Ano: 2023

Conselho de Ética abre processos contra Eduardo Bolsonaro, Nikolas e Zambelli

Conselho de Ética vai analisar denúncias contra sete deputados, entre eles, Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli e Nikolas Ferreira.

Os deputados Eduardo Bolsonaro, Carla Zambelli, Nikolas Ferreira e outros quatro parlamentares tiveram processos abertos nesta segunda-feira (30/5) pelo Conselho de Ética da Câmara.

A denúncia contra Carla Zambellli, primeira a ser analisada, foi feita pelo PSB. Ela é acusada de xingar o deputado Duarte, do PSB, durante audiência com o ministro da Justiça, Flávio Dino.

No caso de Nikolas Ferreira, o deputado é acusado pelo PSOL, PDT, PT e PSB de proferir discurso transfóbico no plenário da Câmara.

No dia 8 de março, Dia das Mulheres, ele usou uma peruca para se referir à ocupação de espaços femininos por mulheres transgênero.

Eduardo Bolsonaro tem 13 processos em andamento no Conselho de Ética. No processo instaurado hoje, ele é acusado pelo PT de “intimidar, xingar e ameaçar” o deputado Marcon durante sessão da Comissão do Trabalho.

Marcon havia questionado a veracidade da facada sofrida pelo pai de Eduardo, Jair Bolsonaro, na campanha presidencial de 2018.

O Conselho de Ética também instaurou processos contra José Medeiros, Talíria Petrone, Juliana Cardoso e Márcio Jerry, este acusado de importunação sexual contra deputada Julia Zanata.

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Veja documentos da fraude grosseira nos documentos de Zambelli

A deputada federal Carla Zambelli esbravejou, mas não explicou a fraude em documentos que entregou à Justiça Eleitoral ao prestar contas da campanha do ano passado.

Como mostrou a coluna na semana passada, papéis entregues pela deputada para comprovar serviços supostamente prestados a ela na corrida eleitoral de 2022 incluem dados de um comerciante que afirma jamais ter trabalhado na campanha.

Além disso, a assinatura do comerciante que aparece entre os documentos foi flagrantemente falsificada (confira mais abaixo).

Notas não explicam fraude

Procurada, Zambelli inicialmente limitou-se a explicar como funciona a prestação de contas de serviços prestados voluntariamente em campanhas eleitorais e afirmou que todos os voluntários que a ajudaram em 2022 “assinaram um contrato de cessão gratuita de serviços prestados”.

Habermann, de Ribeirão Preto, no interior paulista, que afirma não ter prestado qualquer serviço à campanha, mas teve seus dados e uma assinatura que seria sua incluídos no papelório enviado por Zambelli à Justiça Eleitoral.

Em nova nota, o escritório de advocacia que defende Zambelli afirmou que “as assinaturas que constam dos termos de voluntariado foram colocadas pelos próprios voluntários, por ocasião do preenchimento” e que Roberto Habermann “participou de evento de divulgação com a presença da então candidata à reeleição Carla Zambelli, no dia 02 de setembro de 2022, em Ribeirão Preto”, “ocasião em que foram prestados serviços voluntários de campanha”.

A nota, vale dizer, não faz qualquer menção à falsificação da assinatura de Habermann.

“Isso é uma mentira”

Entrevistado novamente, o comerciante afirmou tratar-se de uma mentira. Disse que, na data mencionada na nota de Zambelli, estava passando pela praça e apenas parou para cumprimentar amigos que que lá estavam. Afirmou assessores da deputada estavam entregando camisetas, mas que ele próprio não distribuiu nenhum material de campanha. E foi peremptório: não preencheu nem assinou nenhum documento como o que foi incluído na prestação de contas enviada por Zambelli à Justiça Eleitoral.

