Mês: julho 2024

Governo do Paquistão declara Netanyahu como “figura terrorista criminosa”

Posição paquistanesa foi celebrada pelo Hamas.

Em um pronunciamento recente, o governo do Paquistão declarou que o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu é uma “figura terrorista criminosa” e que Israel é uma “entidade que comete crimes de guerra”, segundo informa a agência de notícias estatal turca Anadolu Agency. Esta declaração foi amplamente elogiada pelo Hamas, que viu a posição do Paquistão como um importante gesto de apoio à causa palestina.

O Hamas comemorou a declaração paquistanesa, afirmando que ela representa um “passo em direção ao apoio ao nosso povo, que está sendo alvo de genocídio e limpeza étnica por parte dos terroristas sionistas”. O grupo palestino pediu a outros países, especialmente nações islâmicas, que intensifiquem os esforços para apoiar o povo palestino e pressionar para que o genocídio na Faixa de Gaza cesse imediatamente.

Além disso, o Paquistão formou um comitê para identificar e boicotar empresas que apoiem Israel em sua ofensiva contra Gaza. Rana Sanaullah, conselheiro de assuntos políticos do primeiro-ministro Shehbaz Sharif, anunciou que o comitê visa encontrar empresas e produtos que possam estar auxiliando Israel ou suas forças na guerra contra os palestinos.

Islamabad também solicitou que a comunidade internacional declare Netanyahu como terrorista, responsabilizando-o pelas atrocidades cometidas por Israel em território palestino.

Coronel da reserva do Exército que seria o informante da Receita teve 6 encontros com Bolsonaro no Alvorada e no Planalto

Ex-presidente citou na reunião para blindar Flávio existência de canal extraoficial com a Receita.

Um coronel da reserva do Exército que teve ao menos seis reuniões fechadas com Jair Bolsonaro (PL) nos palácios do Planalto e da Alvorada em 2019 é o informante citado pelo ex-presidente na reunião que tratou do caso das “rachadinhas” que atingia Flávio Bolsonaro, dizem pessoas que acompanharam de perto esses episódios.

A informação é de reportagem publicada neste domingo pela Folha de São Paulo.

Na última segunda-feira (15), o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), retirou o sigilo do áudio de agosto de 2020 em que Bolsonaro discutiu o uso da máquina federal para tentar anular a investigação contra seu filho mais velho.

Na reunião, Bolsonaro se prontificou a falar com os chefes da Receita Federal e do Serpro —a empresa estatal que detém os dados do Fisco— no contexto de discutir busca de provas que pudessem ser usadas para provar que Flávio teve seus sigilos acessados de forma ilegal na origem da investigação.

Além do então presidente, participaram dessa reunião o seu chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, o à época diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem (PL) e duas advogadas de Flávio, Luciana Pires e Juliana Bierrenbach.

Logo no início dessa reunião de 25 de agosto de 2020, o então presidente da República diz que quem passava as informações para ele era “um coronel do Exército” e, em uma aparente ironia, completa dizendo que deveria “ter trocado pelo serviço secreto russo”.

A seguir, Bolsonaro menciona ter esquecido o nome, momento em que Augusto Heleno diz saber quem é a pessoa, mas também demonstra certa hesitação em lembrar. Então, fala “Magela”, o que é repetido por Bolsonaro.

Pessoas que acompanharam o caso de perto dizem que a referência, na verdade, é a “Marsiglia”, sobrenome do coronel reformado do Exército Carlos Alberto Pereira Leonel Marsiglia.

A agenda pública de Bolsonaro na Presidência mostra que em seis ocasiões, sendo cinco delas a sós, ele recebeu o coronel Marsiglia no primeiro semestre de 2019, mais de um ano antes da reunião de 2020, nos palácios do Planalto e da Alvorada.

O primeiro encontro foi registrado como tendo ocorrido em 28 de março daquele ano. O último, em 23 de maio.

