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Mídia trata ato terrorista como algo banal e corriqueiro

Mídia trata terrorista, que montou uma bomba para causar uma tragédia humana, como empresário ou bolsonarista.

A bomba armada pelo terrorista que confessou ter preparado o atentado por inspiração em Bolsonaro, se tivesse funcionado, produziria uma tragédia inimaginável, com muitos mortos e feridos.

Mas a mídia, que tem uma relação de morde e sopra com Bolsonaro, por criticá-lo em suas manifestações golpistas e, por interesses das classes dominantes, defender a sua trágica política econômica, prefere contornar as palavras que possam dar peso e medida exatos de um ato que guarda toda a perversidade de um evento macabro como são os atos terroristas.

O delinquente sanguinário já está na Papuda, mas a mídia insiste em tratá-lo com eufemismo quando, na verdade, estamos falando de um extremista que imitou, de maneira fidedigna o próprio Bolsonaro quando foi expulso do exército por ameaça de atos terroristas.

Já a Folha chega ao cúmulo de tratar um terrorista confesso como suspeito e, diga-se de passagem, com bomba e armado até os dentes.

O que mais impressiona é o tratamento relativista da mídia quando, a essa altura dos fatos, fica claro que, quem ainda apoia Bolsonaro e diz ter posicionamentos conservadores, tem, na verdade, valores terroristas.

É preciso lembrar que a PCDF já identificou mais dois suspeitos de participar do ato.

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Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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