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A Conib precisa tomar um banho de realidade

O manifesto em prol do genocídio em Gaza, em que Israel já assassinou, até aqui, mais de 16 mil crianças e bebês, onde subcelebridades nativas, meteram o chamegão, merece nota, mas não as notinhas plantadas.

Essas notinhas publicadas em colunas sociais dos vassalos brasileiros ou das manchetes trôpegas dos barões da mídia, em prol da carnificina perpetrada pelos cães raivosos do exército terrorista de Israel, hoje, enfrentam uma outra realidade que só aumentará contra os sionistas.

A reação da União Europeia contra a arrogância do genocida-mor, Benjamin Netanyahu, sentenciando em “rede mundial” que o projeto de Israel é dominar militarmente, em cem por cento, o território palestino para que, em hipótese nenhuma, surja qualquer possibilidade  acordo que contemple os dois Estados, o de Israel e o da Palestina.

Diante dos olhos do mundo, o troço desceu quadrado, o que fez com que, pressionados pela população mundial, muitos chefes de Estados mudassem de posição, ou no mínimo, colocassem suas barbas de molho, tirando o apoio incondicional ao genocídio de Israel.

Ou seja, está acontecendo exatamente o que o grande intelectual, Milton Santos, escreveu em seu livro fundamental, “Por uma outra Globalização”, que mereceu a produção de um excelente documentário dirigido por Silvio Tendler. Isso torna ainda mais imbricado a compreensão do seu posicionamento pró-Israel diante do mar de sangue que os sionistas promovem na Palestina.

Ainda ontem, pude confirmar a força do que disse Milton Santos, com a sua clarividência sobre uma outra globalização que, há vinte anos, estava apenas começando, que é a globalização das pessoas, porque, pela primeira na história, as máquinas de produção, que sempre estiveram nas mãos dos países mais fortes e das classes dominantes, perdiam, através das novas tecnologias da informação, a hegemonia totalitária que sempre pautou os rumos do planeta, e sentencia o que já se começa a assistir agora, afirmando que, com a revolução informacional, as pessoas se aproximariam muito mais, não importando em que parte do mundo elas estejam.

Com isso, o sentimento humano por todo o mundo, formaria uma só pulsação contra as tiranias de toda a ordem, o que faria o mundo respirar um outro ar.

Pois bem, neste domingo (21) , deparei-me com duas crianças vendendo balas, e me ofereceram para comprar, respondi que não tinha dinheiro, somente cartão, quando a menina, na mesma passada do irmão, disse, mas a gente faz Pix, então, meio constrangido, disse, eu não sei fazer Pix e nem estava com o celular. Um olhou para o outro e começaram a rir, ou estavam me achando um grande mentiroso para justificar a negativa ou era de outro planeta.

Fico pensando que as multidões que estão indo às ruas no mundo todo contra Israel, só aumentarão, porque as imagens do genocídio em Gaza, sobretudo de crianças, correm todo o planeta.

E não há rede Globo, a mando da bolsonarista Conib, (Confederação Israelita do Brasil) dentro e fora do Brasil, com tantas congêneres que possam mudar essa realidade, principalmente porque as gerações que chegam, estão muito mais envolvidas e dominando cada vez mais rápido e melhor toda a tecnologia digital e, certamente, todos resistirão daqui por diante.

Trocando em miúdos, o que quero  dizer é que toda aquela calhordice colonial que Israel impôs à Palestina durante 76 anos, com o apoio e nutrição da grande mídia, é coisa do passado. O mundo já é outro e, com certeza, a cúpula sionista, mesmo com aquela arrogância, já deve ter entendido isso.

Por Carlos Henrique Machado

Compositor, bandolinista e pesquisador da música brasileira

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