A única reunião de Bolsonaro com Marsiglia em que a agenda registra mais participantes é em 22 de maio, véspera da última reunião, em que estiveram presentes também os então ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e da Economia, Paulo Guedes.

A Folha procurou a defesa de Bolsonaro e o coronel Carlos Marsiglia, mas não obteve resposta ou não conseguiu contato.

Marsíglia, que havia ido para a reserva no Exército por volta de 2013 e não tinha cargo público na ocasião, é irmão de um auditor da Receita Federal do Rio de Janeiro que, ao lado de outros colegas, estava em litígio com o órgão e cujo caso estava sendo usado pela defesa de Flávio para tentar provar a tese de acesso ilegal pelo Fisco aos dados.

Ao todo, cinco auditores fiscais do Rio de Janeiro estavam sob suspeita de enriquecimento ilícito, mas afirmavam que eram alvos de perseguição interna por meio de investigações motivadas por denúncias forjadas e pautadas por acesso ilegais a seus dados fiscais.

No segundo semestre de 2020, a defesa do filho do presidente usou esses casos para entrar em contato com órgãos federais como a Presidência da República, o GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e a Abin, além de acionar a PGR (Procuradoria-Geral da República).

A hipótese relatada ao governo e à PGR era a de que dois órgãos da Receita Federal no Rio —o Escritório de Corregedoria da 7ª Região Fiscal (Escor07) e o Escritório de Pesquisa e Investigação da 7ª Região Fiscal (Espei07)— poderiam ter acessado criminosamente os dados fiscais do senador e embasado, por caminhos extraoficiais, a produção do relatório do Coaf (órgão de inteligência financeira ligado ao Ministério da Economia) que originou, em 2018, a investigação contra o filho do presidente.

Em 2018, os auditores formalizaram acusações contra os colegas que os investigavam no Sindifisco, o sindicato nacional dos auditores fiscais, o que gerou um processo de desfiliação dos integrantes da corregedoria.

Flávio e outros deputados da Assembleia eram suspeitos de desvio de dinheiro público por meio da apropriação de parte do salário de assessores, entre outras irregularidades.

A operação patrocinada pelo senador e sua defesa com apoio da então máquina federal resultou em encontros com o então chefe da Receita, José Barroso Tostes Neto, incluindo um na casa do senador, em Brasília.

Como mostrou a Folha com base em documentos até então inéditos, a Receita Federal mobilizou por quatro meses uma equipe de cinco servidores para apurar a acusação feita pela defesa de Flávio.

O Fisco também solicitou uma devassa ao Serpro para tentar identificar acessos ilegais a dados fiscais de Bolsonaro, de seus três filhos políticos, de suas duas ex-mulheres e da à época primeira-dama, Michelle.

A mobilização da defesa de Flávio para tentar obter no governo federal provas de ilegalidades na origem da investigação e, com isso, anular as apurações não surtiu efeito, entretanto.

A investigação do Fisco concluiu pela improcedência das teses apresentadas pelo filho do presidente. O caso das “rachadinhas” acabou sendo revertido, mas por outras razões.

Em 2021, após alguns resultados anteriores favoráveis a Flávio, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou todas as decisões tomadas pela primeira instância da Justiça do Rio. O argumento foi o de que o juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, não tinha poderes para investigar o filho mais velho do presidente.

O uso da máquina pública em prol de Flávio integra investigação da Polícia Federal sobre a existência de uma “Abin paralela” que teria espionado ilegalmente adversários políticos, jornalistas e magistrados na gestão anterior.

Covid-19 pode ter efeitos semelhantes à esquizofrenia no cérebro, diz estudo

Pesquisadores da Unicamp apontam que trabalho ajuda a compreender com mais profundidade as doenças cerebrais.

