor do Conselho Econômico Nacional, descreveu a última proposta de Biden como um plano que visa melhorar a educação e a educação dos filhos americanos e, portanto, o futuro do país.

“Há evidências muito boas, neste ponto, de que políticas como o crédito tributário infantil acabam em melhores resultados para as crianças”, disse Kamin em uma entrevista. “Você pode olhar para isso em termos de resultados de testes, em termos de ganhos futuros. Portanto, essas são maneiras importantes de ajudar as famílias agora, mas também são essenciais para o futuro. ”

Biden vai delinear seu último plano durante seu discurso no horário nobre, marcado para começar às 21h00. EDT na quarta-feira, quando ele também celebrará as primeiras realizações de sua presidência, incluindo uma campanha de vacinação acelerada que ajudou a reduzir os casos e mortes de Covid-19 nos EUA. Ele também discutirá suas propostas para combater as mudanças climáticas e sua política externa, particularmente a relação dos EUA com a China, disse uma pessoa familiarizada com o discurso.

*Da Bloomberg

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Biden acusa Bolsonaro de atacar imprensa em violações de direitos

Num sinal de que os direitos humanos estarão no centro da política externa do governo de Joe Biden, o informe anual produzido pelo Departamento de Estado norte-americano cita textualmente os ataques realizados por Jair Bolsonaro contra a imprensa ao descrever violações de direitos fundamentais no Brasil.

O informe é produzido a cada ano e envolve uma avaliação de todos os governos do mundo. Na edição publicada nesta terça-feira, em Washington, o presidente brasileiro é citado.

“A constituição e a lei estabelecem a liberdade de expressão, inclusive para a imprensa, mas o governo nem sempre respeitou este direito”, aponta o informe, assinado pelo chefe da diplomacia de Biden, Antony Blinken.

De acordo com o Departamento de Estado, jornalistas são por vezes “mortos ou sujeitos a assédio, ataques físicos e ameaças como resultado de suas reportagens”.

Em maio (de 2020), o jornalista Leonardo Pinheiro foi morto enquanto conduzia uma entrevista em Araruama, no Estado do Rio de Janeiro. Até outubro, as autoridades não haviam identificado nenhum suspeito ou motivo”, indicou.

“Como nos anos anteriores, os ataques físicos mais graves foram relatados em relação às reportagens locais, como o caso do apresentador de telejornais Alex Mendes Braga, que em julho foi forçado a sair da estrada em Manaus, Estado do Amazonas, atacado fisicamente e ameaçado em aparente retaliação por sua recente cobertura de suspeita de fraude em um hospital local”, apontam os americanos.

“Vários jornalistas foram submetidos a agressões verbais, inclusive quando pessoas privadas desmascaradas gritaram na cara após o início da covid-19”, destacou o informe.

“O incidente mais importante ocorreu fora do palácio presidencial em Brasília, levando uma coalizão de organizações da sociedade civil a entrar com uma ação civil contra o governo por falhar em proteger os jornalistas”, explicou.

“A partir de agosto, vários grandes meios haviam parado de enviar jornalistas para cobrir eventos fora do palácio, e o palácio havia tomado medidas adicionais para manter os jornalistas separados dos civis reunidos no exterior”, disse.

“Segundo Repórteres sem Fronteiras, o Presidente Jair Bolsonaro criticou a imprensa 53 vezes, verbalmente ou através da mídia social, durante o primeiro semestre do ano”, destacou o informe oficial do governo Biden.

“Vários veículos de notícias relataram que no dia 23 de agosto, o Presidente Bolsonaro atacou verbalmente um repórter de O Globo, que o questionou sobre os depósitos feitos pelo ex-assistente Fabricio Queiroz a sua esposa, Michelle Bolsonaro”, aponta.