“Isso é uma mentira. Ela fala (no documento) que eu trabalhei 29 dias para ela. (…) Nesse dia (2 de setembro de 2022), eu estava passando pelo centro da cidade e tinha um pessoal amigo lá. Eu parei, cumprimentei todo mundo, nem vi a Carla. O Camilo (refere-se a Camilo Calandreli, assessor de Zambelli) estava lá. Eles estavam presenteando pessoas na praça com camiseta. Eu passei por lá, cumprimentei as pessoas, me deram a camiseta. Eu peguei a camiseta, falei: ‘Olha, não vou precisar, dá para quem usa. Eu não uso isso, dá pra quem precisa’, e fui embora. Isso é uma inverdade”, afirmou Habermann.

A coluna pediu ao comerciante para enviar imagens de um documento oficial para comparar com a assinatura que consta nos papéis apresentados à Justiça Eleitoral por Carla Zambelli. A diferença é gritante. Ou seja: o documento foi flagrantemente fraudado. Veja:

Comparação de assinatura falsa incluída na prestação de contas apresentada pela deputada Carla Zambelli à Justiça EleitoralDiferença gritante: acima, a assinatura que aparece no documento entregue à Justiça Eleitoral por Zambelli. Abaixo, a assinatura verdadeira de Habermann.

Em nova nota, divulgada após a publicação da primeira reportagem, a deputada vociferou. Afirmou tratar-se de fake news e ameaçou processar os jornalistas. “Essa matéria é a típica fake news! Repudio veementemente esse tipo de conduta, e informo que as medidas judiciais para reparação de danos serão adotadas”, afirmou. A nota, divulgada no último sábado, dizia ainda que “após consulta nos arquivos de campanha, foram localizados arquivos que comprovam que o sr. Roberto Habermann prestou serviços de divulgação em pelo menos um evento da campanha de Carla Zambelli, corroborando o Termo de Voluntariado apresentado à Justiça Eleitoral”.

A nova nota, assim como as anteriores, não dava qualquer explicação sobre a falsificação da assinatura.

Deputada pode ser investigada por fraude

Especialistas ouvidos pela coluna explicaram que, em casos de irregularidades na prestação de contas de campanha de candidatos, pedidos de impugnação dos registros de candidatura podem ser feitos em até 15 dias após a diplomação. Depois disso, em situações como a da falsificação do documento apresentado Zambelli resta a possibilidade de ser aberta uma investigação por uso de informações falsas – o que pode ser requisitado às autoridades por qualquer cidadão.

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PGR pede que Moro vire réu por calúnia contra Gilmar Mendes

Defesa de Moro disse que declaração do senador sobre ‘comprar um habeas corpus’ do ministro do STF ‘não passou de brincadeira em festa junina’. PGR disse que Moro não se retratou após fala, diz o G1.

A Procuradoria-Geral da República afirmou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) “não se retratou” após as declarações que ofenderam e imputaram falsamente fatos criminosos ao ministro da Corte Gilmar Mendes.

A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, disse ainda que “não passa de meras alegações sem provas” a tese da defesa de que a fala de Moro sobre “comprar um habeas corpus” do magistrado, registrada em vídeo, “não passou de uma brincadeira em festa junina”.

Moro foi denunciado pela PGR ao STF pelo crime de calúnia após a gravação ter viralizado. A defesa do senador pediu que o STF rejeite e arquive a acusação.

Há entendimentos da Justiça no sentido de que retratação, ou seja, o desmentido, esclarecendo o equívoco, pode levar impedir a punição pelo crime, mas Lindora afirmou que a publicação feita por Moro não representou uma retratação.

“O denunciado não se retratou de forma cabal, total e irrestrita das declarações que imputaram fatos criminosos e ofensivos à reputação de ministro do Supremo Tribunal Federal, erguendo-se em seu desfavor óbice intransponível ao reconhecimento da hipótese de isenção de pena”, disse a vice-procuradora-geral.

A PGR afirma ainda que a denúncia traz todos os elementos necessários para tornar Moro réu por calúnia.