Um estudo da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicado na revista European Archives of Psychiatry and Clinical Neurosciences, revela que os efeitos do vírus da covid-19, quando atingem o cérebro, podem afetar o funcionamento do órgão de forma similar a doenças como esquizofrenia e Alzheimer.

Segundo os pesquisadores, o trabalho pode ajudar a compreender com mais profundidade as doenças cerebrais e o tratamento dessas condições.

O cientistas identificaram uma “assinatura” cerebral proteica para cada uma das doenças, e compararam essas “rubricas” para entender quais funções cerebrais são afetadas pelas mudanças nos padrões de proteínas presentes em pessoas com transtornos cerebrais em relação a cérebros saudáveis.

“Nós esperávamos encontrar mais diferenças do que semelhanças, já que uma das condições é uma infecção viral aguda e a outra é uma doença que acontece desde o neurodesenvolvimento, com base genética”, explicou Daniel Martins-de-Souza, pesquisador da Unicamp e autor do estudo, à Agência Bori.

Os pesquisadores também descobriram que as duas doenças atuam de forma semelhante, acelerando o envelhecimento do cérebro, além de modificar os processos de obtenção de energia das células cerebrais e de comunicação com o organismo.

“A infecção do vírus mostra um potencial de dessintonizar a maquinaria cerebral, deixando a pessoa mais propensa a eventos psiquiátricos e, aparentemente, também aos neurodegenerativos”, comenta Martins-de-Souza.

Outros efeitos
O estudo também chegou ao resultado que dizia que a covid-19 e a esquizofrenia podem aumentar, de forma semelhante, o risco de doenças metabólicas, como diabetes e síndrome metabólica, que aumentam as chance de doenças cardíacas e derrames.

“Talvez a gente possa aprender mais sobre esquizofrenia com os dados de Covid e vice-versa”, ressalta Martins-de-Souza. “Acho que isso encurta caminhos para eventuais tratamentos, até mesmo na perspectiva de olhar para outras infecções virais que têm o potencial de afetar o cérebro, como o zika vírus, por exemplo”, conclui.

“O lobby sionista colocou de joelhos a Adidas”, diz Breno Altman

247 – O jornalista Breno Altman repercutiu pelo X, antigo Twitter, a decisão da Adidas de ceder às críticas de Israel pela participação da modelo Bella Hadid em campanha publicitária da empresa. “O lobby sionista colocou de joelhos a Adidas: a companhia foi forçada a retirar Bella Hadid, modelo norte-americana com origem palestina, de suas campanhas publicitárias. Os agentes israelenses acusavam Hadid de ‘antissemitismo’ por denunciar o genocídio contra o povo palestino”, manifestou Altman.

Diz Breno Altman:

O lobby sionista colocou de joelhos a Adidas: a companhia foi forçada a retirar Bella Hadid, modelo norte-americana com origem palestina, de suas campanhas publicitárias. Os agentes israelenses acusavam Hadid de “antissemitismo” por denunciar o genocídio contra o povo palestino.

A Adidas retirou imagens da modelo Bella Hadid de anúncios promovendo um tênis esportivo lançado pela primeira vez para coincidir com os Jogos Olímpicos de Munique de 1972. A empresa alemã de roupas esportivas disse que estava “revisando” sua campanha após críticas de Israel sobre a participação de Hadid, informa o The Guardian.

Os tênis SL72, descritos pela Adidas como um clássico atemporal, foram promovidos por Hadid, uma americana cuja família tem raízes na Palestina. A modelo, que anteriormente atraiu a ira do governo israelense por supostamente entoar o slogan “Do rio ao mar, a Palestina será livre”, foi acusada de antissemitismo.

A conta oficial de Israel no X disse que se opunha a Hadid como “o rosto da [campanha da Adidas]” em um post que notou que “onze israelenses foram assassinados por terroristas palestinos durante as Olimpíadas de Munique”.

