Dia: 1 de julho de 2024

Lula: “Não tenho que prestar conta a nenhum banqueiro desse país”

A fala de Lula ocorre no mesmo dia em que o dólar registrou nova alta, em meio às críticas ao chefe do Banco Central.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (1º/7) que não deve “prestar contas” a ricos e banqueiros do país e, sim, aos pobres e trabalhadores que precisam de mais cuidados.

“Eu não tenho que prestar conta a nenhum ricaço desse país, eu não tenho prestar conta a nenhum banqueiro desse país. Eu tenho que prestar conta ao povo pobre, trabalhador, desse país, que precisa que a gente tenha cuidado e que a gente cuide deles”, disse, durante uma cerimônia de investimentos na Bahia.

A fala ocorre no mesmo dia em que o dólar registrou uma nova alta, de R$ 5,6527, maior patamar desde 10 de janeiro de 2022. A subida coincide com as novas críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

A fala ocorre no mesmo dia em que o dólar registrou uma nova alta, de R$ 5,6527, maior patamar desde 10 de janeiro de 2022. A subida coincide com as novas críticas de Lula ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto.

Nesta segunda, em entrevista à rádio Princesa, de Feira de Santana (BA), Lula disse que o próximo presidente do BC olhará para o Brasil “do jeito que ele é, e não do jeito que o sistema financeiro fala”.

Investimentos
De passagem pela capital, Salvador, o presidente da República participou do anúncio de investimentos nas áreas de energia, habitação, educação, cultura e saúde.

Na ocasião, o chefe do Executivo anunciou a construção de policlínicas, a contratação de médicos e assinou a autorização para obras do programa Minha Casa, Minha Vida. O pacote soma R$ 7 bilhões.

Nessa terça (2/7), ainda na capital baiana, Lula acompanha as celebrações da Independência da Bahia.

Fogo no parquinho do fascismo vigarista

O que está acontecendo com a direita na busca por um comando de sua canoa furada a deriva, é o anuncio do fim do bolsonarismo após a derrota da cavalgadura que agrupou o inferno reacionário em torno de sua candidatura e poder. O troço babou.

Bolsonaristas estão se digladiando nas redes. É guerra de bosta na meia furada. Onde pegar, pegou. Onde colar, colou, onde feder, fedeu!
Sobre forte pressão da falência e ruina o bolsonarismo morde o rabo com fúria, numa espetacular autofagia que não ficará fascista sobre fascista.

Bolsonarismo é um balaio de cobras venenosas (agrupamento transitório de animais). Uma querendo picar a outra e, se der, engolir a inimiga até o talo. A queda, feito jaca, de Bolsonaro, na sua humilhante derrota pra Lula, dispersou o bando e, cada um que se vire para tentar sobreviver.

Lula diz que governo analisa ‘onde é possível cortar gastos’ e diz que juros altos são o ‘maior gargalo’ do Brasil

Os juros altos, pontuou o presidente, “encarecem o crédito e limitam a atividade econômica”, impedindo o Brasil de alcançar uma curva de crescimento sustentável.

O presidente Lula (PT) concedeu uma entrevista ao jornal A Tarde e afirmou que seu governo tem analisado onde é possível cortar gastos públicos e buscado verificar se “há abusos” em programas sociais. “Importante lembrar que quem propôs o arcabouço fiscal foi o próprio governo, que contou com o apoio da maioria dos parlamentares para aprová-lo no Congresso. Então, é claro que vamos cumpri-lo. Estamos analisando onde é possível fazer cortes e se há abusos em alguns programas. O que tenho dito, e repetido, é que os cortes não podem penalizar os mais pobres, que mais precisam do Estado”.

Questionado sobre o principal “gargalo” que impede o Brasil de manter uma curva de crescimento sustentável e competitiva no cenário internacional, o presidente voltou a criticar a alta taxa de juros mantida pelo Banco Central. “O nosso maior gargalo são os juros altos, um dos maiores do mundo, que encarecem o crédito e limitam a atividade econômica”. Ele também citou a histórica falta de investimentos em educação, diz o 247.

Ainda sobre os juros, Lula apresentou dados econômicos que desmontam a tese do Banco Central para justificar o patamar atual da taxa Selic. “O Brasil tem inflação baixa, um projeto consistente de retomada de obras de infraestrutura, um governo responsável, reservas internacionais, recordes de balança comercial. A média de crescimento do PIB nos meus dois primeiros mandatos foi de 4,1% e agora, no terceiro, já estamos crescendo acima das expectativas do mercado. Eu espero que os juros baixem e que aproveitemos as oportunidades que a transição energética, nossa agricultura, nossas empresas e a inclusão dos mais pobres podem trazer para fazer a roda da economia girar e construirmos um crescimento inclusivo, sustentável, constante e mais vigoroso”.

O presidente também repetiu que indicará alguém “responsável” para assumir a presidência do Banco Central ao final do mandato de Roberto Campos Neto. “Acho que um presidente do Banco Central precisa ter o compromisso com o controle da inflação – até porque a inflação penaliza principalmente os mais pobres -, mas também com o crescimento do país. Precisa ser alguém com muito senso de responsabilidade com o Brasil”.

Extrema-direita vence na França e esquerdas crescem, superando partido de Macron

O Reagrupamento Nacional (RN) obteve 33% dos votos. A Nova Frente Popular ficou com 28,5%. Já o partido do presidente francês obteve 22%. Segundo turno será no próximo domingo (7).

O partido de extrema-direita Reagrupamento Nacional (RN) obteve a maior votação no primeiro turno das eleições legislativas na França, realizadas neste domingo (30). Segundo dados da contagem rápida realizada pelas autoridades eleitorais francesas, a sigla liderada por Marine Le Pen obteve 33% dos votos, conquistando o primeiro lugar na maioria dos distritos.

A segunda maior votação (28,5%) ficou com a Nova Frente Popular, aliança criada recentemente, que reúne o movimento França Insubmissa e os tradicionais Partido Socialista, Partido Comunista Francês e Partido Verde, além de outros setores de esquerda. A principal figura da frente é o líder progressista Jean-Luc Mélenchon.

A coalizão Juntos, que representa os setores de centro-direita ligados ao presidente Emmanuel Macron, ficou em terceiro lugar, com 22% dos votos.

As três forças políticas deverão se enfrentar em um segundo turno, em 7 de julho, quando será definida a nova configuração de forças no parlamento francês. Contudo, os números mostram que a nova aliança das esquerdas é a força política com maiores chances de lutar para evitar uma vitória da extrema direita.

Extrema-direita é risco para questões diplomáticas e ambientais
Esse cenário na segunda maior economia da Europa teria repercussão na guerra na Ucrânia e também nas relações com os Estados Unidos, no destino da União Europeia no acordo comercial com o Mercosul e na própria atuação da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).

Jordan Bardella, que pode assumir o cargo de primeiro-ministro pela extrema direita, já deixou claro que vai confrontar o posicionamento de Macron no mundo. E que considera que não existe um consenso legal sobre a atribuição exclusiva da presidência quanto a temas de defesa e de diplomacia.

Além disso, o grupo liderado por Marie Le Pen promete formar alianças com outros governos de extrema direita na Europa para reduzir a questão sobre imigração à segurança nacional, com novas barreiras e deportações. E há dúvidas sobre o compromisso da extrema direita com os pactos climáticos assinados pela França. Trata-se da destinação, pelas potências, de bilhões de euros para a transição energética nos países emergentes que são os que mais sofrem com os efeitos das mudanças climáticas.