“Nesse contexto, a peça acusatória se mostra hígida e idônea, permite o exercício do contraditório e da ampla defesa pelo acusado, carece de obstáculos de imunidade penal e possibilita o prosseguimento da persecução penal com o seu recebimento por esse Supremo Tribunal Federal”, escreveu Lindôra Araújo.

Para a vice-procuradora-geral, “o tom jocoso e anedótico das afirmações ofensivas à honra de magistrado da cúpula do Poder Judiciário brasileiro é interpretação particular do acusado [Moro] que, a toda evidência, não encontrou ressonância na vítima [Mendes] que, ciente da grave ofensa e do crime praticado em seu desfavor, imediatamente, representou ao Ministério Público Federal”.

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Ex-sócio de Flávio cita crimes e fala em prisão na família Bolsonaro

Alexandre Santini, ex-sócio de Flávio em uma franquia da Kopenhagen, diz que algum Bolsonaro será preso por “crimes na política”.

O empresário Alexandre Santini, ex-sócio do senador Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que foi investigada no caso das rachadinhas, publicou uma mensagem no Instagram sugerindo que um integrante da família Bolsonaro cometeu crimes e poderá ser preso no futuro, diz o Metrópoles.

Santini não cita o nome de nenhum Bolsonaro em específico, mas diz não se referir ao ex-presidente. O empresário menciona um pedido de cidadania italiana e a “força política” no Rio de Janeiro. Ele e Flávio estão rompidos.

“Conexão RJ – BSB… A questão é ser ‘HONESTO’, e não ‘Direita ou Esquerda’… Não estou falando de ‘J.B’… Vieram te buscar, mas conseguiu correr… Não adianta tentar escapar, tudo é questão de tempo, pois provas não faltam para seus inúmeros ‘crimes na política’ que vão te levar para a PRISÃO”, diz um trecho da postagem, ilustrada com a foto de um agente da Polícia Federal dentro de um avião.

“Acredite e aceite, no RJ e MP sua ‘força política’ já não é a mesma… Cidadanias italianas ainda não concedidas… Aonde será [sic] suas próximas longas férias, a sua sonhada cidadania não será necessária, tão pouco [sic] seu ‘foro privilegiado’, e terá tempo para refletir sobre seus inúmeros erros. Um conselho: ‘Brasília não é para Amadores’, finaliza Santini.

A publicação foi postada no perfil de Santini no Instagram. A página é restrita para amigos.

Santini foi apontado como o “sócio laranja” de Flávio Bolsonaro na franquia da Kopenhagen que o senador mantinha em um shopping na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O Ministério Público afirmava que a loja era usada por Flávio para lavar dinheiro no esquema da rachadinha.

A denúncia contra Flávio foi rejeitada pela Justiça do Rio de Janeiro, em maio do ano passado. O Ministério Público apresentou um recurso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em fevereiro, para tentar retomar as investigações contra o senador.

O empresário não foi localizado para comentar a postagem. As investigações contra Santini também foram encerradas a mando da Justiça.

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Bolsonaro provocou calote bilionário na Caixa em tentativa de reeleição

No início de 2022, Jair Bolsonaro viu ruir sua primeira cartada na busca pelos votos das pessoas mais pobres. A criação do Auxílio Brasil não havia gerado o efeito esperado nas pesquisas. O então presidente decidiu dobrar a aposta. Para isso, recrutou um aliado: a Caixa Econômica Federal.

Por medida provisória, foram criadas duas linhas de crédito na Caixa para essa fatia do eleitorado. Até a eleição, o banco estatal liberou R$ 10,6 bilhões para 6,8 milhões de pessoas.

Bolsonaro não se reelegeu, e a política de torneira aberta deixou para trás um calote bilionário nas contas do banco, que só agora começa a ser conhecido.

O UOL teve acesso a informações que eram mantidas pela Caixa em segredo. E explica nesta reportagem como um banco estatal de 162 anos foi usado como arma da campanha de Bolsonaro, se valendo de manobras inéditas, sem transparência, que expuseram a instituição a um nível de risco inédito na história recente.