Hadid criticou repetidamente o governo israelense e apoiou os palestinos ao longo dos anos e, em 23 de outubro, fez uma declaração no Instagram lamentando a perda de vidas inocentes enquanto convocava seus seguidores a pressionar seus líderes para proteger os civis em Gaza.

A Adidas disse em um comunicado que a campanha para o tênis SL72 “une uma ampla gama de parceiros”. Disse: “estamos conscientes de que conexões foram feitas a eventos históricos trágicos – embora estas sejam completamente não intencionais – e pedimos desculpas por qualquer aborrecimento ou angústia causados. Como resultado, estamos revisando o restante da campanha”.

A decisão da Adidas gerou uma onda de críticas nas redes sociais, com muitos internautas pedindo um boicote à marca. Usuários expressam indignação com o que consideram apoio da empresa ao genocídio promovido por Israel contra o povo palestino. Bella Hadid, por sua vez, continua a usar suas plataformas para advogar pela paz e justiça na região.

BNDES aprova maior financiamento da sua história em rodovias

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou a aprovação de um financiamento histórico de R$ 10,75 bilhões para a CCR Rio-SP, responsável pelas rodovias Via Dutra e Rio-Santos. Este é considerado o maior financiamento do banco para concessões rodoviárias até o momento.

A CCR Rio-SP, que já havia operado a Via Dutra anteriormente, reassumiu a concessão que agora inclui também a Rio-Santos, com um compromisso de investir R$ 15,5 bilhões em melhorias e expansões ao longo dos anos.

Um dos principais projetos é a duplicação do trecho da Via Dutra na Serra das Araras, que se espera concluir até 2028, com um investimento de R$ 1,5 bilhão.

O financiamento compreende um empréstimo de R$ 1,34 bilhão com vencimento em 2047 e a emissão de R$ 9,41 bilhões em debêntures de infraestrutura, isentas de Imposto de Renda, previstas para serem emitidas ao longo de sete anos. Esta é a maior emissão de tais títulos já realizada no mercado, segundo o BNDES.

Além disso, o BNDES aprovou um mecanismo de “back stop” de R$ 1,5 bilhão, que permite à CCR Rio-SP buscar primeiro os recursos no mercado privado, recorrendo ao financiamento do BNDES apenas se necessário.

O anúncio formal do financiamento ocorreu durante um evento em São José dos Campos, SP, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, marcando mais um passo significativo para o desenvolvimento da infraestrutura rodoviária no país.

Apagão cibernético: como a tecnologia mundial caiu de uma só vez

Atualização de software de uma única empresa de segurança cibernética causou caos na sexta-feira (19), ressaltando a fragilidade da economia global e sua dependência de sistemas de computador.

Quando computadores e sistemas de tecnologia ao redor do mundo caíram nesta sexta-feira (19), sobrecarregando aeroportos, fechando escritórios e limitando as operações prisionais, muitas pessoas tinham uma pergunta: como isso pôde acontecer em 2024?

Uma atualização de software de uma única empresa de segurança cibernética, a CrowdStrike, sediada nos EUA, foi a causa raiz do caos, ressaltando a fragilidade da economia global e sua dependência de sistemas de computador aos quais relativamente poucas pessoas dão importância.

“A maioria das pessoas acredita que, quando o fim do mundo chegar, será a IA [Inteligência Artificial] tomando conta de algum tipo de usina nuclear e desligando a eletricidade”, brincou com a CNN Costin Raiu, um pesquisador de segurança cibernética de longa data.

“Enquanto na realidade, é mais provável que seja algum tipo de pequeno código em uma atualização malfeita, causando uma reação em cascata em sistemas de nuvem interdependentes.”

Atualizações de software são uma função crítica na sociedade para manter os computadores protegidos contra hackers. Mas o processo de atualização em si é crucial para dar certo e proteger contra adulteração. Uma confiança inerente — e alguns dizem equivocada — nesse processo foi furada na sexta-feira.