Violações aos direitos humanos

A lista de problemas identificados no Brasil não se limita à imprensa. De acordo com o informe, o cenário inclui “relatos de assassinatos ilegais ou arbitrários pela polícia; condições severas e às vezes ameaçadoras de vida nas prisões; prisão ou detenção arbitrária; violência contra jornalistas; atos generalizados de corrupção por parte de autoridades; falta de investigação e responsabilização pela violência contra mulheres; violência ou ameaças de violência motivada pelo anti-semitismo; crimes envolvendo violência ou ameaças de violência visando membros de minorias raciais, ativistas de direitos humanos e ambientais, povos indígenas e outras populações tradicionais, e pessoas lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros ou intersexuais”. A violência policial também ganhou destaque e, de acordo com os americanos, “a impunidade e a falta de responsabilidade das forças de segurança foi um problema, e um processo judicial ineficiente às vezes atrasou a justiça tanto para os perpetradores quanto para as vítimas”.

Invasões de terra

O informe americano também denuncia a situação de povos indígenas e indica que ONGs “alegaram a falta de regulamentação e a impunidade em casos de invasões ilegais de terras” que estariam resultando na “exploração ilegal dos recursos naturais”.

“O Instituto Socioambiental (ISA) relatou que havia mais de 20.000 mineiros extraindo ilegalmente ouro das terras indígenas Yanomami no Estado de Roraima. De acordo com um relatório divulgado pela ONG Conselho Indigenista Missionário (CIMI) em 2020, houve 256 casos de invasões ilegais e exploração de recursos naturais em 151 territórios indígenas em 23 estados em 2019”, disse.

Os americanos ainda apontam para um relatório da Human Rights Watch de 2019 que detalhou o desmatamento ilegal na Amazônia.

“O relatório concluiu que o desmatamento ilegal na Amazônia brasileira foi impulsionado em grande parte por redes criminosas que tinham a capacidade logística de coordenar a extração, processamento e venda de madeira em larga escala, enquanto empregavam homens armados para proteger seus interesses”, disse.

O documento do governo Biden também indica que as invasões ilegais de terras muitas vezes resultaram em violência e até mesmo em morte.

“De acordo com o relatório do CIMI, houve 113 assassinatos de indígenas em 2019, em comparação com 135 casos desse tipo em 2018. A morte do líder indígena e defensor do meio ambiente e dos direitos humanos Zezico Rodrigues em março em Arame, Maranhão, foi a quinta morte de um indígena Guajajara em poucos meses”, apontam.

Covid-19

A situação da pandemia entre indígenas também é alvo de uma análise pelos americanos. “ONGs e organizações indígenas relataram taxas de mortalidade mais elevadas entre os membros dos grupos indígenas devido à COVID-19 do que as relatadas pelo Ministério da Saúde”, destacam os americanos.

“De acordo com o Instituto de Pesquisa Ambiental na Amazônia e a ONG Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, a taxa de mortalidade devida à COVID-19 entre os indígenas em 24 de junho na Amazônia foi de 6,8%. Em comparação, em 27 de junho, o ministério relatou taxas de mortalidade devidas à COVID-19 em média de 4,3%, e na região norte, onde vivia a maioria dos grupos indígenas, apenas 3,7%”, indicou.

Em julho, um tribunal federal ordenou ao governo federal que expulsasse os cerca de 20.000 mineiros de ouro ilegais do território indígena Yanomami para protegê-los do alastramento da COVID-19.

O informe ainda relata como o Ministério da Saúde, a FUNAI e o Ministério da Defesa enviaram missões médicas e mais de 350 toneladas de suprimentos médicos para territórios indígenas, incluindo mais de US$ 40 milhões em suprimentos médicos para o estado do Amazonas, onde vivia a maioria dos grupos indígenas.

“Em 8 de julho, o Presidente Bolsonaro aprovou uma lei criando um plano de ação de emergência para apoiar a prevenção e o tratamento da COVID-19 para as populações indígenas e outras populações tradicionais”, disse. “.

“Os líderes indígenas fizeram declarações públicas enfatizando que muito poucos desses recursos haviam sido entregues a suas comunidades e argumentaram que a escassez de recursos resultante da crise da COVID-19 continuava sendo uma preocupação”, completa a Casa Branca.

*Jamil Chade/Uol

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Bolsonaro é eleito prioridade pelo governo Biden no quesito retaliação

‘Não há data para conversas com Brasil’, diz porta-voz de Biden.

Em entrevista coletiva, Jen Psaki sinaliza que relação com o governo brasileiro não será prioridade para Washington nesse início de mandato.

O novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem planos de ligar para vários aliados internacionais nos próximos dias, mas o Brasil não será uma prioridade, sinalizou a porta-voz do governo, Jen Psaki, nesta quarta-feira, em sua primeira entrevista coletiva na Casa Branca.

— Não há data para conversas com o Brasil — disse Psaki, em resposta à repórter Raquel Krähenbühl da Globo News, antes de observar, porém, que a agenda ambiental será uma das prioridades do novo governo. — Teremos mais o que falar sobre o Brasil nos próximos meses.

Em setembro, durante o primeiro debate entre os candidatos à Presidência dos EUA, Biden citou propostas para Amazônia e sugeriu “consequências econômicas” caso a devastação da floresta continuasse.

— A Floresta Amazônica no Brasil está sendo destruída, arrancada. Mais gás carbônico é absorvido ali do que todo carbono emitido pelos EUA. Eu tentarei ter a certeza de fazer com que os países ao redor do mundo levantem US$ 20 bilhões e digam (ao Brasil): “Aqui estão US$ 20 bilhões, pare de devastar a floresta. Se você não parar, vai enfrentar consequências econômicas significativas” — afirmou o então candidato democrata, sem entrar em detalhes sobre que consequências seriam essas.

Mais cedo nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro cumprimentou Biden por sua posse como novo presidente dos EUA em mensagem publicada no Twitter. Ele também informou que havia enviado uma carta ao líder americano na qual expôs sua “visão de um excelente futuro para a parceria Brasil-EUA”.

Aliado do agora ex-presidente Donald Trump, o presidente brasileiro demorou mais de um mês para reconhecer a vitória do democrata nas eleições de novembro passado, e durante esse tempo insistiu em dizer que houve fraude na disputa, alegação falsa que vinha sendo feita por Trump desde sua derrota.

A primeira reunião de Biden com um líder internacional acontecerá daqui a dois dias, na sexta-feira, com o primeiro-ministro canadense Justin Trudeau. A ligação, segundo a porta-voz, terá como foco principal o relacionamento dos EUA com o Canadá, bem como a ordem executiva de Biden para revogar a licença de construção do oleoduto Keystone XL, que transportaria petróleo do Canadá até as refinarias nos EUA.

*Com informações de O Globo

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O estado de coisas que Manaus vive hoje foi uma construção de anos na mídia

Todos os dias tem gente exaltando golpes e torturadores, diz conselheiro de Biden sobre governo Bolsonaro.

Arturo Valenzuela, conselheiro de Joe Biden, afirmou, em entrevista ao Valor Econômico, que os EUA já tiveram problemas com o Brasil, mas nada comparado ao que ocorre no governo Bolsonaro.

‘O senhor acha que este é o pior momento da relação Brasil com os EUA?’, foi perguntado a Valenzuela.

Ele respondeu:

Já tivemos problemas com outros governos [brasileiros]. Mas, o que vimos até hoje não tem nenhuma comparação com o que acontece com o governo de Bolsonaro, no qual tem gente todos os dias exaltando golpes de Estado e torturadores.

Em 14 dias de 2021 a pandemia matou mais no AM do que em todo o ciclo da doença, de abril a dez.

“Manaus entrando em colapso neste momento. E se nada for feito estas cenas trágicas vão se repetir em outras partes do país.” afirma Miguel Nicolelis

Ninguém, nem país algum chega a uma tragédia como essa de Manaus sem que o terreno seja pavimentado com bastante antecedência.

Esta imagem do comandante das forças armadas, general Villas Bôas vestido a caráter com roupa de guerra e que viria a protagonizar contra o habeas corpus de Lula para a vitória de um genocida e fazer parte de seu governo, assim como tantos generais que hoje jogam o Brasil na sua pior tragédia humanitária, foi milimetricamente planejada junto com a mídia, mas sobretudo com a Globo.

Essa entrevista de Bial, um conhecido reacionário, vassalo dos Marinho, a ponto de ser escolhido a escrever a biografia do patrão, diz muito mais que um milhão de palavras sobre a dor, o sofrimento e a angústia de mais de 200 mil brasileiros vitimas da Covid e seus familiares.

Que não esqueçamos nunca como essa tragédia foi construída, capítulo a capítulo, em parceria com a mídia brasileira.

*Da redação

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