Em 17 de março de 2022, Bolsonaro e o então presidente da Caixa, Pedro Guimarães, assinaram duas medidas provisórias:

A primeira criava uma linha de microcrédito para pessoas com nome sujo. Até as eleições, a Caixa emprestou R$ 3 bilhões no programa, chamado de SIM Digital. Mas muito pouco desse dinheiro retornou. A inadimplência chegou a 80% neste ano, segundo a atual presidente do banco. Parte do rombo deve ser coberto com verbas do FGTS.

A outra liberava empréstimos consignados ao Auxílio Brasil. Entre o primeiro e o segundo turno das eleições, a Caixa liberou R$ 7,6 bilhões. O programa é criticado por reduzir o valor do benefício social para pagar o empréstimo. Mais de 100 mil devedores foram excluídos do Bolsa Família este ano e o pagamento das parcelas do crédito é incerto.

A aventura eleitoral também custou a queima de reservas da Caixa. No último trimestre de 2022, o índice de liquidez de curto prazo — um indicador de risco — chegou ao menor nível já registrado pelo banco.

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Alerta: Pernambuco confirma quarto caso de superfungo em hospitais

Homem infectado com o superfungo Candida auris tem 63 anos e deu entrada na UTI de unidade de saúde em virtude de problemas ortopédicos, segundo o Metrópoles.

A Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco (SES-PE) confirmou, nesta segunda-feira (29/5), mais um caso, atestado laboratorialmente, de Candida auris. Com isso, sobe para quatro o número de infectados pelo superfungo em duas semanas.

O novo paciente está internado no Hospital Miguel Arraes (HMA), no Recife, e trata-se de um homem de 63 anos que deu entrada na UTI da unidade de saúde em virtude de problemas ortopédicos e, no momento, está isolado no setor.

Como o primeiro paciente diagnosticado passou por várias áreas do Hospital Miguel Arraes, toda a unidade de saúde foi fechada para novas internações e só está recebendo pacientes em casos de urgência.

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O “L” eleito para governar foi de Lula, e não de Lira, o Arthur. Mas…

A aposta da direita para 2026

Não foi só para salvar a democracia, ameaçada por um defensor da tortura e da ditadura, que grande parte dos brasileiros votou em Lula. Foi também para que ele governasse como prometeu.

Atribui-se ao imperador Napoleão Bonaparte a seguinte frase: “Primeiro a gente ganha, depois a gente vê”. Ele governou a França entre 1799 e 1815, encerrando a Revolução Francesa.

À época, não havia eleições tais como as conhecemos hoje. A monarquia tinha acabado, com a decapitação do Rei e da Rainha; ela voltaria com a queda e a prisão de Napoleão.

Um plano de governo, portanto, era dispensável para se chegar ao poder ou para o retomar. Primeiro, ganhava-se o poder, depois se via o que fazer com ele. Hoje, não é mais assim.

Ocorre que para governar hoje não basta, como antes, o apoio das Forças Armadas, da nobreza (ou de parte dela) e da Igreja. O tal “povo” é decisivo, e a democracia, um regime complexo.

A ditadura é mais simples. Uns poucos mandam, os demais obedecem. Não podemos falar nada que contrarie os ditadores, muito menos fazer, ou seremos perseguidos. Que lhe parece?

No ano passado, o “povo” elegeu um presidente de esquerda e um Congresso de direita; o mais de direita, conservador e reacionário desde a redemocratização do país que em 1985.

Uma fatia da direita que se autodenomina “civilizada” votou em Lula porque o sonho autoritário de Bolsonaro era um pouco indigesto para ela. Candidato algum recusa voto.

O impasse, resultado em parte disso, imobiliza o governo. Por mais concessões que tenha feito para se eleger, Lula pouco ou nada tem a ver com Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados.