CrowdStrike está em todo lugar
Várias empresas da Fortune 500 usam (lista das 500 maiores corporações dos EUA por receita total) o software de segurança cibernética da CrowdStrike para detectar e bloquear ameaças de hacking.

Computadores executando o Microsoft Windows — um dos programas de software mais populares do mundo — travaram devido à maneira defeituosa como uma atualização de código emitida pela CrowdStrike está interagindo com o Windows.

A CrowdStrike, uma empresa multibilionária, expandiu sua presença ao redor do mundo em mais de uma década de negócios.

Muito mais empresas e governos agora estão protegidos de ameaças cibernéticas por causa disso, mas o domínio de um punhado de empresas no mercado de antivírus e detecção de ameaças cria seus próprios riscos, de acordo com especialistas.

“Confiamos muito nos provedores de segurança cibernética, mas sem diversidade; criamos fragilidade em nosso ecossistema de tecnologia”, disse Munish Walther-Puri, ex-diretor de risco cibernético da cidade de Nova York, à CNN.

“’Vencer’ no mercado pode agregar riscos, e então todos nós — consumidores e empresas — arcamos com os custos”, disse Walther-Puri.

Brasil pede novamente ao governo dos EUA a extradição de Allan dos Santos

O governo brasileiro reforçou recentemente o pedido de extradição do blogueiro Allan dos Santos, que está foragido nos Estados Unidos. A solicitação foi feita durante encontro, em junho, entre o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, e a embaixadora norte-americana no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley.

Segundo a jornalista Basília Rodrigues, da CNN Brasil, durante uma visita de cortesia entre os representantes do governo brasileiro e o corpo diplomático dos Estados Unidos, o caso do blogueiro bolsonarista acabou entrando na pauta de discussões.

No encontro, a embaixadora Elizabeth Frawley Bagley prometeu dar uma resposta ao governo brasileiro. Ela, no entanto, salientou que é preciso respeitar os limites da legislação dos Estados Unidos. Frawley reforçou que as áreas responsáveis estão alinhadas para a solução do caso.

Brasil pede cooperação
Os dois países têm um acordo de cooperação mútuo para extradição. No entanto, este não inclui a extradição por crimes de injúria e calúnia.

A impossibilidade de extradição neste contexto se dá devido a diferença de como o crime é visto nos dois países. Enquanto aqui os crimes de injúria e calúnia são classificados como crimes contra a honra, nos Estados Unidos a visão é de que são crimes de opinião, a chamada liberdade de expressão.

Contudo, as autoridades brasileiras argumentam que o blogueiro também responde por crimes de outra natureza, que justificariam a extradição do fugitivo.

Os Estados Unidos, por sua vez, pedem mais informações sobre os outros crimes cometidos pelo blogueiro antes de decidirem sobre a extradição.

Apagão cibernético atrasa voos e prejudica serviços bancários e de comunicação ao redor do mundo

Incidente está aparentemente relacionado a um problema global na empresa de segurança cibernética CrowdStrike.

Diversos lugares ao redor do mundo amanheceram nesta sexta-feira (19) com atrasos em voos e problemas em serviços bancários e de comunicação. O problema se deve a um apagão cibernético que estaria relacionado à CrowdStrike, uma empresa que fornece serviços de segurança digital.

No Brasil, diversos usuários relatam problemas ao acessar os aplicativos de bancos, que estariam fora do ar. O site Downdetector, que acusa problemas em canais digitais, apontava reclamações em pelo menos quatro instituições financeiras: Banco Pan, Bradesco, Neon e Next.

As principais companhias aéreas dos Estados Unidos, como American Airlines, United e Delta, paralisaram todos os voos. A JetBlue, que opera majoritariamente voos domésticos nos EUA, segue com as operações normais.

Segundo a rede de TV norte-americana ABC, nenhum voo da American Airlines, United e Delta deve decolar nas próximas horas. Também foram relatados problemas nos maiores aeroportos da Europa e na Índia

Apagão cibernético
Segundo o governo da Austrália, o incidente está aparentemente relacionado a um problema global na empresa de segurança cibernética CrowdStrike.

A CrowdStrike, que fornece serviços de cibersegurança para algumas das maiores empresas do mundo, disse, em comunicado, que está ciente de falhas no sistema operacional Windows relacionada ao sensor “Falcon”.

O apagão, de acordo com as informações iniciais, teria se originado em sistemas da CrowdStrike que utilizam o sistema operacional Windows, da Microsoft.

Outros serviços
De acordo com a agência Reuters, a Sky News, um dos principais canais de notícias do Reino Unido, está fora do ar nesta sexta. Na Austrália, a rede estatal ABC está com a programação totalmente paralisada, e a Sky News Australia está parcialmente fora do ar.

Ainda no Reino Unidos, o serviço de trens também foi afetado. Na Alemanha, cirurgias eletivas foram canceladas em dois hospitais.

Na África do Sul, um dos maiores bancos do país também enfrenta problemas. A Autoridade Aeroportuária de Hong Kong disse que as companhias aéreas mudaram o procedimento de check-in para manual e que voos não foram afetados.

O comitê organizador dos Jogos Olímpicos de Paris, na França, informou que enfrenta alguns problemas de TI. A venda de ingressos para os jogos, que começam na próxima semana, não foram afetados.

“Ativamos planos de contingência para continuar as operações”, disse em comunicado.

Biden está de saída? Democratas podem anunciar substitutos em breve

Fontes próximos do partido dizem que o círculo de Biden está apertando.

Joe Biden está sozinho como nunca esteve até agora. Há muitos pedidos para que ele se afaste da corrida presidencial dos Estados Unidos – marcadas para o próximo mês de novembro -, alegando que a derrota já está mais que certa. Após alguma resistência inicial, há quem diga que o atual presidente está (mesmo) ponderando a saída.

Várias pessoas próximas do presidente Biden disseram, esta quinta-feira (18), acreditar que ele começou a aceitar a ideia – e que poderá mesmo desistir da corrida.

A notícia foi divulgada pelo The New York Times, que acrescenta ainda que não seria uma surpresa se Joe Biden fizesse um anúncio em breve apoiando a vice-presidente, Kamala Harris, como sua substituta.

Como tudo começou…

Os receios em relação à corrida a um segundo mandato por parte de Joe Biden começaram quando as questões com a sua idade e saúde mental voltaram à superfície.

A sua prestação no primeiro debate com Donald Trump e constantes enganos em discursos públicos voltaram a colocar Joe Biden no centro de uma polêmica em que se questiona se este estará em condições de assumir um cargo tão importante.

E a crise se aprofundou depois de Trump ter sido alvo de uma tentativa de assassinato – que o fez de ‘herói’ e aumentou as suas hipóteses de vitória nas eleições.

Pelosi e Obama (também) já reagiram

Os pedidos para desistir teriam começado na semana passada. Através de uma chamada telefônica, Nancy Pelosi terá recorrido a pesquisas para dizer a Biden que não tem hipóteses de vencer e se insistir em ir até ao fim iria jogar fora as hipóteses de o Partido Democrata reconquistar a maioria da câmara baixa do Congresso.

Barack Obama considerou que as hipóteses de Joe Biden ser reeleito para a Casa Branca diminuíram, tendo compartilhado com aliados democratas próximos que Biden devia avaliar a viabilidade da sua recandidatura.

A posição do ex-presidente dos Estados Unidos terá sido ‘transmitida’ no seio democrata nos últimos dias, mas ele tem vindo a deixar claro que a decisão de sair da corrida à presidência dos Estados Unidos deve ser tomada por Biden.