Ambos são nordestinos, mas é quase tudo o que têm em comum. Lula nasceu em Pernambuco, é filho da miséria. Lira, em Alagoas, filho de donos de terras, advogado, agropecuarista e empresário.

governo é mais a cara de Lula, que sempre se comportou na política como um conciliador; o Congresso, e não só a Câmara, a de Lira, que apoiou a eleição e a tentativa de Bolsonaro se reeleger.

O Congresso nunca teve tanto poder como tem agora. O governo perdeu o que o Congresso ganhou. O regime semipresidencialista deu lugar a um semipresidencialismo sem responsabilidade.

Dito de outra forma: os bônus ficaram com o Congresso, e os ônus com o governo. Se o governo for mal, a culpa será unicamente sua. Se, ao cabo, sair-se bem, dividirá os méritos com o Congresso.

Dir-se-á: mas sempre foi assim. Não foi. Pela simples razão de que o Congresso se fortaleceu e o governo enfraqueceu-se. Poderá se dizer também: então, que o governo se entenda com o Congresso.

Quem ditará os termos do entendimento será o Congresso – salvo se o governo ceder a todas as suas exigências. É nisso que aposta a direita para voltar em 2026. Por enquanto, falta-lhe um nome.

*Blog do Noblat

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Maconha batizada: Tio de Damares é responsável por avião da Igreja Quadrangular em que a PF apreendeu 290 quilos de maconha

Durante o governo Bolsonaro, a polícia espanhola apreendeu o avião da FAB que fazia parte da comitiva de Bolsonaro, a caminho do Japão, onde haviam 39kg de pasta de cocaína pura.

Agora, sai a notícia de que a PF encontrou 290kg de maconha no avião do tio de Damares Alves, ministra dos Direitos Humanos do governo Bolsonaro.

Ou seja, não há como não alimentar uma conexão entre tráfico de drogas e o bolsonarismo, para dizer o mínimo.

O uso de avião como abrigo e transporte de drogas para consumo interno ou externo parece ser padrão para nutrir os cofres de quem comanda esse tipo de tráfico. Como mostra a reportagem abaixo:

A Polícia Federal (PF) realizou neste sábado (27) uma operação que resultou na prisão em flagrante de um indivíduo por tráfico interestadual de drogas. O suspeito foi detido no aeroporto de Belém, quando tentava transportar 290 quilos de skunk, uma forma concentrada de maconha.

Essa apreensão poderia ser apenas mais uma entre as realizadas diariamente pela PF, porém, o avião em questão pertence à Igreja Quadrangular-PA que, por meio de um comunicado, admitiu ser a proprietária da aeronave apreendida, segundo a Forum.

Em comunicado, a igreja afirmou ter acionado a Polícia Federal assim que tomou conhecimento do conteúdo ilícito que seria transportado pelo suspeito.

Agentes da PF foram informados sobre um carregamento de entorpecentes com destino à cidade de Petrolina e agiram prontamente. O responsável pela droga foi abordado antes da decolagem e chegou a tentar fugir, mas foi capturado em seguida.

De acordo com informações da PF, a aeronave estava sendo utilizada pelo ex-deputado e pastor Josué Bengtson e por seu filho, Paulo Bengtson, que também é ex-deputado federal e atualmente integra o governo do estado do Pará.

Josué Bengtson é líder espiritual na Igreja Quadrangular no Pará e também é tio e padrinho político de Damares Alves (Republicanos-DF), ex-ministra da Família no governo Bolsonaro (2019-2022) e atualmente senadora pelo Distrito Federal.

A carreira política de Damares Alves foi impulsionada pelas mãos de seu tio: primeiro nos anos 1980, quando Damares foi ordenada pastora da Quadrangular, e após formar-se em Direito e obter a OAB, começou a atuar em outra esfera política e religiosa.

Nos anos 1990, Damares Alves foi trabalhar no gabinete de Josué Bengtson (PTB-PA) — o nepotismo estava começando a ser extirpado da política –, posteriormente, Damares trabalharia em uma série de gabinetes da esfera religiosa, até se tornar ministra da Família e, hoje, senadora.

Josué Bengtson, tio de Damares, é o secretário executivo da Igreja Quadrangular do Pará. Sobre a droga encontrada na aeronave, ele e seu filho declararam não ter conhecimento de que o skunk seria carregado na aeronave.

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Lula diz que “volta da relação Brasil-Venezuela é plena”, fala em cooperação militar e lembra do “impostor” Guaidó

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta segunda-feira (29), que a retomada das relações entre o Brasil e a Venezuela “é plena” e defendeu que os dois países intensifiquem parcerias em diversos campos, incluindo o militar para combater o narcotráfico nos cerca de 2,2 mil quilômetros de fronteiras entre os dois países amazônicos.

“Sabemos das dificuldades que nós temos, sabemos da quantidade de empresas que já estão na Venezuela e que querem voltar para a Venezuela, sabemos da dívida da Venezuela e sabemos que tudo isso faz parte e vai fazer parte de um acordo que a gente faça para que a nossa integração seja plena. É isso que eu desejo e é isso que eu espero que você contribua, para que a relação entre Brasil e Venezuela não seja apenas comercial. Ela tem que ser comercial, pode ter uma relação política, pode ser cultural, econômica, pode ser feita com tecnologia, entre nossas indústrias construindo parcerias, entre nossas universidades, inclusive entre nossas Forças Armadas, trabalhando em conjunto na fronteira para que a gente combata o narcotráfico”, disse Lula após uma reunião com o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, no Palácio do Planalto, em Brasília.

Lula ressaltou, ainda, que Maduro foi eleito por meio do voto popular e qualificou o opositor venezuelano Juan Guaidó como um “impostor”. “Briguei muito com companheiros, social democratas europeus, com governos, com pessoas dos EUA. Achava a coisa mais absurda do mundo para as pessoas que defendem a democracia era negarem que que você era presidente da Venezuela tendo sido eleito pelo povo e um cidadão que foi eleito para ser deputado fosse reconhecido como presidente da Venezuela”.

“Muitas vezes discuti com meus companheiros europeus eu dizia que não compreendia que como um continente que exerceu a democracia tão plena como a Europa exerceu quando construiu a união europeia poderia aceitar a ideia de que um impostor pudesse ser presidente da República porque eles não gostavam do presidente eleito”, disse Lula em referência ao opositor venezuelano Juan Guaidó.

Ainda segundo Lula, “o preconceito com a Venezuela é muito grande. Quantas críticas a gente sofreu aqui por sermos amigos da Venezuela. Havia discursos e mais discursos que diziam ‘não, se o Lula ganhar a eleição o Brasil vai virar uma Venezuela, vai virar uma Argentina, uma Cuba’. Quando, na verdade, o único sonho nosso era ser o Brasil mesmo, um Brasil melhor, mais democrático, mais rico, com mais distribuição de renda”.

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Dino demite servidor da PF por emissão ilegal de passaportes

Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino demitiu um servidor da Polícia Federal por emissão ilegal de passaportes. Marcel Olguins Martins começou a ser investigado pela PF na Operação Perfídia, deflagrada em 2020, por participação no esquema liderado pela advogada Cláudia Chater, segundo o Metrópoles.

Martins era servidor administrativo da PF no Distrito Federal. Ele seria o responsável por facilitar a missão de passaportes para estrangeiros, com apresentação de documentos falsos.

Em abril de 2020, a PF cumpriu 100 mandados de busca e apreensão, condução coercitiva e prisão temporária.

O esquema envolvia dezenas de pessoas e empresas, entre as quais, agentes públicos, advogados, falsificadores, lotéricas e bancos internacionais. Os passaportes eram emitidos principalmente para pessoas de origem árabe.

O grupo foi acusado pelos crimes de lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e evasão de divisas.

Martins foi demitido da PF por valer-se do cargo para lograr proveito pessoal e praticar ato de improbidade administrativa.

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