Próximas “72 horas” poderão ser cruciais

A CNN Internacional destaca que várias pessoas dentro da Casa Branca revelaram que existe agora uma “aceitação generalizada” de que Joe Biden permanecer na corrida de 2024 é totalmente insustentável.

“As próximas 72 horas serão importantes”, disse um governador democrata, revelando que Biden está cada vez mais “isolado” e que o seu círculo próximo está cada vez mais “reduzido”.

E se Biden desistir, quem sucede?

Assim, parece que o ainda presidente dos Estados Unidos está aceitando a ideia e começa a ponderar a hipótese de apoiar a candidatura da sua vice, Kamala Harris. Porém, é assim tão certo que será ela a candidata democrata às eleições?

Segundo explica a NBC News, nada é certo neste momento. Isto porque Joe Biden não é tecnicamente o candidato democrata à presidência até ser confirmado pelos delegados na Convenção Democrata, que tem início previsto para 19 de agosto em Chicago, Illinois.

Todos os anos, os delegados que representam o seu partido de cada estado reúnem-se na convenção para nomear formalmente a pessoa que ganhou as eleições primárias do seu estado. Mas se a pessoa que ganhou as primárias se demitir, serão os 3.900 delegados que irão discutir quem será o novo nomeado.

Porém, há boas razões para acreditar que essa pessoa será Kamala Harris. Isto porque, sendo vice de Biden, esta tem acesso aos fundos da campanha de Biden, no valor de 91 milhões de dólares, sendo mais fácil transferir esse valor para alguém que já faz parte da administração Biden do que optar por outro candidato

Maduro afirma que Venezuela corre o risco de “banho de sangue” e “guerra civil”, se ele não vencer eleições

Votação está marcada para 28 de julho, sob desconfiança da comunidade internacional se o pleito será livre e democrático.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, declarou durante um comício na quarta-feira (17) que o país pode enfrentar um “banho de sangue” e uma “guerra civil” se ele não for reeleito nas eleições previstas para o próximo dia 28 de julho.

“O destino da Venezuela, no século 21, depende de nossa vitória em 28 de julho”, disse Maduro. “Se não quiserem que a Venezuela caia em um banho de sangue, em uma guerra civil fratricida, produto dos fascistas, garantamos o maior êxito, a maior vitória da história eleitoral do nosso povo.”

A declaração foi feita em um evento público na Parroquia de la Vega, um distrito popular na Zona Oeste de Caracas. “Quanto mais contundente for a vitória, mais garantias de paz vamos ter”, enfatizou Maduro.

Corrida eleitoral

A Venezuela se prepara para eleições em 28 de julho, sob a desconfiança da comunidade internacional quanto à realização de votações livres e democráticas, contrariando um compromisso formal assinado em outubro de 2023.

O principal adversário de Maduro é o ex-diplomata Edmundo González, escolhido por uma coalizão de partidos opositores. Maduro busca seu terceiro mandato consecutivo, tendo iniciado seu primeiro em 2013. González foi indicado pela Plataforma Democrática Unitária (PUD) após Corina Yoris ser impedida de participar da disputa presidencial. Em março, a PUD afirmou que o “acesso ao sistema de inscrição” da candidata foi bloqueado.

Antes disso, a opositora María Corina Machado, uma das favoritas para derrotar Maduro, foi excluída da corrida eleitoral pelo Supremo Tribunal de Justiça, alinhado ao governo chavista.

Em outubro, o governo Maduro e a oposição assinaram o Acordo de Barbados, comprometendo-se a realizar eleições democráticas na Venezuela.

O governo do Brasil manifestou apoio ao processo eleitoral, afirmando não haver motivos para barrar a candidatura de Yoris. Em resposta, o regime de Maduro disse que a nota brasileira parecia ter sido “ditada pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”.

Além do Brasil, pelo menos 11 países expressaram preocupação com as eleições na Venezuela: Estados Unidos, Argentina, Colômbia, Chile, Equador, Costa Rica, Guatemala, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai.